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FACULDADE EVANGÉLICA DE GOIANÉSIA 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POSSIBILIDADE JURÍDICA DE CONCESSÃO DO BENEFÍCIOS DE 
PRESTAÇÃO CONTINUADA AS FAMÍLIAS COM RENDA PER 
CAPTA SUPERIOR A ¼ DO SALÁRIO MÍNIMO 
 
RODRIGO GOMES DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIANÉSIA - GO 
2020
 
RODRIGO GOMES DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POSSIBILIDADE JURÍDICA DE CONCESSÃO DO BENEFÍCIOS DE 
PRESTAÇÃO CONTINUADA AS FAMÍLIAS COM RENDA PER 
CAPTA SUPERIOR A ¼ DO SALÁRIO MÍNIMO 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, em 
Formato de Artigo, apresentado a Faculdade 
Evangélica de Goianésia como requisito 
parcial a obtenção do Título de Bacharel em 
Direito, sob orientação da Prof.ª. Me.ª. 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIANÉSIA - GO 
2020
 
RODRIGO GOMES DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POSSIBILIDADE JURÍDICA DE CONCESSÃO DO BENEFÍCIOS DE 
PRESTAÇÃO CONTINUADA AS FAMÍLIAS COM RENDA PER CAPTA 
SUPERIOR A ¼ DO SALÁRIO MÍNIMO 
 
 
Goianésia, Goiás, _____ de ____________________ de 2020 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
____________________________________________________ 
Professor (Presidente) 
 
 
 
 
 
 
____________________________________________________ 
(Arguidor) 
 
 
 
 
 
 
____________________________________________________ 
 (Arguidor) 
 
 
 
 
 
3 
 
POSSIBILIDADE JURÍDICA DE CONCESSÃO DO BENEFÍCIOS DE 
PRESTAÇÃO CONTINUADA AS FAMÍLIAS COM RENDA PER 
CAPTA SUPERIOR A ¼ DO SALÁRIO MÍNIMO 
 
Rodrigo Gomes De Almeida 1 
 
RESUMO 
O estudo apresentado busca a compreensão se o BPC (Beneficio de Prestação Continuada) Presente 
na LOAS (Lei Orgânica de Assistência Social) pode ser concedido aos indivíduos com renda familiar 
per capta superior a 1/4 do salário mínimo. Especialmente ligando o estudo ao ramo do direito 
previdenciário. Os objetivos do estudo são, para o objetivo geral será compreender a possibilidades e 
limites de concessão do BPC-LOAS; já para os objetivos específicos se espera em: Identificar que 
todos benefícios indevido seja cancelado e que todo dinheiro seja retornado aos cofres públicos; 
analisar o motivo do porque a demora da análise dos processos jurídicos e administrativo; compreender 
as necessidades daquele que depende desse benefício para a sua sobrevivência; analisar a 
possibilidade da concessão para pessoas que a rendar per capta é superior a ¼ do salário mínimo. 
pesquisa exploratória, que é de guarde relevância a exposição de casos concretos, é de suma 
importância a utilização da pesquisa descritiva, onde será analisado de acordo com as visitas realizadas 
uma observação das condições em que cada família se encontra, iremos aborda uma estatística do 
aumento de processos negados de acordo com cada requisito exigido por lei. Utilizando de o acervo 
bibliográfico de doutrinas, constituição, lei orgânica da assistência social- LOAS, e artigos. Ao final se 
constando a possibilidade real de concessão deste beneficio acima do teto previsto, porém sendo 
permissão excepcionalmente advinda da judicialização do requerimento do benefício e da possibilidade 
ante a pandemia de 2020. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: LOAS, BPC, Direito, Previdenciário. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A pesquisa abordara as necessidades de pessoas que vivem em situações 
de extremas pobreza, pessoas que vem tendo seu beneficia negado por um dos 
requisitos que mais causa os indeferimentos dos pedidos que é comprovar a renda 
familiar superior a ¼ do salário mínimo. 
É notável a quantidade de famílias que vem dando entrada com processo 
de benefícios de prestação continuada (BPC), um benefício social para pessoas que 
comprove baixar render e que se enquadre em alguns requisitos para serem 
aprovados. Um desses requisitos é comprovar até ¼ dos salários mínimo para a 
família, embora alguns indivíduos possam deter necessidades especiais e o custo de 
vida de cada região varie, os valores são ditos como absolutos para a concessão; 
assim para a concessão do benefício é necessário judicializar tais requerimentos que 
poderiam ser apenas administrativos.. 
 
1 Graduando em direito pela Faculdade Evangélica de Goianésia – FACEG. 
4 
 
Neste sentido, o estudo busca analisar com mais cautela as necessidades 
de uma família que necessite do benefício de prestação continuada (BPC), que não 
se enquadre no requisito de ¼ do salário mínimo e que também seja feito uma nova 
reavaliação, para que assim seja analisado com mais resiliência benefícios indevidos 
para atender a demanda de quem realmente precisa, com isso os processos podem 
ser analisados com celeridade, algo que não vem aconteceu devido tamanha 
demanda. 
Os objetivos do estudo são, para o objetivo geral será compreender a 
possibilidades e limites de concessão do BPC-LOAS; já para os objetivos específicos 
se espera em: Identificar que todos benefícios indevido seja cancelado e que todo 
dinheiro seja retornado aos cofres públicos; analisar o motivo do porque a demora da 
análise dos processos jurídicos e administrativo; compreender as necessidades 
daquele que depende desse benefício para a sua sobrevivência; analisar a 
possibilidade da concessão para pessoas que a rendar per capta é superior a ¼ do 
salário mínimo. 
Diante dessa situação será feito uma pesquisa exploratória, que é de 
guarde relevância a exposição de casos concretos, é de suma importância a utilização 
da pesquisa descritiva, onde será analisado de acordo com as visitas realizadas uma 
observação das condições em que cada família se encontra, iremos aborda uma 
estatística do aumento de processos negados de acordo com cada requisito exigido 
por lei. Utilizando de o acervo bibliográfico de doutrinas, constituição, lei orgânica da 
assistência social- LOAS, e artigos. Quanto a origem, evolução, requisitos, e 
responsabilidade em que cada meio de pesquisa oferece para a construção desse 
artigo juntamente com os trabalhos de campo realizados. 
 
