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Componentes Principais- a célula possui como componente principal o
citoplasma e o núcleo (centro de controle da célula).
O componente mais externo do citoplasma é a membrana plasmática, que é a limitação entre o
meio intra e extracelular, apesar de a mesma possui proteínas denominadas de integrinas que
realizam trocas com o meio extracelular.
O citoplasma e o núcleo se coram por hematoxilina-eosina, sendo o citoplasma róseo e o núcleo
azul escuro.
No citoplasma se localizam as organelas, o citoesqueleto, os depósitos de lipídeos, proteínas,
hidratos de carbono e pigmentos. E o espeço entre os depósitos e as organelas é preenchido
pelo citosol que tem consistência de gel e possui em sua composição nutrientes, íons,
aminoácidos e proteínas.
Membrana Plasmática:
É composta por 2 camadas de fosfolipídios, além de proteínas integrais, periféricas,
glicocálix e colesterol.
A bicamada de fosfolipídio é uma molécula anfipática, ou seja, ela possui uma parte
Hidrofílica que está voltada para a parte extracelular que têm contato com a água e uma parte
Hidrofóbica que está voltado ao centro e não tem contato com a água.
A parte hidrofílica é formada basicamente por fosfato, enquanto a parte hidrofóbica é
formada por ácidos graxos mais colesterol, este irá dar fluidez a membrana plasmática.
Além disto, a membrana plasmática possui 2 tipos de proteínas, as integrinas e as
periféricas.
Integrinas- estas estão integradas a membrana plasmática, sendo assim, só são retiradas se
houver a destruição da estrutura da membrana, ou por ação de algum detergente.
Ademais, neste grupo ainda se tem a presença das proteínas transmembranas, que
atravessam a membrana de ponta a ponta, e servem como canal para algumas substancias,
podendo ter passagem única ou múltipla, além disto elas podem ser abertas como o canal da
água denominada de aquaporina que está sempre aberta, ou dinâmica que tem o movimento de
abre e fecha como o canal da glicose, que será controlada a quantidade que entra dentro da
célula.
Já as proteínas periféricas, estão apenas associadas a membrana e podem ser removidas
por soluções salinas.
Tendo como função a troca com o meio extracelular, reações metabólicas e a ligação com
um carboidrato formado glicoproteína.
Glicocálix- este é o segurança da célula, pois, realiza o reconhecimento celular. É
formado por um carboidrato associado a uma proteína, ou lipídeo.
Modelo do mosaico fluido- recebe este nome, devido à disposição em que as
proteínas estão parecendo um mosaico, e fluido se deve por conta da fluidez que tem a
bicamada lipídica.
As proteínas que estão na membrana são sintetizadas no Reticulo Endoplasmático
Rugoso, transformadas e empacotadas no Complexo de golgi e carreadas até a superfície por
vesículas.
As proteínas possuem filamentos de actina, que irão auxiliar a membrana no processo de
prolongamento ou projeção par o englobamento de substâncias que irá ocorrer nos transportes
da membrana.
A superfície celular é rica em hidratos de carbono, que ao se ligarem a uma proteína ou
lipídeo forma o Glicocálix.
Funções- Por fim, a membrana tem como função a permeabilidade seletiva, o
reconhecimento celular e o transporte de substancias.
Membrana Plasmática:
Fibrose cística- está é uma deficiência em uma proteína que está localizado no
cromossomo 7, causando o acumulo de íons dentro da célula. Sendo assim, as secreções
exócrinas ficam viscosas e obstruem os ductos de glândulas pancreáticas, salivares e de vias
respiratórias e esta obstrução dificulta a passagem destas secreções proporcionando infecções e
fibroses.
Transporte pela Membrana:
Transporte Passivo- este ocorre a favor do gradiente de concentração e devido a isto não há
gasto de energia, ou seja, adenosina trifosfato. O transporte ativo pode ser classificado em 3
tipos:
Difusão simples- quando os gases passam de forma passiva, sem auxilio ou
gasto de energia pela bicamada fosfolipídica.
Difusão facilitada- quando a molécula precisa de um canal para poder entrar
na célula, como a glicose, o potássio, cálcio e sódio.
Osmose- que é o estado de equilíbrio da célula, ou seja, soluto e solvente de forma
equilibrada. Sendo assim, a célula pode se encontrar em 3 estados.
Isotônico- em equilíbrio;
Hipertônico- muito soluto fora da célula, e desta forma a água sai da célula para
dissolver o soluto, e a célula murcha.
Hipotônico- muito soluto dentro da célula e sendo assim, água entra dentro da célula
para dissolver este soluto inchando a mesma.
Transporte Ativo- já neste tipo de transporte, há o gasto de energia, visto que é
contra o gradiente de concentração.
Como exemplo, tem-se a bomba de sódio-potássio, onde o sódio sai e potássio entra.
Endocitose- é o processo, onde a célula, irá colocar alguma molécula/ substancia que está
no lado de fora da célula para dentro da célula. E existem 3 tipos de endocitose.
Fagocitose- na fagocitose, haverá o prolongamento da membrana plasmática, por
pseudópodes e isto só é possível devido a presença de microtúbulos presença de filamentos de
actina nas proteínas da membrana. Após haver este prolongamento, a membrana irá englobar
esta substancia que normalmente é solida ou uma bactéria em uma vesícula denominada de
fagossomo, onde mais tarde um lisossomo irá se fundir a ela para realizar o processo de
digestão.
A fagocitose é realizada apenas por células de defesa, como por exemplo os macrófagos e
os leucócitos.
Pinocitose- já este processo todas as células irão realizar, e não é formado uma vesícula.
Este processo é realizado para a célula colocar para dentro de si partículas liquidas ou pequenas
que ela precise utilizar. Desta forma a membrana realiza a projeção de sua membrana e engloba
para dentro dela está partícula.
Endocitose por receptor- ocorre quando uma substancia tem um determinando
ligante na célula e ao se ligar a ela o processo enzimático ocorre de forma rápida e eficaz,
formando uma vesícula rodeada por proteínas denominadas de clatrina.
Exocitose- é o processo onde a célula, irá realizar o processo de colocar para fora algo
que ela produziu e que deve ser carreado para fora da célula. Como exemplo, tem se o
complexo de golgi que realiza a exocitose de proteínas que foram produzidas no reticulo
endoplasmático rugosa, modificadas dele e enviadas por vesículas para o meio extracelular.
Clasmocitose- é o processo pelo qual a célula manda para fora restos residuais, ou seja,
algo que não serve mais para ela para o meio extracelular.
