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10597 impresso LLPT LinguisticaFormalismo 2018 1

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Disciplina 
Linguística: Formalismo 
 
 
Coordenador da Disciplina 
 
Profª. Maria Claudete Lima 
 
9ª Edição 
 
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados desta edição ao Instituto UFC Virtual. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, 
transmitida e gravada por qualquer meio eletrônico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, dos autores. 
 
Créditos desta disciplina 
 
Realização 
 
 
Autor 
 
Prof. Paulo Mosânio Teixeira Duarte 
 
 
 
Sumário 
 
Aula 01: Formalismos, seu Alcance Metodológico e Pontos de Contato.............................................. 01 
 Tópico 01: A contribuição de Saussure .................................................................................................. 01 
 Tópico 02: O Estruturalismo Americano ............................................................................................... 04 
 
Aula 02: Princípios do Estruturalismo ................................................................................................... 06 
 Tópico 01: O Princípio da Oposição e da Distribuição .......................................................................... 06 
 Tópico 02: Princípio da Sistematicidade ................................................................................................ 09 
 Tópico 03: Princípio da Neutralização ................................................................................................... 11 
 
Aula 03: Introdução ao gerativismo ........................................................................................................ 13 
 Tópico 01: A gramática gerativa: Um conceito diferente de gramática ................................................ 13 
 
Aula 04: O Gerativismo ............................................................................................................................ 17 
 Tópico 01: Linhas Gerais de seu Programa ........................................................................................... 17 
 