1. SEGURIDADE SOCIAL 
 
Para o tópico inicial é necessário desenvolver um ambiente de trabalho, 
especialmente sendo necessário desenvolver o conceito da seguridade social da 
complexa gama de direitos presentes na seguridade social e os fundamentos para a 
existência 
A seguridade social no Brasil consiste no conjunto integrado de ações que 
visam a assegurar os direitos fundamentais à saúde, à assistência e à previdência 
5 
 
social, de iniciativa do Poder Público e de toda a sociedade. 
A seguridade social é, resumidamente, sustentada por um chamado tripé, 
formado por saúde, assistência social e previdência social, cada um com sua função, 
mas que, trabalham juntos para melhor atender a demanda do povo brasileiro. Sendo 
a Saúde direitos de todos e dever do estado independente de contribuição; bem como 
a Assistência Social, direitos de todos que necessitarem e bem como não é necessário 
contribuição; diferem da Previdência Social que, via de regra, é direito dos 
trabalhadores e de seus dependentes o qual necessita de contribuição. Em definições 
especificas sendo “A seguridade social no Brasil consiste no conjunto integrado de 
ações que visam a assegurar os direitos fundamentais à saúde, à assistência e à 
previdência social, de iniciativa do Poder Público e de toda a sociedade. (AMADO, 
2017, p. 31) 
Conceituar Seguridade Social necessita de profundo estudo histórico e até 
de interpretação da norma constitucional, isso pois, a seguridade social é um fruto de 
complexa luta de por direitos universais e se consolidando conforme os marcos legais 
resultantes da luta por direitos. Especialmente necessitando compreender as lutas de 
movimentos sociais que iniciaram a busca por previdência e os marcos históricos que 
buscavam assistencial social por parte do estado. Tais movimentos acarretaram em 
uma série de normas esparsas, posteriormente se consolidando nos princípios e 
exposições constitucionais que conhecemos hoje como assistência social. (AMADO, 
2017) 
A Seguridade Social é o resultadode uma busca do individuo por uma 
contraprestação do estado por retirar sua liberdade, fazendo parte do tão famoso 
pacto social, no qual o individuo abre mão de certas liberdades para que o estado 
possa prover sua segurança e auxílio. Castro e Lazzari (2017) compreendem a 
Seguridade Social como parte desta complexa relação com o estado, estando o 
individuo em um ambiente de controle do estado se torna dever do estado prover 
proteções ao indivíduo. 
 
O direito à proteção social do trabalhador pelo Estado tem sua gênese 
umbilicalmente relacionada ao desenvolvimento da sua estrutura e da 
discussão histórica sobre quais deveriam ser as suas funções. 
O Estado Contemporâneo possui, entre suas funções, a proteção 
social dos indivíduos em relação a eventos que lhes possam causar a 
dificuldade ou até mesmo a impossibilidade de subsistência por conta 
própria, pela atividade laborativa. Tal proteção, que tem formação 
embrionária do Estado Moderno, encontra-se consolidada nas 
6 
 
políticas de Seguridade Social, dentre as quais se destaca, para os 
fins deste estudo, a Previdência Social. (CASTRO, LAZZARI, 2017, p. 
31) 
 
Deste fragmento acima se compreende esta discussão sobre qual o papel 
do estado, assim sendo a Seguridade Social uma expressão do que se considera um 
estado moderno e que deve garantir a subsistência do indivíduo. É importante ainda 
compreender em como foi a transformação do estado do século XVI que se impõe ao 
indivíduo e não desenvolve direitos, para um estado moderno como o conhecemos 
hoje em dia. 
Se considera a revolução francesa, no século XVIII, como o estopim das 
transformações do estado que passou a animar os movimentos por buscas de direitos 
e consequentemente culminou na proteção ao indivíduo que existe nos tempos atuais. 
Tal movimento ainda foi de grande influência para os movimentos de busca por 
direitos trabalhistas, por proteções do estado em geral e pode ser o descrito como o 
início das influências da Seguridade Social e da previdência especificamente. 
(ARRUDA, D’MOREIRA, 2013) 
Há pensadores que defendem que este surgimento da Seguridade Social 
apenas com os movimentos das primeiras previdências, as quais influenciaram a 
compreensão do estado como agente de proteção plena do povo; conforme é o 
entendimento de Castro e Lazzari (2017) e bem como de Goes (2016). 
 
Nem sempre, como visto, houve a preocupação efetiva com a 
proteção dos indivíduos quanto a seus infortúnios. Somente em 
tempos mais recentes, a partir do final do século XIX, a questão se 
tornou importante dentro da ordem jurídica dos Estados. 
... 
Em verdade, a marcha evolutiva do sistema de proteção, desde a 
assistência prestada por caridade até o estágio em que se mostra 
como um direito subjetivo, garantido pelo Estado e pela sociedade a 
seus membros, é o reflexo de três formas distintas de solução do 
problema: a da beneficência entre pessoas; a da assistência pública; 
e a da previdência social, que culminou no ideal de seguridade social. 
(CASTRO, LAZZARI, 2017, p. 34) 
 
O que se expõe no fragmento acima é um entendimento de que o 
movimento por previdência social, típico do século XX e final do século XIX, foi o que 
influenciou a assistência social e até a saúde pública que formam a conhecida 
seguridade social. 
 
Nessa evolução natural entrou em crise o estado liberal, notadamente 
7 
 
com as guerras mundiais, a Revolução Soviética de 1917 e a crise 
econômica mundial de 1929, ante a sua inércia em solucionar os 
dilemas básicos da população, como o trabalho, a saúde, a moradia e 
a educação, haja vista a inexistência de interesse regulatório da 
suposta mão livre do mercado, que de fato apenas visava agregar 
lucros cada vez maiores em suas operações mercantis. 
Deveras, com o nascimento progressivo do Estado Social, o Poder 
Público se viu obrigado a sair da sua tradicional contumácia, passando 
a assumir gradativamente a responsabilidade pela efetivação das 
prestações positivas econômicas e sociais (direitos fundamentais de 
segunda dimensão), valendo destacar em nosso tema os direitos 
relativos à saúde, à assistência e à previdência social. (AMADO, 2017, 
p. 28) 
 
