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RELATÓRIO DE ESTÁGIO PRONTO - ANA

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO 
DEP. DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
ANA CARLA HOLANDA DIAS 
2015005731 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I 
EL ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pau dos Ferros/RN 
2017 
 
 
ANA CARLA HOLANDA DIAS 
2015005731 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
EL ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES 
 
 
 
Relatório Final apresentado ao Conselho do 
Curso de Engenharia Civil da Universidade 
Federal Rural do Semi-Árido, como requisito 
para a aprovação nas Atividades de Estágio 
Supervisionado I. 
 
Orientador: M.Sc. Marília Cavalcanti 
Santiago 
Supervisor: Erlando Lopes de Holanda 
 
 
 
 
__________________________________ 
Assinatura do Supervisor na Empresa 
 
 
__________________________________ 
Assinatura do Orientador 
 
 
 
 
Recebido pelo Conselho de Curso em: ______/ _______ / ________ 
 
 
__________________________________ 
Assinatura do Coordenador de Curso 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Portas de madeira deterioradas .......................................................... 8 
Figura 2: Fissuras na edificação ......................................................................... 9 
Figura 3: Descolamento do revestimento ......................................................... 10 
Figura 4: Eflorescências na alvenaria .............................................................. 11 
Figura 5: Orçamento da reforma do piso .......................................................... 12 
Figura 6 - Orçamento de pintura de escola ...................................................... 13 
Figura 7: Fôrma do pilar ................................................................................... 14 
Figura 8: Fabricação do concreto em obra ....................................................... 15 
Figura 9: Concretagem do pilar ........................................................................ 15 
Figura 10: Adensamento do concreto .............................................................. 16 
Figura 11: Detalhe dos pilares .......................................................................... 16 
Figura 12: Nivelamento do solo ........................................................................ 17 
Figura 13: Recebimento do aço ....................................................................... 18 
Figura 14: Estribos ........................................................................................... 18 
Figura 15: Configuração final das vigas ........................................................... 19 
Figura 16: Aplicação do desmoldante .............................................................. 20 
Figura 17: Espaçadores de concreto ................................................................ 21 
Figura 18: Correção de inclinação .................................................................... 21 
Figura 19 - Vibração do concreto das vigas ..................................................... 22 
Figura 20 - Detalhamento da viga V1 ............................................................... 23 
Figura 21 - Detalhe da armadura em balanço .................................................. 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 5 
1.1 OBJETIVOS ....................................................................................................... 5 
1.2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 5 
1.3 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA ....................................................................... 6 
1.4 ÁREA DE ATUAÇÃO DO ESTÁGIO .................................................................. 6 
2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ........................................................................ 6 
2.1 LEVANTAMENTO ARQUITETÔNICO ............................................................... 6 
2.2 ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ......................................... 7 
2.3 ORÇAMENTO .................................................................................................. 11 
2.4 ACOMPANHAMENTO DE OBRA .................................................................... 13 
2.4.1 Concretagem de pilares .......................................................................... 13 
2.4.2 Nivelamento do solo ................................................................................ 17 
2.4.3 Ferragem .................................................................................................. 17 
2.4.4 Execução das vigas ................................................................................. 19 
 2.4.5 Mudanças no projeto estrutural .............................................................. 22 
3 CONCLUSÕES .................................................................................................. 24 
4 ANEXOS ............................................................................................................. 25 
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 A construção civil crescente é sinônimo de desenvolvimento em um país. Para 
o semiárido brasileiro ela faz parte da promessa de vida mais confortável perante as 
chagas ambientais enfrentadas por essa região, como a escassez de água. A 
formação de engenheiros no cerne do nordeste brasileiro se mostra, portanto, como 
peça fundamental para a geração de ideias e o progresso infra estrutural esperado. 
 Não obstante, é de extrema importância a interação dos estudantes de 
engenharia civil com o meio prático, ambiente onde sua profissão será desenvolvida. 
O estágio supervisionado se apresenta como uma oportunidade para iniciar a 
compreensão daquilo que tem sido estudado na universidade, permitindo uma relação 
com o cotidiano do seu trabalho (SCALABRIN e MOLINARI, 2013). 
 No desenvolvimento deste relatório serão descritas as atividades de 
levantamento arquitetônico, análise de manifestações patológicas, orçamento e 
acompanhamento de obra, realizados durante o Estágio Supervisionado I. Desta 
forma, serão relacionados os conteúdos estudados ao longo da graduação com os 
aspectos observados na prática. 
 
