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Unidade Princípios da terapia cognitivo-comportamental

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Princípios da terapia cognitivo-
comportamental
Apresentação
O interesse pelo comportamento humano não é novo. Filósofos da antiga Grécia, como Sócrates, 
Platão e Aristóteles, já tentavam dar explicações para essa questão. A psicologia permaneceu como 
um apêndice da filosofia até 1879, quando foi criado o primeiro laboratório de psicologia 
experimental, e ela adquiriu o status de ciência. A partir daí, as pesquisas se ampliaram, e muitas 
teorias surgiram.
Uma das áreas mais tradicionais da psicologia é a prática psicoterápica, sendo a terapia cognitivo-
comportamental (TCC) uma das mais importantes, já que está baseada em evidências e apresenta 
alta taxa de resolutividade dos problemas trazidos pelos clientes, além de ter duração mais curta 
em relação a outras modalidades.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os princípios que embasam essa terapia, bem 
como alguns aspectos históricos. Você vai conhecer as diferentes abordagens clínicas, por meio do 
estudo das três ondas de seu desenvolvimento. Também vai conhecer algumas contribuições da 
avaliação psicológica de base empírica para a prática clínica da TCC.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever a história da terapia cognitivo-comportamental e seus princípios.•
Reconhecer as principais abordagens das terapias cognitivas e comportamentais.•
Identificar contribuições da avaliação psicológica para a terapia cognitivo-comportamental.•
Desafio
A TCC mostra evidências de sucesso em tratamentos de várias patologias, e pacientes com fobia 
têm sido um dos grupos beneficiados. Além disso, pelo fato de trabalhar com planos de tratamento 
e sessões mais estruturados, baseados em protocolos comprovados por pesquisa, a TCC dá mais 
segurança aos profissionais, especialmente àqueles que estão iniciando na carreira.
Imagine a seguinte situação:
Como você organizaria uma avaliação inicial para Pedro? Como planejaria as estratégias que serão 
utilizadas para a avaliação de um caso de fobia social?
Infográfico
Uma das aplicações práticas das teorias psicológicas é a criação de terapias. Cada terapia tem seus 
princípios teóricos e abordagens práticas. Uma das mais importantes formas de tratamento 
psicológico é a TCC, que se inova continuamente e tem seus protocolos baseados em evidências 
científicas e apresenta boas taxas de sucesso. O desenvolvimento da TCC costuma ser descrito por 
meio de três ondas.
Neste Infográfico, você irá conhecer grandes nomes e suas contribuições nas três ondas de 
desenvolvimento da TCC.
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Conteúdo do livro
Entre as várias possibilidades de terapias psicológicas, os enfoques predominantes na atualidade se 
incluem em um grupo de abordagens chamado de terapia cognitivo-comportamental. A TCC tem 
mostrado resultados favoráveis em diversos quadros, como transtornos de ansiedade, fobias, 
transtornos alimentares, transtornos depressivos, traumas, vícios e transtornos da personalidade.
No capítulo Princípios da terapia cognitivo-comportamental, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem, você vai conhecer o que é a TCC, seus aspectos históricos e os princípios que a 
sustentam. Vai conhecer suas várias abordagens a partir da compreensão do seu desenvolvimento 
em três diferentes ondas, com predomínio de aspectos comportamentais ou cognitivos, nas duas 
primeiras, respectivamente, para culminar em um enfoque cognitivo-comportamental na terceira 
onda. Você vai conhecer também contribuições da avaliação psicológica com base empírica à TCC.
Boa leitura.
TERAPIA COGNITIVO-
-COMPORTAMENTAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Descrever a história da terapia cognitivo-comportamental e seus princípios.
 > Reconhecer as principais abordagens das terapias cognitivas e comporta-
mentais.
 > Identificar contribuições da avaliação psicológica para a terapia cognitivo-
-comportamental.
Introdução
Existem várias teorias psicológicas e diversas áreas de atuação na psicologia, 
sendo a prática clínica uma das áreas mais antigas. Uma das terapias psicológicas 
mais conhecidas na atualidade é a terapia cognitivo-comportamental (TCC), que 
se caracteriza pela permanente revisão e pela sustentação teórica baseada em 
evidências empíricas. Suas técnicas mais estruturadas, além de ajudar uma ampla 
gama de clientes com variados tipos de patologias, também proporcionam mais 
segurança aos terapeutas, especialmente aos menos experientes.
Neste capítulo, você vai conhecer alguns aspectos históricos da TCC, bem como 
os princípios que a norteiam. Também vai estudar suas principais abordagens, 
analisando suas três ondas. Por fim, vai identificar as contribuições da avaliação 
psicológica para a TCC.