Já para Amado (2017), conforme o fragmento citado, apenas com a 
Constituição Federal de 1988 se pode realmente falar em Seguridade Social no Brasil, 
isso pois, embora existam diversos movimentos por previdência, saúde e assistência 
social, tais movimentos eram esparsos e não se considerava a Seguridade Social 
como é hoje. O autor ainda informa que a criação de um estado social como 
conhecemos hoje, aquele que garante o mínimo existência e o bem estar a sua 
população, é uma consequência de diversas revoluções e transformações das 
liberdades negativas. 
Especificamente no Brasil a construção histórica da Seguridade Social se 
deu com movimentos os quais buscavam por previdência social, sendo o marco inicial 
da previdência social no brasil a famosa Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo 4.682, 
de 24/01/1923) que instituía aposentadorias e pensões aos trabalhadores ferroviários. 
Não sendo a referida norma uma previdência social como conhecemos hoje, por ser 
de caráter quase que privado e especifico para certos grupos. (GOES, 2016) 
É importante entender que não se considera a seguridade social já formada 
no período de surgimento da Lei Eloy Chaves, porém sendo este o estopim da criação 
de um estado de bem estar social no Brasil. Se considerando ainda que a previdência 
social surge neste momento e que os movimentos gerador por esta lei contribuíram 
para o surgimento de uma previdência como a conhecemos na atualidade. (GOES, 
2016) 
Goes (2016) informa que a Lei Eloy Chaves não foi a primeira legislação a 
disciplinar sobre previdência social, porém, sendo a referida norma o marco mais 
importante. O marco da Lei Eloy Chaves demonstrou a luta por direitos de previdência 
social, gerando movimentos que foram confirmados posteriormente com a extensão 
da referida norma aos trabalhadores portuários e marítimos, em 1926, aos 
8 
 
trabalhadores de serviços telegráficos e radiotelegráficos, em 1928, e até aos 
empregados nos serviços de força, luz e bondes, em 1930. 
Diversos autores, tais como Amado (2017), Castro (2017), Goes (2016) e 
Santos (2020), compreendem que o direito previdenciário ganha força com a Lei Eloy 
Chaves, porém não sendo este o nascimento da Seguridade Social, vez que esta 
ultima se consolida apenas com a Constituição Federal de 1988. 
Santos (2020) informa que a seguridade social é uma complexa construção 
desenvolvida ao longo dos anos e que depende da existência de assistência social, 
previdência social e saúde pública. Assim o nascimento da previdência social é 
apenas o início da formação deste complexo e abstrato instrumento de proteção do 
povo. 
Os estudos sobre Seguridade Social são os mais diversos encontrados na 
literatura geral e específica de direito, definindo seu conceito e informações gerais 
baseadas na Constituição Federal de 1988, porém, existe uma certa raridade em 
estudos que busquem informar sobre as origens da Seguridade Social ou conceitos 
que informem melhor do que a simples letra fria da lei. 
O que se encontra sobre as definições de um nascimento da Seguridade 
Social e uma definição são as informações de Andrade (2020) que faz ligação da 
Seguridade Social com movimentos de caridade e ajuda aos necessitados, conforme 
as palavras do autor: 
 
O início da seguridade social está relacionado às atividades 
assistenciais, representadas por atos de caridade praticados, 
geralmente, por instituições religiosas em socorro dos mais 
necessitados. 
Com o passar dos anos, o Estado assumiu a responsabilidade de 
conferir proteção social àqueles que se encontravam à margem da 
sociedade, sem a garantia de um mínimo que lhes assegurasse a 
própria sobrevivência. 
A partir de então, constatou-se o amplo desenvolvimento da 
seguridade social, sob seus três aspectos –saúde, previdência e 
assistência social –, até a sua consagração nas Constituições mais 
modernas. (ANDRADE, 2012, p. 21) 
 
Andrade (2012) ainda informa alguns marcos históricos que podem ser 
considerados parte da Seguridade Social, tais como a Poor Law Act ou Act of the 
Relief of the Poor (Lei dos pobres), Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, 
a Lei de Bismarck e a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ocorre que 
nenhuma destes referidos marcos podem ser considerados como uma questão de 
9 
 
Seguridade Social por completo, seja por uma falta de auxílios para o mínimo 
existencial ou seja por estes direitos serem restritos a parcelas das populações; com 
exceção a Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
Ao que se referem aos conceitos da Seguridade Social, Andrade (2012) 
demonstra essenciais informações e classifica a Seguridade Social como parte de 
uma ordem social que são os direitos presentes nos estados modernos e 
democráticos. 
Diante destas informações apresentadas é possível até afirmar que não há 
um nascimento ou momento de grande demarcação para a seguridade social, vez que 
esta é um fruto de diversos direitos e movimentos. A doutrina pátria, especialmente 
as de Amando (2017) e Andrade (2012), compreendem que para se entender a 
Seguridade Social não se deve buscar compreensão histórica acurada, é necessário 
entender a tríade da Assistência Social, Previdência Social e Saúde Pública 
O histórico da Previdência Social já foi parcialmente informado, entretanto 
é necessário conhecer seu conceito, momento de consolidação e diversas questões 
especiais inerentes ao tema. Compreendendo especialmente que seu momento inicial 
já foi informado como tendo a Lei Eloy Chaves como marco inicial. 
A Previdência Social é o único dos pilares da Seguridade Social que 
necessita de contribuição, via de regra. Sendo o conceito da Previdência como um 
seguro obrigatório, especialmente no modelo brasileiro. Conforme informa Amando 
(2017) a previdência é um tipo de seguro obrigatório que visa auxiliar no mantimento 
do indivíduo em seus momentos de necessidade, nas palavras do autor: 
 
Em sentido amplo e objetivo, especialmente visando abarcar todos os 
planos de previdência básicos e complementares disponíveis no 
Brasil, a previdência social pode ser definida como um seguro com 
regime jurídico especial, pois regida por normas de Direito Público, 
sendo necessariamente contributiva, que disponibiliza benefícios e 
serviços aos segurados e seus dependentes, que variarão a depender 
do plano de cobertura. (AMADO, 2017, p. 182) 
 
Existe ainda outras noções como os ensinamentos de Castro e Lazzari 
(2017) que informam a Previdência Social como um elemento econômico de garantia 
e redução de mazelas, de forma que se trata de uma ação do estado na manutenção 
econômica. No direito a Previdência é um ramo com seus princípios e normas 
próprias, se classificando como tendo ordem própria. 
O histórico do direito previdenciário brasileiro se desenvolveu com diversas 
10 
 
