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Medicina nuclear Alunnos : Iara Alice Pereira de Brito Amanda Yasmim Pereira de Brito Katielle Mascarenhas Rocha Princípios da medicina nuclear Especialidade médica que utiliza quantidades mínimas de radiação, através de elementos conhecidos como radiofármacos, para realizar exames diagnósticos, tratamentos terapêuticos e auxiliar alguns procedimentos cirúrgicos. Principal diferencial da Medicina Nuclear está na avaliação da função dos diversos órgãos e observar o estado fisiológico dos tecidos de uma forma não invasiva Vantagens: os procedimentos além de não serem invasivos, são muito seguros. A cintilografia e a tomografia por emissão de pósitrons (também conhecida como PET/CT, na sigla em inglês) são as principais aplicações desta tecnologia para diagnostico Para que serve a medicina nuclear Observar o estado fisiológico dos tecidos de uma forma não invasiva A maioria procedimentos possui a finalidade diagnostica Alguns procedimentos também tem a finalidade terapêutica Tipos de radiações utilizadas Partícula beta: consiste num elétron, podendo portanto ser utilizado em terapia como por exemplo no tratamento de hipertiroidismo e do cancro da tireoide, doença de Plummer. Posítron: é o tipo de radiação utilizada nos exames de PET (Positron Emission Tomography - Tomografia por Emissão de Pósitrons). O principal radiofármaco utilizado nesse tipo de exame é o FDG (Glicose marcada com Fluor-18). Radiação Gama: é um fóton,energia (onda eletromagnética). Têm origem nos núcleos atómicos, e são utilizados na grande maioria dos exames em medicina nuclear. O principal radionuclídeo emissor de radiação gama utilizado em medicina nuclear é o tecnécio. radioisótopos Radioisótopos se referem a Isótopos que emitem radiação, ou seja, Isótopos radioativos.Isótopos são átomos com o mesmo número atômico e diferente número de massa Tecnécio-99 Iodo-123 ou Iodo-131 Tálio-201 Gálio-67 Índio-111 Xénon-133 e Crípton-81m Flúor-18 Radiofarmacos A Medicina Nuclear faz uso da radiação ionizante na forma de compostos radioativos, denominados radiofármacos. Utiliza-se destes compostos como traçadores radioativos. O mecanismo é bastante simples: é conhecido que diferentes compostos químicos possuem diferentes “caminhos” ou afinidades metabólicas, uma vez dentro do corpo humano. Desta forma, pode-se escolher e utilizar um determinado composto que possua afinidade metabólica com o órgão ou tecido de interesse Este composto é usualmente denominado fármaco. A idéia é verificar se este fármaco terá um comportamento metabólico padrão ou se háverá uma anomalia neste comportamento, subsidiando desta forma o diagnóstico de patologias funcionais. Ocorre que este comportamento metabólico do fármaco no interior do corpo humano precisa ser identificado ou detectado de alguma maneira, sem ter que recorrer a uma intervenção cirúrgica. A solução para este problema se dá pela utilização de um isótopo radioativo que, por um processo denominado marcação, é “acoplado” ao fármaco. Desta associação nasce um novo composto, denominado radiofármaco. Como este radiofármaco emite radiação ionizante, sua distribuição no interior do corpo pode agora ser identificada através do uso de um sistema de detecção de radiação ionizante. Exames que utilizam a medicina nuclear Cintilografia óssea. Gamagrafia com gálio. Tomografia por emissão de pósitrons (PET scan). Gamagrafia de tireoide. Especialidades medicas que utiliza esse recurso Endocrinologia Neurologia Pneumologia Cardiologia Nuclear Nefrologia Nuclear Osteoarticular Oncologia Endocrinologia Cintilografia da tireoide: A principal aplicação da medicina nuclear nesta área é o diagnóstico e terapia do carcinoma bem diferenciado da tireoide. As células normais da tireoide assim como as do carcinoma bem diferenciado desse órgão, concentram o iIodo até concentrações muito superiores a outros órgãos, uma vez que o iodo é uma parte importante das hormonas produzidas nessa glândula, a T3 e a T4. Terapia com I-131: O I-131 pode além disso ser usado para terapia do carcinoma bem diferenciado da tiroideia. Em muito altas concentrações, a emissão de partículas beta pelos radionuclídeos