 
TÓPICO 01: A CONTRIBUIÇÃO DE SAUSSURE
O nome formalismo se prende à palavra forma, palavra que, em 
Linguística, tem vários sentidos como você deve saber. O sentido que nos 
interessa de perto é "feixe de relações", tal qual está definido no Curso de 
Linguística Geral: "a língua é uma forma não uma substância".
Com esta frase, Saussure quis dizer que o importante não é o mundo 
exterior, mas o objeto língua fechado em si mesmo. As unidades seriam 
definidas no interior da própria língua. Não interessam as funções sociais 
que a língua desempenha, quer como representação do mundo, a função 
ideacional, quer como relação entre falante e ouvinte, a função interpessoal.
As unidades começam do fonema e da sílaba no 
nível fonológico; perpassam o plano morfológico, com 
o morfema; ascendem à palavra, à junção de palavras 
(sintagmas). Desta junção nascem as orações, que se 
combinam para formar combinação de orações ou 
sintagmas superocionais (cf. CAMARA JR.,1968 
sv.Sintagma; BORBA, 1984).
Por várias vezes, Saussure reforça seu ponto de vista sobre a língua 
como objeto fechado em si. Como você deve lembrar-se, algumas afirmações 
ficaram famosas. Podemos citar algumas: " a língua é um sistema em que 
tudo está estreitamente ligado"; "o sistema linguístico gira por inteiro ao 
redor das identidades e das diferenças".
É famoso o slogan: "o signo não une o nome a uma coisa, mas um 
conceito a uma imagem acústica". O conceito corresponde ao significado, 
enquanto o nome corresponde ao significante. 
O linguista concebia a língua como um repertório de signos, conforme 
lhe foi dado a conhecer no início de seu curso. Porém, o conceito de língua 
tem outros alcances: "instituição social" e "acervo de regras e palavras no 
cérebro falante". A língua é, portanto, coletiva e abstrata.
Como é fácil perceber, estas entidades se encontram na mente/ cérebro 
do emissor, quer seja em forma de imagem pela qual se reconhece os sons da 
língua em sua ilimitada variedade, quer seja em forma de conceito, que 
permite reconhecer os objetos apesar de nunca haver dois objetos iguais, 
pois eles mudam conforme as situações. O problema é que é muito difícil 
saber o que é um conceito e como ele se forma na cabeça do falante. Afinal 
nunca vimos um cérebro em funcionamento nem sabemos muito sobre os 
mecanismos neurológicos que geram um conceito. E mesmo assim, seria 
preciso "ver" o produto chamado conceito.
LINGUÍSTICA: FORMALISMO
AULA 01: OS FORMALISMOS, SEU ALCANCE METODOLÓGICO E PONTOS DE CONTATO
1
Como sabe, conceito é termo filosófico: ele contém por definição o que é 
comum a todos os objetos e, consequentemente, elimina as diferenças. 
Guardadas as distinções, o mesmo se pode dizer do termo imagem, na 
expressão imagem acústica. 
Qual é a natureza desta imagem?
Saussure insiste no caráter psíquico do significante e do significado. Ele 
diz claramente que "ambos são de natureza psíquica". Por isto, não 
concordamos com autores, como Castelar de Carvalho (2000), que divulgam 
o ensinamento de Saussure, simplificando-o: o autor citado afirma que o 
significante é psicofísico, tradução fônica de um conceito. Na verdade, o 
significante é apenas psicológico. 
Ainda hoje, apesar dos inconvenientes, usam-se as denominações 
significante/significado. Mas em vez delas, se formularam outras, Plano da 
Expressão/Plano do Conteúdo, da qual vamos falar no momento oportuno 
com as devidas reformulações, apoiadas no próprio Curso de Linguística 
Geral (1977).
OBSERVAÇÃO
Saussure nos deixou um legado ímpar em Linguística. Em primeiro 
lugar, foram fecundas as dicotomias propostas por ele, as quais 
certamente você estudou quando fez Introdução à Linguística e que lhe 
sugerimos revisar nas linhas gerais: 
◾ língua/fala; 
◾ significante/significado;
◾ paradigma/sintagma; 
◾ forma/substância; 
◾ sincronia/diacronia.
Nos capítulos pertinentes, não repetiremos os conteúdos básicos a não 
ser como mera introdução. O importante para nós é tirarmos as 
consequências destas dicotomias para fins de estudo e análise para que você 
verifique a aplicabilidade delas. Também é de suma importância, apoiados 
em revisões posteriores de outros estudiosos, vermos como algumas 
insuficiências foram superadas. Outro ponto importante é o legado para a 
formação de grandes escolas:
A GLOSSEMÁTICA
Do Grupo de Copenhague, a mais ortodoxa corrente saussureana, 
representada por Hjelmslev, cujo objetivo era levar às últimas 
consequências a tese de que a língua se constitui só de relações internas, 
como objeto fechado. Daí o nome Glossemática: estudo das menores 
unidades da língua (do grego glossa: "língua" e –ema,"menor unidade").
O CÍRCULO DE PRAGA
Heterogênea, congregava estruturalistas e funcionalistas (estes julgam 
que a língua não pode ser reduzida a um feixe de funções internas, mas 
possui função de comunicar ideias e relacionar pessoas). Entre eles 