 1.1 OBJETIVOS 
 
 Abordar a parte prática da profissão de engenheiro civil, aplicando o 
conhecimento teórico obtido na graduação; 
 Averiguar os processos de construção civil na vivência do canteiro de obras; 
 Entender atividades particulares como levantamentos arquitetônicos, 
orçamentos e verificação do material comprado para uso no canteiro. 
 
 1.2 JUSTIFICATIVA 
 
A necessidade de profissionais cada vez mais preparados e com habilidades 
equivalentes às mudanças constantes dos métodos de construção civil exigem do 
graduando uma formação completa. Para isso, é essencial a experiência única 
fornecida pelo estágio supervisionado. 
Assim, tendo em vista que o aprendizado se mostra muito mais eficiente 
quando unido à prática, o estágio curricular obrigatório foi realizado na empresa EL 
 6 
 
 
Engenharia, em Pau dos Ferros, proporcionando a oportunidade de perceber e 
direcionar aptidões técnicas. 
 
1.3 IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA 
 
A empresa EL Engenharia e Construções foi fundada no ano de 2005 pelo 
engenheiro civil Erlando Lopes, até entãoengenheiro em exercício desde o ano de 
1998, atuando na supervisão e gerenciamento de obras. A empresa dispõe de 
serviços especializados para construção e reformas, atendendo Pau dos Ferros e 
cidades vizinhas. 
O quadro de funcionários não é fixo, desde que há uma grande rotatividade de 
colaboradores. Para cada nova obra a empresa contrata uma equipe especializada 
naquele serviço. 
 
 1.4 ÁREA DE ATUAÇÃO DO ESTÁGIO 
 
O estágio se dividiu em uma série de atividades de acordo com a solicitação do 
engenheiro supervisor. Estas se constituíram em três fases. Primeiramente em 
campo, através de levantamentos arquitetônicos e de patologias das construções. 
Depois, iniciaram-se as atividades em escritório, com a elaboração de orçamentos, e 
por fim, se deu o acompanhamento e fiscalização da obra da construção de um edifício 
de três pavimentos, localizado na Rua Independência, no centro de Pau dos Ferros 
(RN). 
 
2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
2.1 LEVANTAMENTO ARQUITETÔNICO 
 
A primeira atividade desenvolvida na empresa foi o levantamento arquitetônico 
do Hospital Municipal Erika Emanuelle Soares Arquileu, no município do Encanto 
(RN). O objetivo era fazer as medições do ambiente manualmente em um papel e 
converte-lo em um projeto digitalizado no software AutoCAD. 
O engenheiro responsável recomendou que as medições fossem feitas 
inicialmente utilizando-se de um esboço, feito manualmente, da edificação. Ao chegar 
 7 
 