legislações esparsas no período inicial e em meados do século XX, um marco especial 
que realmente consolidou a previdência foi a criação do SINPAS - Sistema Nacional 
de Previdência e Assistência Social, em 1977. O SINPAS tratou de fundir diversas 
entidades de assistência social e previdência social de diversos grupos específicos e 
assim tratou de garantir uma série de mudanças administrativas e legais que 
possibilitaram acesso facilitado a previdência. 
Um marco de grande impacto na previdência social é a Constituição 
Federal de 1988 que definiu expressamente a Seguridade Social como é desenvolvida 
atualmente, garantiu o mínimo valor de salário mínimo como valor base previdenciário 
e deu diversos direitos para classes de trabalhadores; especialmente se encontrando 
o conceito no artigo 201 da Constituição Federal de 1988. 
A Assistência Social é outro pilar de grande importância e que necessita de 
intenso estudo por ser este o pilar fundamental que dá bases para programas sociais 
e benefícios em geral. A Assistência Social é diferente da previdência social por 
inexistir como benefício perene e que necessita de contribuição, se diferindo ainda da 
saúde pública que detém finalidade específica e campos específicos de atuação. 
(AMADO, 2017) 
Santos (2012) informa que a Assistência Social não pode ser considerada 
mera prestação de auxilio ou uma ajuda momentânea, a Assistência Social é um 
mecanismo de auxílio a população que se dá de diversas maneiras. Em especial, a 
Assistência Social busca dar auxílio total ao cidadão em suas necessidades, não 
somente as necessidades econômicas. 
Ao que se refere ao histórico da Assistência Social, não existem marcos 
complexos e extrema importância para este pilar da seguridade, o que se pode 
informar é que a Assistência Social nasce dos movimentos filantrópicos e ações do 
poder estatal que visavam proteção social, no início do século XX. Em legislações 
nacionais a Assistência Social não deteve grandes marcos até o advento da 
Constituição Federal de 1988, bem como com o advento da especial LOAS - Lei 
Orgânica da Assistência Social (LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993). 
(SANTOS, 2012) 
A Assistência Social é disciplinada na Constituição Federal, no artigo 203, 
impondo o dever estatal de dar assistência que garanta a proteção à família, à 
maternidade, à infância, à adolescência e à velhice, amparo ao mercado de trabalho, 
auxílio a pessoa com deficiência e diversos outros benefícios. Com a LOAS passou a 
11 
 
se definir uma série de benefícios específicos para garantir o disposto na Constituição 
Federal de 1988. 
A LOAS (LEI Nº 8.742, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1993) define 
especificamente os objetivos da assistência social no país. Tal norma vincula certas 
responsabilidades e até ações do poder público, tais como a elaboração de projetos 
de assistência social e sua divulgação, e assim fazendo de tal norma extremamente 
importante; especialmente importante seu artigo 2º: 
 
Art. 2º A assistência social tem por objetivos: 
I - a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos 
e à prevenção da incidência de riscos, especialmente: 
a) a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à 
velhice; 
b) o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; 
c) a promoção da integração ao mercado de trabalho; 
d) a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a 
promoção de sua integração à vida comunitária; e 
e) a garantia de 1 (um) salário-mínimo de benefício mensal à pessoa 
com deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de 
prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família; 
II - a vigilância socioassistencial, que visa a analisar territorialmente a 
capacidade protetiva das famílias e nela a ocorrência de 
vulnerabilidades, de ameaças, de vitimizações e danos; 
III - a defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos 
no conjunto das provisões socioassistenciais 
Parágrafo único. Para o enfrentamento da pobreza, a assistência 
social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, garantindo 
mínimos sociais e provimento de condições para atender 
contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos 
sociais. (BRASIL, 1993, online) 
 
Diante do citado artigo fica clara a importância da referida Assistência 
Social e em como o papel deste pilar da Seguridade Social é complexo e diverso, 
contendo vários objetivos, princípios e linhas de ação para proteção da sociedade em 
geral. 
Vale citar que é por neste pilar da Assistência Social e especialmente na 
norma do LOAS que se encontra o BPC (Benefício de Prestação Continuada) 
disciplinado nos artigos 20 e 21, sendo abordado especificamente e com detalhes no 
tópico seguinte. 
O Pilar final é a Saúde Pública a qual pode ser descrito como um dos 
direitos mais conhecidos no país. A Saúde Pública detém especialintimidade com as 
políticas brasileiras dede o período inicial do Brasil República. Conforme expõe Santos 
(2020) a Saúde Pública se desenvolveu conforme se criou um estado de bem-estar 
12 
 
social e o estado moderno, sendo bem notado no Brasil por suas políticas de 
vacinação e medicina preventiva desenvolvidos desde o século passado. 
A Saúde Pública se consolida especialmente com a Constituição Federal 
de 1988 e sua real consideração como parte da Seguridade Social e como um direito 
amplo universal. Estão os direitos da Saúde Pública disponíveis nos artigos 196 à 200 
da Constituição Federal de 1988. (SANTOS, 2020) 
Diante das informações apresentadas fica claro em como a Seguridade 
Social, bem como seus pilares fundamentais, é repleta de complexidades, direitos e 
princípios que visam buscar a concretização do estado de bem-estar social e 
especialmente a proteção do povo. 
 
2. BPC-LOAS: REQUISITOS E CARACTERÍSTICAS 
 
O estudo até aqui desenvolvido busca compreender como a Seguridade 
Social e especialmente a Assistência Social são mecanismos essenciais em um 
estado democrático e devem garantir, dentre outros direitos, o mínimo existencial para 
a população. Especificamente o estudo busca compreender em como o Benefício de 
Prestação Continuada deve ser observado sem restrições rígidas que sejam ligadas 
a renda, assim sendo necessário estudar especificamente o que é este benefício, seus 
requisitos e características em geral. 
O BPC – LOAS ou somente BPC (Benefício De Prestação Continuada) se 
trata de um auxílio e uma ação típica da Assistência Social que visa garantir o mínimo 
existencial e permitir o devido desenvolvimento de um cidadão ou família, garantindo 
as necessidades básicas. 
 
A LOAS define que a assistência social, direito do cidadão e dever do 
Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os 
mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações 
de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às 
necessidades básicas. (CASTRO E LAZZARI, 2017, p. 1282) 
 
Este benefício se dá na forma de uma prestação monetárias continua, por 
certo tempo, porém não pode ser confundida com um benefício previdenciário ou uma 
espécie de aposentadoria, vez que não existe uma necessidade de contribuição como 
exigem os modelos de previdência. Andrade (2012) informa que recorrentemente e 
popularmente este benefício é confundido com uma aposentadoria, especialmente por 
13 
 