citamos: Tesnière, o Pai da concepção de que o núcleo da oração é o verbo, 
2
Trubetzkói, o Pai da Fonologia; Jakobson, famoso por trabalhos em 
Fonologia e sobre funções da Linguagem; Bühler, estudioso, que também 
estudou as funções da linguagem; Mathesius, Danes, ambos funcionalistas, 
e outros. 
O CÍRCULO DE GENEBRA
De onde saiu Ferdinand de Saussure, heterogênea, o maior vulto foi 
Bally, que concebeu a língua como portadora de afetividade e 
subjetividade. Foi o Pai da Estilística.
Mas a concepção formalista de língua não se limita a Saussure. Nos 
Estados Unidos, você certamente deve recordar a partir de suas aulas de 
Introdução à Linguística, houve um linguista de muita importância, 
Bloomfield, que publicou um livro que marcou época, Language (1933). 
Falaremos dele a seguir.
FONTES DAS IMAGENS
1. http://www.denso-wave.com/en/
Responsável: Profª. Maria Claudete LimaUniversidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual
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TÓPICO 02: O ESTRUTURALISMO AMERICANO
Leonard Bloomfield (1887-1949) [1]
Bloomfield tinha uma concepção de língua diferente da de Saussure, 
embora defendesse como ele, a ideia de um sistema fechado. De início, 
poderíamos apontar algumas características na proposta do linguista 
americano:
• mecanicismo: o homem é visto como uma máquina; 
• materialismo: o homem é encarado como um ente puramente material;
• empirismo: o único método válido é a experiência.
É célebre o exemplo de Bloomfield para ilustrar seus princípios teóricos. 
Duas pessoas, Jack e Jill, passeavam. Jack sentiu fome e pediu a Jill que lhe 
trouxesse uma maçã, o que ele fez. O ato verbal de Jack foi um substituto de 
suas necessidades fisiológicas. Emitiu ondas sonoras a Jill, que respondeu, 
ao apanhar a maçã. As ondas sonoras constituem o estofo, a contraparte 
física. Como você vê, ele rejeita a concepção de imagem acústica, de qualquer 
construto teórico que evoque a caixa preta, que é a mente humana. Por isso, 
dá dimensão física ao som, o que o opõe a Ferdinand de Saussure. Claro que 
reconhece os sons como alvo de estudo plural: de físicos e neurologistas, por 
exemplo. 
A maçã é o estímulo (S), que desperta fome e ação dos sucos gástricos 
em Jack (R). Jack fala, emite outro estímulo, que interessa à Linguística em 
parte, pois outros aspectos dos estímulos sonoros dizem respeito à Física e à 
Neurologia. O sentido não é mental para Bloomfield, que se recusava a 
entrar na caixa preta, a mente humana, ou melhor, o cérebro, pois mente, 
para Bloomfield, é entidade metafísica, da qual não se deve falar em ciência. 
Do mesmo modo, não se deve falar de entidades como espírito, vontade e 
outras que não se podem medir. 
O significado para Bloomfield compõe-se do que chamamos aspectos 
extralinguísticos, como a situação do falante, o enunciado (mais ou menos 
sinônimo de frase, que pode ou não ter verbo), e a resposta do ouvinte.
Onde estaria então o sentido? 
Clipart 
Bloomfield se depara com problemas filosóficos que ele honestamente 
expõe. Um deles é o do conceito, que faz com que Jack e Jill reconheçam 
uma maçã naquela situação particular, embora haja um sem-número de 
maçãs. Segundo ele mesmo afirma, as situações que nos preparam para 
enunciar qualquer forma linguística são muito variadas. O que faz, então, 
que reconheçamos uma maçã numa dada situação? 
Bloomfield reconhece honestamente que o ponto fraco dos estudos 
linguísticos é o sentido. Esta doutrina sobre o significado não explica por que 
identificamos o objeto em sua ausência, como se dá a linguagem figurada, 
LINGUÍSTICA: FORMALISMO
AULA 01: OS FORMALISMOS, SEU ALCANCE METODOLÓGICO E PONTOS DE CONTATO
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como a ironia e a metáfora, a mentira e o processo pelo qual reconhecemos 
um objeto de diferentes formas e cores através de generalização da 
experiência. 
Mais radical que Bloomfield foi Harris num livro mais método que 
teoria. Veja o título: Métodos de Linguística Estrutural. O autor só 
reconhecia como importante para a análise linguística o contexto, que é o 
lugar onde dada unidade (fonema, morfema) ocorre. Daí o conceito de 
distribuição. Mais tarde, Harris abandonou este método chamado 
Distribucionalismo. 
Um discípulo de Harris, Chomsky, fundou uma corrente hoje chamada 
Gerativismo, que sofreu muitas mudanças. Mas, em nosso curso, não 
teremos tempo de acompanhá-las. Deixaremos para o capítulo apropriado 
falar desta corrente do formalismo. 
FÓRUM
Leia a seção “corrente americana" (p.123-125) do capítulo sobre 
Estruturalimo do livro de Mário Eduardo Martelotta (Manual de 
Linguística, S.Paulo. Ed. Contexto, 2011) e discuta com seus colegas e 
tutor as diferenças e semelhanças entre o estruturalismo de Saussure e de 
Bloomfield.
FONTES DAS IMAGENS
1. http://static.wixstatic.com/media/8ee51c_5c649b8596914bc2b7839252