 
no local, é feita uma pequena inspeção no ambiente, e de maneira rápida mas 
compreensível, tentar reproduzir um croqui da planta baixa do local para que as 
medidas possam ser registradas corretamente. 
Para a realização da atividade, além de se responsabilizar pelo transporte para 
deslocamento até o local de verificação, disponibilizou uma trena de fibra óptica de 50 
metros. Foi estabelecido, que as medidas deveriam ser anotadas sempre 
arredondando as casas decimais para múltiplos de cinco, de maneira a padronizar as 
medições. Um registro fotográfico de cada ambiente também deveria ser feito para 
possíveis dúvidas no momento da digitalização. 
O processo de medições se mostrou um trabalho árduo, em parte devido a 
nossa inexperiência, mas especialmente por se tratar de um local com grande 
quantidade de janelas e portas, e de inclinação peculiar. Mesmo após todas as 
medidas serem retiradas em três dias, fez-se necessário uma última visita ao local 
para correção de erros encontrados durante a digitalização do projeto. O resultado da 
planta baixa e fachada do hospital mencionado segue no anexo 1. 
O segundo levantamento arquitetônico foi realizado na Escola Municipal 7 de 
Setembro, no município de São Francisco do Oeste (RN). A escola possuía 
dimensões consideravelmente inferiores ao hospital anteriormente mencionado, mas 
as medições se deram de forma bem mais eficiente, sendo necessário apenas uma 
visita. O resultado da planta baixa pode ser observado no Anexo 2, ao final deste 
relatório. 
Essas medições foram efetuadas com o intuito de realizar o plano orçamentário 
para determinadas reformas, a serem discutidas mais detalhadamente nos tópicos 
que se seguem. 
 
2.2 ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS 
 
Nas visitas para retirada de medidas do hospital, foram feitos registros 
fotográficos das principais manifestações patológicas encontradas no local para 
análise visual, e posterior verificação da necessidade de reformas. 
Segundo Cremonini (1988) a patologia das edificações é um ramo da 
engenharia que surgiu com o intuito de estudar os edifícios e seus componentes que 
por alguma razão passam a ter seu desempenho insatisfatório, fazendo uma análise 
dos defeitos através das origens, causas, mecanismos de ocorrência e consequências 
 8 
 
 
de suas manifestações patológicas. As figuras a seguir apresentam os resultados da 
análise superficial elaborada para o hospital municipal da cidade do Encanto: 
 
 Caso 1: Deterioração de portas de madeira 
Figura 1: Portas de madeira deterioradas 
 
 Autoria própria (2017) 
 
Diversas portas de madeira do hospital se encontravam em estado avançado 
de deterioração. Os danos encontrados nesses casos provavelmente se relacionam 
às variações de temperaturas, e agente abióticos, como a água e o sol. Segundo 
(BRAGA et. al, 2009) a umidade nas portas produz: 
 Fendilhação: Abertura de fendas na madeira; 
 Retrações: Se trata da diminuição do volume de um material. Na madeira, 
ocorre quando o teor de umidade cai abaixo do ponto de saturação das fibras 
(QUOIRIN, 2004). 
 Empolamentos: Neste caso, ocorre o contrário da retração, havendo um 
aumento no volume de material. 
 Empenamento: Empenamento é qualquer distorção da peça de madeira em 
relação aos planos originais de suas superfícies (JANKOWSKY e GALINA, 
2013). 
 Putrefação da madeira: Apodrecimento da madeira. 
a) b) 
c) d) 
 9 
 
 
As fendas ou fissuras encontradas agem como portas de entrada de umidade 
e favorecem o aparecimento de fungos e insetos xilófagos (que se alimentam de 
madeira), como os cupins. 
 
 Caso 2: Fissuração 
Figura 2: Fissuras na edificação 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
 As fissuras podem começar a surgir, de forma congênita, logo no projeto 
arquitetônico da construção, devido à incompatibilidade entre projetos de arquitetura, 
estrutura e fundações. Elas são problemas patológicos que podem anunciar um 
eventual estado perigoso para a estrutura e o comprometimento do desempenho da 
obra em serviço, além de exercer constrangimento psicológico aos usuários da 
edificação (CASOTTI, 2007). 
A alvenaria do hospital apresentou em alguns pontos fissuras de extensão 
considerável, que devem receber uma avaliação mais criteriosa em virtude de suas 
possíveis causas estarem ligadas à estrutura da edificação. 
 