Organelas:
Mitocôndria
A sua distribuição pela célula varia de acordo com a atividade metabólica, ela tende a ficar mais
acumulada onde é demandado mais gasto de energia, como macrófagos, células que realizam a
fagocitose ou até mesmo o peroxissomo que precisa de muito oxigênio.
As mitocôndrias realizam a transformação de energia química em energia fácil para as
células, sendo que 50% ficam armazenadas no ATP e 50% é dissipado em calor para manter a
temperatura corporal.
Ela é constituída por duas membranas, sendo a membrana interna chamada de matriz
mitocondrial onde ocorre o ciclo de Krebs que é a respiração celular.
A mitocôndria possui os 3 tipos de RNA, o mensageiro, ribossomo e transportador. Além
de possuir o dna mitocondrial, que devido a ela será possível realizar a síntese de proteínas,
porém como este DNA está em pouca quantidade a mitocôndria consegue produzir apenas
algumas proteínas.
Ribossomo- 
é constituído por 4 diferentes tipos de Rna ribossomal e proteínas, tendo como função a
produção de proteínas para dentro da célula.
Polirribossomos- é o conjunto de ribossomos unidos por rna mensageiro, que terá um código
que irá codificar que tipo de proteína terá que ser produzida.
Reticulo Endoplasmático- é uma complexa rede intercomunicantes de vesículas achatadas.
Retículo endoplasmático rugoso- 
é abundante na produção de proteínas para o meio extracelular, e desta forma ele possui
polirribossomos em sua parede que colocaram um código nas proteínas que irão codificar qual
o tipo de proteína deve ser feito no complexo degolgi.
Sua membrana é continua a membrana do envelope nuclear.
Além da produção de proteínas que serão carreadas ao complexo de golgi, o reticulo
endoplasmático rugoso é responsável pela produção de fosfolipídios e proteínas integrais.
Reticulo Endoplasmático Liso-
não apresenta ribossomos em sua parede e sua membrana é continua a membrana do reticulo
endoplasmático rugoso.
É abundante nas células do fígado neutralizando substancias nocivas e toxicas, além de
sintetizar lipídios e esteroides.
Complexo de golgi-
é um conjunto de vesículas achatadas e empilhadas.
O complexo de golgi e responsável pela modificação e empacotamento em vesículas de
proteínas e lipídeos para fora da célula.
Além disto, o complexo de golgi recebe enzimas que vem do Rer e realiza a formação do
lisossomo.
Ademais, o complexo de golgi é responsável pela formação do acrossomo.
Ele é polarizado, ou seja, possui uma face que é cis por onde entra as proteínas que vem
do Rer e a face trans por onde saí as proteínas produzidas, modificadas e empacotadas.
Lisossomo-
São vesículas, delimitadas por membranas, que possuem mais de 40 enzimas hidroliticas que
irão auxiliar no processo de digestão intracitoplasmática na fagocitose.
Lisossomo primário- é aquele que não realiza a digestão, que acabou de ser formado no
complexo de golgi.
Estes são abundantes em células fagocitarias. Suas enzimas tem atividade máxima em Ph
5 como por exemplo tem a protease, amilase, lipase e sulfatase, e devido a isto sua membrana
possui uma barreira que impede que estas enzimas saiam dele
O citosol possui Ph 7,2 e possui uma barreira de defesa adicional para proteger a célula contra
as enzimas do lisossomo.
As enzimas dos lisossomos possuem a manose fosforeada, onde o complexo de golgi e o
rer possuem receptores para esta molécula e desta forma estes ácidos podem ser separados para
os lisossomos.
Ademais o lisossomo realiza a renovação das organelas.
Auto fagossomo- quando o lisossomo se funde a vesícula para realizar a digestão.
Proteassomos- possui principalmente protease, para realizar a degradação de proteínas,
moléculas proteicas que forma formadas com alguma deformidade seja ela estrutural ou
funcional, ou modificada por um vírus.
Peroxissomo- são esféricos e realizam a oxidação de substratos orgânicos, desta forma
ele retira o hidrogênio e associa com oxigênio que pega da mitocôndria formando peroxido de
hidrogênio que é altamente prejudicial à célula que então pega a enzima catalase e quebra esta
molécula formando água.
Utilizam muito oxigênio e devido a isto estão cercados por mitocôndrias.
No fígado realizam a síntese de ácidos biliares e colesterol.
São formados por polirribossomos no citosol.
Citoesqueleto- são redes de microtúbulos, filamentos de actina e filamentos
intermediários.
Este irá influir diretamente na forma das células e juntamente com proteínas motoras irão
realizar a movimentação de organelas e vesículas, além de serem responsáveis pela contração
celular.
Microtúbulos- encontrados no citoplasma e prolongamentos como cílios e flagelos,
além de formar o citoesqueleto.
Eles são formados por subunidades denominadas de tubulinas.
Centríolo- são cilíndricos e compostos por microtúbulos curtos e altamente organizados.
Cada um é composto por 9 conjuntos de 3 microtúbulos.
Na fase s da divisão celular os centríolos irão sofrer uma duplicação.
Filamentos de actina- encontrado no músculo como filamentos finos e nas
proteínas da membrana tendo como função o prolongamento da mesma para que ela possa
realizar a fagocitose.
Tecidos:
Os tecidos são compostos por células especializadas e por substancia extracelular. Esta
substancia extracelular é sintetizada, armazenada, controlada e influenciada pelas células.
Muitas moléculas da matriz são reconhecidas e se ligam a receptores encontrados na
superfície da célula, muitas moléculas atravessam a membrana da célula para poderem se
conectar com moléculas que estão no citoplasma.
Os tecidos não estão isolados e nem são, ao contrário, eles estão associados uns aos
outros formando os órgãos.
A maioria dos órgãos é formado pelo parênquima que são células especializadas do
tecido e pelo estroma que é feito por um tecido de sustentação, que normalmente é o tecido
conjuntivo.
Tecido Epitelial:
Tem como principais funções o revestimento e a secreção.
O tecido de revestimento irá realizar o revestimento tanto de superfícies internas como
parede de órgãos, como superfícies externas, e como principal exemplo temos a pele.
O tecido de revestimento tem como função a proteção, absorção e transporte.
Já o epitélio de secreção tem como função transportar algo que a célula produziu e deve ser
enviado para fora, seja ela, uma substancia mucosa ou serosa.
Uma curiosidade no tecido epitelial de revestimento é que no Miocárdio ele terá a função
de contração muscular.
Características das Células Epiteliais:
As células epiteliais possuem polos, sendo assim, elas podem tem mudança na
organização e tipo de organela, ou seja, as organelas do polo apical não são as mesmas do polo
basal.
As células são poliédricas, ou seja, apresentam várias faces e estão justapostas devido a
pouca matriz intercelular que ela tem. Além disto estas células estão aderidas umas às outras
por junções intercelulares que será explicado mais adiante.