0081629d.jpg/v1/fill/w_322,h_296,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01/8ee51
c_5c649b8596914bc2b78392520081629d.webp 
2. http://www.denso-wave.com/en/
Responsável: Profª. Maria Claudete Lima 
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TÓPICO 01: O PRINCÍPIO DA OPOSIÇÃO E DA DISTRIBUIÇÃO
O princípio da oposição, como você deve recordar a partir de suas 
aulas de Introdução à Linguística, se baseia no princípio saussureano de 
que na língua o que conta são as diferenças. O sistema linguístico gravita 
em torno das identidades e diferenças, como você deve ter ouvido falar em 
seu curso de Introdução à Linguística. 
Assim, a) consideradas duas unidades A e B formadas de mais de um 
elemento; b) e de tal modo que possuam uma parte em comum e outra 
diferente, podemos afirmar que estas duas unidades se encontram em 
oposição. Valemo-nos do que você conheceu pelo nome de comutação: 
substituição de um elemento do PE (Plano da Expressão) por um outro, a fim 
de verificar se o significado muda, ou ao contrário, na substituição de um 
elemento do PC (Plano do Conteúdo) para identificar mudança na expressão. 
PARADA OBRIGATÓRIA
O princípio da oposição articula-se com o princípio da funcionalidade. 
Ela decorre da oposição entre os diversos termos da língua. Vem do 
princípio saussureano de que a língua é forma, isto é, um feixe de relações. 
Daí o princípio geral de que as unidades existem como unidades da língua 
vez que nascem de um sistema de relações.
Uma diferença mínima entre duas unidades duma língua denomina-se 
traço distintivo. A consoante portuguesa /b/, por exemplo, funciona como 
consoante oral e não nasal em relação a /m/. Por sua vez, é oclusiva e não 
fricativa em relação a /v/. É labial e não dental em relação a /d/, como 
sonora e não surda em relação a /p/. O fonema /b/ funciona em cada uma 
destas oposições através de traços distintos a depender do fonema ao qual se 
opõe. Como vê, a partir do princípio da oposição, uma unidade linguística é 
composta de uma série de traços distintivos.
O que vimos dizendo das unidades linguísticas vale tanto para as 
unidades da expressão como para as do conteúdo. Assim, tomemos algumas 
formas do imperfeito do subjuntivo: amasse, amasses amassem, amássemos. 
Se você se lembra do que aprendeu em Vocábulo, verá que temos os 
seguintes constituintes da primeira forma: am-a-sse- porque você comuta 
com am-a-sse-s. O zero ou , representando aqui a desinência número-
pessoal, é obtido a partir da comutação de ama-a-sse-s com ama-sse- . O 
constitituinte –sse- , denominado desinência modo-temporal, é obtido a 
partir da comutação de am-a-sse- com am-a-va - . O radical é deduzido a 
partir da comutação de am-a-sse- com cant-a-sse- . 
LINGUÍSTICA: FORMALISMO
AULA 02: PRINCÍPIOS DO ESTRUTURALISMO
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Daí se deduz a fórmula do verbo em uma das versões do 
estruturalismo: 
Rad+/-VT/+-/DMT/+-/DNP. 
Esperamos que você se lembre do nome destes constituintes: radical, 
vogal temática, desinência modo-temporal, desinência número pessoal.
Os elementos que, em certa posição, são constantes e, no entanto, não se 
opõem, não tendo, portanto caráter funcional, são denominados 
redundantes e assumem funções secundárias em relação à função principal. 
É o caso da passagem de o fechado (ô) para o aberto (ó) em alguns plurais e 
femininos: porco/porcos; porco/porca. 
OBSERVAÇÃO
Como você percebe, a utilidade do princípio da oposição é ampla. Se 
duas ou mais unidades não se opõem em morfologia, por exemplo, como 
-r , re- e -rem, do futuro do subjuntivo, elas são morfes, que, no conjunto, 
correspondem ao conteúdo "futuro do subjuntivo." Estas unidades, em 
conjunto, associadas ao conteúdo já falado, formam um signo, uma classe, 
no caso, classe de morfes. Esta classe, com PE -r, -re e –rem e PC "futuro" 
e "subjuntivo" forma o morfema. Às vezes, o morfema é constituído só de 
um morfe, como –mos, cujo PC é "1ª pessoa" e "plural". Nãoprecisa, como 
você vê, apenas um elemento no PE ou um só elemento no PC. O 
importante é haver uma correlação entre unidade(s) do PE associadas a 
unidade(s) do PC. Se a correlação é a mesma, haverá um só signo. O 
elemento do PE –mos com PC 1ª pessoa e plural é um só signo. Os 
elementos -r, -re e -rem (ex; amar, amares , amarem) do PE têm o mesmo 
PC: "futuro e subjuntivo", formam, como você já leu, uma classe, um só 
morfema um só signo.
Em Fonologia, como você viu na disciplina que cursou, os fones que são 
apenas diferenciados pela distribuição são alofones. Exemplo já muito 
conhecido é a palavra tia, em que o [tch] é palatal pela presença da vogal 
palatal [i]. Assim, [tch] é alofone de [t]. Cada um é fone. O fonema é a classe 
dos alofones. Podemos pensar assim em sintaxe: o SN , por exemplo, é um 
sintagma cujo núcleo é um nome e inclui até pronomes. Exemplo: meninos, 
bom menino, eu etc. Sintagma nominal é uma classe de sintagmas cujo 
