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Usinagem e conformação - ferramentas manuais parte 2

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Manufatura:
Usinagem e Conformação
FERRAMENTAS 
MANUAIS
Parte 2
LIMAS
História das Limas
• O primeiro registro que se tem da utilização de limas pelo
homem está na Bíblia e remonta ao ano 1090 a.C. As limas
teriam sido utilizadas para a afiação de variadas ferramentas
primitivas.
• As limas evoluíram de uma simples pedra para desbaste, para
limas primitivas com dentes picados em ângulo reto por meio
de máquinas rudimentares de picar. Essas primeiras máquinas
de picar limas surgiram a partir de uma invenção de Leonardo
Da Vinci, por volta do ano 1490.
• Apenas em 1750 foi construída a primeira máquina eficiente
de picar limas. Fabricada por Chopitel, ela produzia limas em
aço doce, dispensando o recozimento. Para produzir
superfícies duras, os dentes da lima tinham de passar por
vários métodos de cementação.
• A qualidade superior das limas – e sua produção em grande
escala– só foi atingida muitos anos mais tarde, com as
invenções de Bernot, Nicholson, Whipple e Weed.
História das Limas
• Hoje, vários tipos de materiais, produtos, acabamentos e
condições de trabalho tornam a produção e o
desenvolvimento de limas uma ciência industrial.
• A fabricação de limas envolve o estudo dos tipos de aços
quanto à composição, temperabilidade e resistência, bem
como exige profundas análises para a determinação de tipos e
formatos necessário para adequar as limas às diferentes
aplicações.
Fabricação das Limas
• Aço para limas - Aço especial de alto carbono, em bobinas ou
barras de diferentes dimensões e perfis (retangulares,
quadradas, triangulares, redondas e meias-canas), cortadas
nos comprimentos apropriados.
• Forma bruta -O "blank" é aquecido e forjado em martelos
para formar a espiga e a ponta.
Fabricação das Limas
• Recozimento - O "blank" forjado é aquecido e resfriado
lentamente sob condições controladas de temperatura para
uniformizar sua estrutura interna e diminuir a dureza do aço,
permitindo a picagem dos dentes.
• Formato final - Os "blanks" recozidos são retificados para
eliminar possível descarbonetação e produzir a superfície
necessária à formação uniforme dos dentes.
Fabricação das Limas
• Formação dos dentes - Os dentes são formados por uma
picadora que movimenta rápida e alternadamente um cisel.
Esta ferramenta de grande dureza penetra no "blank"
amolecido, formando os dentes da lima por deformação.
• Têmpera - A lima é endurecida pelo aquecimento em fornos
especiais, seguido de resfriamento muito rápido. Com isso, se
obtém máxima dureza nos dentes.
• Acabamento - A lima é limpa e afiada por meio de um jato de
areia. A espiga é temperada no óleo, proporcionando
resistência sem fragilidade.
Fabricação das Limas
• O comprimento é medido do ombro da lima até a ponta. O 
tipo de material e o tamanho da área a ser trabalhada 
determinarão o comprimento desejado da lima.
Comprimento
Espiga Comprimento do Corpo
• As limas podem ser:
• Abrasivas Diamantadas Metálicas
Tipo de Limas
• A área a ser limada determinará o perfil da lima a ser usado, por
exemplo:
• Redondo:para ajustar formas redondas ou côncavas.
• Quadrado:para ajustar furos retangulares ou cantos.
• Triangular:para ângulos internos agudos, por exemplo, afiação de
serras, serrotes, etc.
• Chato:uso geral para superfícies planas ou convexas.
• Meia-Cana: dupla finalidade, lado chato para superfícies planas
ou convexas e lado curvo para superfícies redondas ou côncavas.
Perfil
Limando superfície plana
Limando superfície ângulos
Limando superfície curvas
Perfil
Outras aplicações
Perfil
Perfil
• O trabalho a ser executado, de desbaste ou acabamento,
determinará o tipo de dente e de corte para cada aplicação.
