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Componentes Principais- a célula possui como componente principal o citoplasma e o núcleo (centro de controle da célula). O componente mais externo do citoplasma é a membrana plasmática, que é a limitação entre o meio intra e extracelular, apesar de a mesma possui proteínas denominadas de integrinas que realizam trocas com o meio extracelular. O citoplasma e o núcleo se coram por hematoxilina-eosina, sendo o citoplasma róseo e o núcleo azul escuro. No citoplasma se localizam as organelas, o citoesqueleto, os depósitos de lipídeos, proteínas, hidratos de carbono e pigmentos. E o espeço entre os depósitos e as organelas é preenchido pelo citosol que tem consistência de gel e possui em sua composição nutrientes, íons, aminoácidos e proteínas. Membrana Plasmática: É composta por 2 camadas de fosfolipídios, além de proteínas integrais, periféricas, glicocálix e colesterol. A bicamada de fosfolipídio é uma molécula anfipática, ou seja, ela possui uma parte Hidrofílica que está voltada para a parte extracelular que têm contato com a água e uma parte Hidrofóbica que está voltado ao centro e não tem contato com a água. A parte hidrofílica é formada basicamente por fosfato, enquanto a parte hidrofóbica é formada por ácidos graxos mais colesterol, este irá dar fluidez a membrana plasmática. Além disto, a membrana plasmática possui 2 tipos de proteínas, as integrinas e as periféricas. Integrinas- estas estão integradas a membrana plasmática, sendo assim, só são retiradas se houver a destruição da estrutura da membrana, ou por ação de algum detergente. Ademais, neste grupo ainda se tem a presença das proteínas transmembranas, que atravessam a membrana de ponta a ponta, e servem como canal para algumas substancias, podendo ter passagem única ou múltipla, além disto elas podem ser abertas como o canal da água denominada de aquaporina que está sempre aberta, ou dinâmica que tem o movimento de abre e fecha como o canal da glicose, que será controlada a quantidade que entra dentro da célula. Já as proteínas periféricas, estão apenas associadas a membrana e podem ser removidas por soluções salinas. Tendo como função a troca com o meio extracelular, reações metabólicas e a ligação com um carboidrato formado glicoproteína. Glicocálix- este é o segurança da célula, pois, realiza o reconhecimento celular. É formado por um carboidrato associado a uma proteína, ou lipídeo. Modelo do mosaico fluido- recebe este nome, devido à disposição em que as proteínas estão parecendo um mosaico, e fluido se deve por conta da fluidez que tem a bicamada lipídica. As proteínas que estão na membrana são sintetizadas no Reticulo Endoplasmático Rugoso, transformadas e empacotadas no Complexo de golgi e carreadas até a superfície por vesículas. As proteínas possuem filamentos de actina, que irão auxiliar a membrana no processo de prolongamento ou projeção par o englobamento de substâncias que irá ocorrer nos transportes da membrana. A superfície celular é rica em hidratos de carbono, que ao se ligarem a uma proteína ou lipídeo forma o Glicocálix. Funções- Por fim, a membrana tem como função a permeabilidade seletiva, o reconhecimento celular e o transporte de substancias. Membrana Plasmática: Fibrose cística- está é uma deficiência em uma proteína que está localizado no cromossomo 7, causando o acumulo de íons dentro da célula. Sendo assim, as secreções exócrinas ficam viscosas e obstruem os ductos de glândulas pancreáticas, salivares e de vias respiratórias e esta obstrução dificulta a passagem destas secreções proporcionando infecções e fibroses. Transporte pela Membrana: Transporte Passivo- este ocorre a favor do gradiente de concentração e devido a isto não há gasto de energia, ou seja, adenosina trifosfato. O transporte ativo pode ser classificado em 3 tipos: Difusão simples- quando os gases passam de forma passiva, sem auxilio ou gasto de energia pela bicamada fosfolipídica. Difusão facilitada- quando a molécula precisa de um canal para poder entrar na célula, como a glicose, o potássio, cálcio e sódio. Osmose- que é o estado de equilíbrio da célula, ou seja, soluto e solvente de forma equilibrada. Sendo assim, a célula pode se encontrar em 3 estados. Isotônico- em equilíbrio; Hipertônico- muito soluto fora da célula, e desta forma a água sai da célula para dissolver o soluto, e a célula murcha. Hipotônico- muito soluto dentro da célula e sendo assim, água entra dentro da célula para dissolver este soluto inchando a mesma. Transporte Ativo- já neste tipo de transporte, há o gasto de energia, visto que é contra o gradiente de concentração. Como exemplo, tem-se a bomba de sódio-potássio, onde o sódio sai e potássio entra. Endocitose- é o processo, onde a célula, irá colocar alguma molécula/ substancia que está no lado de fora da célula para dentro da célula. E existem 3 tipos de endocitose. Fagocitose- na fagocitose, haverá o prolongamento da membrana plasmática, por pseudópodes e isto só é possível devido a presença de microtúbulos presença de filamentos de actina nas proteínas da membrana. Após haver este prolongamento, a membrana irá englobar esta substancia que normalmente é solida ou uma bactéria em uma vesícula denominada de fagossomo, onde mais tarde um lisossomo irá se fundir a ela para realizar o processo de digestão. A fagocitose é realizada apenas por células de defesa, como por exemplo os macrófagos e os leucócitos. Pinocitose- já este processo todas as células irão realizar, e não é formado uma vesícula. Este processo é realizado para a célula colocar para dentro de si partículas liquidas ou