ser o INSS o órgão responsável por coordenar este benefício. 
O Benefício De Prestação Continuada disciplinada na LOAS é a apenas a 
concretização do que dispõe o artigo 203, V, da Constituição Federal de 1988, que 
impõe o auxílio garantido de um salário mínimo aos que comprovem não possuir 
meios de prover o seu mínimo existencial. Vale ressaltar que, conforme o artigo e 
inciso citados, que tal benefício detém certos requisitos e o mais evidente é a 
deficiência ou idade avançada. 
Tal benefício nasce através da LOAS, sendo modificado por diversas 
legislações ao longo dos anos, especialmente as alterações da Lei Nº 9.720, de 30 
De Novembro De 1998 que instituiu definições para garantir o auxilio e sua perca, 
especialmente a Lei Nº 13.985, de 7 De Abril De 2020 que mudou as regras de 
concessão do benefício. 
Diversas foram as alterações na LOAS e consequentemente no Benefício 
De Prestação Continuada ao longo do tempo, grande parte destas alterações 
modificaram conceitos e redações que levavam a interpretações descuidadas. As 
redações iniciais do artigo 20 da LOAS geravam uma confusão entre incapacidade e 
deficiência se entendendo que era necessária incapacidade para o trabalho como 
requisito a concessão do benefício, posteriormente, com a redação dada com a Lei n. 
12.470, de 31.08.2011, passou a se entender que a incapacidade ou deficiência não 
se confundem e necessitam ser analisadas em conjunto com fatores sociais e com o 
contexto em que vive a pessoa com deficiência. (SANTOS, 2020) 
O Benefício De Prestação Continuada sofreu uma grande alteração com o 
advento do Estatuto da Pessoa com Deficiência (LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 
2015.) que passou a dar definições de incapacidade, deficiência e nova redação ao 
artigo 20, § 2º, da LOAS. Com a nova redação e definições mais concretas das 
incapacidades, deficiência e diversas informações do estatuto referido foi possível 
retirar o caráter interpretativo da concessão da LOAS. Com o advento do Estatuto da 
Pessoa com Deficiência ainda passou a se considerar melhor em como a deficiência 
ou incapacidade afeta a convivência em sociedade ou as necessidades da pessoa, 
passando a ser possível a concessão do BPC em casos de deficiências ou 
incapacidades que não necessariamente evitem o trabalho. (BRASIL, 1993; SANTOS, 
2020) 
É muito importante ressaltar sobre a origem do Benefício De Prestação 
Continuada (BPC) o qual mesmo com tantas mudanças do direito brasileiro, ao passar 
14 
 
dos anos, ainda é item de importância no direito brasileiro, tentando o BPC satisfazer 
as necessidades básicas das famílias mais carentes. 
Andrade (2012) informa que embora o BPC seja extremamente similar a 
um benefício previdenciário existe apenas um lapso temporal do benefício e sendo 
este benefício desempenhado com uma série de restrições como a necessidade de 
comprovação de renda em conjunto com a existência de certa incapacidade ou idade 
avançada. 
Os requisitos de concessão do BPC dependem de qual será o individuo 
beneficiado, podendo ser a pessoa idosa ou aquele com deficiência, a depender do 
individuo existem etapas diversas de comprovação e procedimentos diferentes para 
apurar as necessidades. 
Para concessão do Benefício De Prestação Continuada aos idosos é 
necessária a comprovação de idade igual ou superior a 65 (sessenta e cinco) anos 
sendo necessário ainda a comprovação de renda mensal familiar inferior a 1/4 (um 
quarto) do salário mínimo e a inexistência de benefício no âmbito da Seguridade 
Social; de assistência médica e a pensão especial de natureza indenizatória. (BRASIL, 
1993; SANTOS, 2020) 
Já para a concessão do Benefício De Prestação Continuada a pessoas com 
deficiência é necessária a existência de incapacitação ou deficiência de longo prazo 
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. É necessário ainda a comprovação 
de renda inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo e a inexistência de benefício no 
âmbito da Seguridade Social; de assistência médica e a pensão especial de natureza 
indenizatória. (BRASIL, 1993; SANTOS, 2020) 
Se nota que a única diferença de concessão do BPC nos casos 
apresentados é a situação do indivíduo, enquanto em uma existe a necessidade de 
deficiência ou incapacidade de longo prazo e em outro apenas a faixa etária é 
necessária. 
Para a comprovação da incapacidade ou deficiência é necessária a 
conhecida perícia médica e para tal se utiliza da Classificação Internacional de 
Funcionalidades, Incapacidade e Saúde (CIF) para auferir o grau da incapacidade ou 
sua transitoriedade, respeitando ainda as definições do Estatuto da Pessoa com 
Deficiência que preveem avaliação biopsicossocial que seja realizada por equipe 
multiprofissional e interdisciplinar. É importante ainda observar que o período de 
transitoriedade mínima para concessão do BPC é de 2 (dois) anos, conforme o § 10 
15 
 
do artigo 20 da LOAS. (BRASIL, 1993; BRASIL, 2015) 
Santos (2020) ainda informa que a concessão depende de outros requisitos 
mínimos tais como a necessidade de inscrição dos beneficiados no Cadastro de 
Pessoas Física (CPF) e bem como de inscrição no Cadastro Único (CadÚnico), não 
sendo um requisito expresso na LOAS, porém sendo ainda requisitados em outras 
legislações. 
Ao que se refere ao processo de requerimento do referido benefício e sua 
respectiva concessão, existem as vias administrativas que são simples e autônomas, 
que deveriamse o comum do processo, e existem as vias judiciais que buscam uma 
lide entre o interesse do requerente e as decisões do INSS. 
A via administrativa de requerimento do BPC-LOAS é especialmente uma 
linha não judicial que busca um diálogo básico e não contencioso na relação entre o 
individuo que necessita do beneficio e do INSS que é a agencia que concede o 
benefício. É de se entender que esta via não contenciosa apresente grande benefícios 
para o desenvolvimento da assistência social, vez que seria uma obrigação estatal 
estar dando suporte ao mantimento do indivíduo. 
Silva e Diniz (2012) expõem uma importante visão sobre o BPC LOAS o 
qual seja a necessidade de requerimento do individuo que necessita o benefício, 
porém existindo o contraponto de falta de informação sobre a existência de tal 
beneficio e bem como uma falta de publicidade do poder público em demonstrar que 
não existe necessidade de procurar um advogado para pleitear o processo 
administrativo do BPC LOAS. 
Por ser um benefício de assistência social é claro o entendimento de que o 
BPC LOAS necessita de facilidade em seu processo de concessão e especialmente 
na facilidade de requerimento e acompanhamento das pericias. Ressalte ainda a 
necessidade de facilidade em razão da existência de uma condição de idade 
avançada ou deficiência no individuo que será agraciado com o benefício. Mesmo que 
seus responsáveis sejam aqueles que venham a prestar o requerimento e 
acompanhamento de todo o processo, é necessário que este processo, por completo, 
seja facilitado, sob pena de desvirtuar a função social de tal beneficio ou impedimento 
dos deveres sociais do estado. 
Em afirmações concretas, é de se evidenciar que o simples requerimento 
detém uma especial facilidade, podendo ser feito nas agencias do INSS, por meio de 
auxilio dos locais de assistência social tal como o CRAS (Centro de Referência de 
16 
 