As limas tipo bastarda são ideais para remoção mais agressiva
de material e as limas tipo murça são utilizadas para
acabamento final.
Tipos de Corte
Bastarda → Desbaste (retirar
quantidade de material superior a
0,2mm).
Murça → Acabamento (retirar
quantidade de material inferior a 0,2
mm).
Simples Cruzado
Alumínio
Chumbo
Cobre
Estanho
Aços
Aço Fundido
Ferro Fundido
Aço Liga
Tipo de Picado
• Classifica-se o picado das limas, com referência às
características dos dentes em: simples, duplo e grosa.
• Corte Simples - Os dentes são diagonais paralelos. As limas de
corte simples são usadas para afiar facas, tesouras, serras,
enxadas, facões, entre outros.
• Corte Duplo - Dois grupos de dentes diagonais. O segundo
grupo de dentes é picado na direção diagonal oposta e sobre
o primeiro grupo de dentes. As limas de corte duplo são
usadas com pressão maior do que as de corte simples com a
finalidade de desbastar o material.
Tipo de Picado
•Grosa - limas utilizadas em madeira são construídas de aço
carbono.
Tipo de Picado
• Além dessas limas, existem ainda as limas agulha. Limas
agulha são limas com tamanho pequeno, com comprimento
total entre 100 mm e 160 mm e o picado pode ter 40 mm, 60
mm ou 80 mm de comprimento. São empregadas para
trabalhar pequenos detalhes das peças, como rasgos ou furos.
São bastante utilizadas em trabalhos de ferramentaria.
Lima agulha
Lima agulha
Para trabalhar metal duro, pedra, vidro e matrizes em geral, e
em ferramentaria para a fabricarão de ferramentas, moldes e
matrizes em geral, são usadas limas diamantadas, ou seja,
elas apresentam o corpo de metal recoberto de pó de
diamante fixado por meio de um aglutinante.
Lima agulha diamantada
• Para termos um melhor aproveitamento das limas, seguem 
algumas observações:
 usar primeiro uma das faces da lima até que se desgaste por
completo, para depois utilizar a outra face;
 não limar peças de material mais duro do que a lima
 selecionar a lima com o comprimento adequado ao comprimento
da peça que será trabalhada;
 aplicar pressão adequada durante o trabalho, quanto mais nova
for a lima menor deve ser a pressão;
 manter as limas limpas e guardá-las em local apropriado após a
sua utilização.
Manutenção e cuidados
• Apesar do uso das máquinas-ferramenta garantir qualidade e
produtividade na fabricação de peças em grandes lotes,
existem ainda operações manuais que precisam ser
executadas em circunstâncias nas quais a máquina não é
adequada.
• É o caso da limagem, realizada pelo ferramenteiro ou pelo
ajustador e usada para reparação de máquinas, ajustes
diversos e trabalhos de usinagem na ferramentaria para a
confecção de gabaritos, lâminas, matrizes, guias, chavetas.
PRÁTICAS DE LIMAGEM
• A limagem manual pode ser realizada por meio de várias
operações. Elas são:
 Limar superfície plana: produz um plano com um grau de
exatidão determinado por meio de réguas. Aplica-se à
reparação de máquinas e em ajustes diversos;
 Limar superfície plana paralela: produz um plano paralelo
cujo grau de exatidão é controlado com o auxílio de um
instrumento como o paquímetro, o micrômetro ou o relógio
comparador. É empregada na confecção de matrizes, em
montagens e ajustes diversos;
PRÁTICAS DE LIMAGEM
• Limar superfície plana em ângulo: produz uma superfície em
ângulo reto, agudo ou obtuso, cuja exatidão é verificada por
meio de esquadros (ângulos de 90º). Usa-se para a confecção
de guias de diversos ângulos, "rabos de andorinha",
gabaritos, cunhas;
• Limar superfície côncava e convexa: produz uma superfície
curva interna ou externa verificada por verificadores de raio e
gabaritos. É empregada para a execução de gabaritos,
matrizes, guias, chavetas;
• Limar material fino (chapas de até 4 mm). Aplica-se a
usinagem de gabaritos e lâminas para ajuste.