pequenas que ela precise utilizar. Desta forma a membrana realiza a projeção de sua membrana e engloba para dentro dela está partícula. Endocitose por receptor- ocorre quando uma substancia tem um determinando ligante na célula e ao se ligar a ela o processo enzimático ocorre de forma rápida e eficaz, formando uma vesícula rodeada por proteínas denominadas de clatrina. Exocitose- é o processo onde a célula, irá realizar o processo de colocar para fora algo que ela produziu e que deve ser carreado para fora da célula. Como exemplo, tem se o complexo de golgi que realiza a exocitose de proteínas que foram produzidas no reticulo endoplasmático rugosa, modificadas dele e enviadas por vesículas para o meio extracelular. Clasmocitose- é o processo pelo qual a célula manda para fora restos residuais, ou seja, algo que não serve mais para ela para o meio extracelular. Organelas: Mitocôndria A sua distribuição pela célula varia de acordo com a atividade metabólica, ela tende a ficar mais acumulada onde é demandado mais gasto de energia, como macrófagos, células que realizam a fagocitose ou até mesmo o peroxissomo que precisa de muito oxigênio. As mitocôndrias realizam a transformação de energia química em energia fácil para as células, sendo que 50% ficam armazenadas no ATP e 50% é dissipado em calor para manter a temperatura corporal. Ela é constituída por duas membranas, sendo a membrana interna chamada de matriz mitocondrial onde ocorre o ciclo de Krebs que é a respiração celular. A mitocôndria possui os 3 tipos de RNA, o mensageiro, ribossomo e transportador. Além de possuir o dna mitocondrial, que devido a ela será possível realizar a síntese de proteínas, porém como este DNA está em pouca quantidade a mitocôndria consegue produzir apenas algumas proteínas. Ribossomo- é constituído por 4 diferentes tipos de Rna ribossomal e proteínas, tendo como função a produção de proteínas para dentro da célula. Polirribossomos- é o conjunto de ribossomos unidos por rna mensageiro, que terá um código que irá codificar que tipo de proteína terá que ser produzida. Reticulo Endoplasmático- é uma complexa rede intercomunicantes de vesículas achatadas. Retículo endoplasmático rugoso- é abundante na produção de proteínas para o meio extracelular, e desta forma ele possui polirribossomos em sua parede que colocaram um código nas proteínas que irão codificar qual o tipo de proteína deve ser feito no complexo degolgi. Sua membrana é continua a membrana do envelope nuclear. Além da produção de proteínas que serão carreadas ao complexo de golgi, o reticulo endoplasmático rugoso é responsável pela produção de fosfolipídios e proteínas integrais. Reticulo Endoplasmático Liso- não apresenta ribossomos em sua parede e sua membrana é continua a membrana do reticulo endoplasmático rugoso. É abundante nas células do fígado neutralizando substancias nocivas e toxicas, além de sintetizar lipídios e esteroides. Complexo de golgi- é um conjunto de vesículas achatadas e empilhadas. O complexo de golgi e responsável pela modificação e empacotamento em vesículas de proteínas e lipídeos para fora da célula. Além disto, o complexo de golgi recebe enzimas que vem do Rer e realiza a formação do lisossomo. Ademais, o complexo de golgi é responsável pela formação do acrossomo. Ele é polarizado, ou seja, possui uma face que é cis por onde entra as proteínas que vem do Rer e a face trans por onde saí as proteínas produzidas, modificadas e empacotadas. Lisossomo- São vesículas, delimitadas por membranas, que possuem mais de 40 enzimas hidroliticas que irão auxiliar no processo de digestão intracitoplasmática na fagocitose. Lisossomo primário- é aquele que não realiza a digestão, que acabou de ser formado no complexo de golgi. Estes são abundantes em células fagocitarias. Suas enzimas tem atividade máxima em Ph 5 como por exemplo tem a protease, amilase, lipase e sulfatase, e devido a isto sua membrana possui uma barreira que impede que estas enzimas saiam dele O citosol possui Ph 7,2 e possui uma barreira de defesa adicional para proteger a célula contra as enzimas do lisossomo. As enzimas dos lisossomos possuem a manose fosforeada, onde o complexo de golgi e o rer possuem receptores para esta molécula e desta forma estes ácidos podem ser separados para os lisossomos. Ademais o lisossomo realiza a renovação das organelas. Auto fagossomo- quando o lisossomo se funde a vesícula para realizar a digestão. Proteassomos- possui principalmente protease, para realizar a degradação de proteínas, moléculas proteicas que forma formadas com alguma deformidade seja ela estrutural ou funcional, ou modificada por um vírus. Peroxissomo- são esféricos e realizam a oxidação de substratos orgânicos, desta forma ele retira o hidrogênio e associa com oxigênio que pega da mitocôndria formando peroxido de hidrogênio que é altamente prejudicial à célula que então pega a enzima catalase e quebra esta molécula formando água. Utilizam muito oxigênio e devido a isto estão cercados por mitocôndrias. No fígado realizam a síntese de ácidos biliares e colesterol. São formados por polirribossomos no citosol. Citoesqueleto- são redes de microtúbulos, filamentos de actina e filamentos intermediários. Este irá influir diretamente na forma das células e juntamente com proteínas motoras irão realizar a movimentação de organelas e vesículas, além de serem responsáveis pela contração celular. Microtúbulos- encontrados no citoplasma e prolongamentos como cílios e flagelos, além de formar o citoesqueleto. Eles são formados por subunidades denominadas de tubulinas. Centríolo- são cilíndricos e compostos por microtúbulos