destrói as células ao redor. Esta terapia é usada após tireoidectomia para eliminar focos de metástase do cancro. É feita terapia de substituição das hormonas tiroideias (são ingeridas regularmente sob a forma de medicamento). Cintigrafia Corporal com 123I-MIBG: é uma técnica de estudo dos tumores neuroendócrinos. O radiofármaco utilizado, metaiodobenzilguanidina-Iodo-123, um análogo da guanetidina que é captada para os grânulos cromafins das células neuroendócrinas. São indicações para este exame a suspeita de feocromocitoma, tumores carcinoidesneuroblastoma pediátrico, carcinoma medular da tiroideia e outras neoplasias derivadas da crista neural. Cintigrafia do Córtex das Suprarrenais com 131I-Iodocolesterol: têm afinidade para o córtex da glândula suprarrenal. Utilizado no diagnóstico de Síndrome de Cushing, hiperaldosteronismo e hiperandrogenismo. Detecta lesões da suprarrenal. Cintigrafia das Paratiroideias: permite avaliar a funcionalidade das glândulas paratiroideias. É preparado um radiofármaco com afinidade para estas glândulas (geralmente o 99mTc-sestamibi ou o 99mTc-Tetrofosmina) que é depois administrado ao paciente por via endovenosa. Em casos de adenoma das paratiroideias, continua a visualizar-se atividade nas glândulas paratiroideias, mesmo 2h00 após a administração do radiofármaco. Por vezes é exigido que este exame seja comparado com uma cintigrafia da tiroideia. Neurologia avaliar anormalidades no cérebro em pacientes com certos sintomas e distúrbios, como convulsões, perda de memória e suspeita de anormalidades no fluxo sanguíneo detectar o início precoce de distúrbios neurológicos , como a doença de Alzheimer ajudar a planejar uma cirurgia identificar áreas do cérebro que poderiam estar causando convulsões avaliar a presença de anormalidades em um produto químico cerebral envolvido no controle do movimento, em pacientes com suspeita de doença de Parkinson ou distúrbios de movimento semelhantes avaliação de suspeita de recorrência de tumores cerebrais, planejamento de radioterapia ou cirurgia ou localização para biópsia Pneumologia explorar os pulmões para possíveis problemas respiratórios ou circulação sanguínea avaliar função pulmonar diferencial para redução pulmonar ou cirurgia de transplante detectar rejeição de transplante de pulmão Cardiologia visualizar o fluxo sanguíneo e a função cardíaca (como a cintilografia de perfusão miocárdica ) detectar doenças das artérias coronárias e a extensão da estenose coronariana avaliar os danos ao coração após um ataque cardíaco avaliar as opções de tratamento, como cirurgia cardíaca e angioplastia avaliar os resultados dos procedimentos de revascularização (restauração do fluxo sanguíneo) detectar rejeição do coração transplantado avaliar a função do coração antes e depois da quimioterapia (MUGA) Nefrologia Cintigrafia Renal com 99mTc-DMSA: o parênquima do rim é estudado com a molécula DMSA (ácido dimercaptosuccinico) que é feita reagir in vitro com tecnécio-99m radioativo. O DMSA-Tc99m é injetado no sangue do paciente, de onde é simultaneamente filtrado, reabsorvido e secretado a nível glomerular, e do Tubo Contornado Proximal. O fármaco fica na sua maioria localizado no córtex renal desde que este esteja funcional e capaz de filtrar, reabsorver e secretar. Cintigrafia Renal com 99mTc-DTPA : É uma técnica de avaliação do glomérulo renal e sua de filtração efetiva, nomeadamente das glomerulopatias. Renograma Basal com 99mTc-MAG3: o 99mTc-MAG3 ou mercaptoacetiltriglicina-99mTc é eliminada principalmente por secreção tubular. A sua rápida excreção permite a avaliação não só dessa função renal mas também da perfusão, e integridade do sistema coletor. É usada na monitorização da insuficiênciarenal, obstrução dos canais colectores e refluxo de urina. Renograma com prova diurética: usado no diagnóstico diferenciados entre a obstrução das vias urinárias, nomeadamente por cálculos ("pedra dos rins"), e a estase funcional dessas vias. A administração de um diurético como a furosemida acelera a excreção de urina pelo rim. Qualquer dificuldade de micção que não seja obstrução mecânica das vias pode ser distinguido aumentando suficientemente o volume de