PRÁTICAS DE LIMAGEMPRÁTICAS DE LIMAGEM
• A operação de limar superfície plana prevê a realização das
seguintes etapas:
• Fixação da peça na morsa - a superfície a ser limada deve ficar
na ponta horizontal, alguns milímetros acima do mordente da
morsa. Para proteger as faces já acabadas da peça, usar
mordentes de proteção. (são chapas de material mais macio
do que o da peça que será fixada e que evitam que os
mordentes da morsa façam marcas nas faces já usinadas da
peça).
• Escolha da lima de acordo com a operação e tamanho da
peça.
PRÁTICAS DE LIMAGEM
PRÁTICAS DE LIMAGEM
Segure a lima conforme a ilustração e verifique
se o cabo está bem fixado.
Apóie a lima sobre a peça, observando a
posição dos pés
PRÁTICAS DE LIMAGEM
Lime por passes sucessivos, cobrindo toda a
superfície a ser limada e usando todo o
comprimento da ferramenta.
A lima pode correr transversal ou obliquamente
em relação à superfície da peça.
A velocidade da limagem deve ser entre 30 e 60 golpes por minuto.
O Controle de planeza deve ser
frequentemente realizado com o
auxílio da régua de controle.
• Para evitar riscos na superfície limada, limpe os cavacos que
se prendem ao picado da linha com o auxílio de uma nova
escova ou raspador de latão ou cobre.
PRÁTICAS DE LIMAGEM
• Limar material fino
• Esta operação se faz em metais de pouca espessura e de
laminados finos (até 4 mm aproximadamente). Diferencia-se
das outras operações de limar pela necessidade de se fixar o
material por meios auxiliares, tais como: calços de madeira,
cantoneiras, grampos e pregos.
• Aplica-se na usinagem de gabaritos, lâminas para ajuste e
outros.
• Nesta operação, apresentam-se dois casos: um quando se
limam bordas e o outro quando se limam faces.
PRÁTICAS DE LIMAGEM
• Verifique se o material está desempenado. Se necessário,
desempene-o, utilizando o macete.
• Trace.
• Prenda a peça.
PRÁTICAS DE LIMAGEM
• Use cantoneiras ou calços de madeira para evitar vibrações, o
traçado deve ficar o mais próximo possível dos calços.
PRÁTICAS DE LIMAGEM
Deve-se limar de modo
que evite vibrações.
• Para eliminar as vibrações que se apresentam ao limar deve-
se deslocar a lima em posição oblíqua à peça
PRÁTICAS DE LIMAGEM
• Quando se trata de limar as faces da chapa, esta se prende
sobre madeira.
PRÁTICAS DE LIMAGEM
• Limar superfícies côncava e convexa
• É produzir uma superfície curva, interna ou externa, pela ação
manual de uma lima redonda, meia-cana ou chata, através de
movimentos combinado (figs. 1 e 2).
• Entre as principais aplicações desta operação, podemos citar a
execução de gabaritos, matrizes, guias, dispositivos e
chavetas.
PRÁTICAS DE LIMAGEM
PRÁTICAS DE LIMAGEM
PRÁTICAS DE LIMAGEM
•Pode-se utilizar lima no torno para realizar chanfros ou retirar
alguma rebarba
•Ao limar peças em rotação num torno, a lima não deve ser
mantida rigidamente ou permanecer estacionária, mas ser
movimentada constantemente. Um rápido movimento de
deslizamento ou em sentido lateral ajuda a lima a livrar-se das
limaduras e evita a formação de saliências e sulcos.