curtos e altamente organizados. Cada um é composto por 9 conjuntos de 3 microtúbulos. Na fase s da divisão celular os centríolos irão sofrer uma duplicação. Filamentos de actina- encontrado no músculo como filamentos finos e nas proteínas da membrana tendo como função o prolongamento da mesma para que ela possa realizar a fagocitose. Tecidos: Os tecidos são compostos por células especializadas e por substancia extracelular. Esta substancia extracelular é sintetizada, armazenada, controlada e influenciada pelas células. Muitas moléculas da matriz são reconhecidas e se ligam a receptores encontrados na superfície da célula, muitas moléculas atravessam a membrana da célula para poderem se conectar com moléculas que estão no citoplasma. Os tecidos não estão isolados e nem são, ao contrário, eles estão associados uns aos outros formando os órgãos. A maioria dos órgãos é formado pelo parênquima que são células especializadas do tecido e pelo estroma que é feito por um tecido de sustentação, que normalmente é o tecido conjuntivo. Tecido Epitelial: Tem como principais funções o revestimento e a secreção. O tecido de revestimento irá realizar o revestimento tanto de superfícies internas como parede de órgãos, como superfícies externas, e como principal exemplo temos a pele. O tecido de revestimento tem como função a proteção, absorção e transporte. Já o epitélio de secreção tem como função transportar algo que a célula produziu e deve ser enviado para fora, seja ela, uma substancia mucosa ou serosa. Uma curiosidade no tecido epitelial de revestimento é que no Miocárdio ele terá a função de contração muscular. Características das Células Epiteliais: As células epiteliais possuem polos, sendo assim, elas podem tem mudança na organização e tipo de organela, ou seja, as organelas do polo apical não são as mesmas do polo basal. As células são poliédricas, ou seja, apresentam várias faces e estão justapostas devido a pouca matriz intercelular que ela tem. Além disto estas células estão aderidas umas às outras por junções intercelulares que será explicado mais adiante. Possuem uma mitose constante e são altamente inervados, visto que as glândulas dependem diretamente de impulsos nervosos para que realizem a secreção. O formato do núcleo destas células normalmente irá acompanhar o formato das células, como em células pavimentosas o núcleo é achatado como a célula. Todos os epitélios estão apoiados sobre o tecido conjuntivo, porém quando é de um órgão oco este recebe o nome de lâmina própria. A porção do tecido que se apoia no tecido conjuntivo é chamado de polo basal, quanto a superfície voltada para o espaço é denominada de polo apical e sua superfície é chamada de superfície livre. Na lateral encontra algumas células que estão na superfície lateral e quando estas chegam até o polo basal é denominado de superfície basolateral. Lâminas basais e membrana basal: Entre o tecido epitelial e o tecido conjuntivo há a presença da lâmina basal, que é responsável por conferir a aderência entre estes tecidos, esta lâmina é formada por colágeno do tipo VI, glicoproteínas (lâmina e entactina) e proteoglicanos. A união dos tecidos se dá por meio de fibrilas de colágeno do tipo VII. Estas lâminas também realizam a aderência do tecido conjuntivo com outras células existentes. Os componentes destas lâminas são sintetizados por células epiteliais, musculares, adiposas e de schwann. Quando a lâmina possui em sua composição fibras reticulares, ela é chamada de lâmina reticular. Além de realizarem a adesão entre os tecidos, ou entre a célula e o tecido, as lâminas realizam a organização de proteínas, filtração de células, proliferação e diferenciação celular. Membrana Basal- é encontrada abaixo do tecido epitelial e é mais espessa. Especializações da superfície basolateral: A adesão entre as células do tecido epitelial se dá por meio de proteínas denominadas de CADERINAS, e quanto estas perdem cálcio a adesão também é perdida. Junção de oclusão- esta junção é mais apical, onde irá ocorrer a adesão da membrana de uma célula a outra, eliminando o espaço intercelular entre estas células, ou seja, nada irá passar por entre elas e as membranas não se tocam. Desmossomo- nesta junção as células se ligam por meio de caderinas, a célula possui filamentos de actina presos a placa de ancoragem que na parte interna possui as proteínas caderinas que se conectam uma à outra unindo as células, porém sem que haja contato de uma membrana com a outra. Hemidesmossomo- é metade de um desmossomo, e ao invés de possui caderinas ele possui integrinas que irá realizar trocas com macromoléculas e substancias do meio extracelular. Sua principal função é unir a lâmina basal a célula epitelial. Junções comunicantes; Nesta junção, a célula possui a conexina, queao se agrupar forma o Conexons e quando um conexon se liga com o da outra célula é formado um canal hidrofílico entre as células, por onde, poderão realizar trocas de substancias, como nutrientes, hormônios entre outras coisas. Especializações da superfície Apical: Microvilos- são projeções da membrana que aumentam a superfície de absorção, podendo ser longa ou curta. Estes microvilos estão presentes no intestino delgado e nos túbulos dos rins. Estereocilios- prolongamentos longos e imóveis que aumentam a área de superfície da célula, facilitando o movimento para dentro e fora da célula. É encontrado no epidídimo e no ducto deferente. Cílios- são prolongamentos curtos e moveis, onde necessita de muito ATP para que realize os movimentos de vai e vem. Presente no epitélio pseudoestratificado. Flagelos- estes são semelhantes