urina secretada pelos rins. Renograma com Captopril: é usada como teste de detecção de hipertensão arterial devido a estenose (causada pela aterosclerose ou placa de colesterol) da artéria renal. É administrado captopril, um inibidor da enzima conversora da angiotensina, que tem o efeito de diminuir a perfusão (fluxo sanguíneo) renal. Cistocintigrafia Directa ou Indirecta: é usada no diagnóstico do refluxo vesico-ureteral (da bexiga de volta ao ureter) da urina. Há dois tipos. Na cistocintigrafia directa, o doente é cateterizado (tubo colocado no uretra) e a solução radioativa é introduzida na bexiga. Na indirecta o rádiofarmaco é injetado no sangue e as imagens feitas aquando do percurso da urina radioativa pelas vias urinárias inferiores. Em qualquer caso, o imagiologista verifica se há refluxo da urina radioativa. osteoarticular examine ossos para fraturas, infecções e artrite avaliar a presença de metástases ósseas avaliar articulações prostáticas dolorosas avaliar tumores ósseos identificar sites para biópsias oncologia Cintigrafia com Gálio-67: o Gálio-67 comporta-se como o ião Ferro3+ e portanto liga-se à transferrina plasmática. A maior vascularização das neoplasias e a sua maior necessidade de ferro leva à acumulação do radiofármaco nas células neoplásicas, associado à ferritina. É possível colher informações de muitos tipos de tumores com esta técnica mas ela é principalmente indicada para estadiamento de linfomas. Uma vez que o Gálio não se concentra em lesões necrosadas ou fibróticas ele permite detectar tumores activos de forma superior À Tomografia computadorizada ou Ressonância Magnética. Cintilografia dos Receptores da Somatostatina com 111In-Pentatreótido: usado no estadiamento de tumores neuroendócrinos, como os do ilhéu do pâncreashipófise e carcinoides. Cintilografia com 99mTc-sestaMIBI: este radiofármaco concentra-se nas mitocôndrias, logo marca a viabilidade celular (a falta de integridade das membranas mitocondriais é indicativa de stress celular). Cintilografia Mamária: a primeira técnica de detecção de tumores mamários é a mamografia, uma forma de radiografia. A cintigrafia só é usada se houver dúvidas após mamografia. Linfocintigrafia: técnica de determinação do gânglio sentinela. O gânglio sentinela é o primeiro gânglio linfático que drena uma neoplasia, e é o primeiro a receber células metastáticas. É essencial após descoberta de tumor maligno verificar se o gânglio sentinela está invadido, pois o inicio de metastização determina estratégias terapêuticas mais agressivas.. em adultos a medicina nuclear é utilizada para : Câncer Classifique o estágio do câncer determinando a presença de câncer disseminado em várias partes do corpo localizar linfonodos sentinela, antes da cirurgia, em pacientes com câncer de mama, pele ou tecido mole planejar o tratamento avaliar a resposta à terapia detectar recorrência do câncer detectar tumores raros do pâncreas e das glândulas supra-renais Renal analisar o funcionamento e o fluxo sanguíneo dos rins originais ou transplantados detectar obstruções do trato urinário avaliar a presença de hipertensão (pressão arterial alta) relacionada às artérias dos rins avaliar os rins para determinar se é uma infecção ou uma cicatriz Em crianças investigar anormalidades no esôfago , como refluxo esofágico ou distúrbios de motilidade avaliar a abertura dos ductos lacrimais avaliar a abertura de válvulas ventriculares no cérebro avaliar válvulas e fluxo sanguíneo pulmonar em cardiopatias congênitas Terapias de medicina nuclear incluem : Terapia com iodo radioativo (I-131) usada para tratar algumas das causas do hipertireoidismo , (glândula tireoide que funciona mais que o normal, por exemplo, doença de Graves ) e câncer de tireoide Anticorpos radioativos usados para tratar certas formas de linfoma (câncer do sistema linfático ) Fósforo radioativo (P-32) usado para tratar certas doenças do sangue Os materiais radioactivos utilizados para tratar metástases de tumores ossos dolorosas I-131 MIBG (radioativo iodo marcado com metaiodobenzilguanidina) usado para tratar tumores da glândula adrenal em adultos e tumores teciduais do sistema nervoso e da glândula adrenal em crianças