Possuem uma mitose constante e são altamente inervados, visto que as glândulas
dependem diretamente de impulsos nervosos para que realizem a secreção.
O formato do núcleo destas células normalmente irá acompanhar o formato das células,
como em células pavimentosas o núcleo é achatado como a célula.
Todos os epitélios estão apoiados sobre o tecido conjuntivo, porém quando é de um órgão
oco este recebe o nome de lâmina própria. A porção do tecido que se apoia no tecido conjuntivo
é chamado de polo basal, quanto a superfície voltada para o espaço é denominada de polo
apical e sua superfície é chamada de superfície livre.
Na lateral encontra algumas células que estão na superfície lateral e quando estas chegam
até o polo basal é denominado de superfície basolateral.
Lâminas basais e membrana basal:
Entre o tecido epitelial e o tecido conjuntivo há a presença da lâmina basal, que é
responsável por conferir a aderência entre estes tecidos, esta lâmina é formada por colágeno do
tipo VI, glicoproteínas (lâmina e entactina) e proteoglicanos. A união dos tecidos se dá por
meio de fibrilas de colágeno do tipo VII.
Estas lâminas também realizam a aderência do tecido conjuntivo com outras células
existentes.
Os componentes destas lâminas são sintetizados por células epiteliais, musculares,
adiposas e de schwann.
Quando a lâmina possui em sua composição fibras reticulares, ela é chamada de lâmina
reticular.
Além de realizarem a adesão entre os tecidos, ou entre a célula e o tecido, as lâminas
realizam a organização de proteínas, filtração de células, proliferação e diferenciação celular.
Membrana Basal- é encontrada abaixo do tecido epitelial e é mais espessa.
Especializações da superfície basolateral:
A adesão entre as células do tecido epitelial se dá por meio de proteínas denominadas de
CADERINAS, e quanto estas perdem cálcio a adesão também é perdida.
Junção de oclusão- esta junção é mais apical, onde irá ocorrer a adesão da membrana
de uma célula a outra, eliminando o espaço intercelular entre estas células, ou seja, nada irá
passar por entre elas e as membranas não se tocam.
Desmossomo- nesta junção as células se ligam por meio de caderinas, a célula possui
filamentos de actina presos a placa de ancoragem que na parte interna possui as proteínas
caderinas que se conectam uma à outra unindo as células, porém sem que haja contato de uma
membrana com a outra.
Hemidesmossomo- é metade de um desmossomo, e ao invés de possui caderinas ele
possui integrinas que irá realizar trocas com macromoléculas e substancias do meio
extracelular. Sua principal função é unir a lâmina basal a célula epitelial.
Junções comunicantes;
Nesta junção, a célula possui a conexina, queao se agrupar forma o Conexons e quando
um conexon se liga com o da outra célula é formado um canal hidrofílico entre as células, por
onde, poderão realizar trocas de substancias, como nutrientes, hormônios entre outras coisas.
Especializações da superfície Apical:
Microvilos- são projeções da membrana que aumentam a superfície de absorção,
podendo ser longa ou curta. Estes microvilos estão presentes no intestino delgado e nos túbulos
dos rins.
Estereocilios- prolongamentos longos e imóveis que aumentam a área de
superfície da célula, facilitando o movimento para dentro e fora da célula. É encontrado no
epidídimo e no ducto deferente.
Cílios- são prolongamentos curtos e moveis, onde necessita de muito ATP para que realize
os movimentos de vai e vem. Presente no epitélio pseudoestratificado.
Flagelos- estes são semelhantes aos cílios, porem são longos e exclusivos dos
espermatozoides.
Epitélio de revestimento:
Cobrem as superfícies internas e externas do corpo e são classificadas de acordo com o
número de camadas de células e formato das células.
O epitélio simples possui apenas uma camada de célula, enquanto o epitélio estratificado
possui mais de uma camada de célula.
De acordo com o formato da célula, o epitélio de revestimento pode ser pavimentoso,
cúbico e cilíndrico/colunar/prismático.
As células do epitélio simples pavimentoso se apresentam achatadas com o núcleo
alongado, são presentes no revestimento do lúmen dos vasos sanguíneos e linfáticos, presentes
na cavidade pleural, pericárdica e peritoneal.
Já as células do epitélio simples cúbico são cuboides com o núcleo arredondado,
encontrado na superfície do ovário.
As células do epitélio simples prismático são alongadas como seus núcleos e revestem o
lúmen intestinal e da vesícula biliar. Alguns são ciliados.
Epitélio estratificado:
Pavimentoso queratinizado, possui as células basais cuboides ou colunares e as apicais
achatadas e está presente em órgãos secos como a pele, prevenindo a perda de água.
Pavimentoso não queratinizado- está presente em órgão úmidos, como
vagina, esôfago e boca.
Os epitélios estratificados cúbicos e prismáticos são raros de ser encontrados. O cúbico está
presente no ducto de glândulas exócrinas e o prismático está no olho (córnea).
Epitélio de transição- reveste a bexiga, o ureter a o início da uretra. Quando a
bexiga está vazia as células se apresentam globosas e quando cheia as células apresentam
achatadas.
Epitélio Pseudoestratificado- este parece haver mais de uma camada, porém
existe apenas uma camada, pois, suas células estão todas em contato com a lâmina basal. Este
epitélio contem cílios o que auxilia na movimentação.
Epitélio Glandular:
Possui células que são especializadas em secreção, suas células podem sintetizar,
armazenar e eliminar proteínas, lipídeos e carboidratos.
As moléculas que serão secretadas são armazenas em vesículas chamadas de grânulos de
secreção.
Existem dois tipos de glândulas unicelular que é a caliciforme e as multicelulares que serão
ditas a seguir.
As glândulas são formadas no tecido epitelial, se proliferam e invadem o tecido
conjuntivo.
As glândulas exócrinas mantem contato com o epitélio e mandam a sua secreção por
meio de ductos para a superfície do corpo ou cavidade.
As glândulas endócrinas não possuem ductos e mandam suas secreções por meio dos
vasos sanguíneos que irão chegar até o local de ação.
Existem dois tipos de glândulas endócrinas. O primeiro é formado cordões entrelaçados
por capilares sanguíneos e no segundo tipo é formado folículos ou vesículas com o conteúdo de
secreção.
As glândulas exócrinas possuem duas porções, a secretora onde é produzido a secreção e
os ductos que irão transportar a secreção.
As glândulas simples possuem apenas um ducto, enquanto as compostas possuem ductos
ramificados.
Glândulas simples podem ser- tubulares, tubulares enoveladas, tubulares ramificadas e
acinosas.