• A translimagem consiste em segurar a lima em ambas as
extremidades e alternadamente empurrá-la e puxá-la
transversalmente pela peça de trabalho. Quando bem feita, a
translimagem produz um acabamento melhor do que a
limagem normal.
PRÁTICAS DE LIMAGEM
• LEMBRE-SE
• O operador deve segurar a lima sempre pelo cabo e, se
necessário, também pela ponta. Deve ser evitado sempre o
contato com a superfície picada. A gordura e a umidade das
mãos podem prejudicar a área de corte, reduzindo a vida útil
da lima.
MANUSEIO CORRETO
• O principal cuidado que se deve ter na armazenagem das
limas é com sua área de corte. Uma vez que o picado da lima
se constitui de dentes agudos e afiados, que são
fundamentais para a eficiência da ferramenta, eles devem ser
protegidos de quedas e choques. Por isso, recomenda-se que
as
limas sejam armazenadas
suspensas, com as áreas de
corte livres no ar.
ARMAZENAGEM
TRAÇAGEM
TRAÇAGEM
• Quando precisamos verificar se o material bruto disponível é
de tamanho e formato adequados para a fabricação de
determinada peça de formato simples, podemos fazer essa
verificação apenas medindo o material. Quando o formato da
peça é complexo ou com muitos detalhes, apenas a medição
pode não ser suficiente para conseguirmos realizar a
verificação.
• Dessa forma, pode-se realizar operações de traçagem.
• Isso fará com que possamos visualizar se o material bruto tem
tamanho e formato adequados para a fabricação da peça.
Além disso, a traçagem servirá de auxílio durante a fabricação,
pois indica um limite visual até onde podemos efetuar as
usinagens e pode prevenir erros de interpretação de
desenhos.
TRAÇAGEM
• Dependendo da precisão da peça, a traçagem será apenas
uma referência e deve ser feita a verificação das medidas da
peça com o auxílio dos instrumentos de medição, como o
paquímetro ou o micrômetro. Se a peça não exigir precisão
dimensional muito apertada, pode-se usar a traçagem como
medida final da peça.
• Conforme o formato e o tamanho da peça, pode-se necessitar
de uma mesa de traçagem (ou desempeno), calços, macacos
ou cantoneiras para fazer o posicionamento da peça para
realizar a traçagem.
TRAÇAGEM
TRAÇAGEM
TRAÇAGEM
•Mesa de desempeno
•Esquadros
TRAÇAGEM
•Compassos e cintéis
•Esquadro centrador
TRAÇAGEM
•Cantoneiras
TRAÇAGEM
•Esquadro combinado
TRAÇAGEM
•Suta
• Para efetuar a medição durante a traçagem pode ser
necessário o emprego de uma escala, um goniômetro ou um
calibrador traçador de altura.
PRÁTICAS DE TRAÇAGEM
TRAÇAGEM
•Traçadores e riscadores
• Dependendo do tipo de linha que precisamos traçar –
perpendicular, paralela ou inclinada –, podemos utilizar
esquadros, régua, suta e gabaritos para auxiliar o processo de
traçagem.
PRÁTICAS DE TRAÇAGEM
• Precisando marcar o centro de um arco ou a posição de um
furo, podemos empregar o punção e o martelo.
PRÁTICAS DE TRAÇAGEM
• Podemos recobrir a superfície da peça a ser traçada com
algumas substâncias diferentes, para que tenhamos uma
melhor visualização do traçado realizado. Cada substância
diferente tem algumas características distintas, conforme
segue a tabela:
PRÁTICAS DE TRAÇAGEM
PRÁTICAS DE TRAÇAGEM
• Traçagem plana, que se realiza em
superfícies planas de chapas ou peças
de pequena espessura.
• Traçagem no espaço, que se realiza em
peças forjadas e fundidas e que não
são planas. Nesse caso, a traçagem se
caracteriza por delimitar volumes e
marcar centros.
