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TRABALHO DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL AVA1 (1)

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA – TIJUCA 
 
 CURSO: NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
NOME DO (A) ALUNO (A): Gabrielle Dayanne Rodrigues Duarte 
MATRÍCULA: 1220304847 
MATÉRIA: Educação Nutricional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RIO DE JANEIRO 
 JUNHO - 2023 
 
A ação de Educação Alimentar e Nutricional realizada, considerando as necessidades 
e demandas da população sinalizadas pelos Agentes Comunitários de Saúde, são de 
extrema importância para promover a saúde e o bem-estar da comunidade. No 
entanto, para ampliar a efetividade dessa abordagem, pode-se utilizar o Arco de 
Charles Maguerez como uma estrutura metodológica. 
O Arco de Charles Maguerez consiste em cinco etapas interligadas: Observação da 
realidade, Pontos Chave, Teorização, Hipóteses de Solução e Aplicação à Realidade. 
Cada uma dessas etapas desempenha um papel fundamental no processo de 
planejamento, execução e avaliação da ação de Educação Alimentar e Nutricional. 
Na etapa de Observação da realidade, os Agentes Comunitários de Saúde devem 
coletar informações detalhadas sobre a população-alvo, identificando suas 
necessidades e demandas específicas relacionadas à alimentação e nutrição. Isso 
pode ser feito por meio de entrevistas, pesquisas e observação direta. A compreensão 
dos fatores sociais, culturais e econômicos que influenciam os hábitos alimentares é 
essencial para direcionar a abordagem. 
Com base na Observação da realidade, os Pontos Chave podem ser identificados. 
Esses pontos representam os principais desafios e problemas enfrentados pela 
população em relação à alimentação e nutrição. Podem incluir questões como acesso 
limitado a alimentos saudáveis, baixo conhecimento sobre práticas nutricionais 
adequadas e influência de hábitos alimentares não saudáveis. A identificação dos 
Pontos Chave orienta o desenvolvimento de estratégias efetivas. 
A etapa de Teorização envolve a busca e a análise de conhecimentos científicos e 
evidências relacionados à educação alimentar e nutricional. A equipe de profissionais 
de saúde pode recorrer a estudos, diretrizes nutricionais e pesquisas atualizadas para 
embasar suas intervenções. A teorização permite compreender as causas dos 
problemas identificados e desenvolver abordagens baseadas em evidências. 
Com base na Teorização, as Hipóteses de Solução podem ser formuladas. Essas 
hipóteses representam possíveis estratégias e intervenções para abordar os Pontos 
Chave identificadas. Por exemplo, a implementação de programas de educação 
alimentar em escolas, a criação de hortas comunitárias ou o estabelecimento de 
parcerias com mercados locais para aumentar o acesso a alimentos saudáveis. As 
hipóteses devem ser específicas, viáveis e alinhadas às necessidades da comunidade. 
Por fim, a etapa de Aplicação à Realidade envolve a implementação das hipóteses de 
solução e o acompanhamento da ação de Educação Alimentar e Nutricional na prática. 
É essencial envolver a comunidade de forma ativa e participativa, promovendo a 
conscientização, o engajamento e o empoderamento dos indivíduos. O monitoramento 
e a avaliação contínuos permitem verificar a efetividade da abordagem e fazer ajustes 
quando necessário. 
Ao aplicar o Arco de Charles Maguerez, a abordagem de Educação Alimentar e 
Nutricional se torna mais abrangente e efetiva. A metodologia permite uma 
compreensão aprofundada da realidade da comunidade, orientando a identificação de 
problemas e a formulação de soluções embasadas em evidências. 
Dessa forma, a metodologia adotada na ação de Educação Alimentar e Nutricional 
pode ser aprimorada com a aplicação do Arco de Charles Maguerez, proporcionando 
uma abordagem mais abrangente, embasada em evidências e voltada para a 
transformação positiva da saúde e nutrição da população. 
A alimentação no cotidiano da vida: um olhar crítico e reflexivo para as ações de 
Educação Alimentar e Nutricional 
Diante de problemas sociais que afetam as práticas alimentares e a saúde, a 
sociedade tem demandado intervenções efetivas, emancipadoras e transformadoras. 
Para atender a essas demandas, é necessário que os profissionais da área de saúde 
se qualifiquem, desde a formação, para atuar de forma consciente e engajada no 
campo da Educação Alimentar e Nutricional. 
Nesse contexto, propõe-se a análise da ação de Educação Alimentar e Nutricional 
realizada, considerando as necessidades e demandas da população sinalizadas pelos 
Agentes Comunitários de Saúde. A abordagem adotada, que consistiu na colocação 
de um espelho dentro de um carrinho de supermercado vazio na recepção de uma 
unidade de saúde, revelou aspectos importantes sobre a complexidade da 
alimentação no cotidiano da vida. 
 