núcleo, só ou acompanhado por artigos ou adjetivos, é um nome. Podemos 
estender o conceito aos outros sintagmas, verbais, adjetivais e 
preposicionais.
Um conceito importante é o de distribuição, que é a soma dos contextos 
em que uma unidade ocorre. 
Podemos, assim, dizer que as desinências modo-temporais do verbo 
ocorrem após a vogal temática. O fone [l], em encontros consonantais, vem 
depois de oclusivas. A distribuição dos fones é estudada pela Fonotática. Em 
sintaxe, podemos pensar que Sintagmas adjetivais vêm antecedidos de 
intensificadores ou modalizadores (ex: extremamente bela, claramente 
genial). 
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TÓPICO 02: PRINCÍPIO DA SISTEMATICIDADE
MORFOLOGIA LEXICAL
Em morfologia lexical, os exemplos podem ser multiplicados 
ilimitadamente. Quantos vocábulos podemos formar com prefixos como
pré- e pós-? Inúmeros. Temos palavras como pré-parto, pós-parto, pré-
vestibular, pós-guerra etc. Mais uma vez, temos de ser cautelosos, pois o 
ambiente ou o contexto influi e muito. Estes prefixos costumam ser tônicos 
e aparecer diante de verbos. No caso dos sufixos, a situação se complica 
mais por causa de forte polissemia que costuma caracterizar os morfemas 
sufixais. Assim, um sufixo como –eiro, tem vários sentidos: 
“recipiente” (cinzeiro), “conjunto “(nevoeiro), “árvore“ (abacateiro) etc.
SINTAXE
Em sintaxe você pode formar ilimitados grupos nominais, como o bom 
livro, adjetivais, como muito bom, preposicionais, a exemplo de contra a 
guerra, de ouro. Isto sem falar das inúmeras frases que se podem construir.
O princípio da sistematicidade refere-se ao fato de os mesmos traços 
distintivos serem comumente utilizados na língua mais de uma vez. A 
sistematicidade é também chamadarecorrência ou recursividade. Em 
outras palavras, um certo número de traços distintivos, recorrentemente 
usados possibilita, conforme reconhece Coseriu “um número de unidades 
funcionais e superior ao dos próprios traços distintivos” (1979, p.74). Se os 
traços podem combinar-se diversamente, existe a possibilidade de haver 
mais unidades que traços distintivos. 
Em português, por exemplo, a distinção entre consoantes vozeadas e 
desvozeadas não funciona somente no caso da oposição entre /p/ e /b/ mas 
também na oposição entre /t/ e /d/, /k/ e /g/ etc. O fonema /p/ pode 
aparecer em muitas palavras em oposição: /p/ato, /b/ato, /m/ato; / 
p/orto, /t/orto, /m/orto. A distinção entre masculino e feminino, ainda que 
precária em morfologia, como reconhece Rocha (1998), pois só atinge um 
pequeno número de palavras, é sistemática ou recorrente, como bem dizem 
os exemplos: menino/menina/garoto/garota. Já é diferente do plural, que 
atinge um sem-número de palavras: livro/livros, casa/casas, entre outras. 
Podemos em sintaxe substituir um SN por vários outros: este bom rapaz/ 
aquele diligente moço etc. E assim por diante, com outros sintagmas, 
verbais, adjetivais, adverbiais. Porém, na frase, há limitações por causa de 
regras de combinação: não podemos substituir na frase aquele rapaz lê o 
livro o 1º. SN por este gato, pois gatos não leem. Podemos pensar na 
ilimitada quantidade de orações adverbiais, com subtipos, e substantivas, 
também com subtipos. Veja as observações seguintes: 
Há exemplos marginais na língua, como –ebre de casebre. Este só 
ocorre nesse exemplo. Autores citam exemplos de palavras como armário. 
Ninguém sabe o que significa arm, mas –ário seria sufixo motivado pelo que 
LINGUÍSTICA: FORMALISMO
AULA 02: PRINCÍPIOS DO ESTRUTURALISMO
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ocorre em aquário. O problema é: o que significaria arm? Seria um não-
signo. É questão para se discutir. Os linguistas se dividem. Os que advogam o 
signo não veem razão de se identificarem dois constituintes em armário. Os 
que seguem uma linha mais mecanicista não veem problema nenhum em 
reconhecer dois constituintes. 
O constituinte que só aparece uma vez e desobedece ao princípio da 
sistematicidade ou recorrência recebe a terminação –óide: basóide ( se se 
trata de uma base, como arm- de armário), sufixóide (-ebre de casebre).
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TÓPICO 03: PRINCÍPIO DA NEUTRALIZAÇÃO
VERSÃO TEXTUAL
O princípio da neutralização aparece mais claro no estruturalismo 
europeu e considera casos de suspensão das oposições, quer dizer de 
"neutralização" como o próprio nome sugere. 
Em fonologia, por exemplo, costuma aparecer em sílabas pretônicas, 
como em R/ê/cife, R/é/ cife e, num registro mais culto R/i/cife. A oposição 
entre /é/, /ê / e /i/ , que acontece nas tônicas, deixa de existir, ocorrendo 
neutralização.
PARADA OBRIGATÓRIA
Lembre-se que, em contexto tônico, há oposição, a exemplo de 
m/é/ta, m/ê/ta; m/ê/to, m/i/to. Quando ocorre a neutralização, há o 
arquifonema, que Pais (1981) caracteriza através da interseção dos traços. 