PRÁTICAS DE TRAÇAGEM
• Na traçagem é preciso considerar
duas referências:
 A superfície de referência, ou seja, o
local no qual a peça se apóia;
 O plano de referência, ou seja, a linha
a partir da qual toda a traçagem da
peça é orientada
PRÁTICAS DE TRAÇAGEM
• Dependendo do formato da
peça, a linha que indica o plano
de referência pode
corresponder à linha de centro.
• Da mesma forma, o plano de
referência pode coincidir com a
superfície de referência
PRÁTICAS DE TRAÇAGEM
• Limpeza das superfícies que estarão em contato, ou seja, a
peça e a mesa de traçagem. Ambas devem estar livres de
qualquer tipo de sujeira, tais como pó, graxa, óleo. Além
disso, a peça deve ter sido previamente rebarbada.
• Preparação da superfície com o material adequado, ou seja,
aplicação de uma pintura especial que permita visualizar os
traços do riscador.
PRÁTICAS DE TRAÇAGEM
• Posicionamento a peça sobre a superfície de referência.
• Se a peçanão tiver uma superfície usinada que se possa
tomar como plano de referência, ela deve ser posicionada
com o auxílio de calços, macacos e / ou cunhas.
PRÁTICAS DE TRAÇAGEM
• Preparação do graminho na medida correta.
• Traçagem, fazendo um traço fino, nítido, em
um único sentido, ou seja, de uma vez só. Se
os traços forem paralelos à superfície de
referência, basta usar o graminho ou
calibrador traçador.
PRÁTICAS DE TRAÇAGEM
• Para traçar linhas perpendiculares, usa-se o
esquadro adequado.
• Para a traçagem de linhas oblíquas, usa-se a
suta, que serve para transportar ou verificar o
ângulo da linha oblíqua.
PRÁTICAS DE TRAÇAGEM
• No caso de furos ou arcos de circunferência,
marcar com punção e martelo. Esta
operação é realizada colocando-se a ponta
do punção exatamente na interseção de
duas linhas anteriormente traçadas.
• Em seguida, golpeia-se a cabeça do punção
com o martelo.
• Como indicação prática, deve-se dar a
primeira martelada com pouca força,
verificar o resultado e dar um segundo
golpe para completar a marcação.
PRÁTICAS DE TRAÇAGEM
• Para a traçagem de arcos de
circunferência, usa-se o punção para
marcar o centro da circunferência e o
compasso para realizar a traçagem.
• Lembre-se: Traçagem é o desenho no
próprio material que ajuda a visualizar o
formato que a peça terá depois de
usinada. Ela ajuda a prevenir erros do
operador
PRÁTICAS DE TRAÇAGEM
BROCAS
BROCAS
• Broca: “ferramenta de corte utilizada para realizar furações”.
Podem ser de diversos tipos, tais como: brocas helicoidais
(mais comuns), brocas ocas (para trepanação), brocas chatas,
brocas canhão, etc.
• A operação de furação é considerada uma operação de
desbaste e se realiza sobre condições relativamente severas
de usinagem, em função de ter uma variação na sua
velocidade de corte, que varia de zero no centro até a máxima
em sua parte mais externa (periferia) e também pela
dificuldade de refrigeração e retirada do cavaco.
BROCAS
• A haste é a parte que fica presa à máquina. Ela pode ser
cilíndrica ou cônica, dependendo de seu diâmetro e modo de
fixação.
• O corpo é a parte que serve de guia e corresponde ao
comprimento útil da ferramenta. Tem geralmente dois canais
em forma de hélice espiralada.
• A ponta é a extremidade cortante que recebe a afiação.
Forma um ângulo de ponta que varia de acordo com o
material a ser furado.