Princípios da 
terapia cognitivo- 
-comportamental
Tania Beatriz Iwaszko Marques
História da TCC e seus princípios
A história da psicologia como ciência é recente, tendo iniciado em 1879, quando 
Wundt criou na Alemanha o primeiro laboratório de psicologia. De lá até os 
dias de hoje, muitas teorias foram desenvolvidas, tendo algumas obtido 
mais relevância do que outras. Algumas dessas teorias contribuíram para 
a prática clínica, sendo a TCC uma das mais importantes. Nesta seção, você 
vai conhecer a definição e alguns aspectos históricos da TCC, bem como os 
princípios que norteiam sua prática.
O que é a TCC
A TCC não é uma forma única de terapia, mas um conjunto de terapias que se 
modificaram ao longo de sua história. Nessa história, houve contribuições 
muito diversas, sendo algumas milenares e outras atuais. Como afirmam Bar-
bosa, Terroso e Argimon (2014, documento on-line), “há uma visão de mundo 
influenciada por diferentes pontos de vista (abstrato, humano, mecânico), de 
diferentes momentos históricos da humanidade, o que traz um paradigma 
epistemológico híbrido para a TCC”.
Ao longo deste texto, você poderá compreender que essa diversidade de 
colaborações não resulta em um problema epistemológico, mas, ao contrário, 
demonstra uma flexibilidade para dar conta das descobertas e demandas 
da atualidade. Portanto, a primeira, a segunda e a terceira onda da TCC “de-
vem ser entendidas como complementares, não rivais: casadas, tendem a 
proporcionar estratégias eficazes para o tratamento de diversas patologias 
psíquicas” (BARBOSA; TERROSO; ARGIMON, 2014, documento on-line).
A psicologia comportamental estuda o comportamento, que é entendido 
em função das contingências ambientais (BAUM, 2006). Por sua vez, a psicologia 
cognitiva estuda a forma como as pessoas percebem, aprendem, recordam 
e pensam sobre a informação (STERNBERG, 2010). Neste capítulo, vamos 
acompanhar como essas diferentes abordagens se tornaram complementares.
Alguns marcos
Na década de 1940, surgiu a terapia comportamental, ou analítico-compor-
tamental, fundamentada principalmente nas ideias de Skinner (1967, 1975, 
1982). De acordo com o behaviorismo radical proposto por Skinner, o objeto 
de estudo da psicologia é o comportamento, entendido como sendo deter-
Princípios da terapia cognitivo-comportamental2
minado e definido pela interação entre o organismo e o ambiente a partir de 
relações funcionais, as chamadas “contingências”.
Na terapia baseada nessa concepção, sentimentos, somatizações, atitudes, 
emoções, valores e pensamentos de uma pessoa são considerados variáveis 
dependentes, que resultam das contingências. Assim, as terapias comporta-
mentais têm foco na mudança comportamental a partir da modificação das 
contingências (MARCAL, 2005).
No início da década de 1960, o então psicanalista Aaron Beck desenvolveu 
a terapia cognitiva, que se caracterizava como “uma psicoterapia breve, 
estruturada e orientada para o presente” (BARBOSA; TERROSO; ARGIMON, 
2014, documento on-line). A ideia central dessa terapia é que os transtornos 
psicológicos resultam de pensamentos distorcidos ou disfuncionais. Ou seja, 
entende-se que a pessoa tem seu humor e seu comportamento alterados em 
função dessadistorção cognitiva. Considerando isso, a terapia foca-se em 
realizar modificações nas avaliações distorcidas da realidade, buscando uma 
apreciação mais realista (BECK, 2022; STERNBERG, 2010).
Na busca por alternativas terapêuticas mais eficientes, várias áreas 
contribuíram para a construção do que hoje se chama de TCC: antropologia, 
filosofia, neurociências, fisiologia, linguística, matemática e até mesmo 
teorias da computação. Isso confere à TCC um paradigma epistemológico 
híbrido (DUPUY, 1996; NEUFELD; RANGÉ, 2017).
Princípios
Não existe uma única TCC, mas um conjunto de diferentes abordagens que, 
apesar das suas especificidades, guardam algumas semelhanças importantes. 
Segundo Dobson e Dezois, embora existam diferenças entre as abordagens da 
TCC, há três premissas fundamentais que as envolvem e as definem (DOBSON, 
2006):
1. a cognição afeta o comportamento;
2. a cognição pode ser monitorada e alterada;
3. a mudança comportamental desejada pode ser efetuada por meio da 
mudança cognitiva.