Assim, em c/ô/légio e c/ó/légio, os traços comuns são [+ média + 
posterior, +oral]. Sai o traço de abertura, fechado no primeiro caso, 
aberto, no segundo. O arquifonema é representado por letra 
maiúscula /O/. Mas o arquifonema não é aceito por linguistas americanos. 
Será que a solução seria apelar para alofonia e dizer que, em certos 
contextos, perde-se a distintividade e há outra classe de fonemas? Por 
exemplo, em sílaba pretônica, pode-se dizer que [ó] é alofone de [o]. Fica 
para você pensar. Outra solução seria limitar o estudo a um dado lugar, 
com certos tipos de falantes, em certos registros, formal ou coloquial. 
Assim, não precisaria dizer que , em Fortaleza, por exemplo, há um 
arquifonema /S/, resultado da não-distinção entre /ch/ e /s/. Isto só pode 
ser dito se estudarmos o português do Brasil por inteiro, em que entra o 
falar típico do carioca e do cearense.
No léxico, em certos contextos, a oposição dia/noite pode deixar de 
existir, podendo dia também se aplicar a dia e noite juntos (24 horas). Na 
gramática, o masculino em português pode, em certos ambientes, não se 
opor ao feminino e aplicar-se a uma e outra categoria. Se ouvíssemos os 
meninos estão no pátio, podemos igualmente interpretar o primeiro 
substantivo como referente a "meninos" e "meninas". 
Os termos meninas e noite só têm significados específicos. Já meninos e 
dia podem ter significados específicos: "jovens do sexo masculino", "parte do 
dia a partir das 18 horas". Mas podem ter significado genérico: podem 
significar "jovens do sexo masculino ou feminino" ou "o período inteiro de 24 
horas".
O termo de valor não-genérico na fala (ou discurso, em termos de 
Saussure) se chama termo marcado. Deduzimos, com base nesta informação, 
LINGUÍSTICA: FORMALISMO
AULA 02: PRINCÍPIOS DO ESTRUTURALISMO
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quanto aos exemplosacima, referentes ao léxico e à gramática, que o termo 
marcado, no primeiro caso, é noite e, no segundo, meninas.
OBSERVAÇÃO
Quanto aos tempos verbais, o presente pode ser usado no lugar do 
pretérito perfeito ou do futuro do presente: em Belém, conforme as 
profecias, nasce Jesus; amanhã estou em sua casa.
Como já foi dito, boa parte dos estruturalistas europeus acata a 
neutralização. Mas não a diferenciam de outro fenômeno reconhecido por 
Coseriu, o sincretismo. Vocês sabem que o latim tinha, no caso acusativo, 
formas idênticas para o nominativo e o neutro, como templum/templum. 
Em português, temos como exemplo amava, que acumula as formas de 1ª e 
3ª pessoa do singular. Ora, isto é bem diferente de dia/noite, em que a 
suspensão das oposições é dada pela generalização de uma das formas bem 
diferente no plano da expressão em certos contextos. Dizemos, então, que, 
no primeiro caso, há sincretismo e, no segundo, neutralização.
Salvo engano nosso, parece que há certa reserva quanto à neutralização 
em relação ao sincretismo. A primeira acontece tanto em Fonologia quanto 
no Léxico e na Gramática, sendo, portanto mais geral. O segundo ocorre 
tanto em Lexicologia quanto em Gramática, mas não em Fonologia.
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Baixe o arquivo e responda as questões propostas.
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TÓPICO 01: A GRAMÁTICA GERATIVA: UM CONCEITO DIFERENTE DE GRAMÁTICA
Por gramática, o não-especialista se refere comumente a um livro 
com regras, mais especificamente ao que o usuário entende vagamente por 
norma culta, regras do reto falar e do reto escrever. Dizemos “entende 
vagamente” porque se ele for indagado sobre norma culta, não saberá dizer 
com precisão. Talvez se refira ao texto de literatos. 
São as próprias gramáticas que nos dão esta ilusão de certo e de errado. 
Até mesmo gramáticas de porte, como a de Rocha Lima (1985), são fartas de 
exemplos literários, e de diferentes extrações, como do Padre Antônio Vieira 
e de Alexandre Herculano. A de Celso Cunha (1983) também é pródiga em 
exemplos de referência literária. Leia, nesta última gramática, a parte 
dedicada à regência verbal e você ficará estarrecido ao ver que cada regra é 
desmanchada com referência a literatos distintos. 
E aí? Mal sabe o nosso consulente que o que chamamos norma culta é 
fluido por depender de um conjunto de fatores que você deve conhecer:
• diatópicos,
• diastráticos e
• diafásicos.
Assim, em certas ocasiões tolera-se dizer eu vi ele, ela viu ele passar, e 
construções costumeiras na norma não-padrão. 
Como descrição de uma pretensa norma ideal, a Gramática Normativa 
deixa muito a desejar. Tomemos estes exemplos de Miotto, Silva e Lopes 
(2004, p.17). O comentário é dos autores sobre os advérbios de dúvida, 
definidos como palavra cujo ambiente é junto de adjetivos ou verbos. Mas 
vejam vocês que o alcance destes advérbios é bem maior, como demonstram 
os exemplos em colchetes:
DESCRIÇÃO 01