BROCAS
• A broca é caracterizada pelas dimensões, pelo
material com o qual é fabricada e pelos seguintes
ângulos:
• a) ângulo de hélice (ou saída) → indicado pela letra
grega γ, lê-se gama – auxilia no desprendimento do
cavaco e no controle do acabamento e da
profundidade do furo. Deve ser determinado de
acordo com o material a ser furado: para material
mais duro > ângulo mais fechado; para material mais
macio > ângulo mais aberto. Este ângulo corresponde
aproximadamente ao ângulo de hélice de uma broca
helicoidal e é dividido em tipo N, tipo H e tipo W.
BROCAS
• b) ângulo de incidência ou folga
(representado pela letra grega a, lê-se alfa)
– tem a função de reduzir o atrito entre a
broca e a peça. Isso facilita a penetração da
broca no material. Sua medida varia entre 6
e 15º. Ele também deve ser determinado de
acordo com o material a ser furado: quanto
mais duro é o material, menor é o ângulo
de incidência.
BROCAS
• c) ângulo de ponta (representado pela letra
grega s, lê-se sigma) – corresponde ao
ângulo formado pelas arestas cortantes da
broca. Também é determinado pela dureza
do material a ser furado.
BROCAS
Para materiais
duros – aços de
alto teor de
carbono e aços liga
Para materiais
macios –
alumínio,
bronze, latão.
• d) Ângulo de cunha – este ângulo é formado pelo ângulo de
incidência e pelo ângulo de saída da broca, formando a aresta
cortante. Depende da dureza do material.
BROCAS
• Na afiação de brocas, além dos ângulos adequados para cada
tipo de material, deve-se observar alguns detalhes para
garantir que o furo produzido pela broca reafiada esteja
dentro das tolerâncias exigidas. A aresta principal deve
apresentar os dois lados com o mesmo tamanho. Deixando
uma aresta maior que a outra, consegue-se aumentar o
diâmetro do furo, este não é um procedimento adequado, no
entanto para serviços de baixa produção e de manutenção é
muito utilizado.
AFIAÇÃO DE BROCAS
AFIAÇÃO DE BROCAS
• Ex.: Para a usinagem de ferro fundido,
primeiramente afia-se a broca com um ângulo
normal de 118º. Posteriormente, a parte externa
da aresta principal de corte, medindo 1/3 do
comprimento total dessa aresta, é afiada com
90º.
AFIAÇÃO DE BROCAS
Quando uma broca comum não proporciona um rendimento
satisfatório em um trabalho específico e a quantidade de furos não
justifica a compra de uma broca especial, pode-se fazer algumas
modificações nas brocas do tipo N e obter os mesmos resultados.
AFIAÇÃO DE BROCAS
DIÂMETRO 
DA BROCA
ÂNGULO 
LATERAL DE 
FOLGA
---- - 1,00 21º - 27º
1,00 – 6,00 12º – 18º
6,00 – 10,00 10º - 14º
10,00 – 18,00 8º - 12º
18,00 - > 6º - 12º
CUIDADOS AO FAZER REAFIAÇÕES DE PONTA E
REDUÇÃO DE NÚCLEO
• Usar sempre rebolo de granulação fina
• Retificar lentamente para evitar queimas
superficiais e perda de propriedades e dureza
manter rebolo com formato adequado,
evitando cantos arredondados.
• Dressar o rebolo antes de realizar afiações que
necessitam grande precisão.
AFIAÇÃO DE BROCAS
AFIAÇÃO DE BROCAS
ERROS DE AFIAÇÃO
ERROS DE AFIAÇÃO
Uma só face que corta:
Ambas as faces de corte não tem a
mesma inclinação
Flexão da broca em todas as direções
Ambas as faces de corte não tem a mesma
inclinação e a aresta cortante não é centralizada
A broca não corta no seu eixo
Aresta cortante não centralizada
TIPOS DE BROCAS
• O processo de furação profunda é caracterizado por qualquer
processo de usinagem interno onde a profundidade é acima de
10x o diâmetro do furo.
