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4 EFEITOS DE COBERTURA MORTA NO FLORESCIMENTO E NA FRUTIFICAÇÃO DA JUREMA PRETA (Mimosa tenuiflora Willd Poir ) EM EPOCA

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EFEITOS DE COBERTURA MORTA NO FLORESCIMENTO E NA FRUTIFICAÇÃO DA 
JUREMA PRETA (Mimosa tenuiflora Willd. Poir.) EM EPÓCA DE ESTIAGEM 
 
1 Linda Hellen Souza Carneiro;2 Vitória Inna Mary de Sousa Muniz; 3 Felipe Barroso de Sousa; 4 
José Everton Alves 
1 3Graduanda em Zootecnia /Universidade Estadual Vale do Acaraú/Sobral-CE (lilindahellen@hotmail.com); 2 
Mestranda em Zootecnia / Universidade Federal do Ceará/Fortaleza-CE;4 Professor Adjunto / Universidade 
Estadual Vale do Acaraú / Sobral-CE. 
 
O florescimento da jurema preta (Mimosa tenuiflora) acontece na estação seca do ano e produz uma 
grande quantidade de pólen, importante para a manutenção de colônias de Apis mellifera L. e de 
vagens, que servem de alimento para herbívoros. O uso de cobertura morta ao solo pode ser uma 
alternativa para incrementar o florescimento de plantas forrageiras, pois preserva a umidade no solo 
dando melhores condições ambientais para as plantas na época de estiagem. O objetivo desse 
trabalho foi analisar os efeitos da cobertura morta sobre o florescimento e a frutificação de M. 
tenuiflora. O trabalho foi conduzido na Fazenda Experimental Vale do Acaraú (3°60‟S, 40°30W), no 
município de Sobral-CE. No período de junho de 2018 foram escolhidas aleatoriamente 20 árvores de 
jurema preta com o mesmo diâmetro do caule e copa. Dois tratamentos foram adotados: T1 - 
aplicação da cobertura morta e T2 – solo parcialmente nu. Foram utilizadas palhas de carnaubeira 
desidratadas (bagana) como cobertura morta. Todo o solo abaixo da copa das árvores foi coberto 
com uma camada superior a 20cm de bagana. Em seguida, as plantas foram monitoradas quanto às 
características de florescimento e frutificação. A quantidade média de inflorescências e vagens foi 
medida por metro quadrado (m²), com o auxílio de uma armação de ferro de 1m2. As inflorescências e 
vagens presentes dentro da área especificada (1m2) foram contadas, permitindo a estimativa da 
quantidade de inflorescências e vagens em uma planta, de acordo com sua área de copa (m²).Os 
dados da produção média de inflorescências e vagens por tratamento foram comparados pelo Teste 
T de Student (p<0,05) no software PAST versão 3.14. Não houve diferenças significativas entre as 
medias da produção de inflorescências e vagens entre os tratamentos com e sem bagana. As plantas 
de jurema preta investigadas apresentavam uma área de aproximadamente 62,6m² (±6,5) e nos dias 
que houveram os picos de florescimento e frutificação, essas plantas produziram em média 100,8 
(±27,3) inflorescências/m² e 276,6 (±56,9) vagens/m², totalizando 1578,4 (±428,1) inflorescências e 
4328,6 (±890,8) vagens em média no Tratamento 1 (T1). No Tratamento 2 (T2), as árvores 
produziram em média 123,8 (±43,6) inflorescências/m² e 219,4 (±47,3) vagens/m², totalizando 1937,4 
(±683,38) inflorescências e 3433,6 (±740,5) vagens em média. A aplicação de bagana não promoveu 
incremento sobre a produção de inflorescências e vagens, provavelmente porque a quantidade de 
chuvas em 2018 foi muito abaixo da média histórica. Conclui-se que o uso de bagana em ano com 
poucas chuvas, não influenciou significativamente na produção de inflorescências e vagens de 
Mimosa tenuiflora. 
 
Palavra-chave: Flora apícola; Apicultura; Cobertura morta 
 
Agradecimentos: Ao CNPq que concedeu uma bolsa de estudos (processo n°. 148469/2017-5) ao 
segundo autor, possibilitando a execução desse trabalho.

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