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Grandeza de Mistura É a variação nas propriedades termodinâmicas quando se prepara uma solução a partir dos seus componentes puros. Ora, da 4ª Equação Fundamental, em termos parciais molares, sabemos que dPVdTSd +−=µ Então, S T P −= ∂ µ∂ e V P T = ∂ µ∂ Da Equação de Gibbs-Helmholtz, em termos parciais molares, 2 P T H T T −= ∂ µ∂ Mas sabemos que para o solvente: 1 o 11 xlnRT+µ=µ Então, diferenciando em relação a P, mantendo-se a temperatura e as composições constantes, 111 x,T 1 x,T o 1 x,T 1 P xlnRT PP ∂ ∂ + ∂ µ∂ = ∂ µ∂ 0VV o11 +=∴ o 11 VV = → Solução ideal Já para o soluto 2 * 22 xlnRT+µ=µ 222 x,T 2 x,T * 2 x,T 2 P xlnRT PP ∂ ∂ + ∂ µ∂ = ∂ µ∂ 0VV o22 +=∴ UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química VII – Turma 3as e 5as - tarde Prof. Raphael da Costa Cruz o 22 VV = Assim, para a solução como um todo ( ) ( ) 0VVnVVnV o222o111 =−+−=∆ Para a entropia: Solvente: 1 o 11 xlnRT+µ=µ 111 x,P 1 x,P o 1 x,P 1 T xlnRT TT ∂ ∂ + ∂ µ∂ = ∂ µ∂ 1 o 11 xlnRSS +−=− 1 o 11 xlnRSS −= Soluto: 2 * 22 xlnRT+µ=µ 222 x,P 2 x,P * 2 x,P 2 T xlnRT TT ∂ ∂ + ∂ µ∂ = ∂ µ∂ 2 o 22 xlnRSS +−=− 2 o 22 xlnRSS −= Para a solução como um todo: ( ) ( )o222o111 SSnSSnS −+−=∆ 2211 xlnRnxlnRnS −−=∆ ( )2211 xlnnxlnnRS −−=∆ > 0 SEMPRE!!!!! Dividindo pelo número de moles total: 21T nnn += ( )2211 xlnxxlnxRS −−=∆ Para uma solução com “i” componentes, UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química VII – Turma 3as e 5as - tarde Prof. Raphael da Costa Cruz −=∆ ∑ i ii xlnxRS Para a Função de Gibbs, Da Equação de Gibbs-Helmholtz 2 P T H T T −= ∂ µ∂ Então, para o solvente, 1 o 11 xlnRT+µ=µ Dividindo por T, 1 o 11 xlnR TT + µ = µ Derivando em relação a T, a P e x1 constantes, 1 11 x,P 1 x,P o 1 x,P 1 T xlnR T T T T ∂ ∂ − ∂ µ∂ = ∂ µ∂ 0 T H T H 2 o 1 2 1 +−=− ∴ o 11 HH = Já para o soluto, 2 * 22 xlnRT+µ=µ Dividindo por T e derivando em relação a T, a P e x2 constantes, 2 22 x,P 2 x,P * 2 x,P 2 T xlnR T T T T ∂ ∂ − ∂ µ∂ = ∂ µ∂ Chega-se a UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química VII – Turma 3as e 5as - tarde Prof. Raphael da Costa Cruz o 22 HH = Então, ( ) ( ) 0HHnHHnH o222o111 =−+−=∆ Pela 3ª Relação de Euler, TSHG −= ( )TSHG ∆−∆=∆∴ TSSTHG ∆−∆−∆=∆ STHG ∆−∆=∆ (a T cte) Então, ( )[ ]2211 xlnnxlnnRT0G −−−=∆ ( )2211 xlnnxlnnRTG −=∆ Dividindo por 21T nnn += ( )2211 xlnxxlnxRTG −=∆ Generalizando para uma solução multicomponente, =∆ ∑ i ii xlnxRTG Grandezas de Mistura em Soluções Reais No caso de Soluções Reais, as Grandezas de Mistura levam em conta as diferenças da interação que passam a ocorrer entre as moléculas à medida que a solução é feita. Pode-se mostrar a partir da definição de Grandeza de Mistura ∑−=∆ i o iisolução YxYY E da definição de atividade que UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química VII – Turma 3as e 5as - tarde Prof. Raphael da Costa Cruz ( )∑=∆ i ii alnxRT G ∑ ∂ ∂ = ∆ i x,T i i Pln aln x RT VP ∑ ∂ ∂ −= ∆ i x,P i i Tln aln x RT H ∑∑ ∂ ∂ −−= ∆ i x,P i i i ii Tln aln xalnx RT S Obs.: Notem que para soluções reais ∆V e ∆H não precisam ser necessariamente iguais a zero! Até podem, eventualmente, serem iguais a zero, mas não necessariamente! Grandezas de Excesso É definida como a diferença entre a grandeza de mistura de uma solução real e a grandeza de mistura se a solução considerada fosse ideal, ou seja, idE YYY ∆−∆= Para o caso da Função de Gibbs, por exemplo, idE GGG ∆−∆= ( ) ( )∑∑ −= i ii i ii E xlnxRTalnxRTG ( ) ( )∑∑ −= i ii i ii E xlnxalnx RT G ∑ = i i i i E x a lnx RT G Mas como i i iiii x a xa =γ⇔γ= UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química VII – Turma 3as e 5as - tarde Prof. Raphael da Costa Cruz ∴ ( )∑ γ= i ii E lnx RT G Pode-se mostrar que para as demais funções de estado teremos ( ) x,P E E x,P E E x,T E E x,P E x,P E E P EEE T RT G T RT H T GS P GV T ST T HC TSHG ∂ ∂ −= ∂ ∂ −= ∂ ∂ = ∂ ∂ = ∂ ∂ = −= UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Departamento de Físico-Química Físico-Química VII – Turma 3as e 5as - tarde Prof. Raphael da Costa Cruz