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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE NOVA FRIBURGO – RJ JOSÉ SILVA, (qualificação), vem à presença de Vossa Excelência propor, conforme previsão no § 1o do artigo 319 do Código de Processo Civil, pelos fatos e razões de direito a seguir expostos: a presente AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE POST MORTEM em face do espólio de NICOLAU ROMANO, representado por seus pais, ALEXANDRE ROMANO e MARIA ROMANO, com endereço desconhecido, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. I. DOS FATOS O Autor, José Silva, não possui a paternidade reconhecida em seu registro de nascimento. Desde criança, ouvia de familiares, especialmente de sua tia, que seu pai biológico seria Nicolau Romano, um famoso comerciante de Nova Friburgo, falecido precocemente aos 50 anos, em junho de 2023. Nicolau Romano não deixou cônjuge ou filhos, sendo seus únicos parentes vivos seus pais, Alexandre Romano e Maria Romano, cujo paradeiro é desconhecido para o Autor. Com o intuito de esclarecer sua paternidade, o Autor enviou uma carta ao endereço que possuía de Nicolau, mas não obteve qualquer resposta. Diante dessa situação, José Silva busca judicialmente o reconhecimento de sua paternidade. II. DO DIREITO 1. Da Legitimidade e Interesse de Agir O direito à investigação de paternidade é assegurado pela Constituição Federal, em seu artigo 227, § 6º, que garante a todos o direito ao reconhecimento da filiação. O Código Civil, em seu artigo 1.606, prevê que a ação de investigação de paternidade pode ser proposta em qualquer tempo, sendo um direito personalíssimo e imprescritível. 2. Da Possibilidade de Realização de Exame de DNA Pós-Morte A Lei 11.804/2008 e a jurisprudência pátria admitem a realização de exames de DNA em parentes consanguíneos, na falta do suposto pai. Os avós paternos, Alexandre Romano e Maria Romano, são parentes próximos e viáveis para a realização do exame, visando confirmar ou afastar a paternidade alegada. III. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência: 1. A concessão da Gratuidade de Justiça ao Autor, por ser pobre na acepção jurídica do termo, conforme declaração anexa. 2. A citação dos pais de Nicolau Romano, ALEXANDRE ROMANO e MARIA ROMANO, para, querendo, contestar a presente ação, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato. 3. A intimação dos pais de Nicolau Romano para que forneçam material genético necessário à realização do exame de DNA, ou, alternativamente, que sejam tomadas as providências para exumação do corpo de Nicolau Romano, se necessário. 4. A realização do exame de DNA com o material genético dos pais de Nicolau Romano, a fim de verificar a paternidade do Autor. 5. A intimação das partes para comparecimento em audiência de conciliação, instrução e julgamento, conforme o artigo 334 do CPC. 6. O reconhecimento da paternidade de Nicolau Romano em favor de José Silva, caso o exame de DNA seja positivo. 7. A retificação do registro civil do Autor para constar o nome de Nicolau Romano como seu pai, bem como o nome dos avós paternos. 8. A condenação do espólio de Nicolau Romano ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios. Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais). Nestes termos, Pede deferimento. Rio de Janeiro, XXX Advogado OAB/xxx I. DOS FATOS II. DO DIREITO 1. Da Legitimidade e Interesse de Agir 2. Da Possibilidade de Realização de Exame de DNA Pós-Morte III. DOS PEDIDOS