No entanto, essa abordagem pode ser considerada limitada e insuficiente para lidar de 
forma efetiva com os problemas sociais e alimentares enfrentados pela comunidade. É 
necessário adotar uma abordagem mais abrangente e integrada, como o Arco de 
Charles Maguerez, que permita uma visão ampliada da realidade e um maior 
engajamento dos profissionais de saúde. 
Ao aplicar o Arco de Charles Maguerez, cada uma das etapas pode contribuir para 
ampliar a efetividade da abordagem em Educação Alimentar e Nutricional. A primeira 
etapa, a observação da realidade, é fundamental para compreender as necessidades, 
demandas e desafios enfrentados pela população no que diz respeito à alimentação. É 
necessário ir além do olhar superficial e explorar questões socioeconômicas, culturais 
e estruturais que influenciam as práticas alimentares da comunidade. 
A segunda etapa consiste na identificação dos pontos-chave, ou seja, dos principais 
problemas e desafios que afetam a alimentação da população. Além da fome, é 
importante considerar aspectos como a falta de acesso a alimentos saudáveis, a falta 
de conhecimento sobre nutrição e os hábitos alimentares pouco saudáveis. Esses 
pontos-chave devem direcionar as ações e intervenções a serem desenvolvidas. 
A terceira etapa, a teorização, é fundamental para embasar as intervenções com 
conhecimentos científicos atualizados sobre alimentação e nutrição. É necessário 
compreender as causas dos problemas identificados e buscar evidências científicas 
que sustentem as estratégias educativas e práticas a serem adotadas. A teorização 
também deve contemplar as questões sociais e estruturais que influenciam a situação 
alimentar da população. 
Na quarta etapa, são formuladas hipóteses de solução com base na teorização 
realizada. Essas hipóteses devem ser elaboradas de forma participativa, envolvendo 
os Agentes Comunitários de Saúde e a comunidade. É importante considerar 
estratégias educativas, práticas e de apoio que abordem os problemas identificados, 
como a promoção de hortas comunitárias, programas de educação alimentar em 
escolas e parcerias com organizações locais. 
A quinta etapa consiste na aplicação das intervenções propostas, de forma 
participativa e engajada. É importante envolver a comunidade desde o planejamento 
até a execução das ações, garantindo a sua participação ativa e o empoderamento 
para a transformação das práticas alimentares. A avaliação da efetividade das 
intervenções é fundamental para o aprimoramento contínuo da abordagem. 
Em suma, é fundamental adotar uma abordagem de Educação Alimentar e Nutricional 
que vá além da conscientização e busque soluções práticas e participativas para os 
problemas alimentares enfrentados pela população. O Arco de Charles Maguerez 
oferece um caminho para ampliar a efetividade da abordagem, considerando a 
complexidade da alimentação no cotidiano da vida e promovendo a transformação 
social necessária para alcançar práticas alimentares saudáveis e sustentáveis. 
REFERÊNCIAS: 
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a População Brasileira.2ª ed. 
Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2014. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Brasília, 
DF: Ministério da Saúde, 2013. 
 
PHILLIPPI, S. T. (Org.). Nutrição e técnica dietética. Barueri: Manole, 2012. 
 
CANESQUI, A. M.; GARCIA, R. W. D. C. Antropologia e nutrição: um diálogo possível. 
2ª ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2005.

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