Relacionadas a essas premissas, estão presentes nas distintas abordagens 
das TCCs três hipóteses, apresentadas no Quadro 1.
Princípios da terapia cognitivo-comportamental 3
Quadro 1. Hipóteses presentes nas distintas abordagens das TCCs
Hipótese de acesso O conteúdo e o processo de nosso pensamento 
são passíveis de ser conhecidos.
Hipótese de mediação
Os nossos pensamentos medeiam nossas 
respostas emocionais às variadas situações nas 
quais nos encontramos.
Hipótese de mudança
Pelo fato de as cognições serem passíveis 
de conhecimento e mediarem as respostas a 
situações diferentes, podemos intencionalmente 
modificar o modo como respondemos aos 
acontecimentos a nosso redor.
Fonte: Adaptado de Dobson (2006).
Segundo Beck (2022), embora devam ser feitas algumas adaptações à 
individualidade de cada paciente, há nas abordagens cognitiva e comporta-
mental princípios que são válidos para quase todos. Esses princípios estão 
listados a seguir.
1. Os planos de tratamento na TCC estão baseados em uma conceituali-
zação cognitiva em desenvolvimento contínuo.
2. A TCC requer uma aliança terapêutica sólida.
3. A TCC monitora continuamente o progresso do cliente.
4. A TCC é culturalmente adaptada e adapta o tratamento ao indivíduo.
5. A TCC enfatiza o positivo.
6. A TCC enfatiza a colaboração e a participação ativa.
7. A TCC é aspiracional, baseada em valores e orientada para os objetivos.
8. A TCC inicialmente enfatiza o presente.
9. A TCC é educativa.
10. A TCC é atenta ao tempo de tratamento.
11. As sessões de TCC são estruturadas.
12. A TCC utiliza a descoberta guiada e ensina os clientes a responderem 
às suas cognições disfuncionais.
13. A TCC inclui planos de ação (tarefa de casa da terapia).
14. A TCC utiliza uma variedade de técnicas para mudar o pensamento, o 
humor e o comportamento.
Princípios da terapia cognitivo-comportamental4
Nesta seção, você conheceu os princípios das TCCs e alguns de seus impor-
tantes marcos históricos. A seguir, vamos estudar as principais abordagens 
das TCCs, analisando as três ondas de seu desenvolvimento.
Principais abordagens das TCCs
Nesta seção, você vai conhecer as principais abordagens das TCCs ao longo 
das suas três ondas.
Primeira onda da TCC
Na primeira onda da TCC, houve um predomínio do aspecto comportamental. 
Segundo Eysenck e Keane (2007), os tratamentos eram dominados por técnicas 
de exposição, próprias do comportamentalismo.
O ponto de partida dessa onda foram os estudos de Pavlov, um fisiolo-
gista russo que estudou o condicionamento clássico, ou reflexo, realizando 
pesquisas com cães. Por meio desses experimentos, realizados em condições 
de laboratório, Pavlov demonstrou como podem ser condicionadas novas 
respostas a partir de estímulos incialmente neutros (SKINNER, 1967, 1975).
Em 1913, John Watson fundou o behaviorismo metodológico. Ele acreditava 
que o comportamento objetivo e observável era o objeto ideal para a ciência 
psicológica natural e defendia que a psicologia não deveria se ocupar da 
consciência, da introspecção e da mente. Segundo o autor, as experiências 
têm origem no mundo real e não são afetadas por características internas 
dos indivíduos (BARBOSA; TERROSO; ARGIMON, 2014).
Por sua vez, o behaviorismo radical foi fundado pelo americano Burrhus 
Frederic Skinner, que considerava que a investigação científica deveria “ser 
motivada pela possibilidade de entender os efeitos práticos e funcionais que 
norteiam a busca pela compreensão do objeto, e não por uma busca pela 
verdade” (BARBOSA; TERROSO; ARGIMON, 2014, documento on-line).
Watson estudava o condicionamento clássico, ou respondente, ou seja, o 
condicionamento dos comportamentos involuntários (reflexos), ao passo que 
Skinner estudava o condicionamento operante, isto é, os comportamentos 
voluntários. Skinner focou seu interesse no estudo do comportamento, pois 
acreditava que até os sentimentos são comportamentos, não sendo necessário 
criar entidades mentais. Este autor realizou em condições controladas de 
laboratório vários experimentos com ratos e pombos, e seus estudos tiveram 
forte influência sobre a educação, como na criação da máquina de ensinar e 
da instrução programada (SKINNER, 1967, 1972, 1975).