 Caso 3: Descolamento de revestimento cerâmico e piso antiderrapante 
a) b) 
c) 
 10 
 
 
Figura 3: Descolamento do revestimento 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
 Placas cerâmicas de diferentes tipos estão descoladas em partes do piso e do 
rodapé na edificação. Além disso, o desgaste provocou o descolamento também de 
parte do piso de borracha antiderrapante disposto em uma rampa do hospital. 
Problemas como esses merecem atenção especial quando em ambientes 
hospitalares, pois consistem em focos de acúmulo de fungos e impossibilitam a 
higiene adequada ao local. 
 Com relação ao revestimento cerâmico, considera-se que este tipo de material 
não é totalmente estável, uma vez que se expande com o menor ou maior grau de 
deformação ou deslocamento. Outro fator a ser considerado para os revestimentos 
mencionados é que, com o aumento progressivo dos esforços, pode-se atingir estado 
de tensão, tal que, as peças do revestimento possam se romper ou se descolar, 
ocorrendo uma ruptura de ligação do revestimento com a camada de suporte 
(UCHÔA, 2015). 
 
 Caso 4: Eflorescências 
a) b) 
c) d) 
 11 
 
 
Figura 4: Eflorescências na alvenaria 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
Ao longo de toda a edificação era comum encontrar trechos na alvenaria onde 
a pintura estava danificada devido ao surgimento de eflorescências. Além disto, as 
eflorescências podem causar desagregação profunda e modificação no aspecto visual 
da estrutura. 
De acordo com Correia (2005) os principais problemas relacionados com as 
eflorescências em fachadas são os efeitos antiestéticos. Porém, ainda segundo o 
autor, o processo de cristalização de sais às superfícies porosas podem originar 
tensões que conduzem à degradação e envelhecimento precocedos materiais de 
revestimento. 
 
2.3 ORÇAMENTO 
 
O primeiro orçamento realizado correspondeu à troca do piso das salas de 
cirurgia do hospital anteriormente mencionado, e foi inteiramente acompanhado pelo 
engenheiro supervisor. Neste momento, ele ainda explicou como utilizava as tabelas 
do SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil), 
além de apresentar de maneira sucinta como era feito o cálculo de seu BDI (Benefícios 
e Despesas Indiretas). 
a) b) 
c) 
 12 
 
 
O BDI é um percentual relativo às despesas indiretas que incide sobre os custos 
diretos de maneira geral, a fim de compondo, incluindo o lucro, o preço de venda ou 
produção de um serviço ou produto (ANDRADE, 2008). Como ele está em função de 
diversas variáveis, parte delas inerentes a cada projeto, esse preço de venda muda 
de acordo com o serviço a ser prestado. 
Para o orçamento da reforma relativa ao hospital, o engenheiro responsável 
recomendou a utilização de um BDI correspondente a 22% sobre o valor total do 
serviço. Na Figura 5 segue o orçamento final pronto: 
Figura 5: Orçamento da reforma do piso 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
 O orçamento acima corresponde a apenas uma sala de cirurgia, com área 
equivalente a 22 m². 
 Posteriormente, o engenheiro supervisor nos solicitou o orçamento para a 
pintura com tinta látex da escola 7 de Setembro anteriormente mencionada, devendo-
se admitir um BDI equivalente a 20%. Neste caso, o orçamento não pode ultrapassar 
o valor de quinze mil reais. 
 Para obtenção do valor numérico da área a ser pintada, foi necessário executar 
com cautela primeiramente uma memória de cálculo, especificando a área da 
alvenaria (consideradas interna e externas) e de esquadrias. 
 
 13 
 
 
Figura 6 - Orçamento de pintura de escola 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
2.4 ACOMPANHAMENTO DE OBRA 
 
Nesta etapa iniciou-se o acompanhamento da obra correspondente a 
construção de um edifício comercial de três pavimentos localizado na Rua da 
Independência, centro de Pau dos Ferros/RN. No momento da primeira visita, as 
fundações já haviam sido executadas, e a concretagem dos pilares estava sendo 
iniciada. O engenheiro nos forneceu então todos os projetos estruturais digitalizados 
para um melhor entendimento dos processos construtivos daquele canteiro de obras. 
Os tópicos a seguir estão dispostos na ordem cronológica dos serviços 
realizados na obra, sendo descritos de acordo com sua ocorrência. 
 