Glândulas compostas podem ser- tubulares, acinosas ou tubuloacinosas.
O fígado e pâncreas são glândulas mistas, tanto endócrina quanto exócrina.
De acordo, com a forma em que a célula secreta ela pode ser classificada de três formas:
Merócrina- a secreção é liberada por exocitose sem que haja nenhuma perda de material.
Apócrina- onde a secreção é libera junto a porções do citoplasma apical da célula.
Holocrina- na qual a célula vai inteiramente com a secreção, ou seja, ocorre a destruição
da célula.
A secreção pode ser serosa- liquida e rica em proteínas ou mucosa- viscosa e rica em
glicoproteínas.
Tecido Conjuntivo:
É responsável pelo estabelecimento e manutenção da forma do corpo, que é realizado
pela matriz extracelular, que liga as células aos órgãos.
Células do Tecido Conjuntivo:
Macrófagos-
São células com capacidade de realizarem fagocitose, e por este motivo possuem muitos
lisossomos, um complexo de golgi bem desenvolvido e um reticulo endoplasmático rugoso
saliente.
Os macrófagos derivam de células precursoras da medula óssea, que se dividem
produzindo os monócitos e estes quando cruzam a parede de vênulas e capilares e invadem o
tecido conjuntivo, amadurecem nele e se modificam funcionalmente e morfologicamente em
macrófagos.
Estes atuam como agentes de defesa de nosso organismo, fagocitando células cancerosas,
bactérias, fungos, protozoários, metazoários e resíduos metabólicos das células.
Mastócitos-
São células grandes, globosas e com o citoplasma repleto de grânulos, isto em células
maduras, enquanto seu núcleo é pequeno, esférico e central.
É abundante no trato intestinal e respiratório e na derme.
Sua principal função é estocar mediadores químicos como a histamina e a heparina,
sendo que a histamina aumenta a permeabilidade vascular e a heparina é anticoagulante.
Existem dois tipos de mastócitos: O primeiro tipo é o mastócito do tecido conjuntivo,
cuja principal função é de anticoagulante (heparina), presente na pele e na cavidade peritoneal.
Já o segundo tipo é o mastócito da mucosa, presente na mucosa intestinal e nos pulmões,
contendo principalmente sulfato de condroitina.
São originados de células hematopoiéticas da medula óssea, por onde circulam enquanto
são imaturas, e ao cruzar as vênulas e os capilares, invadem o tecido conjuntivo, onde se
proliferam e diferenciam.
Sua superfície contem receptores para imoglobulina E produzida pelo plasmócito.
Plasmócito-
São células grandes ovoides, com o núcleo esférico.
Possuem uma grande quantidade de reticulo endoplasmático rugoso.
Sua principal função é sintetizar anticorpo (glicoproteína) em resposta a um antígeno
(substancia desconhecida pelo organismo).
Leucócitos/ Glóbulos brancos-
Migram de vênulas e capilares até o tecido conjuntivo, onde se diferenciam e proliferam.
Essa migração, ocorre por um movimento denominado de diapedese.
São células especializadas na proteção contra microorganismos, gerando como resposta a
inflamação.
Células Adiposas-
São células que armazenam energia na forma de triglicerídeo.
Fibras:
São formadas por proteínas que se polimerizam. O tecido conjuntivo tem três tipos de
fibras: as colágenas, reticulares e elásticas.
As fibras colágenas e reticulares são formadas pela proteína Colágeno, enquanto a
elástica é formada pela proteína chamada de elastina.
Fibras Colágenas:
São rígidas, resistentes e elásticas.
O colágeno é a proteína mais abundante em nosso organismo, principalmente do tipo I.
O colágeno pode ser classificado da seguinte forma:
Que formam fibrilas- colágenos do tipo I, II, III, V e XI se agregam para formar as
fibrilas. O do tipo I é a mais abundante, presente por exemplo no osso e tendão.
Associados as fibrilas- Colágeno do tipo IX, XII e XIV, são curtas e se ligam as fibrilas e
componentes da matriz extracelular.
Formam redes- colágeno do tipo IV se associam formando redes, cuja função é a aderência e
filtração. Está presente na lâmina basal.
De ancoragem- do tipo VII encontrado nas fibrilas que ancoram o colágeno do tipo I a lâmina
basal.
 Os principais aminoácidos que compõe o colágeno é a prolina, glicinae hidroxiprolina.
As fibrilas de colágeno são formadas pela polimerização de protocolágeno que possui 3
cadeias de peptídeos e um tríplice hélice. Onde as moléculas estão unidas por ligações de
hidrogênio.
O colágeno do tipo I se junta ao do tipo III para formar as fibras. O do tipo II presente
nas cartilagens, forma apenas as fibrilas, enquanto do tipo IV presente nas lâminas não forma
fibras e nem fibrilas.
Biossíntese de colágeno:
Para formar o colágeno, primeiramente, ocorre a leitura do Rna mensageiro, e quem faz
esta leitura é o polirribossomos, após realizar a leitura este realiza a síntese de
(preprocolageno), que ao sair do rer é quebrado formando o protocolágeno que é a cadeia alfa,
esta cadeia recebe lisina e prolina que irão auxiliar no processo, além de receberem peptídeos
que irão manter a cadeia alinhada, formando a tripla hélice de protocolágeno
Após a síntese da cadeia alfa, este é encaminhado do complexo de golgi até a membrana
por vesículas, e ao chegar ao meio extracelular, o protocolageno, perde os peptídeos se
tornando tropocolageno que irá se polimerizar até formar o colágeno.
A renovação de colágeno nos tendões e ligamentos é lento, e para que haja a renovação
deve ocorrer a degradação que é feita pela enzima denominada de COLAGENESE.
Fibras Reticulares:
São formados por meio do colágeno do tipo III associados a glicoproteínas e
proteoglicanos, e são extremamente finas.
Possuem de 6 a 12% de hexoses.
Abundante em musculo liso, endoneuro e órgãos hematopoiéticos.
Fibras Elásticas:
As fibras elásticas são caracterizadas pela sua elasticidade e são formadas por 3 fibras:
oxitalanicas, elaunicas e elásticas.
Sendo desenvolvidas em três estágios:
O primeiro estágio ocorre quando as fibrilas oxitalanicas, que possuem uma proteína
chamada de fibrilina, que ao serem depositas vão formando um arcabouço onde será depositado
a elastina.
No segundo estágio, ocorre a deposição da elastina e forma a fibra elaunica.
Por fim, a elastina continua sendo depositada, até preencher o centro formando a fibra
elástica.
As fibras oxitalânicas são inelásticas.
Quem irá sintetizar elastina é o músculo liso e o fibroblasto.