Princípios da terapia cognitivo-comportamental 5
Em resumo, a primeira onda da TCC tem um caráter puramente comporta-
mental. A seguir, vamos abordar a segunda onda da TCC, apresentando seus 
principais expoentes e suas proposições teóricas.
Segunda onda da TCC
Edward Chace Tolman acreditava que o modelo estímulo-reposta, dominante 
na primeira onda, era incompleto e que:
o organismo deveria ser considerado para a descrição completa do comporta-
mento, propondo o modelo estímulo-organismo-resposta (E-O-R). Por isso, ele é 
considerado um predecessor da psicologia cognitiva, desenvolvendo um modelo 
mediacional entre a terapia comportamental e a terapia cognitiva (BARBOSA; 
TERROSO; ARGIMON, 2014, on-line).
Em 1955, Albert Ellis criou a terapia racional emotiva, que, embora tenha 
sido fortemente influenciada pela psicanálise, tem “um caráter mais ativo, 
diretivo e sistemático de intervenção junto ao paciente” (BARBOSA; TERROSO; 
ARGIMON, 2014, on-line). Em 1983, ela passou a ser chamada de “terapia 
racional emotiva comportamental” (Trec), tendo como objetivo identificar 
e contestar as crenças disfuncionais do indivíduo, buscando manter um 
estado de equilíbrio emocional, por meio de técnicas cognitivas, emotivas e 
comportamentais (BARBOSA; TERROSO; ARGIMON, 2014).
Com os avanços tecnológicos ocorridos durante a Segunda Guerra Mun-
dial, tornou-se necessário compreender a interação entre o ser humano e as 
máquinas. Nesse contexto, Donald Broadbent afirmou que “o processamento 
da informação nos seres humanos parecia similar ao das máquinas”, pois 
verificou que os trabalhadores que as operavam se guiavam pelas informa-
ções que recebiam delas, escolhendo entre responder conforme o esperado, 
desconsiderar ou se opor ao estímulo (NEUFELD; RANGÉ, 2017, p. 24).
O movimento behaviorista recebeu críticas da teoria da gestalt, segundo 
a qual a compreensão do ser humano depende de um todo organizado, e não 
de partes isoladas. Essa teoria também reivindicava o retorno ao estudo da 
consciência como objeto primordial da psicologia e, dessa forma, influenciou 
o surgimento da psicologia cognitiva, que originou a segunda onda da TCC. 
Ainda, também Karl Spencer Lashley criticava o movimento behaviorista, 
afirmando que o cérebro não é um órgão passivo diante das contingências 
ambientais (STERNBERG, 2010).
Além dessas críticas internas, o behaviorismo foi criticado por pensadores 
de outras áreas, como o linguista Noam Chomsky e o antropólogo Claude 
Princípios da terapia cognitivo-comportamental6
Lévi-Strauss. Segundo Chomsky, existiria uma estrutura mental para a aqui-
sição da linguagem, ao passo que Lévi-Strauss considerava a existência de 
uma estrutura mental capaz de explicar características apresentadas em 
diferentesculturas (STERNBERG, 2010).
Conforme Barbosa, Terroso e Argimon (2014, documento on-line):
a confluência dessas críticas contra o behaviorismo, das novas demandas so-
ciais e do contexto de desenvolvimento tecnológico propiciaram a revolução que, 
oficialmente, lançou os modelos de terapia cognitiva como um movimento forte 
dentro da psicologia.
Também os avanços da cibernética e as pesquisas com inteligência artificial 
contribuíram para que se mostrasse mais necessária a inclusão dos aspectos 
cognitivos na discussão. No mesmo sentido, as limitações das abordagens 
puramente comportamentais foram evidenciadas pelas pesquisas de Bandura 
sobre aprendizagem vicária e sobre autoeficácia (HOTHERSALL, 2019).
Aprendizagem vicária é a aprendizagem que ocorre por meio da 
observação, da imitação ou da reprodução de comportamentos de 
outras pessoas e dos reforços por elas recebidos.
Aaron Beck propôs a psicoterapia cognitiva, cujo objetivo é levar o paciente 
a substituir avaliações distorcidas sobre os eventos por avaliações mais 
realistas e adaptativas. Ele acreditava que o pensamento e as avaliações 
distorcidas poderiam afetar os sentimentos e os comportamentos (DOBSON, 
2006).
A psicologia cognitiva foi definida por Ulric Neisser como o campo que se 
refere a todos os processos pelos quais um input (entrada) sensorial é trans-
formado, reduzido, elaborado, armazenado, recuperado e usado, gerando um 
output (saída). O paradigma dominante na área foi o do processamento de 
informação, que considera os processos mentais comparáveis a um software 
a ser executado num computador, o cérebro (DOBSON, 2006).
