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19Bactérias:	“um	universo	microscópico”
Biologia
As idéias evolucionistas trariam inquietação à população. Se os se-
res marinhos sofrem evolução ao longo de sua vida, por que o homem 
também não evoluiria?
Na perspectiva das Ciências Sociais, especificamente da Antropolo-
gia, a discussão sobre a evolução humana legitimou a hierarquização 
dos seres humanos. Isso fez com que alguns povos europeus se julgas-
sem superiores aos outros povos que não se enquadravam no modelo 
preestabelecido pelas idéias evolucionistas, classificando e subjugando 
o diferente como inferior.
Contudo, muitas críticas foram levantadas a partir do final do sécu-
lo XIX, desmontando, tanto nas Ciências Sociais quanto nas Naturais, 
tais idéias e práticas, pois, ao longo da história, essas idéias legitima-
ram a discriminação, preconceitos, desigualdades sociais e muitas prá-
ticas violentas de dominação.
Em termos de evolução, “os fósseis são então o testemunho concreto da transformação das 
espécies no tempo. Algumas espécies desapareceram e outras, suas descendentes, se desenvol-
veram em tempos subseqüentes”. (Questão 11, vestibular 2005, UEPG).
Você concorda com tal afirmação? Justifique e discuta em sala.
 DEBATE
	 Afinal,	o	que	é	evolução?
Como você pode perceber, as idéias evolucionistas estavam presen-
tes mesmo antes da Teoria Evolucionista se consolidar. Já no século 
VI a.C., a hipótese da evolução da vida na Terra havia sido apresenta-
da por alguns filósofos gregos, como: Tales, Anaximandro e Empédo-
cles. Passados aproximadamente 25 séculos, no século XIX, os novos 
conhecimentos sobre a difusão dos organismos no tempo e no espaço 
geológico reacenderam o interesse e a discussão sobre evolução dos 
seres vivos na Terra.
Em 1859, o naturalista inglês Charles Darwin (1809 - 1882), estimu-
lado pelas idéias evolucionistas presentes no contexto histórico e so-
cial da época, coleta e estuda seres vivos e fósseis durante sua viagem 
ao redor do mundo, publicando o livro “A origem das espécies“, dez 
anos após o seu retorno, no qual expôs a sua explicação sobre a Te-
oria da Evolução das Espécies. Em poucas palavras, essa teoria afir-
ma que as espécies atuais são descendentes de outras que viveram no 
passado e que ambas possuem ancestrais comuns. Quanto aos seres 
Tales de Mileto (data aproxi-
mada 645 a.C. - 547 a.C.), 
filósofo apontado como um 
dos sete sábios da Grécia 
Antiga. Fonte: GNU Free Doc. 
Licence, www.wikipedia.org
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20 Organização	dos	Seres	Vivos
Ensino	Médio
humanos, a teoria afirma, por exemplo, que nós e os chimpanzés per-
tencemos, hoje, a espécies obviamente diferentes, mas nossos antepas-
sados, há milhões de anos, pertenceram à mesma espécie.
Atualmente, estudos sobre a teoria da evolução baseiam-se na re-
construção da história evolutiva, agregando as evidências fósseis aos 
estudos da anatomia, embriologia, fisiologia comparada e genética 
dos organismos, buscando relações filogenéticas: quanto maior a afi-
nidade entre duas espécies, maior a probabilidade de terem um an-
cestral comum.
	 Mas	onde	começa	a	história	evolutiva	da	vida?
Com o advento da evolução, os cientistas passaram a acreditar 
que todos os seres vivos existentes na Terra tiveram origem comum, 
a partir de uma única célula, há aproximadamente, 3,5 bilhões de 
anos. Essa célula, segundo a teoria evolutiva, seria simples, porém, 
muito semelhante àquelas que conhecemos hoje e que formam os se-
res procariontes e eucariontes. Somente 2,5 bilhões de anos após o 
surgimento dos organismos procariontes, o processo evolutivo daria 
origem aos primeiros seres eucariontes mais complexos quanto à or-
ganização celular.
Seres procariontes são 
aqueles que não possuem 
núcleo celular organizado. 
Seu material genético está 
solto no citoplasma.
Seres eucariontes são 
aqueles que possuem núcleo 
celular organizado, delimitado 
por uma membrana. Seu ma-
terial genético está dentro do 
núcleo.
	 Como	uma	única	célula	pode	dar	origem	a	
tamanha	diversidade	entre	os	seres	vivos?	
É difícil responder a essa pergunta com precisão, mas sabemos 
que a diversidade dos seres vivos do nosso planeta se manifesta em 
todos os níveis de organização – da célula aos ecossistemas – e diz 
respeito a todas as espécies vegetais, animais e aos microrganismos. 
A variedade desses se-
res é fundamental para 
que eles possam enfren-
tar as modificações am-
bientais. Quanto maior a 
diversidade, maior a op-
ção de respostas da na-
tureza, pois a distribui-
ção dos seres vivos no 
planeta não é homogê-
nea, nem estática. 
Existem sete espécies de tartaru-
gas marinhas, agrupadas em duas 
famílias - a das Dermochelyidae e 
a das Cheloniidae. Dessas, cinco 
são encontradas no Brasil: 1. Tar-
taruga-Cabeçuda (Caretta caretta); 
2. Tartaruga-Gigante (Dermochely 
coriacea); 3. Tartaruga-de-Pente 
(Eretmochelys imbricata); 4. Tar-
taruga-Verde (Chelonia mydas); 
5. Tartaruga-Oliva (Lepidochelys 
olivacea). Fonte: Projeto Tamar.
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