aos cílios, porem são longos e exclusivos dos espermatozoides. Epitélio de revestimento: Cobrem as superfícies internas e externas do corpo e são classificadas de acordo com o número de camadas de células e formato das células. O epitélio simples possui apenas uma camada de célula, enquanto o epitélio estratificado possui mais de uma camada de célula. De acordo com o formato da célula, o epitélio de revestimento pode ser pavimentoso, cúbico e cilíndrico/colunar/prismático. As células do epitélio simples pavimentoso se apresentam achatadas com o núcleo alongado, são presentes no revestimento do lúmen dos vasos sanguíneos e linfáticos, presentes na cavidade pleural, pericárdica e peritoneal. Já as células do epitélio simples cúbico são cuboides com o núcleo arredondado, encontrado na superfície do ovário. As células do epitélio simples prismático são alongadas como seus núcleos e revestem o lúmen intestinal e da vesícula biliar. Alguns são ciliados. Epitélio estratificado: Pavimentoso queratinizado, possui as células basais cuboides ou colunares e as apicais achatadas e está presente em órgãos secos como a pele, prevenindo a perda de água. Pavimentoso não queratinizado- está presente em órgão úmidos, como vagina, esôfago e boca. Os epitélios estratificados cúbicos e prismáticos são raros de ser encontrados. O cúbico está presente no ducto de glândulas exócrinas e o prismático está no olho (córnea). Epitélio de transição- reveste a bexiga, o ureter a o início da uretra. Quando a bexiga está vazia as células se apresentam globosas e quando cheia as células apresentam achatadas. Epitélio Pseudoestratificado- este parece haver mais de uma camada, porém existe apenas uma camada, pois, suas células estão todas em contato com a lâmina basal. Este epitélio contem cílios o que auxilia na movimentação. Epitélio Glandular: Possui células que são especializadas em secreção, suas células podem sintetizar, armazenar e eliminar proteínas, lipídeos e carboidratos. As moléculas que serão secretadas são armazenas em vesículas chamadas de grânulos de secreção. Existem dois tipos de glândulas unicelular que é a caliciforme e as multicelulares que serão ditas a seguir. As glândulas são formadas no tecido epitelial, se proliferam e invadem o tecido conjuntivo. As glândulas exócrinas mantem contato com o epitélio e mandam a sua secreção por meio de ductos para a superfície do corpo ou cavidade. As glândulas endócrinas não possuem ductos e mandam suas secreções por meio dos vasos sanguíneos que irão chegar até o local de ação. Existem dois tipos de glândulas endócrinas. O primeiro é formado cordões entrelaçados por capilares sanguíneos e no segundo tipo é formado folículos ou vesículas com o conteúdo de secreção. As glândulas exócrinas possuem duas porções, a secretora onde é produzido a secreção e os ductos que irão transportar a secreção. As glândulas simples possuem apenas um ducto, enquanto as compostas possuem ductos ramificados. Glândulas simples podem ser- tubulares, tubulares enoveladas, tubulares ramificadas e acinosas. Glândulas compostas podem ser- tubulares, acinosas ou tubuloacinosas. O fígado e pâncreas são glândulas mistas, tanto endócrina quanto exócrina. De acordo, com a forma em que a célula secreta ela pode ser classificada de três formas: Merócrina- a secreção é liberada por exocitose sem que haja nenhuma perda de material. Apócrina- onde a secreção é libera junto a porções do citoplasma apical da célula. Holocrina- na qual a célula vai inteiramente com a secreção, ou seja, ocorre a destruição da célula. A secreção pode ser serosa- liquida e rica em proteínas ou mucosa- viscosa e rica em glicoproteínas. Tecido Conjuntivo: É responsável pelo estabelecimento e manutenção da forma do corpo, que é realizado pela matriz extracelular, que liga as células aos órgãos. Células do Tecido Conjuntivo: Macrófagos- São células com capacidade de realizarem fagocitose, e por este motivo possuem muitos lisossomos, um complexo de golgi bem desenvolvido e um reticulo endoplasmático rugoso saliente. Os macrófagos derivam de células precursoras da medula óssea, que se dividem produzindo os monócitos e estes quando cruzam a parede de vênulas e capilares e invadem o tecido conjuntivo, amadurecem nele e se modificam funcionalmente e morfologicamente em macrófagos. Estes atuam como agentes de defesa de nosso organismo, fagocitando células cancerosas, bactérias, fungos, protozoários, metazoários e resíduos metabólicos das células. Mastócitos- São células grandes, globosas e com o citoplasma repleto de grânulos, isto em células maduras, enquanto seu núcleo é pequeno, esférico e central. É abundante no trato intestinal e respiratório e na derme. Sua principal função é estocar mediadores químicos como a histamina e a heparina, sendo que a histamina aumenta a permeabilidade vascular e a heparina é anticoagulante. Existem dois tipos de mastócitos: O primeiro tipo é o mastócito do tecido conjuntivo, cuja principal função é de anticoagulante (heparina), presente na pele e na cavidade peritoneal. Já o segundo tipo é o mastócito da mucosa, presente na mucosa intestinal e nos pulmões, contendo principalmente sulfato de condroitina. São originados de células hematopoiéticas da medula óssea, por onde circulam enquanto são imaturas, e ao cruzar as vênulas e os capilares, invadem o tecido conjuntivo, onde se proliferam e diferenciam. Sua superfície contem receptores para imoglobulina E produzida pelo plasmócito. Plasmócito- São células grandes ovoides, com o núcleo esférico. Possuem uma grande quantidade de reticulo endoplasmático rugoso. Sua principal função é