Assistência Social) que deve dar auxílio ao individuo necessitado e até mesmo sendo 
uma pratica comum dos assessores dos fóruns e das salas do Ministério Público de 
certas localidades. Existindo ainda a possibilidade de requerimento do benefício em 
um site especifico do governo, https://www.gov.br/pt-br/servicos/solicitar-beneficio-
assistencial-a-pessoa-com-deficiencia, quer permite solicitar o BPC LOAS e já 
agendar a perícia necessária para concessão do benefício pleiteado. (BRASIL, 2020, 
online) 
Para o requerimento do BPC LOAS em uma via administrativa, basta 
procurar um dos locais informados ou acessar o sitio online informado e estar munido 
da documentação necessária. Os documentos essenciais para fazer o requerimento 
e marcar a perícia serão: Número do CPF de todos da família que morem na mesma 
casa; Documentação que compre endereço, e caso sendo solicitado o beneficio pro 
parte de responsável e não do individuo a ser beneficia, será necessário ainda 
Procuração ou termo de representação legal (tutela, curatela, termo de guarda). 
(BRASIL, 2020, online) 
Após o requerimento do BPC LOAS e bem como marcada a data e local de 
pericia resta nas mãos da pericia em auferir o grau e existência da deficiência e bem 
como as características de idade e outras características que sejam necessárias para 
a concessão do benefício. Vale ressaltar que a concessão do beneficio pode passar 
por diversas etapas de pericia em razão de enfermidade ou características que 
necessitem de especial atenção para serem auferidas as condições sociais, mentais 
e físicas do indivíduo. Ressaltando a já estudada necessidade de equipe 
multidisciplinar para produção do relatório que venha a ser documento que conceda o 
benefício. (BRASIL, 2020, online) 
Sendo negado o provimento do BPC LOAS, restará ao individuo pleitear 
uma ação judicial, em face do INSS, desta forma seguindo o método de processo 
normal. Assim respeitado as regras processuais vigentes no ordenamento jurídico 
brasileiro. 
Este beneficio demonstra uma série de agentes que recebem, sendo que 
em 2019 foram 4,6 milhões de beneficiados em todos os estados e municípios do país, 
totalizando um dispêndio dos cofres públicos de mais de 98 bilhões de reais com todo 
o custo de pagamento dos benefícios e custeios de ações ligadas a este benefício. 
(BRASIL, 2019) 
Conforme os dados do portal da transparência os principais beneficiados 
17 
 
deste BPC LOAS são os portadores de deficiências, especialmente as deficiências 
mentais, sendo os benefícios mais facilmente concedidos e os que menos são levados 
para a judicialização deste benefício. (BRASIL, 2019) 
Vale ainda ressaltar a periodicidade de reavaliação da necessidade do 
benefício, vez que este não se confunde com um beneficio perene como a 
aposentadoria, estando o BPC LOAS conceituado como auxilio enquanto durar a 
necessidade, sendo reavaliado a cada 2 anos. 
 
3. DA POSSIBILIDADE DE PERCEPÇÃO DE BENEFÍCIO 
ASSISTÊNCIA PARA QUEM RECEBE MAIS DE ¼ DE SALÁRIO-
MÍNIMO 
 
Uma vez estudado o Benefício de Prestação Continuada (BPC) da Lei 
Orgânica da Assistência Social (LOAS) é de se considerar a importância do referido 
benefício para o indivíduo com deficiência e para o idoso, a fim de lhes garantir o 
mínimo existencial e a manutenção do seu bem viver. Ficando claro nos tópicos 
anteriores que o BPC detém regras bem rígidas e uma complexidade que acaba 
acarretando na judicialização do beneficio e sua complexidade de concessão em 
certos casos. 
Conforme os dados do portal da transparência, uma das maiores causas 
da falta de concessão do benefício é a impossibilidade em razão do beneficiado deter 
renda diversa ou familiares com renda superior ao teto. Conforme visto existe o 
requisito econômico de um teto a até 1/4 do salário mínimo de proventos para cada 
membro se torna uma questão que é de grande problema na concessão de tal 
benefício. (BRASIL, 2019) 
Neste mesmo sentido informam os estudos de Amado (2017) que 
compreende uma necessidade de miserabilidade para poder ser um beneficiado do 
BPC LOAS. O autor compreende que embora a legislação esteja tentando definir 
condições de um indivíduo, é extremamente temerário definir um valor sem antes 
compreender os custos de vida de um local, da uma enfermidade ou deficiência que 
estejam acometendo esta família. 
 
Para fazer jus ao amparo de um salário mínimo, o idoso ou deficiente 
deverão comprovar o seu estado de miserabilidade. Pelo critério legal, 
18 
 
considera-se incapaz de prover a sua própria manutenção a pessoa, 
portadora de deficiência ou idosa, em que a renda mensal per cap!ta 
familiar seja inferior a 1/4 (um quarto) de salário mínimo. (AMADO, 
2017, 
 
Este limite econômico para o beneficio pode ser uma questão que vem a 
deturpar o próprio sentido e objetivo da prestação do benefício, não se podendo em 
falar de um mínimo econômico sem compreender a situação social, as necessidades 
do individuo e seus gastos com enfermidades, com a própria deficiência que lhe dá 
direitos ao benefício ou até as despesas de demais membros da família. 
É de se compreender ainda uma complexidade em que se pese ao que é 
considerado o ente familiar, vez que na redação antiga se constava uma 
complexidade de não incluir no grupo familiar pessoas de outras famílias que 
convivem sob o mesmo teto, tais como madrasta, padrasto e enteados. (CASTRO, 
LAZZARI, 2017) 
Após modificações legais, Lei n. 12.435/2011, o conceito de família para a 
concessão do benefício do BPC LOAS se tornou mais amplo, de forma que passou a 
se considerar todo individuo que vive sobre o mesmo tempo e faça parte da família 
parental, família adotiva e até extensiva. Neste sentido os ensinamentos de Castro e 
Lazzari (2017, p. 575), que informa parte da legislação e as definições de família: 
 
De acordo com o Decreto n. 7.617, de 2011, a renda mensal bruta 
corresponde à “soma dos rendimentos brutos auferidosmensalmente 
pelos membros da família composta por salários, proventos, pensões,pensões alimentícias, benefícios de previdência pública ou privada, 
seguro-desemprego, comissões, pro labore, outros rendimentos do 
trabalho não assalariado, rendimentos do mercado informal ou 
autônomo, rendimentos auferidos do patrimônio, Renda Mensal 
Vitalícia e Benefício de Prestação Continuada”. 
 