• Existem processos alternativos para a relação "diâmetro x
profundidade" de até 20x, porém broca canhão e alargador
canhão são as ferramentas que produzem as melhores condições
em termos de tempo, acabamento e desvio a um custo bastante
razoável.
TIPOS DE BROCAS
• Broca chata
• Broca utilizada para furações pouco profundas e sua grande
aplicação é na realização de furos para servirem de guias em
furações mais profundas.
TIPOS DE BROCAS
• Broca Canhão
• Possui uma aresta cortante, é indicada para execução de furos
profundos entre 10 e 100 vezes o seu diâmetro.
TIPOS DE BROCAS
• Broca de centro
• É utilizada para marcar o centro de furos, para fazer uma
furação inicial que irá guiar as outras brocas, ou então que irá
servir de apoio para usinagem entre “pontas” realizada
posteriormente pela furadeira ou por outro equipamento.
Existem diversos tipos e aplicações conforme a NBR
6377/1995.
TIPOS DE BROCAS
• Broca escalonada
• A broca escalonada apresenta vários diâmetros em apenas
uma ferramenta. É muito aplicada em grandes produções e
tem como objetivo evitar a troca de ferramentas. Outra
aplicação é a furação de chapas, pois com uma broca
escalonada consegue-se realizar furações de diâmetros
diferentes nas chapas com uma ferramenta.
TIPOS DE BROCAS
• Broca com refrigeração interna
TIPOS DE BROCAS
• Brocas de pastilhas intercambiáveis
• Ferramentas de alto rendimento em que a geometria de corte
é determinada pela geometria do inserto da ponta da broca.
Estas ferramentas de corte não são reafiadas, mas é feita a
troca dos insertos que se localizam na ponta em caso de
desgaste.
TIPOSDE BROCAS
TIPOS DE BROCAS
• Brocas TMAX
• Broca trepanadora
• Ferramenta que consiste basicamente de um “tubo” com
pastilhas intercambiáveis utilizado para furações de grande
diâmetro. Esta broca realiza a furação deixando o núcleo do
material inteiro e não transformando o mesmo em cavaco.
TIPOS DE BROCAS
TIPOS DE BROCAS
• Broca escalonada
• A broca escalonada apresenta vários diâmetros em apenas
uma ferramenta. É muito aplicada em grandes produções e
tem como objetivo evitar a troca de ferramentas. Outra
aplicação é a furação de chapas, pois com uma broca
escalonada consegue-se realizar furações de diâmetros
diferentes nas chapas com uma ferramenta.
TIPOS DE BROCAS
TIPOS DE BROCAS
• Broca de metal duro (inteira)
TIPOS DE BROCAS
• Broca revestida em Titânio e broca revestida em Carboneto de
Tungstênio
TIPOS DE BROCAS
Broca de recortar
Representada na imagem "d". É utilizada para sangrar discos.
TIPOS DE BROCAS
TIPOS DE FURADEIRAS
TIPOS DE FURADEIRAS
TIPOS DE FURADEIRAS
 Brocas com haste cônica
• Diretamente no eixo da máquina
(D haste = D eixo, cone morse são iguais)
• Luvas ou soquetes adaptadores
(D haste ≠ D eixo, cones morses diferentes)
• Retirada da ferramenta - introdução de barras em ranhuras
especiais (efeito de alavanca)
FIXAÇÃO DE FERRAMENTA P/ FURAÇÃO
 Brocas com haste cilíndricas
 Mandril.
• Os de três castanhas são 
os mais utilizados.
• Aperto manual (aperto rápido)ou com chave.
FIXAÇÃO DAS FERRAMENTAS
 Pinças
• Podem fixar a ferramenta na haste ou na parte cortante
• Adaptabilidade do comprimento da ferramenta à cada 
operação.
• Possibilidade do uso de ferramentas quebradas.