sintetizar anticorpo (glicoproteína) em resposta a um antígeno (substancia desconhecida pelo organismo). Leucócitos/ Glóbulos brancos- Migram de vênulas e capilares até o tecido conjuntivo, onde se diferenciam e proliferam. Essa migração, ocorre por um movimento denominado de diapedese. São células especializadas na proteção contra microorganismos, gerando como resposta a inflamação. Células Adiposas- São células que armazenam energia na forma de triglicerídeo. Fibras: São formadas por proteínas que se polimerizam. O tecido conjuntivo tem três tipos de fibras: as colágenas, reticulares e elásticas. As fibras colágenas e reticulares são formadas pela proteína Colágeno, enquanto a elástica é formada pela proteína chamada de elastina. Fibras Colágenas: São rígidas, resistentes e elásticas. O colágeno é a proteína mais abundante em nosso organismo, principalmente do tipo I. O colágeno pode ser classificado da seguinte forma: Que formam fibrilas- colágenos do tipo I, II, III, V e XI se agregam para formar as fibrilas. O do tipo I é a mais abundante, presente por exemplo no osso e tendão. Associados as fibrilas- Colágeno do tipo IX, XII e XIV, são curtas e se ligam as fibrilas e componentes da matriz extracelular. Formam redes- colágeno do tipo IV se associam formando redes, cuja função é a aderência e filtração. Está presente na lâmina basal. De ancoragem- do tipo VII encontrado nas fibrilas que ancoram o colágeno do tipo I a lâmina basal. Os principais aminoácidos que compõe o colágeno é a prolina, glicinae hidroxiprolina. As fibrilas de colágeno são formadas pela polimerização de protocolágeno que possui 3 cadeias de peptídeos e um tríplice hélice. Onde as moléculas estão unidas por ligações de hidrogênio. O colágeno do tipo I se junta ao do tipo III para formar as fibras. O do tipo II presente nas cartilagens, forma apenas as fibrilas, enquanto do tipo IV presente nas lâminas não forma fibras e nem fibrilas. Biossíntese de colágeno: Para formar o colágeno, primeiramente, ocorre a leitura do Rna mensageiro, e quem faz esta leitura é o polirribossomos, após realizar a leitura este realiza a síntese de (preprocolageno), que ao sair do rer é quebrado formando o protocolágeno que é a cadeia alfa, esta cadeia recebe lisina e prolina que irão auxiliar no processo, além de receberem peptídeos que irão manter a cadeia alinhada, formando a tripla hélice de protocolágeno Após a síntese da cadeia alfa, este é encaminhado do complexo de golgi até a membrana por vesículas, e ao chegar ao meio extracelular, o protocolageno, perde os peptídeos se tornando tropocolageno que irá se polimerizar até formar o colágeno. A renovação de colágeno nos tendões e ligamentos é lento, e para que haja a renovação deve ocorrer a degradação que é feita pela enzima denominada de COLAGENESE. Fibras Reticulares: São formados por meio do colágeno do tipo III associados a glicoproteínas e proteoglicanos, e são extremamente finas. Possuem de 6 a 12% de hexoses. Abundante em musculo liso, endoneuro e órgãos hematopoiéticos. Fibras Elásticas: As fibras elásticas são caracterizadas pela sua elasticidade e são formadas por 3 fibras: oxitalanicas, elaunicas e elásticas. Sendo desenvolvidas em três estágios: O primeiro estágio ocorre quando as fibrilas oxitalanicas, que possuem uma proteína chamada de fibrilina, que ao serem depositas vão formando um arcabouço onde será depositado a elastina. No segundo estágio, ocorre a deposição da elastina e forma a fibra elaunica. Por fim, a elastina continua sendo depositada, até preencher o centro formando a fibra elástica. As fibras oxitalânicas são inelásticas. Quem irá sintetizar elastina é o músculo liso e o fibroblasto. Substancia Fundamental: formada por proteoglicanos, glicosaminoglicanos e glicoproteínas. É um liquido incolor, que preenche o espaço entre as células do tecido conjuntivo e as fibras, além de realizar a lubrificação e servir como barreira para a penetração de microorganismos. Tecido Conjuntivo Propriamente Dito: Este tecido é de suma importância para a sustentação de outros tecidos, e ele pode ser de dois tipos: frouxo ou denso. Tecido Conjuntivo Frouxo: Preenche os espaços entre as células e fibras do tecido conjuntivo, sustenta as células epiteliais e forma camadas ao redor dos vasos sanguíneos. Possui muito fibroblasto e macrófagos, é resistente e flexível, além de ser bem vascularizado. Tecido Conjuntivo Denso: Este tecido oferece proteção e resistência, sendo menos flexível que o frouxo, porém mais resistente. Quando suas fibras colágenas estão organizadas é denominado de denso modelado, suas fibras apresentam-se paralelas, já quando as fibras estão esparsas de forma tridimensional denomina-se de denso não modelado. Tecido Elástico- composto por feixes espessos de fibras elásticas, o espaço entre as fibras é preenchido por colágeno e fibrocito. Está presente no ligamento da coluna vertebral. Tecido Reticular- constituído por fibras reticulares e fibroblastos, cuja função é suportar as células de órgãos hematopoiéticos e linfoides. Tecido mucoso- tem muito ácido hialurônico e pouca fibra, tendo como célula principal o fibroblasto. Está presente no cordão umbilical. Tecido Adiposo: Tem uma predominância de células adiposas que podem estar isoladas em pequenos grupos no tecido conjuntivo frouxo. O tecido adiposo é a maior reserva energética no nosso organismo, na forma de triglicerídeo, em seguida temos as células hepáticas (fígado) e os músculos esqueléticos que armazenam energia, porém na forma de glicogênio. O deposito de triglicerídeo não é constante, ou seja, está em constante renovação. Além de armazenar