Substancia Fundamental: formada por proteoglicanos, glicosaminoglicanos e glicoproteínas.
É um liquido incolor, que preenche o espaço entre as células do tecido conjuntivo e as
fibras, além de realizar a lubrificação e servir como barreira para a penetração de
microorganismos.
Tecido Conjuntivo Propriamente Dito:
Este tecido é de suma importância para a sustentação de outros tecidos, e ele pode ser de
dois tipos: frouxo ou denso.
Tecido Conjuntivo Frouxo:
Preenche os espaços entre as células e fibras do tecido conjuntivo, sustenta as células
epiteliais e forma camadas ao redor dos vasos sanguíneos.
Possui muito fibroblasto e macrófagos, é resistente e flexível, além de ser bem
vascularizado.
Tecido Conjuntivo Denso:
Este tecido oferece proteção e resistência, sendo menos flexível que o frouxo, porém
mais resistente.
Quando suas fibras colágenas estão organizadas é denominado de denso modelado, suas
fibras apresentam-se paralelas, já quando as fibras estão esparsas de forma tridimensional
denomina-se de denso não modelado.
Tecido Elástico- composto por feixes espessos de fibras elásticas, o espaço entre as fibras é
preenchido por colágeno e fibrocito. Está presente no ligamento da coluna vertebral.
Tecido Reticular- constituído por fibras reticulares e fibroblastos, cuja função é suportar as
células de órgãos hematopoiéticos e linfoides.
Tecido mucoso- tem muito ácido hialurônico e pouca fibra, tendo como célula principal o
fibroblasto. Está presente no cordão umbilical.
Tecido Adiposo:
Tem uma predominância de células adiposas que podem estar isoladas em pequenos
grupos no tecido conjuntivo frouxo.
O tecido adiposo é a maior reserva energética no nosso organismo, na forma de
triglicerídeo, em seguida temos as células hepáticas (fígado) e os músculos esqueléticos que
armazenam energia, porém na forma de glicogênio.
O deposito de triglicerídeo não é constante, ou seja, está em constante renovação.
Além de armazenar energia, este tecido é responsável pela proteção mecânica, é isolante
térmico, preenche espaços do tecido, é sintetizador e excretor (hormônios) e mantém a posição
correta dos órgãos.
Existem duas variedades deste tecido: unilocular que possui apenas uma gotícula de lipídeo e
multilocular que contém várias gotículas de lipídeo.
Tecido Adiposo Unilocular:
Possui uma coloração branca. É responsável pela formação do panículo adiposo que é
uma camada abaixo da pele.
A deposição de células adiposas é controlada por hormônios sexuais e hormônios das
glândulas adrenais.
São células grandes. Quando isoladas são esféricas e poliédricas, que ocupam quase todo
o citoplasma.
São removidas por solventes orgânicos, por ter a presença de moléculas hidrofóbicas.
Cada células é envolvida por uma lâmina basal e sua membrana plasmática possui muitas
vesículas de pinocitose.
Possui uma vascularização abundante.
Deposição de Lipídeos:
A deposição de lipídeos, pode se dar de três formas: pela alimentação, oriundos do fígado
ou pela síntese de proteínas do tecido por meio da glicose.
Quilomícrons- são formados por células epiteliais do intestino, sendo compostos
por triglicerídeos, proteoglicanos e glicoproteínas. Estes mais tarde deixam as células epiteliais
e invadem os capilares linfáticos, até chegarem à corrente sanguínea, onde é distribuída para o
corpo todo, ao serem distribuídos a enzima lipase lipoproteica realiza a quebra desta molécula,
originando glicerol mais ácido graxo que irão se recombinar para formarem moléculas de
triglicerídeos novamente.
Por meio da glicose, estes consegue produzir glicerol e ácido graxo para formar
triglicerídeo.
As células adiposas, sintetizam também moléculas como leptina que irá regular a
quantidade de triglicerídeo que tem no corpo e de ingestão de alimentos.
Inervação:
A inervação do tecido adiposo se dá por meio do sistema nervoso simpático autônomo,
no unilocular apenas os vasos são inervados, já no multilocular tanto os vasos quanto as células
recebem está inervação.
O tecido unilocular se origina no mesênquima, por células denominadas de lipoblastos.
Tecido Adiposo Multilocular:
Este tem coloração parda, devido à alta vascularização e o grande número de mitocôndria
presente nele.
Está presente em animais que hibernam.
São células menores e poligonais. A oxidação dos ácidos graxos produz calor.
Tem origem no mesênquima e originam nas células chamadas de epitelióides.
Tecido Cartilaginoso:
Tem consistência rígida. Serve de suporte para órgãos, reveste superfícies articulares, está
presente no crescimento de ossos longos (endocondral).
É abundante em células condrócitos e matriz extracelular.
A cavidade onde está localizado o condrócito é chamado de lacuna.
Não possui vasos sanguíneos, linfáticos e nem nervos, sendo sua oxigenação, nutrição e
inervação realizada pelo pericôndrio.
Existem três tipos de cartilagem:
Hialina- formada por colágeno do tipo II;
Elástica- formada por poucas fibrilas de colágeno do tipo II e muita elastina.
Fibrosa- composta por fibras de colágeno do tipo I.
As cartilagens são envolvidas pelo pericôndrio.
Cartilagem Hialina:
É a mais abundante e tem coloração branco-azulada.
Presente no esqueleto, que será substituído depois por osso, ou seja, ocorrerá a
calcificação.
É encontrado em adultos nas suturas, nas fossas nasais, traqueia e vertebras.
Matriz da cartilagem hialina- formada por colágeno do tipo II, associado a proteoglicanos,
glicoproteínas e ácido hialurônico.
Em volta dos condrócitos há muito proteoglicanos e pouco colágeno.
Pericôndrio- é um tecido conjuntivo denso, que envolve todas as cartilagens, este é responsável
por sua nutrição, oxigenação e inervação, além da eliminação de resíduos das cartilagens.
É formado por colágeno do tipo I. Suas células que estão próximas a cartilagem, acabam
se multiplicando e formando condroblastos.
Condrócitos-
Naperiferia da cartilagem, apresentam alongadas e profundamente apresentam
arredondadas em grupos de até 8 chamados de isógenos.
Os condrócitos ocupam toda a lacuna. São secretores de colágeno do tipo II,
glicoproteína e proteoglicanos.
Para que haja sua nutrição, por meio dos capilares, eles atravessam o pericôndrio e
chegam até os condrócitos.
A diferenciação ocorre do centro para a periferia, ou seja, os condrócitos estão na
periferia e os condroblastos estão abaixo, são mais centrais.