2.4.1 Concretagem de pilares 
 
Etapa de grande importância, a execução dos pilares exige atenção especial. 
Para esta situação, devido à altura dos pilares, e a concretagem ser feita 
manualmente, ela foi dividida em duas etapas. Após o posicionamento correto da 
armadura do pilar com o arranque, as formas foram montadas manualmente: 
 14 
 
 
Figura 7: Fôrma do pilar 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
Neste caso, o concreto foi dosado e preparado no canteiro de obras e sem 
utilização de betoneira. Um problema encontrado na concretagem foi a dificuldade em 
usar todo o concreto feito antes da perca de consistência. No entanto, como a 
concretagem não contou com mecanização, os colaboradores encarregados não 
conseguiram realizá-la em tempo hábil, e a trabalhabilidade rapidamente estava 
sendo comprometida. 
Para que o graute (concreto mais fluído, com agregado graúdo de pequena 
dimensão, especial para solidarização da armadura) utilizado continuasse trabalhável, 
adicionar mais água à mistura não era a providência mais adequada e, no entanto, 
era a medida adotada. Sabe-se que essa prática altera as características de um 
concreto que foi previamente dosado para possuir determinada resistência com 
quantidades estabelecidas de água, cimento e agregado. A adição de água irá 
modificar o graute. 
A situação descrita era uma preocupação do engenheiro residente, que 
acompanhou de perto esta etapa para ajudar a controlar os tempos de concretagem 
e adição de água, de modo a tentar garantir que no ensaio de resistência a ser feito 
posteriormente, o concreto dos pilares apresentasse resultados satisfatórios. 
a figura abaixo: a primeira imagem ilustra o processo de mistura do concreto, e 
a segunda, a adição de água quando a trabalhabilidade deste começa a cair. 
 15 
 
 
Figura 8: Fabricação do concreto em obra 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
A concretagem é então feita bem próximo as formas, como é possível 
observar a seguir: 
Figura 9: Concretagem do pilar 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
Para o adensamento do concreto, o colaborador utilizava uma estaca de 
madeira, desferindo pancadas leves ao longo da forma, durante o intervalo em que 
outro balde de graute era abastecido. 
a) 
b) 
 16 
 
 
Figura 10: Adensamento do concreto 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
A desforma era feita com dois dias, e então dava-se início a concretagem da 
parte superior do pilar. A Figura 11 (a) ilustra parte do pilar concretado e parte com as 
formas. Na Figura 11 (b) é possível visualizar a demarcação dessa diferença de 
concretagem. 
Figura 11: Detalhe dos pilares 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
A cura, de acordo com Brito (2010) após a concretagem os pilares e vigas 
devem ser molhados continuamente durante um prazo de sete dias, e no mínimo três 
a) b) 
 17 
 
 
dias. No entanto, na obra em questão esse procedimento não foi seguido. A cura dos 
pilares, molhando a superfície do concreto com água só foi feita durante um dia. Como 
consequência da cura insuficiente, pode haver uma secagem muito rápida do 
concreto, proporcionando o aparecimento de fissuras e até mesmo diminuição da 
resistência em superfícies maiores (BRITO, 2010). 
 
2.4.2 Nivelamento do solo 
 
A próxima etapa foi de regularização do solo. Neste caso não haviam grandes 
diferenças de altitude, sendo necessário somente a adição de camadas de areia, e 
posterior apiloamento (compactação) do solo, seguindo as inclinações especificadas 
em projeto. 
Figura 12: Nivelamento do solo 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
O nivelamento foi marcado com o auxílio de linhas de nylon. Os colaboradores 
explicaram que a parte frontal, e o lado direito do solo iriam possuir inclinação um 
pouco maior que os outros lados, para facilitar o escoamento de água (na limpeza, 
por exemplo), do edifício. As diferenças variavam em 10 cm. 
 
2.4.3 Ferragem 
 
Antes da execução das vigas, realizou-se um pedido de barras de aço 
específicas para esta etapa. Ao serem entregues, a contagem e verificação são feitas, 
para só então confirmar o recebimento do material. 
 