energia, este tecido é responsável pela proteção mecânica, é isolante térmico, preenche espaços do tecido, é sintetizador e excretor (hormônios) e mantém a posição correta dos órgãos. Existem duas variedades deste tecido: unilocular que possui apenas uma gotícula de lipídeo e multilocular que contém várias gotículas de lipídeo. Tecido Adiposo Unilocular: Possui uma coloração branca. É responsável pela formação do panículo adiposo que é uma camada abaixo da pele. A deposição de células adiposas é controlada por hormônios sexuais e hormônios das glândulas adrenais. São células grandes. Quando isoladas são esféricas e poliédricas, que ocupam quase todo o citoplasma. São removidas por solventes orgânicos, por ter a presença de moléculas hidrofóbicas. Cada células é envolvida por uma lâmina basal e sua membrana plasmática possui muitas vesículas de pinocitose. Possui uma vascularização abundante. Deposição de Lipídeos: A deposição de lipídeos, pode se dar de três formas: pela alimentação, oriundos do fígado ou pela síntese de proteínas do tecido por meio da glicose. Quilomícrons- são formados por células epiteliais do intestino, sendo compostos por triglicerídeos, proteoglicanos e glicoproteínas. Estes mais tarde deixam as células epiteliais e invadem os capilares linfáticos, até chegarem à corrente sanguínea, onde é distribuída para o corpo todo, ao serem distribuídos a enzima lipase lipoproteica realiza a quebra desta molécula, originando glicerol mais ácido graxo que irão se recombinar para formarem moléculas de triglicerídeos novamente. Por meio da glicose, estes consegue produzir glicerol e ácido graxo para formar triglicerídeo. As células adiposas, sintetizam também moléculas como leptina que irá regular a quantidade de triglicerídeo que tem no corpo e de ingestão de alimentos. Inervação: A inervação do tecido adiposo se dá por meio do sistema nervoso simpático autônomo, no unilocular apenas os vasos são inervados, já no multilocular tanto os vasos quanto as células recebem está inervação. O tecido unilocular se origina no mesênquima, por células denominadas de lipoblastos. Tecido Adiposo Multilocular: Este tem coloração parda, devido à alta vascularização e o grande número de mitocôndria presente nele. Está presente em animais que hibernam. São células menores e poligonais. A oxidação dos ácidos graxos produz calor. Tem origem no mesênquima e originam nas células chamadas de epitelióides. Tecido Cartilaginoso: Tem consistência rígida. Serve de suporte para órgãos, reveste superfícies articulares, está presente no crescimento de ossos longos (endocondral). É abundante em células condrócitos e matriz extracelular. A cavidade onde está localizado o condrócito é chamado de lacuna. Não possui vasos sanguíneos, linfáticos e nem nervos, sendo sua oxigenação, nutrição e inervação realizada pelo pericôndrio. Existem três tipos de cartilagem: Hialina- formada por colágeno do tipo II; Elástica- formada por poucas fibrilas de colágeno do tipo II e muita elastina. Fibrosa- composta por fibras de colágeno do tipo I. As cartilagens são envolvidas pelo pericôndrio. Cartilagem Hialina: É a mais abundante e tem coloração branco-azulada. Presente no esqueleto, que será substituído depois por osso, ou seja, ocorrerá a calcificação. É encontrado em adultos nas suturas, nas fossas nasais, traqueia e vertebras. Matriz da cartilagem hialina- formada por colágeno do tipo II, associado a proteoglicanos, glicoproteínas e ácido hialurônico. Em volta dos condrócitos há muito proteoglicanos e pouco colágeno. Pericôndrio- é um tecido conjuntivo denso, que envolve todas as cartilagens, este é responsável por sua nutrição, oxigenação e inervação, além da eliminação de resíduos das cartilagens. É formado por colágeno do tipo I. Suas células que estão próximas a cartilagem, acabam se multiplicando e formando condroblastos. Condrócitos- Naperiferia da cartilagem, apresentam alongadas e profundamente apresentam arredondadas em grupos de até 8 chamados de isógenos. Os condrócitos ocupam toda a lacuna. São secretores de colágeno do tipo II, glicoproteína e proteoglicanos. Para que haja sua nutrição, por meio dos capilares, eles atravessam o pericôndrio e chegam até os condrócitos. A diferenciação ocorre do centro para a periferia, ou seja, os condrócitos estão na periferia e os condroblastos estão abaixo, são mais centrais. Crescimento- pode se dar de duas formas, o intersticial onde ocorre a multiplicação de células já existentes e o aposicional, no qual as células do pericôndrio que estão próximas a cartilagem se multiplicam e se diferenciam em Condroblastos. Cartilagem Elástica: Está presente no pavilhão auditivo e na epiglote. Este tem menos fibrilas de colágeno do tipo II e mais elastina. É menos degenerativo que a hialina, seu crescimento é aposicional e possui pericôndrio. Cartilagem Fibrosa: Está presente nos discos vertebrais e nos lugares onde há a inserção de ligamentos e tendões. Não tem a presença de pericôndrio, e a substancia fundamental é escassa. Forma o anel fibroso. Os condrócitos se apresentam em fileiras alongadas. Discos Vertebrais- estes são formados por um anel fibroso que está entre as vertebras, prevenindo o desgaste entre elas, devido a um liquido presente nele. Tecido Ósseo: É o principal componente do esqueleto e apresenta diversas funções como: a reserva de minerais, produção de células sanguíneas, sustentação e conformação, proteção de órgãos vitais, apoio aos músculos esqueléticos e absorção de toxinas e metais pesados. Formados por células (osteoblasto, osteoclasto e osteócito) e pela matriz óssea. Os osteócitos estão