Crescimento- pode se dar de duas formas, o intersticial onde ocorre a multiplicação de células
já existentes e o aposicional, no qual as células do pericôndrio que estão próximas a cartilagem
se multiplicam e se diferenciam em Condroblastos.
Cartilagem Elástica:
Está presente no pavilhão auditivo e na epiglote.
Este tem menos fibrilas de colágeno do tipo II e mais elastina.
É menos degenerativo que a hialina, seu crescimento é aposicional e possui pericôndrio.
Cartilagem Fibrosa:
Está presente nos discos vertebrais e nos lugares onde há a inserção de ligamentos e
tendões.
Não tem a presença de pericôndrio, e a substancia fundamental é escassa.
Forma o anel fibroso.
Os condrócitos se apresentam em fileiras alongadas.
Discos Vertebrais- estes são formados por um anel fibroso que está entre as vertebras,
prevenindo o desgaste entre elas, devido a um liquido presente nele.
Tecido Ósseo:
É o principal componente do esqueleto e apresenta diversas funções como: a reserva de
minerais, produção de células sanguíneas, sustentação e conformação, proteção de órgãos
vitais, apoio aos músculos esqueléticos e absorção de toxinas e metais pesados.
Formados por células (osteoblasto, osteoclasto e osteócito) e pela matriz óssea.
Os osteócitos estão dentro de lacunas. Os osteoblastos realizam a síntese de matéria
orgânica e estão na periferia e os osteoclastos que são células grandes e moveis realiza o
desgaste do osso por meio da enzima colagenase.
Como o osso é calcificado a sua nutrição é realizada pelos canalículos, ou pelos canais de
Havers e Volkmann.
O osso é revestido por duas membranas, uma interna, o Endósteo e uma externa, o
Periósteo.
Para estudar o osso, é necessário que retire seus minerais e isso ocorre por meio da
maceração.
Células do Tecido ósseo:
Osteócito- está localizado no interior das lacunas, estes são os osteoblastos
calcificados.
Eles formam prolongamentos, que estabelece uma comunicação entre um osteócito a
outro, estes prolongamentos são chamados de canalículos e é por onde eles realizam a trocas de
íons e pequenas moléculas.
São células achatadas, com pouco reticulo endoplasmático rugoso e um complexo de
golgi desenvolvido.
Osteoblastos- responsáveis por sintetizar a matéria orgânica do osso, como
colágeno do tipo I, glicoproteínas e proteoglicanos, além de sintetizar osteonectina que facilita
o armazenamento de cálcio e osteocalcina que estimula a atividade dos osteoblastos.
Além de sintetizarem estas substâncias e armazenarem minerais, eles são responsáveis
pela reconstrução do osso com uma elevação, e quando ele deposita sua matriz óssea que ainda
não foi calcificada recebe o nome de Osteóide.
Quando estão em atividades intensas apresentam-se cuboides, já quando estão inativos,
apresentam-se achatados.
Osteoclasto:
São células grandes, móveis e multinucleadas.
Tem como principal função a degeneração do osso com o auxílio da enzima colagenase.
Matriz óssea:
Esta é formada por uma matéria orgânica e uma inorgânica. A matéria inorgânica é
composta em maior parte por cálcio e fosfato, porém existe também a presença de sódio,
potássio, citrato, bicarbonato e magnésio. Na matéria orgânica há a presença de colágeno do
tipo I, proteoglicanos e glicoproteínas.
Quando se reúne o fosfato de cálcio e colágeno do tipo I forma a molécula de
hidroxiapatita, oferecem flexibilidade e resistência ao osso.
O osso compacto não tem a presença de canais comunicantes, enquanto o osso esponjoso
possui estes canais intercomunicantes.
A epífise de um osso longo é formada por osso esponjoso, a diáfise é formada por
praticamente osso compactos, porém ao redor da cavidade medular há a presença de osso
esponjoso.
O osso compacto em ossos longos é chamado de cortical.
Os ossos curtos são formados em seu centro por osso esponjoso e ao redor por osso
compacto. Já os ossos planos são formados por duas camadas de osso compacto e separados
por uma de osso esponjoso.
Medula óssea- está presente na cavidade medular, em animais jovens ela possui um
valor elevado de hemácias, tornando o tecido vermelho, já em adultos as células adiposas
começam a se depositar tornando a medula amarela.
Tecido ósseo primário- é o primeiro tecido que aparece, sendo depois substituído pelo
secundário.
Os permanentes estão nas suturas e alvéolos dentários.
Possuem poucos minerais e muitos osteócitos, suas fibras colágenas estão esparsas, sem
organização alguma.
Tecido ósseo secundário- apresentam suas fibras colágenas organizadas em lamelas paralelas,
ou em camadas concêntricas ao redor dos vasos formando os canais de Havers e Volkmann.
Os canais de Havers se comunicam entre si, com a cavidade medular com os canais de
Volkmann.
Histogênese:
Formando por um processo denominado de ossificação Intramembranosa ou endocondral
(depende de uma cartilagem).
Intramembranosa- começa com a diferenciação de células mesenquimatosa, que se
diferenciam de osteogênica em osteoblasto que sintetiza matriz óssea que antes de calcificada
recebe o nome de Osteóide e quando calcificada o osteoblasto se torna osteócito e começa a
formação do tecido.
Endocondral- tem início por meio da cartilagem hialina.
Primeiro os condrócitos sofrem hipertrofia, e após isto eles sofrem apoptose, ou seja, o
suicídio celular. Após a morte dos condrócitos os capilares sanguíneos e as células osteogênicas
(vindas do periósteo) começam a invadir as cavidades que os condrócitos estavam ocupando, e
começam a depositar células osteogênicas, que se diferenciam em osteoblastos que depositam a
matriz óssea e que ao ser calcificada começa a formar o tecido ósseo.
Para a calcificação dos ossos longos, ou seja, seu crescimento, ocorre a ossificação
endocondral, sendo realizada por 5 zonas.
Zona de repouso- onde a cartilagem está intacta, sem modificação alguma.
Zona de proliferação- os condrócitos de dividem rapidamente, formando fileiras
paralelas de células achatadas, empilhadas de forma longitudinal.
Zona Hipertrófica- os condrócitos começam a se hipertrofiar e a sofrer apoptose.
Zona Calcificada- nesta etapa, os condrócitos já sofreram apoptose, então os
capilares e células osteoprogenitoras começam a invadir as colunas ocupadas pelos condrócitos,
a se multiplicarem e se diferenciarem em osteoblasto, para que desta maneira produza a matriz
óssea e ocorra a calcificação.
A calcificação ocorre por meio da deposição de cálcio sobre as fibrilas de colágeno.