 18 
 
 
Figura 13: Recebimento do aço 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
 Um colaborador encarregado de fazer os estribos para as vigas mostrou a 
bancada onde eles são moldados. Ele ressaltou um ponto interessante desta 
bancada. Os espaçamentos contam com um centímetro a menos do que os 
tamanhos-padrão, devido à dobra feita acrescer esse centímetro ao comprimento final 
do estribo. Um exemplo é: se o estribo a ser feito deve ter comprimento equivalente a 
45 cm, a barra é posicionada na marca de 44 cm, pois o restante será recuperado na 
dobra. Assim, após isso, nos foi ensinado como dobrar o aço, e então moldar um 
estribo na prática. 
 Na Figura 14 estão, da esquerda para a direita, a bancada de moldagem do 
aço, o estribo feito por nós como teste, e alguns dos estribos prontos ao fim do dia 
para utilização nas vigas. 
Figura 14: Estribos 
 
 Fonte:Autoria própria (2017) 
 
 
a) b) c) 
 19 
 
 
2.4.4 Execução das vigas 
 
A montagem da armadura das vigas foi um processo lento e cuidadoso, sempre 
seguindo as instruções de projeto. Neste caso, a armação da viga se dava já no local 
onde ela seria concretada. 
Algumas vigas se iniciaram em arranques (barras de aço expostas) existentes 
no edifício ao lado. Estes, foram deixados ali propositalmente, pois já se tinha em 
mente no futuro estender a edificação. Na Figura 15 é possível observar o cruzamento 
de algumas vigas já montadas: 
Figura 15: Configuração final das vigas 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
Após a montagem do aço de cada viga, o engenheiro supervisor solicitava a 
conferência da armadura da mesma, de acordo com o projeto, e junto ao mestre de 
obras. 
As formas utilizadas nesta obra eram de madeira compensada, novas, e seriam 
reutilizadas nas vigas dos pavimentos superiores. Para facilitar o processo, aplicou-
se nas formas um desmoldante caseiro, ao qual o colaborador chamou de “óleo de 
motor queimado”. Apesar de difundida em pequenos canteiros de obra, esta solução 
não é recomendada pois uma camada muito grossa de óleo pode se formar, e seu o 
excesso penetrando pelos poros do concreto impregna e o deixa com pouca 
 20 
 
 
aderência, que por sua vez se torna prejudicial à aplicação posterior de revestimentos 
(ABBATE, 2003). 
Figura 16: Aplicação do desmoldante 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
Os espaçadores (chamado pelos colaboradores desta obra de “cocadas”), que 
tem função de garantir o cobrimento das armaduras nas estruturas e também para 
assegurar o posicionamento das armaduras no centro das formas (NAKAMURA, 
2011), foram confeccionados em campo, com uma mistura de cimento, água e 
agregado miúdo. 
Ao ser questionado qual seria a espessura do espaçador e o motivo, o mestre 
de obras afirmou que a conta a ser feita era simples: A viga tem 15 cm de seção, e a 
armadura ocupou 10 cm, restando 5cm. Assim, dividindo para os dois lados, ele 
conclui que o cobrimento desta viga é 2,5 cm. 
Na Figura 17 é possível verificar que o processo de fabricação destes 
espaçadores no canteiro se dá de forma prática e rebuscada: 
 
 21 
 
 
Figura 17: Espaçadores de concreto 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
 Logo durante a colocação das formas, foi percebido um pequeno desvio na 
primeira viga armada. A solução indicada pelo mestre de obras foi prender em uma 
barra da viga uma linha de aço, fixando-a na outra extremidade ao muro do lado. Ela 
permanecerá nesta posição até a desforma. 
Figura 18: Correção de inclinação 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
 A concretagem das vigas aconteceu de forma diferente dos pilares. Neste caso, 
maiores cuidados foram tomados. Devido a necessidade de um maior volume de 
concreto, uma betoneira foi providenciada. A quantidade dos materiais para 
composição do concreto em cada betonada foram as seguintes, segundo um dos 
colaboradores: 
 1 saco de cimento (50kg); 
 4 latas de areia (18 L cada lata); 
 4 latas de brita (18 L cada lata); 
 1,5 latas de água (18 L cada lata); 
a) b) c) 
 22 
 