dentro de lacunas. Os osteoblastos realizam a síntese de matéria orgânica e estão na periferia e os osteoclastos que são células grandes e moveis realiza o desgaste do osso por meio da enzima colagenase. Como o osso é calcificado a sua nutrição é realizada pelos canalículos, ou pelos canais de Havers e Volkmann. O osso é revestido por duas membranas, uma interna, o Endósteo e uma externa, o Periósteo. Para estudar o osso, é necessário que retire seus minerais e isso ocorre por meio da maceração. Células do Tecido ósseo: Osteócito- está localizado no interior das lacunas, estes são os osteoblastos calcificados. Eles formam prolongamentos, que estabelece uma comunicação entre um osteócito a outro, estes prolongamentos são chamados de canalículos e é por onde eles realizam a trocas de íons e pequenas moléculas. São células achatadas, com pouco reticulo endoplasmático rugoso e um complexo de golgi desenvolvido. Osteoblastos- responsáveis por sintetizar a matéria orgânica do osso, como colágeno do tipo I, glicoproteínas e proteoglicanos, além de sintetizar osteonectina que facilita o armazenamento de cálcio e osteocalcina que estimula a atividade dos osteoblastos. Além de sintetizarem estas substâncias e armazenarem minerais, eles são responsáveis pela reconstrução do osso com uma elevação, e quando ele deposita sua matriz óssea que ainda não foi calcificada recebe o nome de Osteóide. Quando estão em atividades intensas apresentam-se cuboides, já quando estão inativos, apresentam-se achatados. Osteoclasto: São células grandes, móveis e multinucleadas. Tem como principal função a degeneração do osso com o auxílio da enzima colagenase. Matriz óssea: Esta é formada por uma matéria orgânica e uma inorgânica. A matéria inorgânica é composta em maior parte por cálcio e fosfato, porém existe também a presença de sódio, potássio, citrato, bicarbonato e magnésio. Na matéria orgânica há a presença de colágeno do tipo I, proteoglicanos e glicoproteínas. Quando se reúne o fosfato de cálcio e colágeno do tipo I forma a molécula de hidroxiapatita, oferecem flexibilidade e resistência ao osso. O osso compacto não tem a presença de canais comunicantes, enquanto o osso esponjoso possui estes canais intercomunicantes. A epífise de um osso longo é formada por osso esponjoso, a diáfise é formada por praticamente osso compactos, porém ao redor da cavidade medular há a presença de osso esponjoso. O osso compacto em ossos longos é chamado de cortical. Os ossos curtos são formados em seu centro por osso esponjoso e ao redor por osso compacto. Já os ossos planos são formados por duas camadas de osso compacto e separados por uma de osso esponjoso. Medula óssea- está presente na cavidade medular, em animais jovens ela possui um valor elevado de hemácias, tornando o tecido vermelho, já em adultos as células adiposas começam a se depositar tornando a medula amarela. Tecido ósseo primário- é o primeiro tecido que aparece, sendo depois substituído pelo secundário. Os permanentes estão nas suturas e alvéolos dentários. Possuem poucos minerais e muitos osteócitos, suas fibras colágenas estão esparsas, sem organização alguma. Tecido ósseo secundário- apresentam suas fibras colágenas organizadas em lamelas paralelas, ou em camadas concêntricas ao redor dos vasos formando os canais de Havers e Volkmann. Os canais de Havers se comunicam entre si, com a cavidade medular com os canais de Volkmann. Histogênese: Formando por um processo denominado de ossificação Intramembranosa ou endocondral (depende de uma cartilagem). Intramembranosa- começa com a diferenciação de células mesenquimatosa, que se diferenciam de osteogênica em osteoblasto que sintetiza matriz óssea que antes de calcificada recebe o nome de Osteóide e quando calcificada o osteoblasto se torna osteócito e começa a formação do tecido. Endocondral- tem início por meio da cartilagem hialina. Primeiro os condrócitos sofrem hipertrofia, e após isto eles sofrem apoptose, ou seja, o suicídio celular. Após a morte dos condrócitos os capilares sanguíneos e as células osteogênicas (vindas do periósteo) começam a invadir as cavidades que os condrócitos estavam ocupando, e começam a depositar células osteogênicas, que se diferenciam em osteoblastos que depositam a matriz óssea e que ao ser calcificada começa a formar o tecido ósseo. Para a calcificação dos ossos longos, ou seja, seu crescimento, ocorre a ossificação endocondral, sendo realizada por 5 zonas. Zona de repouso- onde a cartilagem está intacta, sem modificação alguma. Zona de proliferação- os condrócitos de dividem rapidamente, formando fileiras paralelas de células achatadas, empilhadas de forma longitudinal. Zona Hipertrófica- os condrócitos começam a se hipertrofiar e a sofrer apoptose. Zona Calcificada- nesta etapa, os condrócitos já sofreram apoptose, então os capilares e células osteoprogenitoras começam a invadir as colunas ocupadas pelos condrócitos, a se multiplicarem e se diferenciarem em osteoblasto, para que desta maneira produza a matriz óssea e ocorra a calcificação. A calcificação ocorre por meio da deposição de cálcio sobre as fibrilas de colágeno. Tecido Nervoso: Anatomicamente o sistema nervoso central é composto pelo encéfalo que compreende o cerebelo, cérebro e tronco encefálico, e a medula espinal. Já o sistema nervoso periférico é composto pelos nervos, gânglios e terminações nervosas. O sistema nervoso é composto por 2 componentes de suma importância, os neurônios que possuem prolongamentos que chegam até o sistema nervoso periférico chamado de nervos e pelas células da glia que sustentam os neurônios e realizam a sua nutrição. Substancia