FIXAÇÃO DAS FERRAMENTAS
• Pela grande variedade dos formatos das peças, faz-se
necessária uma grande variedade de sistemas de fixação para
a furadeira, conforme figura.
FIXAÇÃO DA PEÇA
• O uso de furadeiras permite a realização de várias operações
que se diferenciam pelo resultado que se quer obter e pelo
tipo de ferramenta usado. Essas operações são:
OPERAÇÕES NA FURADEIRA
Etapas para a realização de uma furação com broca helicoidal.
Elas são:
• a) Preparação da peça por meio de traçagem e marcação.
ETAPAS DE UMA FURAÇÃO
• b) Fixação da peça na furadeira. Isso pode ser feito por meio
de morsa, grampos, calços, suportes. Se o furo for vazar a
peça deve-se verificar se a broca é capaz de atravessar a peça
sem atingir a morsa ou a mesa da máquina.
ETAPAS DE UMA FURAÇÃO
ETAPAS DE UMA FURAÇÃO
• c) Fixação da broca, por meio do mandril ou buchas de redução,
verificando se o diâmetro, o formato e a afiação da ferramenta
estão adequados. Ao segurar a broca deve-se tomar cuidado com as
arestas cortantes.
ETAPAS DE UMA FURAÇÃO
• d) Regulagem da máquina: calcular Rpm, E regular o avanço
da ferramenta. Para isso, deve-se consultar as tabelas
adequadas, ou calcular:
ETAPAS DE UMA FURAÇÃO
 


1000vc
RPM
VELOCIDADE E AVANÇO PARA BROCAS DE AÇO RÁPIDO
MATERIAL
Aço 0,20% à
0,30% C 
(macio) e 
Bronze
Aço 0,30% à
0,40% C 
(meio macio)
Aço 0,40 
à 0,50%C
(duro)
Ferro 
Fundido 
(duro)
Ferro 
Fundido 
(macio)
Cobre Latão Alumínio
VELOCIDADE 
DE CORTE 
m/min
35 25 22 18 32 50 65 100
• Exemplo:
• Furar uma chapa de aço 1020 com uma broca de aço rápido
n12mm.
• Furar uma chapa de aço cobre com uma broca de aço rápido
n20mm.
ETAPAS DE UMA FURAÇÃO
928
6692,37
35000
121416,3
1000351000






 RPMRPMRPM
VC
RPM

795
832,62
50000
201416,3
1000501000






 RPMRPMRPM
VC
RPM

• A medição da profundidade do furo é sempre feita considerando-se
a parede do furo sem a ponta da broca.
ETAPAS DE UMA FURAÇÃO
•Na operação de furar, deve-se considerar o tipo de furo, ou seja, se
é passante ou não. No caso de furo não-passante, deve-se também
regular previamente a profundidade de penetração da broca.
• e) Aproximação e centralização da ferramenta na marca
puncionada na peça.
ETAPAS DE UMA FURAÇÃO
• f) Acionamento da furadeira e execução da furação. Ao se
aproximar o fim da furo, o avanço da broca deve ser lento,
porque existe a tendência de o material "puxar" a broca o que
pode ocasionar acidentes ou quebra da ferramenta. Se
necessário, usar o fluido de corte adequado.
• g) Verificação com o paquímetro. O furo executado pela broca
geralmente ajustes rigorosos. Por isso, quando são exigidos
furos com exatidão de forma dimensão e acabamento, torna-
se necessário o uso de uma ferramenta de precisão
denominado alargador.
ETAPAS DE UMA FURAÇÃO
Erros comuns na geometria do furo
• Erros de forma: diâmetro não uniforme
• Rebarba: rebarba na entrada ou saída do furo
• Erros de posicionamento: deslocamento do centro do furo.
• Erros de circularidade: seção circular distorcida
• Erros de dimensão: diâmetro resultante diferente da broca.
ERROS DE GEOMETRIA
ERROS DE GEOMETRIA

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