Jeffrey Young desenvolveu a terapia dos esquemas, que parte do princípio 
de que os indivíduos têm necessidades emocionais para se desenvolver e 
estabelecer relações saudáveis e, quando essas necessidades não são supri-
das, eles passam a tentar obtê-las com o uso de esquemas desadaptativos. 
A terapia do esquema integra elementos da teoria cognitiva, da psicologia 
da gestalt, da teoria das relações objetais, do construtivismo e das escolas 
psicanalíticas. Ela valoriza a aliança terapêutica, as origens infantis e os estilos 
Princípios da terapia cognitivo-comportamental 7
parentais, além de enfatizar a importância do trabalho vivencial por meio de 
imagens mentais e diálogos (YOUNG; KLOSKO; WEISHAAR, 2003).
Vemos, portanto, que a segunda onda da TCC é eminentemente cognitiva. 
A seguir, você vai conhecer algumas das principais ideias da terceira onda.
Terceira onda da TCC
A terceira onda da TCC abarca uma diversidade de modelos de intervenção, 
como, por exemplo, a terapia cognitiva baseada em mindfulness, a terapia 
comportamental dialética, a psicoterapia analítica funcional e a terapia de 
aceitação e compromisso (BARBOSA; TERROSO; ARGIMON, 2014).
Para a terapia cognitiva baseada em mindfulness, é possível alterar a 
função dos pensamentos sem que seja necessário alterar antes a sua forma 
(SEGAL; WILLIAMS; TEASDALE, 2002). A terapia comportamental dialética, por 
sua vez, considera que a desregulação emocional provém da interação entre 
uma predisposição constitucional e um ambiente que invalida as experiências 
do indivíduo (BARBOSA; TERROSO; ARGIMON, 2014).
A psicoterapia analítica funcional se baseia na análise da relação terapêu-
tica em conjunto com outras abordagens comportamentais e considera que 
as dificuldades vivenciadas pelo sujeito na relação com as outras pessoas 
se repetem no ambiente terapêutico (BARBOSA; TERROSO; ARGIMON, 2014). Já 
a terapia de aceitação e compromisso considera ineficaz a aversão a certas 
experiências e entende ser necessário o desenvolvimento de um novo reper-
tório de pensamentos e sentimentos para as experiências (HAYES et al., 2006).
Nesse grupo de terapias, observa-se a convivência entre técnicas com-
portamentais e cognitivas advindas tanto da primeira quanto da segunda 
onda (HAYES et al., 2006). Além disso, vemos que a terceira onda da TCC é 
influenciada por diversas correntes filosóficas e psicológicas.
Nesta seção, você conheceu diferentes abordagens das TCCs, analisando 
as três ondas de desenvolvimento dessa corrente. A seguir, vamos refletir 
sobre algumas contribuições da avaliação psicológica baseada em evidências 
para a TCC.
Contribuições da avaliação psicológica para 
a TCC
A avaliação psicológica fornece elementos para várias funções diferentes, 
tais como “a avaliação intelectual ou cognitiva, a avaliação de deficiências 
de aprendizagem ou do funcionamento da personalidade e a diagnose dos 
Princípios da terapia cognitivo-comportamental8
transtornos psicológicos” (DOBSON; DOBSON, 2011, p. 20). Nesta seção, vamos 
focar nosso estudo no uso da avaliação psicológica na TCC.
Avaliação de base empírica
Segundo Dobson e Dobson (2011), ao falar sobre avaliação psicológica, de-
vemos inicialmente diferenciá-la de teste psicológico. Comparada a este, a 
avalição é muito mais ampla e inclui informações provindas de diversas fontes, 
inclusive testes. Ela envolve a integração das informações, sua apreciação e 
a elaboração de uma síntese.
Para os autores, apesar da importância da entrevista, isoladamente ela 
pode levar a avaliações incompletas. Sobre os testes, Dobson e Dobson (2011, 
p. 21) afirmam que sua validade é “forte e impositiva”, sendo “comparável à 
validade dos testes médicos”.
Dobson e Dobson (2011) consideram que a avaliação de base empírica inclui 
tanto o diagnóstico quanto o tratamento. Em geral, a avaliação é bastante 
utilizada no início do tratamento, mas muito pouco na sequência, para a 
verificação dos resultados. Os autores, no entanto, acreditam que ela deve 
ser um processo contínuo, com avaliação periódica de metas.
Embora se pense bastante na utilidade da avaliação com base empírica, 
não há muita pesquisa sobre isso. Por sua vez, há diversas ferramentas que 
são utilizadas na avaliação psicológica — algumas com pouca sustentação 
empírica e outras com sustentação suficiente, mas grande parte delas não 
é exclusiva da TCC.
