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1 FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE CURSO: Egenharia Civil DISCIPLINA: Hidráulica TURMA: 3002 DATA DO EXPERIMENTO: 05/ 09/ 2018 PROFESSOR : Me. Fábio Augusto R. Nobrega CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE ESCOAMENTO ATRAVÉS DO NÚMERO DE REYNOLDS. AUTORES: GABRIELE SANTOS, 201607236851; JOSÉ TALISON DA SILVA, 201607236818; LORRANE SANTOS ARAGÃO, 201601586957; MARIA IZABELA DE SOUZA, 201603251928; KAYRON NATHAN DO NASCIMENTO, 201602349452. RESUMO: O relatório realizado no bloco C, sala 119 feito na bancada de hidráulica orientado pelo Professor Mestre Fábio Augusto Nobrega tem por finalidade a classificação dos tipos escoamento através do número de Reynolds. ARACAJU-SE SETEMBRO, 2018 2 CARACTERIZAÇÃO DO TIPO DE ESCOAMENTO ATRAVÉS DO NÚMERO DE REYNOLDS. II – OBJETIVO: O experimento realizado no laboratório tem como objetivo estudar e compreender a diferencia entre os tipos de regimes de escoamentos utilizando o número de Reynolds. III – FUNDAMENTAÇÂO TEÓRICA: O número de Reynolds (abreviado como Re) é um número adimensional usado em mecânica dos fluídos para o cálculo do regime de escoamento de determinado fluido dentro de um tubo ou sobre uma superfície. É utilizado, por exemplo, em projetos de tubulações industriais e asas de aviões. O seu nome vem de Osborne Reynolds, um físico e engenheiro irlandês. O seu significado físico é um quociente entre as forças de inércia e as forças de viscosidade. A importância fundamental do número de Reynolds é a possibilidade de se avaliar a estabilidade do fluxo podendo obter uma indicação se o escoamento flui de forma laminar ou turbulenta. O número de Reynolds constitui a base do comportamento de sistemas reais, pelo uso de modelos reduzidos. Um exemplo comum é o túnel aerodinâmico onde se medem forças desta natureza em modelos de asas de aviões. Número de Reynolds em tubos Re<2000 - caracterizasse um escoamento laminar; 2000<Re<2400 - caracterizasse um escoamento de transição; Re>2400 - caracterizasse um escoamento turbulento; Número de Reynolds mostrada na figura 1abaixo. 3 Re= Re= Figura 1- número de Reynolds. Fonte: Próprio autor. D diâmetro do duto (m); V velocidade do fluido (m/s); vcoeficiente de atrito cinemático (1,007x 10-6 m²/s); µcoeficiente de atrito dinâmico (1,005x 10-3 N.s/m²); ρmassa especifica do fluido (998 kg/m³). Os escoamentos ou fluxos dos fluidos estão sujeitos a determinadas condições gerais, princípios e leis da dinâmica e à teoria da turbulência. Os escoamentos podem ser classificados de diversas maneiras, sendo que uma das mais importantes se refere ao nível de turbulência presente. Diferentes níveis de turbulência podem representar variações significativas nos valores de grandezas que costumam ser avaliadas em equipamentos industriais (perda de carga, troca térmica, difusão etc.). Os regimes de escoamento, definidos de acordo com o nível de turbulência, são os seguintes: Escoamento laminar: é aquele no qual as partículas se movem em camadas paralelas, ou lâminas, sem invadirem o caminho das outras partículas. Na figura abaixo é representado pela imagem (a). Escoamento em transição: é aquele em que há algumas flutuações intermitentes do fluido em um escoamento laminar, embora não seja suficiente para caracterizar um escoamento turbulento. Na figura abaixo é representado pela imagem (b). Escoamento turbulento: é aquele no qual há flutuações no escoamento o tempo todo e as partículas invadem o caminho das partículas adjacentes, misturando-se e 4 movendo-se de uma forma aleatória. Representado pela imagem (c) na figura 2 abaixo. Figura 2- trajetória de um traçador no interior de um tubo em diferentes regimes de escoamento: (a) Laminar, (b) Transição, (c) Turbulento. IV- METODOLOGIA EXPERIMENTAL: O procedimento consistia em (1) na bancada de hidráulica fazer a medição do comprimento do tubo de Venturi com uma trena, logo após, com um parquímetro digital medir seu diâmetro externo já que não era possível fazer a medição do diâmetro interno sendo que a margem de erro para a trena e parquímetro é de ±0,01, depois ligar a bomba no mínimo possível para que não criasse muitas bolhas no tubo, fazendo a abertura da válvula para deixar a água fluir no tubo de Venturi, em seguida, pela bureta liberar certa quantidade de solução de permanganato de potássio e observar qual seria o comportamento do permanganato no tubo de Venturi, (2) com um Becker foi feito cinco vezes a medida do volume de água que saia pelo tubo de Venturi e cronometrando as mesmas cinco vezes. V- DESCRIÇÃO DO APARATO EXPERIMENTAL: Bancada didática de Mecânica dos fluidos; Trena; Bureta; Cronômetro; Solução de permanganato de potássio (colorante). 5 VI- APRESENTAÇÃO DE DADOS EXPERIMENTAIS: N° Tempo (s) Volume (m³) Comprimento (m) Diâmetro (m) Temperatura°c 01 2,18 2,4x10-5 0,994 0,03041 20 02 5,31 4,4x10-5 0,994 0,03041 20 03 5,83 5,5x10-5 0,994 0,03041 20 04 5,25 4,3x10-5 0,994 0,03041 20 05 8,37 6x10-5 0,994 0,03041 20 Tabela: Resultados obtidos através do experimento. Fonte: Próprio autor. VII. RESULTADOS CALCULADOS E RESPOSTA ÀS QUESTÕES PROPOSTA: N° Tempo(s) Volume medido (m³) Erro estimado 5% Volume corrigido (m³) Temperatura °c Velocidade (m/s) Q Corrigido (m³/s) Reynolds (1) Reynolds (2) 01 2,18 2,4x10-5 1,2x10-6 2,28x10-5 20 1,44x10-2 1,046x10-5 434,859 14.213,903 02 5,31 4,4x10-5 2,2x10-6 4,18x10-5 20 1,08x10-2 7,872x10-6 326,114 10.660,427 03 5,83 5,5x10-5 2,75x10-6 5,225x10-5 20 1,23x10-2 8,962x10-6 371,442 12.141,042 04 5,25 4,3x10-5 2,15x10-6 4,085x10-5 20 1,07x10-2 7,781x10-6 323,125 10.561,719 05 8,37 6x10-5 3x10-6 5,7x10-5 20 9,37x10-3 6,81x10-6 282,961 9.248, 907 Média 5,38 4,5x10-5 2,3x10-6 4,3x10-5 20 1,15x10-2 8,377x10-6 347,7 11.365,12 Tabela: Resultados obtidos através do experimento realizado no laboratório. Fonte: Próprio autor. Dados do experimento: Diâmetro comprimento do tubo D=0,03041m já com correção de erro L=0,994 m já com correção de erro 6 Volume medido Tempo medido V1=2,4x10 -5 m³ t1=2,18 s V2=4,4x10 -5 m³ t2=5,31 s V3=5,5x10 -5 m³ t3=5,83 s V4=4,3x10 -5 m³ t4=5,25 s V5=6x10 -5 m³ t5=8,37 s Erro estimado de 5% Volume corrigido e1=2,4x10 -5x0,05=1,2x10-6 V1=2,4x10 -5-1,2x10-6 =2,28x10-5 m³ e2=4,4x10 -5x0,05=2,2x10-6V2=4,4x10 -5-2,2x10-6=4,18x10-5 m³ e3=5,5x10 -5x0,05=2,75x10-6 V3=5,5x10 -5-2,75x10-6=5,225x10-5 m³ e4=4,3x10 -5x0,05=2,15x10-6 V4=4,3x10 -5-2,15x10-6 = 4,085x10-5 m³ e5=6x10 -5x0,05=3x10-6 V5=6x10 -5-3x10-6 =5,7x10-5 m³ Vazão Q usando o volume corrigido. Q= Q1= -5 m³/s Q2= 7,872x10-6 m³/s Q3= 8,962x10-6 m³/s Q4= 7,781x10-6 m³/s Q5= 6,81x10-6 m³/s 7 Velocidade Área V= m/s. A= m V1= ( ) 1,44x10-2 m/s V2= ( ) 1,08x10-2 m/s V3= ( ) = 1,23x10-2 m/s V4= ( ) 1,07x10-2 m/s V5= ( ) = 9, 37x10-3 m/s Reynolds (1) Reynolds (2) Re= Re= Re1= 434,859 Re1= =14.213, 903 Re2= =326,114 Re2= =10.660, 427 Re3= =371,442 Re3= =12.141, 042 Re4= =323,125 Re4= =10.561, 719 Re5= =282,961 Re5= =9.248, 907 8 Média dos resultados da tabela acima Tempo Volume medido t= 5,38 s v= 45,2 ml Erro estimado 5% volume corrigido E= 2,26 v= 42,94 ml Velocidade V= ( ) 1,15x10-2 m/s Vazão Q= ( ) 8, 37x10-6 m³/s Reynolds (1) Re1= 347,7 Reynolds (2) Re2= 11.365,12 Feitos os cálculo com os dados obtidos no laboratório de hidráulica foi notado que o número de Reynolds (1) os tipos de escoamento foram todos laminares ficando abaixo de 2000, já no Reynolds (2) todos os tipos de escoamento foram turbulento ficando acima de 2400. 9 Quais os tipos de escoamento observado? O escoamento observado na sala de aula foi o escoamento laminar, mas fazendo pelos dados obtidos pelo tubo de Venturi o número de Reynolds (1) foi laminar por que ficou abaixo de 2000 e o Reynolds (2) foi o escoamento turbulento que ficou acima de 2400. Porque no calculo do numero de Reynolds usando o comprimento do tubo e usando o diâmetro do tubo os valores diferem? Devido ao tamanho e a circunferência do tubo isso tem uma diferencia no cálculo do número de Reynolds, sendo que teve alteração na formula usando o comprimento e usando o diâmetro. VIII – CONCLUSÕES E COMENTÁRIOS FINAIS: Com o experimento devidamente executado, foi notado que Somente é possível dizer com certeza qual o tipo regime é laminar, transitório ou turbulento, através dos cálculos do Número de Reynolds, pois apenas visualizando não se é capaz de encontrar a faixa desejada do regime de escoamento. Sendo que usando o número de Reynolds com o comprimento do tubo de Venturi todos os valores foram turbulentos ficando acima de 2400, já usando o diâmetro do tubo todos os valores de Reynolds foram laminares ficando abaixo de 2000. IX – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: PORTO, Rodrigo de Melo. Hidráulica Básica. 4ª Edição. EESC USP. BUSSAB, W. O. e MORETTIN, P. A. Estatística Básica, 5ª edição, Editora Saraiva, São Paulo, 2003. THOMAZIELLO, A.C.F.B. Coeficiente de descarga para “manifolds” e perfis de lâmina d’água em canaletas para fins hidropônicos, Campinas, 1999, DISSERTAÇÃO DE MESTRADO. Unicamp BASTOS, FRANCISCO DE ASSIS A., Problemas de Mecânica dos Fluidos, Editora Guanabara Dois, RJ, 1983. 10 GILES, RONALD V., Mecânica dos Fluidos e Hidráulicos, Editora McGraw-Hill do Brasil, SP, 1976. FOX E MACDONALD, Introdução à Mecânica dos Fluidos, 2ª Edição, Editora Guanabara Dois, RJ, 1981. LIVI, C.P., Fundamentos de Fenômenos de Transporte, Editora LTC, Rio de Janeiro – RJ, 2004. PIMENTA, C.F., Curso de Hidráulica geral, Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 4ª Edição, 1981.