Diante disto, após esta norma e alterações de 2011, ficou especialmente 
mais restrito a concessão deste benefício, em razão do já referido teto econômico que 
compreende 25% do salário mínimo para cada um dos membros da família. Assim, 
obviamente, ficando mais complexas as concessões em famílias em que detenham 
membros advindos de adoção e especialmente para aqueles que recebem pensão 
alimentícia. 
Conforme Castro e Lazzari (2017) a modificação da norma que considerava 
o que seriam os componentes das famílias, acarretou em uma endemia de falsas 
informações e omissões na prestação e no momento de requerimento do BPC LOAS. 
19 
 
O autor informa ainda a complexidade auferida por parte das necessidades do 
CadUnico em 2016 que tornou necessário o cadastro familiar com grande 
especificidade de dados e bem como a necessidade de atualização recorrente do 
grupo familiar; assim podendo o órgão de concessão do beneficio poder evitar 
omissões e falsidades nas informações. 
Toda esta informada complexidade leva a uma extrema ocorrência de 
judicialização dos benefícios e uma busca judicial de um direito que venha a superar 
a norma positivada. A judicialização ocorrendo em casos que moralmente se observa 
a necessidade de flexibilização da norma, porém não existindo real possibilidade de 
burlar uma norma positiva. 
A principal causa de judicialização, dentre estas que questionam o teto do 
requisito objetivo de ¼ do salário mínimo para concessão do BPC LOAS se dá em 
razão de grandes despesas com a deficiência que dá bases para a referida concessão 
ou até mesmo enfermidades e seus gastos que acometem os idosos ou outros 
integrantes do grupo. (BRASIL, 2019) 
Diversas foram as modificações na legislação do LOAS e especialmente 
aquelas que definiam limites possibilidades de concessão e questões inerentes ao 
grupo familiar. Porém definições sobre os limites econômicos são complexos e não 
passaram por grande modificação legislativas, entretanto as modificações nos 
conhecimentos doutrinários e na jurisprudência em geral são bem conturbadas. 
(AMADO, 2017) 
Conforme os estudos de Amado (2017) as buscas por parte do direito a 
concessão do BPC LOAS em casos complexos com deficiências que necessitam de 
alto custeio, essencialmente são resolvidas no âmbito jurídico, acarretando em uma 
judicialização extrema destes casos. O referido autor ainda informa sobre a polemica 
gerada neste benefício: 
 
A grande polêmica que persistiu durante anos foi saber se o critério da 
renda individual dos membros da família poderia ser flexibilizado em 
situações concretas, com o manejo de outros critérios a serem 
considerados mais adequados pelo julgador, a exemplo do abatimento 
da renda familiar das despesas com medicamentos não 
disponibilizados pelo SUS . (AMADO, 2017, p. 54) 
 
A complexidade da questão impera em diversas comarcas de todo o país, 
sendo questão recorrente no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e tribunais pátrios, 
especialmente a temática por envolver questão constitucional sobre o que deverá ser 
20 
 
o mínimo para a existência do brasileiro, salário mínimo, assim a matéria chegou ao 
STF (Supremo Tribunal Federal) em recorrentes ações, tanto ADI’s (Ação Direta de 
inconstitucionalidade) quanto Resp (Recurso Especial). 
Neste sentido os estudos de Amado (2017) que expõe a complexidade do 
estudo e especialmente a judicialização deste benefício, com finalidade de 
compreender se a norma que dá base para o teto de 1/4 do salário mínimo per capta 
na família, artigo 20, §3º da LOAS. Nas palavras do referido autor: 
 
A questão foi parcialmente levada ao STF através da ADI 1.232, 
julgada em 27.08.1998, tendo o STF validado abstratamente o critério 
de ¼ de salàrio mínimo, pois a Constituição Federal delegou ao 
legislador infraconstitucional a competência para fixar os critérios de 
concessão do benefício. Conquanto a Suprema Corte tenha 
pronunciado a constitucionalidade do referido critério objetivo, não 
houve manifestação expressa sobre a possibilidade da utilização de 
outros critérios, sendo um tema ainda pendente de julgamento final no 
STF. (AMADO, 2017, p. 55) 
 
Se nota que o processo de judicialização do BPC LOAS detém grande 
complexidade sobre este limite econômico, sendo entendido como inconstitucional em 
certa parte, apesar de a decisão não ter forma vinculante e especialmente sendo 
necessário que, para pleitear o beneficio em estudo, acima daquele teto informado, é 
necessário recorrer a via judicial. 
Apesar de toda a complexidade, existe parte da doutrina que reconhece a 
manifesta inconstitucionalidade em fixação de valores em abstrato para compreender 
as necessidades de um indivíduo, necessitando de compreensão do ambiente, gastos 
e necessidades da família por completo. Neste sentido de inconstitucionalidade 
existem os estudos de Santos (2020, p. 156): 
 
O § 3º do art. 20 é manifestamente inconstitucional. Não se pode 
perder de vista que o BPC é aquela parcela de proteção assistencial 
que se consubstancia em benefício. E a CF quer que esse benefício 
seja a garantia da manutenção da pessoa com deficiência ou idosa 
que não tenha ninguém por si. E o fixou em um salário mínimo. O bem-
estar social está qualificado e quantificado na CF: qualificado porque 
se efetiva com a implementação dos direitos sociais; quantificado 
porque a CF fixou em um salário mínimo a remuneração mínima e o 
valor dos benefícios previdenciários, demonstrando que ninguém pode 
ter seu sustento provido com valor inferior. 
 
A compreensão de inconstitucionalidade deste critério objetivo é 
justamente a falta de alinhamento com os objetivos da seguridade social e 
21 
 
especialmente da linha de assistência social. Assim violando o que seria o 
entendimento de bem estar social, que depende de uma série de quesitos e impondo 
valor monetário em seu lugar. 
 
Ao fixar em 1/4 do salário mínimo o fator discriminante para aferição 
da necessidade, o legislador elegeu discrimen inconstitucional porque 
deu aos necessitados conceito diferente de bem-estar social, 
presumindo que a renda per capita superior a ¼ do mínimo seria a 
necessária e suficiente para a sua manutenção, ou seja, quanto 
menos têm, menos precisam ter! (SANTOS, 2020, p. 156) 
 
Apesar de toda esta complexidade, bem como de um debate se a norma 
que dá o teto de 25% do salário mínimo sendo requisito objetivo para concessão e 
sua devida constitucionalidade, existe certa parte da doutrina que compreende esta 
característica como sendo claramente constitucional; conforme os estudos e 
ensinamentos de Santos (2020, p. 160), nas palavras do autor: 
 
Na linha desse entendimento, pensamos que o valor per capita a ser 
considerado, no caso, deverá ser o de um salário mínimo, pois esse é 
o valor escolhido pela Constituição para qualificar e quantificar o bem-
estar social, assegurando os mínimos vitais à existência com 
dignidade. Por isso, neste trabalho, continuaremos a analisar os 
requisitos de comprovação da necessidade do interessado e do seu 
grupo familiar. 
 