Entrevista
Em geral, a avaliação psicológica inicia com a entrevista, que é uma ferramenta 
utilizada em diversas áreas. Na avaliação da TCC, são utilizados modelos de 
entrevistas semiestruturadas, de entrevistas estruturadas e até mesmo de 
entrevistas altamente estruturadas.
Grande parte das entrevistas destinadas à avalição na TCC visa a “ajudar 
o entrevistador a determinar o diagnóstico que o cliente apresenta, em vez 
dos problemas que este queira enfocar durante a terapia” (DOBSON; DOBSON, 
2011, p. 23). As entrevistas mais curtas costumam durar de 10 a 20 minutos, 
ao passo que a duração das mais longas pode chegar a 120 minutos.
Princípios da terapia cognitivo-comportamental 9
Independentemente do modelo de entrevista adotado, nessa etapa devem 
ser obtidos os seguintes dados:
 � o problema que traz o cliente à terapia, os gatilhos e as consequências;
 � as reações do cliente ao experimentar os sintomas, distinguindo os 
afetos (sentimentos ou emoções) e as reações fisiológicas, bem como 
as cognições (pensamentos, ideias, imagens) e os comportamentos 
(ações ou tendência a ações);
 � os padrões atuais de enfrentamento e de evitação de abordagens;
 � os déficits de habilidades ou a falta de conhecimento;
 � o suporte social, as preocupações da família e os problemas inter-
pessoais ou sexuais;
 � outros problemas atuais;
 � o desenvolvimento e a trajetória dos problemas;
 � o histórico de tratamento.
Medidas de autorrelato
Existem várias medidas de autorrelato, mas a maioria delas foi criada para 
pesquisas e apenas algumas podem ser aplicadas à TCC. Elas costumam ser 
divididas em medidas de sintomas e medidas cognitivas e comportamentais 
(DOBSON; DOBSON, 2011). Essas medidas podem ser utilizadas repetidamente, 
ao longo do tratamento, como forma de avaliar o seu sucesso.
Algumas dessas ferramentas são disponibilizadas gratuitamente, ao passo 
que outras só podem ser usadas mediante pagamento. Dentre essas medi-
das, podemos destacar o BAI e oState-Trait Anxiety Inventory, que medem a 
ansiedade; a Yale-Brown Obsessive-Compulsive Scale, que avalia o quadro 
obsessivo-compulsivo; a Social Phobia Scale, que avalia a fobia social; a BDI-II 
e a Beck Hopelessness Scale, que avaliam a depressão.
Observação
Todo o comportamento do cliente (e não apenas seu conteúdo verbal) pode 
fornecer uma amostra de seu comportamento em outras situações. Desse 
modo, é preciso observar seus gestos, sua forma de se comunicar, algumas 
frases específicas, etc. Também pode ser útil anotar o número de vezes e a 
duração dos comportamentos.
Princípios da terapia cognitivo-comportamental10
Quando houver observação por alunos ou colegas, podem ser usadas salas 
de espelho. Além disso, equipamentos de áudio e vídeo podem ser úteis para 
análise posterior de sessões gravadas.
Automonitoramento
O automonitoramento, segundo Dobson e Dobson (2011, p. 31), “envolve a 
auto-observação sistemática e o registro de ocorrências (ou não ocorrências) 
de determinados comportamentos ou eventos”. Existem vários formulários 
que podem ser adaptados a situações específicas de cada paciente. São 
exemplos desses formulários o Dysfunctional Thought Record e o Simple 
Frequency Record.
Também é importante considerar informações fornecidas pela família 
ou por cônjuges, além da documentação prévia, como avaliações 
anteriores, diagnósticos ou recomendações.
Neste capítulo, você conheceu um pouco da história da TCC e os princípios 
que embasam sua prática. Além disso, refletiu sobre o desenvolvimento da 
TCC ao longo do tempo, identificando as características das três ondas, e 
conheceu as contribuições da avaliação psicológica para a TCC.
Referências
BARBOSA, A. S.; TERROSO, L. B.; ARGIMON, I. I. L. Epistemologia da terapia cognitivo-
-comportamental: casamento, amizade ou separação entre as teorias? Boletim Aca-
demia Paulista de Psicologia, v. 34, n. 86, p. 63-79, 2014.
BAUM, W. M. Compreender o behaviorismo: ciência, comportamento e cultura. 2. ed. 
Porto Alegre: Artmed, 2006.
BECK, J. S. Terapia cognitiva-comportamental: teoria e prática. 3. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2022.