 
Nos foi informado que a quantidade correta de água seria duas latas de 18 
litros, mas como a areia estava úmida, essa quantidade foi reduzida para uma lata e 
meia. 
O concreto deve ser adensado imediatamente após seu lançamento nas 
formas, pois tanto a falta de vibração quanto o excesso podem causar sérios 
problemas ao concreto (BRITO, 2010). O adensamento nas vigas foi mecânico, e feito 
por meio de um vibrador de imersão do tipo agulha. 
 
Figura 19 - Vibração do concreto das vigas 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
2.4.5 Mudanças no projeto estrutural 
 
O projeto estrutural para esta edificação foi feito para ser executado por 
completo em uma vez. No entanto inicialmente só o primeiro edifício foi levantado. 
Agora, com a execução do segundo, algumas adaptações ao projeto previamente 
elaborado foram necessárias. 
A principal delas constitui na redução no comprimento de algumas vigas e 
retirada de pilares destas. O motivo seria a falta de espaço. O terreno inicialmente 
previsto para a localização do edifício foi diminuído, e consequentemente a edificação 
também. Esta alteração ocorreu nas três vigas dispostas longitudinalmente. A Figura 
 23 
 
 
20 apresenta o detalhamento da viga original. O pilar P2, circulado, foi eliminado, e a 
armadura do vão central da viga foi substituída por aquela do vão à esquerda. Esta 
opção se deu após o mestre de obras em discussão com o engenheiro chegar à 
conclusão que devido aos diâmetros, comprimento e quantitativo de barras ser maior 
naquele lado, estariam a favor da segurança. 
Figura 20 - Detalhamento da viga V1 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
 Outra alteração, recomendada pelo engenheiro supervisor, foi a adição de uma 
varanda em balanço na extremidade posterior do edifício. Para isso, a armadura das 
vigas alteradas anteriormente mencionadas foi estendida por 1,60 m, como é possível 
observar na Figura 21: 
Figura 21 - Detalhe da armadura em balanço 
 
 Fonte: Autoria própria (2017) 
 
 
 
 24 
 
 
3 CONCLUSÕES 
 
O estágio cumpre o objetivo ao inserir o estudante no seu futuro ambiente de 
trabalho. Acompanhar as atividades desenvolvidas no canteiro de obras significa 
poder observar de maneira lúdica e prática toda a teoria estudada em sala de aula. O 
contato direto com os colaboradores também se mostrou muito importante. Ele 
permitiu aprender algumas denominações de campo para o que na universidade é 
ensinado o termo técnico, além de entender como as soluções na prática em um 
canteiro de obras precisa ser rápida e concisa. 
A elaboração de orçamentos apresentou noções dos valores reais na 
construção civil, e o acompanhamento da obra anteriormente citada permitiu observar 
os processos de execução, e os problemas que atrasam o desenvolvimento de uma 
obra, que variam desde o clima até a saúde dos colaboradores. 
As outras atividades desenvolvidas representaram uma amostra da extensão e 
pluralidade do trabalho de um engenheiro, além de possibilitar o interesse por outras 
áreas da engenharia além daquela destinada a execução de obras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 ANEXOS 
 
Anexo 1: Planta baixa do Hospital Municipal Erika Emanuelle Soares Arquileu 
 
 
 
 26 
 
 
Anexo 1.2: Cortes e fachada do Hospital Municipal Erika Emanuelle Soares Arquileu 
 
 
 
 
 27 
 
 
Anexo 2: Planta baixa da Escola 7 de Setembro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
 
 
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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termomecânica em argamassas colantes no sistema de revestimento cerâmico. 
Tese de doutorado. Brasília, 2016.