Tecido Nervoso:
Anatomicamente o sistema nervoso central é composto pelo encéfalo que compreende o
cerebelo, cérebro e tronco encefálico, e a medula espinal. Já o sistema nervoso periférico é
composto pelos nervos, gânglios e terminações nervosas.
O sistema nervoso é composto por 2 componentes de suma importância, os neurônios
que possuem prolongamentos que chegam até o sistema nervoso periférico chamado de nervos
e pelas células da glia que sustentam os neurônios e realizam a sua nutrição.
Substancia cinzenta- ela é denominada desta forma, devido ao acumulo de corpos
de neurônios, além de conter prolongamentos células e células da glia.
Esta substancia no cérebro e cerebelo está presente no córtex e na medula está presente
no H medular, ou seja, no centro.
Cérebro:
Medula:
Substância Branca:
Não possui corpos celulares, e seus axônios estão envolvidos pela bainha de mielina que
da a coloração branca. No cérebro e cerebelo está substância está na parte medular, enquanto na
medula está no córtex.
Os neurônios tem a função de perceber, analisar e gerar uma resposta a transmissão que
recebeu, está transmissãoque veio de um órgão efetor como glândula e musculo recebe o nome
de impulso nervoso.
O sistema nervoso tem como função receber estímulos, analisa-los e gerar uma resposta a ela,
além de coordenar e controlar as atividades do nosso organismo, como as funções vitais, o Ph
sanguíneo, quantidade de glicose, o teor de oxigênio e gás carbônico entre outros.
Neurônios- são formados por um corpo celular, o qual possui um núcleo, do qual partem
prolongamentos(dendritos).
Dendritos- estes são prolongamentos dos axônios que chegam até o sistema nervoso
periférico, sendo assim, recebem estímulos do meio ambiente, de células epiteliais e outros
neurônios.
À medida que vão se ramificando vão ficando finos. Não possui Complexo de Golgi. E
possuem as gêmulas que são responsáveis pela primeira leitura do impulso nervoso.
Corpo celular- possui um núcleo de onde partem os dendritos e possuem a capacidade
de receber estímulos. Possui um núcleo grande, com muito reticulo endoplasmático rugoso, que
possui muitos polirribossomos, estes formam cisternas, e quando uma cisterna se junta a um
ribossomo forma o corpúsculo de Nissl.
Axônio- é um prolongamento único do neurônio, especializado em conduzir impulsos
nervosos para a transmissão de informações de um neurônio para células musculares,
glandulares e nervosas.
Não possuem reticulo endoplasmático rugoso, possui canais iônicos que são importantes
no impulso nervoso, pois, abrem e fecham os canais para sódio, impedindo desta forma o
impulso nervoso.
Sua porção final é ramificada e é denominada de tolodentro.
As células nervosas em geral são grandes, já os neurônios são bem pequenos.
De acordo com a morfologia os neurônios podem ser classificados da seguinte forma:
Multipolares- possuem dois ou mais prolongamentos.
Bipolares- possuem um axônio e um dendrito.
Pseudounipolares- parece que possui apenas um prolongamento, porém, este logo se
divide em dois, sendo que um ramo vai para o sistema nervoso central e o outro para o
periférico.
A maioria dos neurônios são multipolares, sendo raro os bipolares.
Além da classificação morfológica, os neurônios podem ser classificados de acordo com a sua
função:
Motores- são os neurônios que controlam os órgãos efetores, como glândulas endócrinas e
exócrinas.
Sensoriais- são os neurônios que recebem estímulos do ambiente e do próprio organismo.
Interneurônios- estes formam circuitos entre os neurônios, estabelecendo a
comunicação entre eles.
Potenciais da membrana do axônio:
A células nervosa tem moléculas na membrana que são como bombas, onde o sódio sai
do axoplasma e mantem a alta concentração de potássio dentro do axoplasma, auxiliando no
processo de impulsos nervosos.
O anestésico atua sobre os axônios, inibindo a saída de sódio e desta forma o impulso nervoso
não ocorre e a pessoa fica isenta de dor.
Comunicação Sináptica:
Responsável pela transmissão unidirecional de impulsos nervosos. As sinapses são os
lugares de contato entre os neurônios ou células efetoras.
Tem a função de transformar um sinal elétrico que é pré-sináptico em sinal químico pós-
sináptico.
É um terminal de um axônio pré-sináptico que leva o sinal ao órgão efetor pós-sináptico
que é pós-sináptico.
Neurotransmissores- são substancias como amina, aminoácidos e peptídeos que
realizam a excitação de neurônios, estes possuem proteínas receptoras que abrem ou fecham
canais iônicos.
Células da Glia:
Existem diversas células que são de suma importância no Sistema Nervoso, veja a seguir
algumas delas:
Oligodendrócitos ou Células de Schwann:
São células que realizam se enrolam ao redor dos axônios, formando uma bainha,
funcionando de isolante térmico para os neurônios, no Sistema Nervoso Periférico as células de
Schwann possuem a mesma função.
Astrócitos- estes possuem a forma de uma estrela, e possuem a função de ligar os
neurônios aos capilares sanguíneos, além de servirem de sustentação aos neurônios e realizarem
o controle iônico do material extracelular dos neurônios.
Os Astrócitos se comunicam por meio de junções comunicantes.
Células Ependimárias- estas possuem a função de revestir os ventrículos do
cérebro e o canal central da medula espinal.
Micróglia- são células fagocitarias, que realizam a digestão de antígenos e substancias
toxicas, além de inflamações e a renovação do sistema nervoso central.
Sistema Nervoso Central:
É composto pelo encéfalo que compreende o cerebelo, cérebro e tronco encefálico, além
da medula espinal.
Em algumas regiões os neurônios recebem impulsos aferentes e em outras regiões os
neurônios eferentes geram um impulso nervoso.
A caixa craniana e a medula espinal estão envolvidas por 3 camadas de tecido conjuntivo.
Barreira Hematoencefálica- é formada por zonas de oclusão que não permite
que toxinas, antígenos e substancias estranhas cheguem ao tecido nervoso.
Sistema Nervoso Periférico:
É formado pelos nervos, terminações nervosas e gânglios.
Fibras nervosas- constituídas por um axônio com a bainha.
Fibras Mielínicas- no sistema nervoso periférico a membranas das células de
Schwann se enrolam em volta dos axônios.
Fibras Amielínicas- estas não possuem um envoltório, uma bainha que a envolva.
Nervos- no sistema nervoso periférico as fibras nervosas se agrupam formando os nervos.
Uma fibra nervosa é envolvida por um tecido conjuntivo que é denominado de
endoneuro, que se juntam formando um feixe de fibras nervosas que são envolvidas pelo
perineuro e o conjunto de feixes são envolvidos pelo epíneuro.