DOBSON, K. (org.). Manual de terapias cognitivo-comportamentais. 2. ed. Porto Alegre: 
Artmed, 2006.
DOBSON, D.; DOBSON, K. S. A terapia cognitivo comportamental baseada em evidências. 
Porto Alegre: Artmed, 2011.
DUPUY, J. P. Nas origens das ciências cognitivas. São Paulo: UNESP, 1996.
EYSENCK, M. W.; KEANE, M. T. Manual de psicologia cognitiva. 7. ed. Porto Alegre: Art-
med, 2017.
HAYES, S. C. et al. Acceptance and commitment therapy: model, processes and outcomes. 
Behaviour Research and Therapy, v. 44, n. 1, p. 1-25, 2006.
Princípios da terapia cognitivo-comportamental 11
HOTHERSALL, D. História da psicologia. 4. ed. Porto Alegre: AMGH, 2019.
MARCAL, J. V. S. Estabelecendo objetivos na prática clínica: quais caminhos seguir? 
Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, v. 7, n. 2, p. 231-146, 2005.
NEUFELD, C. B.; RANGÉ, B. P. (org.). Terapia cognitivo-comportamental em grupos: das 
evidências à prática. Porto Alegre: Artmed, 2017.
SEGAL, Z. V.; WILLIAMS, J. M. G.; TEASDALE, J. D. Mindfulness-based cognitive therapy for 
depression: a new approach to preventing relapse. 2nd ed. New York: Guilford, 2012.
SKINNER, B. F. A análise do comportamento. São Paulo: Epu, 1975.
SKINNER, B. F. Ciência e comportamento humano. Brasília: UnB, 1967.
SKINNER, B. F. Sobre o behaviorismo. São Paulo: Cultrix, 1982.
SKINNER, B. F. Tecnologia do ensino. São Paulo: Herder, 1972.
STERNBERG, R. J. Psicologia cognitiva. Porto Alegre: Artmed, 2010.
YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Schema therapy: a practitioner’s guide. 
New York: Guilford, 2003.
Leituras recomendadas
BECK, A. T., DAVIS, D. D.; FREEMAN, A. Terapia cognitiva dos transtornos da personalidade. 
3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
GREENBERGER, D.; PADESKY, C. A. A mente vencendo o humor: mude como você se sente, 
mudando o modo como você pensa. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (org.). História da psicologia: 
rumos e percursos. 3. ed. Rio de Janeiro: Nau, 2018.
Princípios da terapia cognitivo-comportamental12
Dica do professor
Existem muitas formas de tratamento psicológico, e, entre elas, destaca-se a TCC, que envolve uma 
série de diferentes abordagens e técnicas. Apesar de haver grande diversidade entre as 
abordagens, existem elementos comuns a todas elas, que são conhecidos como os princípios da 
TCC.
Nesta Dica do Professor, você vai conhecer um pouco mais a respeito de um dos princípios da TCC, 
que é a inclusão de planos de ação. Você saberá o que eles são e conhecerá algumas 
recomendações úteis e um exemplo de plano de ação.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
 
 
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/4696213264cb1aca6b9898765035f9f5
Exercícios
1) Uma das mais tradicionais áreas de aplicação da psicologia é o atendimento clínico. 
Atualmente, uma das abordagens mais influentes é a da TCC, que vem evoluindo através das 
décadas. O desenvolvimento da TCC costuma ser representado por meio de três ondas. 
Analise as afirmações a seguir sobre as três ondas de desenvolvimento da TCC:
I. A primeira onda da TCC é marcada por uma predominância da abordagem cognitiva.
II. A segunda onda da TCC é marcada por uma predominância da abordagem 
comportamental.
III. A terceira onda da TCC é marcada pela síntese entre as abordagens cognitiva e 
comportamental.
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) II e III.
E) I, II e III.
2) A TCC costuma trabalhar com avaliação psicológica no início do tratamento, mas também 
podem ser feitas avaliações ao longo do atendimento para verificar possíveis mudanças. 
Para a avaliação, são utilizadas ferramentas com base empírica, ou seja, que demonstram 
evidências de utilidade.
Analise as duas asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
I. A entrevista costuma ser a primeira etapa da avaliação psicológica.
PORQUE
II. Embora os testes façam parte da avaliação psicológica, teste não é sinônimo de avaliação 
psicológica.
Marque a alternativa correta:
A) As asserções I e II são verdadeiras, e a II justifica a I.
B) As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não justifica a I.
C) A asserção I é verdadeira, e a II, falsa.
D) A asserção I é falsa, e a II, verdadeira.
E) As asserções I e II são falsas.