 [Provavelmente o João] doou os jornais para a biblioteca. (não a 
Maria)
DESCRIÇÃO 02
O João [provavelmente doou] os jornais para a biblioteca. (não 
vendeu)
DESCRIÇÃO 03
LINGUÍSTICA: FORMALISMO
AULA 03: INTRODUÇÃO AO GERATIVISMO
13
O João doou [provavelmente os jornais] para a biblioteca. (não as 
revistas)
DESCRIÇÃO 04
O João doou os jornais [provavelmente para a biblioteca]. (não para o 
bar)
O advérbio provavelmente pode se distribuir em diferentes lugares da 
sentença, naturalmente alterando o sentido desta. A conclusão a tirar é, 
segundo os autores: "o conjunto de observações que a GT faz não dá conta da 
riqueza da língua, nem mesmo do registro que ela se propõe a 
descrever" (MIOTO, SILVA E LOPES, p.18). Os autores postulam que a 
linguagem humana:
a) se caracteriza por ter recorrência, sistematicidade ou recursividade; 
b) mais que recursividade possui regras de combinação dos itens para 
gerar ilimitado número de sentença novas; 
c) é governada pela racionalidade, dote característico da espécie humana. 
Para tornarem concreto o que afirmam, dão estes exemplos, que 
qualquer falante do português brasileiro reconhece como legítimos:
a. 'Cê viu a Maria saindo.
a'. Você viu a Maria saindo.
b. Quem que 'cê viu saindo?
b'. Quem você viu saindo? 
c. A Maria disse que 'cê foi viajar.
c'. A Maria disse que você foi viajar. 
Comentam os autores que os falantes do português brasileiro estão 
cientes de que construções como as que estão abaixo asteriscadas são muito 
esquisitas:
a. *A Maria vai ver 'cê.
b. *A Maria comprou o livro pra 'cê.
c. *A Maria e 'cê vão comprar o livro.
OBSERVAÇÃO
Concluem os autores que estes juízos só são possíveis porque os 
falantes têm ao seu dispor uma gramática internalizada: um sistema de 
regras que governa a distribuição de formas linguísticas.
As sentenças consideradas legítimas são dadas como gramaticais, pois 
são geradas segundo a gramática de dada língua enquanto as não-legítimas, 
as que você viu asteriscadas, são agramaticais. 
Nesta concepção de gramática, abandona-se a presunção prescritiva de 
boa parte das gramáticas normativas. Quem sabe decidir se uma sentença 
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pertence ou não a dada língua é o falante nativo daquela língua, seja ele 
escolarizado ou não. Assim, você não deve associar os conceitos de certo e de 
errado, de natureza prescritiva, aos conceitos de 
gramaticalidade/agramaticalidade da Gramática Gerativa. E o que 
possibilita ao falante decidir, então, se uma sentença é gramatical ou não 
possui o nome técnico de competência. 
PARADA OBRIGATÓRIA
Quando o falante utiliza sua competência para produzir as sentenças 
em situações concretas de interação social, resulta o que se denomina 
performance (ou desempenho). 
A função da teoria gerativa é descrever e explicar a competência 
lingüística do falante, explicitando rigorosamente e explicitamente os 
mecanismos gramaticais que a compõem. A teoria deve ser apta a explicar 
igualmente sentenças ainda não-produzidas. Por exemplo, podemos encaixar 
uma série de orações adjetivas ilimitadamente:
a) João pegou o gato que comeu o rato que comeu o queijo que estava na 
mesa que estava na cozinha...
Esta sentença seria muito dificilmente produzida, mas é governada por 
regras do português, é da competência. O que a impede de ser produzida são 
fatores pragmáticos, lapsos de memória etc., em suma, impedimentos 
ligados à performance.
O programa gerativista é o mais formal na escola formalista. Não 
podemos compará-lo à Glossemática de Hjelmslev, no Estruturalismo, 
porque ela estacionou. O Gerativismo nunca deixou de perseguir seu objeto 
na medida em que os fatos impunham mudança no formato da teoria, de 
forma que o arcabouço teórico sofreu inúmeras modificações. Seu objetivo é 
ambicioso, como o próprio nome diz: gerar a partir de condições rigorosas 
um número ilimitado de sentenças gramaticais de uma dada língua não 
importando a extensão das mesmas e, ao mesmo tempo, explicar por que 
certas sentenças não são produzidas. Este alvo é inspirado na Matemática. 
Lembra-se de quando você estudou funções? 
Havia certas restrições: x teria de pertencer, por exemplo, ao conjunto 
dos números reais, mas não poderia ser, digamos 4 no denominador se ele 
contribuísse para torná-lo igual a zero.
DICAS
Agora compare: o procedimento do linguista deve ser o mesmo. Ele 
deve estudar as condições capazes de gerar frases do português e aquelas 
que devem ser descartadas por formarem frases agramaticais. O linguista 
deve ser um matemático de sua língua.
ATIVIDADE DE PORTFÓLIO
Baixe o arquivo e responda as questões propostas.
15
FONTES DAS IMAGENS
1. http://www.denso-wave.com/en/
Responsável: Profª. Maria Claudete Lima 
UniversidadeFederal do Ceará - Instituto UFC Virtual
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TÓPICO 01: LINHAS GERAIS DE SEU PROGRAMA
Avram Noam Chomsky [1]