Os nervos são responsáveis por manterem a comunicação entre o sistema nervoso central
e os órgãos efetores e sensoriais.
Existe os nervos aferentes que são aqueles que recebem estimulo do sistema nervoso
periférico e mandam para o sistema nervoso e o eferente que recebe estimulo do sistema
nervoso central e manda para o periférico, ou seja, a um musculo(motores). A maioria dos
nervos são mistos.
Gânglio- é o acumulo de neurônios fora do sistema nervoso central, estes podem ser tanto
sensoriais quanto autônomos, dependendo do fluxo de informação.
Gânglio sensorial- informação do sistema nervoso central, alguns estão associados
aos nervos cranianos e outros ao da medula espinal, são pseudounipolares.
Gânglios do sistema nervoso autônomo- localizado no interior de um
órgão e são multipolares.
Sistema Nervoso Autônomo- este realiza o controle da musculatura lisa, ritmo
cardíaco e secreção das glândulas, tendo como principal função manter a Homeostase do corpo.
O primeiro neurônio está localizado no sistema nervoso central, as fibras nervosas que ligam o
primeiro neurônio ao segundo são chamado de pré-ganglionar e o segundo neurônio que se liga
ao órgão efetor é pós-ganglionar.
O pré-ganglionar é ativado pela acetilcolina.
O sistema Simpático é responsável por ativar as reações, por “acelerar”, ele é toracolombar e
possui os pré-ganglionares curtos e pós-ganglionares longos.
Já o sistema Parassimpático é responsável por cessar as atividades, ou seja, desacelerar. O seu
pré-ganglionar é longo e o pós-ganglionar é curto, ele é craniossacral.
 
Tecido Muscular:
Formado por células alongadas e uma grande quantidade de fibrilas de proteínas, as quais
são de suma importância, como miosina, actina, troponina e tropomiosina.
Existem três tipos de tecidos musculares, e são eles: Estriado Esquelético, Cardíaco e o
Músculo Liso.
Músculo Estriado Esquelético:
Possuem células alongadas cilíndricas, multinucleadas, ramificadas, com núcleo
periférico, contração voluntária, vigorosa e rápida.
Possuem miofibrilas, que são formadas por Actina, Miosina, Troponina e Tropomiosina.
Está preso a membrana da célula por meio de proteínas, como exemplo principal tem-se a
Distrofina, que liga a proteína do sarcolema.
Este sofre pouca regeneração.
Organização do Músculo:
Cada fibra muscular é envolvida por um tecido conjuntivo, que tem a presença de células
como o fibroblasto e que é formado pela lâmina basal da membrana e por fibras reticulares
denominado de Endomísio. Quando estas fibras se juntam, formam umfeixe de fibras
musculares, que são envolvidas pelo Perimísio, que também é um tecido conjuntivo. E o
conjunto de feixes, é envolvido pelo Epimísio, ou seja, o musculo em si é envolvido pelo
Epimísio.
O tecido conjuntivo, mantem as fibras unidas de forma que, a contração realizada por
uma fibra atue sobre o músculo inteiro.
As fibras musculares recebem inervação, vascularização, isto ocorre por meio dos vasos
sanguíneos, linfáticos e nervosos que atravessam o tecido conjuntivo e penetram nas fibras
musculares. Os vasos formam uma rede complexa de capilares, nutrindo cada fibra muscular.
Organização das Fibras Musculares:
As fibras musculares apresentam estrias transversais, devido a presença de actina e
miosina alternados.
A actina, troponina e tropomiosina são filamentos finos, enquanto a miosina são
filamentos grossos.
A banda A apresenta-se escura e entre as bandas A possui uma fita clara que é a banda H.
Já a banda I apresenta-se clara e entre eles tem uma linha escura que é a linha Z.
De um Z a outro forma-se o Sarcômero.
A banda I tem filamentos finos, a banda A tem filamentos finos e grossos e a banda H
tem filamentos grossos.
Contração Muscular:
Um íon é de suma importância para que ocorra a contração muscular, e este íon é o
cálcio.
Troponina: composto de três elementos- TnC: tem afinidade ao cálcio, TnL- cobre o sitio
de ligação e Tnt liga-se a troponina.
Tropomiosina- longa e fina, possuem duas cadeias enroladas, se unem as extremidades
da actina.
Actina- polímeros, formados por 2 cadeias de actina, torcida uma sob a outra em dupla
hélice.
Miosina- na cabeça há o local para se ligar a actina, que possui ATP.
A contração muscular ocorre da seguinte maneira:
A contração muscular é controlada pelos nervos motores, que penetram no perimísio e se
ramificam, perdendo a sua bainha de mielina e de dilatando, na parte em que está em contato
com a fibra muscular ele se deposita na placa motora.
O reticulo sarcoplasmático é o que irá controlar e armazenar o fluxo de cálcio, este
reticulo é rodeado por cisternas de reticulo endoplasmático liso. Quando está membrana é
despolarizada pelo sistema nervoso, o canal de íon cálcio se abre, e este sai da membrana de
forma passiva, sem que haja gasto de energia.
Então o cálcio, se liga na troponina (TnC), que pelo peso, força a tropomiosina descer e
liberar o sitio ativo da actina, pois, antes a tropomiosina estava sob este sitio de ligação
impedindo que a cabeça da miosina entrasse em contato realizando a contração. Ao liberar este
sitio, a cabeça miosina entra em contato com o sitio ativo da actina, quebrando ATP e liberando
energia, desta forma faz com que as actinas encurtem deslizando sob a miosina e realizando a
contração muscular. Assim que a despolarização cessa, o cálcio deve voltar para dentro da
membrana de forma ativa, ou seja, gastando ATP.
Músculo Estriado Cardíaco:
Possuem células alongadas e ramificadas, além das estrias transversais, com núcleos
centrais. Suas células se unem por discos intercalares.
Discos intercalares- estes são formados por 3 junções: de adesão, desmossomo e de
comunicação que foi abordado anteriormente.
Possui uma contração rítmica, vigorosa e involuntária. Possui muita mitocôndria.
Músculo Liso:
Possui células fusiformes. Sem as estrias transversais, com contração lenta, e
involuntária.
Possui uma grande capacidade de regeneração.
Está presente em órgãos ocos e parede de vasos.
Realiza a hiperplasia, aumento no número de células e hipertrofia aumento no tamanho.
Contração deste musculo:
O sistema nervoso autônomo que chegam aos receptores na região extracelular,
mandando um sinal para que o cálcio entre na região intracelular, o cálcio então se combina
com a Calmodulrina que faz com que a miosina perca a sua forma quebrando o ATP, liberando
energia e se conectando com o sitio da actina

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