3) A prática da TCC conta com diferentes técnicas e abordagens, porém existem elementos 
integradores, que são os princípios que permitem visualizá-la como uma modalidade 
específica de tratamento psicológico. 
Sobre os princípios da TCC, identifique a alternativa correta.
A) A TCC dispensa a formação da aliança terapêutica.
B) A TCC centra-se nos aspectos negativos que envolvem os problemas do cliente.
C) A TCC não delimita objetivos previamente.
D) A TCC inclui planos de ação.
E) A TCC utiliza planos de ação padronizados, sem adaptações individuais.
O behaviorismo surgiu em 1913, com o artigo intitulado "A psicologia como os behavioristas 
a veem". A partir daí, a teoria evoluiu muito, e sua aplicação à terapia também se modificou e 
continua sofrendo múltiplas alterações, com incorporação de novos elementos a partir de 
evidências científicas. O desenvolvimento da TCC costuma ser explicado a partir de três 
diferentes ondas. Identifique a onda a que pertencem os diferentes autores mencionados a 
seguir:
I. Primeira onda
II. Segunda onda
III. Terceira onda
( ) Aaron Beck
( ) Segal, Williams e Teasdale
( ) J.B. Watson
4) 
( ) Jeffrey Young
( ) B.F. Skinner
A alternativa que apresenta a sequência correta de preenchimento é:
A) I, III, II, I, II.
B) II, III, I, III, I.
C) III, III, II, II, I.
D) II, II, I, III, I.
E) II, III, I, II, I.
5) A psicologia vem ganhando cada vez mais espaços de atuação na atualidade, mas uma formamais tradicional de exercício profissional está no campo do atendimento clínico.
As terapias cognitivo-comportamentais, diferentemente de outras terapias, baseiam-se em 
evidências científicas e utilizam protocolos de atendimento mais estruturados.
Nas afirmações a seguir, identifique a correta com relação à TCC.
A) A TCC baseia-se na premissa de que o conteúdo e o processo do pensamento são passíveis 
de ser conhecidos.
B) A TCC engloba uma série de abordagens terapêuticas sem nenhum elemento comum.
C) Uma das premissas da TCC é de que é impossível modificar o modo como se responde aos 
acontecimentos ao redor.
D) Para a avaliação psicológica, a TCC costuma utilizar entrevistas não estruturadas, do tipo 
associação livre.
E) Para a TCC, os conteúdos não verbais apresentados pelos clientes durante a sessão são 
irrelevantes. 
Na prática
Cada terapia está baseada em princípios próprios, porém conhecê-los não garante saber utilizá-los 
no cotidiano profissional. A formação demanda o contato tanto com a teoria quanto com a 
aplicação prática desse referencial. A TCC utiliza uma série de recursos, por meio de protocolos 
baseados em evidências, e ter contato com eles dá mais segurança ao profissional, especialmente 
aos novos.
Neste Na Prática, confira um trecho de uma sessão terapêutica com intervenção cognitiva típica no 
caso de um homem divorciado de 55 anos de idade que tem, entre outras dificuldades, a de 
encontrar um emprego. No caso de Abel, você poderá observar a aplicação prática de alguns 
princípios teóricos da TCC no exercício profissional do psicólogo.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Princípios básicos de análise do comportamento
Neste livro, os autores explicam detalhadamente alguns conceitos básicos do behaviorismo. O 
Capítulo 3 ("Aprendizagem pelas consequências: o reforçamento") irá ajudá-lo a compreender os 
conceitos básicos do condicionamento operante proposto por Skinner, um dos expoentes da 
primeira onda da TCC.
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Abordagem cognitivo-comportamental na escola: 
possibilidades de intervenção
Este artigo traz a realização de uma intervenção por meio de técnicas grupais com crianças do 
ensino fundamental com comportamentos desafiadores e opositores, a partir dos pressupostos da 
TCC. O objetivo da intervenção foi a promoção da saúde na escola por meio da psicoeducação e da 
orientação/treinamento.
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TCC moderna CBT: movendo-se em direção a terapias baseadas 
em processos
Neste artigo, os autores questionam a validade de serem utilizados protocolos específicos para 
cada patologia, o que é uma característica da TCC que costuma proporcionar muito mais segurança 
aos terapeutas, especialmente aos iniciantes. Embora proponham terapias baseadas em evidências, 
os autores acreditam que, em lugar das terapias baseadas em protocolos, devem ser usadas 
terapias baseadas em processo. Isso significa uma mudança radical nos rumos da TCC.
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/aletheia/v54n1/v54n1a12.pdf
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http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbtc/v14n2/v14n2a03.pdf

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