Como foi dito na primeira aula, o Gerativismo de Chomsky constituiu-se 
uma reação ao distribucionalismo de Harris. O Gerativismo passou por 
muitas mudanças que não temos condições de historiar aqui, pois seria um 
trabalho imenso, tão imenso, que, por si só, daria um livro. Vamos, portanto, 
ficar só com as linhas principais dessa corrente formalista sem entrar nos 
detalhes do modelo. 
O Gerativismo, como reação ao empirismo harrisiano, é inatista. Baseia-
se na hipótese de que o homem é geneticamente dotado da faculdade de 
linguagem. Esta faculdade é modular: não é parte da inteligência como um 
todo, ela é específica do homem, é apenas uma parte do cérebro humano. 
Não há evidências disto nas ciências neurais porque precisaríamos ver um 
cérebro em funcionamento. Chomsky parte da hipótese da pobreza de 
estímulos do meio ambiente. Este não seria capaz de explicar, como, através 
de seus estímulos caóticos e desordenados para Chomsky, uma criança 
aprende a produzir frases nunca ouvidas antes.
QUESTIONANDO
Fica uma pergunta: como explicar a variedade das línguas humanas, 
adotando-se como ponto de partida o aparato genético humano? No 
Gerativismo, parte-se da noção de Princípios e Parâmetros. Os princípios 
seriam leis comuns a todas as línguas naturais e são ligados ao que se 
denomina Gramática Universal, não são adquiridos; os parâmetros, por 
sua vez, constituiriam propriedades em número reduzido previstas pela 
Gramática Universal, reconhecidas pela criança no contato com uma 
língua natural. Só existe parâmetro em função do contacto da criança com 
uma dada língua, o português, por exemplo.
Em língua portuguesa, por exemplo, pode-se dizer :
1) Pedro afirmou que ele (ele é referente a Pedro) conheceu 
Roma.
2) Pedro disse que ------ (o espaço vazio referente a Pedro se 
conhece por anáfora) conheceu Roma.
Mas o Inglês não pode omitir o sujeito como na frase (2), referente ao 
português. Só se pode dizer:
1) Peter said he knew Rome.
Jamais em Inglês se pode suprimir o pronome he.
LINGUÍSTICA: FORMALISMO
AULA 04: O GERATIVISMO
17
Num plano abstrato, portanto, duas possibilidades são dadas: 
manifestar ou não o sujeito. O português manifesta-as sob certas condições 
que vocês conhecem. O Inglês não pode prescindir do sujeito.
PARADA OBRIGATÓRIA
No Gerativismo, um conceito é importante: o de Estrutura Sintática,
que se compõe de duas facetas, a Forma Fonética e a Forma Lógica, ou 
seja, a representação fonética e um sentido estrutural. 
De alguma forma, podemos dizer que é o signo linguístico no âmbito da 
frase. A Forma Lógica pode interpretar uma única Forma Fonética de dois 
(ou mais) modos diversos. Melhor dizendo: a Estrutura Lógica interpreta 
duas (ou mais) Estruturas Sintáticas distintas (mesmo que pareça estranho 
a você que seja numa só cadeia Fonética, numa Estrutura Sintática 
aparente). Parece que há uma certa primazia da Estrutura Lógica.
Seja a frase:
MARIA VIU O MENINO DOENTE.
Ela pode ser interpretada de dois modos:
1) Maria viu o menino que está doente.
2) Maria viu o menino que é (vive sempre) doente.
Damos por terminado o assunto, embora estejamos longe de concluí-lo. 
Agora você, para mostrar que entendeu, discuta o tema no Fórum a seguir. 
FÓRUM
Com base no que você estudou sobre Gerativismo e sobre outras 
abordagens linguísticas, discuta com seus colegas e tutor as seguintes 
questões: 
(a) como a criança é capaz de formar frases que nunca ouviu antes?
(b) Qual o papel do ambiente no desenvolvimento da linguagem?
(c) como explicar a variabilidade das línguas diante da ideia de uma 
gramática universal?
 REFERÊNCIAS
BORBA, Francisco da Silva. TEORIA SINTÁTICA. São Paulo. EDUSP, 
1984.
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BLOOMFIELD, Leonard. LANGUAGE. New York: Henry Holt, 1933.
CAMARA JR. JOAQUIM MATTOSO. DICIONÁRIO DE LINGUÍSTICA E
GRAMÁTICA. Petropólis: Vozes, 1977.
CARVALHO, Castelar de. PARA COMPREENDER SAUSSURE. 
Petropólis: Vozes, 2000.
COSERIU, Eugeniu. LIÇÕES DE LINGUÍSTICA GERAL. Rio de Janeiro: 
Ao Livro Técnico, 1979.
CUNHA, Celso Ferreira da. GRAMÁTICA DO PORTUGUÊS
CONTEMPORÂNEO. Rio de Janeiro, 1983.
MIOTO, Carlos, SILVA, Maria Cristina Figueiredo, LOPES, Ruth 
Elizabeth Vasconcelos. NOVO MANUAL DE SINTAXE. Santa Catarina: 
Editora Insular, 2004.
LIMA, Rocha. GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA. 
Rio de Janeiro: José Olympio, 1985.
ROCHA, Luiz Carlos de Assis. ESTRUTURAS MORFOLÓGICAS DO
PORTUGUÊS. Belo Horizonte: Editora da Universidade Federal de 
Minas Gerais: 1998.
SAPIR, Edward. A LINGUAGEM. São Paulo: Perspectiva, 1980.
SAUSSURE, Ferdinand de. CURSO DE LINGUÍSTICA GERAL. São Paulo: Cultrix, 
1977.
FONTES DAS IMAGENS
1. http://lecolporteur.files.wordpress.com/2010/05/noam-chomsky.jpg 
2. http://www.denso-wave.com/en/
Responsável: Profª. Maria Claudete Lima 
Universidade Federal do Ceará - Instituto UFC Virtual
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