Notadamente se caracterizando que não se trata de um tema pacificado, 
embora já exista tanto debate sobre o tema no Supremo Tribunal Federal e na justiça 
comum. Assim existindo uma clara complexidade sobre qual deve a linha a ser 
adotada. 
A linha que defende esta característica de que o salário mínimo seria 
medida especial para auferir as condições econômicas de uma família busca a 
compreensão de que o artigo 7º, IV da Constituição Federal de 1988 seria base para 
tal. 
 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros 
que visem à melhoria de sua condiçãosocial: 
[...] 
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de 
atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com 
moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, 
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe 
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para 
qualquer fim; 
 
22 
 
Se observa que o entendimento é que o salário mínimo deve ser um valor 
que garantiria o mínimo existencial e bem viver para a família e para o trabalhador. 
Ocorre que este salário mínimo não evidencia quais seus limites, se uma família com 
5 ou 10 pessoas seria igualmente sustentada ou se situações excepcionais como 
enfermidades e deficiências que necessitam de onerosos cuidados especiais também 
seriam abarcadas nestas situações. 
 
Em gravosa violação ao herario público, em 2020, foi editada a lei LEI Nº 
13.981/2020, a qual tratou de alterar o valor do teto econômico que é requisito para 
concessão do benefício. Passou a ser necessário não mais que 1/2 salário para 
concessão do BPC LOAS. Se tratou de vontade legislativa de buscar uma solução 
para o problema em estudo, porém acarretando em uma forma incorreta de solução 
que apenas aumentou o teto e consequentemente gerando onerosidades para a 
maquina pública. 
Tal referida legislação, LEI Nº 13.981/2020, foi motivo de ADPF (Argüição 
De Descumprimento De Preceito Fundamental) Nº 662/2020 e consequentemente 
existindo liminar suspendendo a eficácia da norma. Assim ocasionando na edição da 
LEI Nº 13.982, DE 2 DE ABRIL DE 2020 que tratou de dar novas regras para a 
concessão do BPC LOAS ante ao problema da pandemia e elevando as 
possibilidades de concessão conforme o novo artigo 20-A da LOAS. 
Essa alteração, em razão da pandemia, de que trata o novo artigo 20-A da 
LOAS, tratou de dar possibilidade de progressão para o aumento do teto econômico 
que seja requisito para concessão. do BPC LOAS e finalmente corrigindo o existente 
erro legislativo de não abarcar situações excepcionais na pericia para concessão 
deste benefício; conforme se observa da redação da Lei 13.982/2020: 
 
Art. 20-A. Em razão do estado de calamidade pública reconhecido pelo 
Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de 
saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus 
(Covid-19), o critério de aferição da renda familiar mensal per capita 
previsto no inciso I do § 3º do art. 20 poderá ser ampliado para até 1/2 
(meio) salário-mínimo. 
§ 1º A ampliação de que trata o caput ocorrerá na forma de escalas 
graduais, definidas em regulamento, de acordo com os seguintes 
fatores, combinados entre si ou isoladamente: 
I - o grau da deficiência; 
II - a dependência de terceiros para o desempenho de atividades 
básicas da vida diária; 
III - as circunstâncias pessoais e ambientais e os fatores 
23 
 
socioeconômicos e familiares que podem reduzir a funcionalidade e a 
plena participação social da pessoa com deficiência candidata ou do 
idoso; 
 
Ocorre que nasce ai um problema também, a característica da pandemia 
que é descrita como calamidade pública sendo um aparente requisito para observação 
de todo aquele crivo de estudo sobre a necessidade ou não de se superar o comum 
teto econômico para concessão do BPC LOAS. 
Diante de todo o exposto fica claro que existe, atualmente, diante da 
pandemia e estado de calamidade pública, a possibilidade de superar o normal teto 
de 1/4 do salário mínimo per capta na família. Não se podendo responder 
concretamente se tal norma ficará em vigor posteriormente a pandemia. 
Fica claro que existe ainda a possibilidade de superar o referido teto de 1/4 
por meio da judicialização do benefício, sendo necessário um processo contencioso e 
de grande complexidade para garantir o BPC LOAS em casos excepcionais que não 
se encaixam no comum do regramento da LOAS. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Diante de todo o trabalho desenvolvido é de se compreender que o estudo 
de benefícios assistenciais do governo necessita de compreensão do histórico de 
lutas do povo por um estado de bem estar social e auxílio para concretizar o mínimo 
existencial 
Especialmente no Brasil existe o entendimento de que a Seguridade Social 
se trata de um sistema tripartido que visa a concretização do bem estar social e 
especialmente na manutenção do bem estar da população, garantindo o seu mínimo 
existencial. 
Um dos grandes pilares da Seguridade Social é a assistência social que 
visa uma garantia entre as necessidades de enfermos, pobres, miseráveis, deficientes 
e dentre outros que compõe a sociedade brasileira. Tal pilar é essencial para garantir 
a manutenção de toda e qualquer pessoa ao seu mínimo existencial e especialmente 
impedir demais mazelas acometam a sociedade. 
Em especifico existe ai o BPC LOAS que se trata de um beneficio dado aos 
necessitados que precisem de auxilio para garantir seu mínimo existência, tal 
beneficio detém requisitos para sua concessão, dentre eles a necessidade ou de uma 
24 
 
idade avançada (65 anos) ou de deficiência e bem como um teto econômico familiar 
de 1/4 do salário mínimo per capta. 
A complexidade deste teto econômico para a concessão do BPC LOAS se 
observa em razão dos objetivos do beneficio serem especialmente a garantia de bem 
estar social e em certos casos excepcionais não se pode considerar que apenas o 
grau econômico é realmente uma garantia de bem estar social. Sendo necessário um 
estudo de todo o contexto do individuo que tenta pleitear o benefício. 
Apesar das alterações da LOAS em 2020, que facilitaram a concessão do 
benefício e não mais impõem o teto econômico de ¼ do salário mínimo, existe 
realmente um entendimento e um movimento de judicialização para os casos 
excepcionais. 
Assim será necessário, na maioria dos casos, a judicialização do beneficio 
de prestação continuada da LOAS, para que seja garantido o auxilio que detém a 
finalidade de dar o mínimo existencial e a garantia do bem estar social da pessoa com 
deficiência ou do idoso. 
Uma solução para tal problema seria a manutenção e garantia de que o 
novo artigo 20-A da LOAs seja respeitado e aplicado de forma garantida um estudo 
sobre as condições e necessidades do idoso ou deficiente que venha a buscar a 
concessão do benefício. 
 
 
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