cinzenta- ela é denominada desta forma, devido ao acumulo de corpos de neurônios, além de conter prolongamentos células e células da glia. Esta substancia no cérebro e cerebelo está presente no córtex e na medula está presente no H medular, ou seja, no centro. Cérebro: Medula: Substância Branca: Não possui corpos celulares, e seus axônios estão envolvidos pela bainha de mielina que da a coloração branca. No cérebro e cerebelo está substância está na parte medular, enquanto na medula está no córtex. Os neurônios tem a função de perceber, analisar e gerar uma resposta a transmissão que recebeu, está transmissãoque veio de um órgão efetor como glândula e musculo recebe o nome de impulso nervoso. O sistema nervoso tem como função receber estímulos, analisa-los e gerar uma resposta a ela, além de coordenar e controlar as atividades do nosso organismo, como as funções vitais, o Ph sanguíneo, quantidade de glicose, o teor de oxigênio e gás carbônico entre outros. Neurônios- são formados por um corpo celular, o qual possui um núcleo, do qual partem prolongamentos(dendritos). Dendritos- estes são prolongamentos dos axônios que chegam até o sistema nervoso periférico, sendo assim, recebem estímulos do meio ambiente, de células epiteliais e outros neurônios. À medida que vão se ramificando vão ficando finos. Não possui Complexo de Golgi. E possuem as gêmulas que são responsáveis pela primeira leitura do impulso nervoso. Corpo celular- possui um núcleo de onde partem os dendritos e possuem a capacidade de receber estímulos. Possui um núcleo grande, com muito reticulo endoplasmático rugoso, que possui muitos polirribossomos, estes formam cisternas, e quando uma cisterna se junta a um ribossomo forma o corpúsculo de Nissl. Axônio- é um prolongamento único do neurônio, especializado em conduzir impulsos nervosos para a transmissão de informações de um neurônio para células musculares, glandulares e nervosas. Não possuem reticulo endoplasmático rugoso, possui canais iônicos que são importantes no impulso nervoso, pois, abrem e fecham os canais para sódio, impedindo desta forma o impulso nervoso. Sua porção final é ramificada e é denominada de tolodentro. As células nervosas em geral são grandes, já os neurônios são bem pequenos. De acordo com a morfologia os neurônios podem ser classificados da seguinte forma: Multipolares- possuem dois ou mais prolongamentos. Bipolares- possuem um axônio e um dendrito. Pseudounipolares- parece que possui apenas um prolongamento, porém, este logo se divide em dois, sendo que um ramo vai para o sistema nervoso central e o outro para o periférico. A maioria dos neurônios são multipolares, sendo raro os bipolares. Além da classificação morfológica, os neurônios podem ser classificados de acordo com a sua função: Motores- são os neurônios que controlam os órgãos efetores, como glândulas endócrinas e exócrinas. Sensoriais- são os neurônios que recebem estímulos do ambiente e do próprio organismo. Interneurônios- estes formam circuitos entre os neurônios, estabelecendo a comunicação entre eles. Potenciais da membrana do axônio: A células nervosa tem moléculas na membrana que são como bombas, onde o sódio sai do axoplasma e mantem a alta concentração de potássio dentro do axoplasma, auxiliando no processo de impulsos nervosos. O anestésico atua sobre os axônios, inibindo a saída de sódio e desta forma o impulso nervoso não ocorre e a pessoa fica isenta de dor. Comunicação Sináptica: Responsável pela transmissão unidirecional de impulsos nervosos. As sinapses são os lugares de contato entre os neurônios ou células efetoras. Tem a função de transformar um sinal elétrico que é pré-sináptico em sinal químico pós- sináptico. É um terminal de um axônio pré-sináptico que leva o sinal ao órgão efetor pós-sináptico que é pós-sináptico. Neurotransmissores- são substancias como amina, aminoácidos e peptídeos que realizam a excitação de neurônios, estes possuem proteínas receptoras que abrem ou fecham canais iônicos. Células da Glia: Existem diversas células que são de suma importância no Sistema Nervoso, veja a seguir algumas delas: Oligodendrócitos ou Células de Schwann: São células que realizam se enrolam ao redor dos axônios, formando uma bainha, funcionando de isolante térmico para os neurônios, no Sistema Nervoso Periférico as células de Schwann possuem a mesma função. Astrócitos- estes possuem a forma de uma estrela, e possuem a função de ligar os neurônios aos capilares sanguíneos, além de servirem de sustentação aos neurônios e realizarem o controle iônico do material extracelular dos neurônios. Os Astrócitos se comunicam por meio de junções comunicantes. Células Ependimárias- estas possuem a função de revestir os ventrículos do cérebro e o canal central da medula espinal. Micróglia- são células fagocitarias, que realizam a digestão de antígenos e substancias toxicas, além de inflamações e a renovação do sistema nervoso central. Sistema Nervoso Central: É composto pelo encéfalo que compreende o cerebelo, cérebro e tronco encefálico, além da medula espinal. Em algumas regiões os neurônios recebem impulsos aferentes e em outras regiões os neurônios eferentes geram um impulso nervoso. A caixa craniana e a medula espinal estão envolvidas por 3 camadas de tecido conjuntivo. Barreira Hematoencefálica- é formada por zonas de oclusão que não permite que toxinas, antígenos e substancias estranhas cheguem ao tecido nervoso. Sistema Nervoso Periférico: É formado pelos nervos, terminações nervosas e gânglios. Fibras nervosas- constituídas por um axônio com a bainha. Fibras Mielínicas- no sistema nervoso periférico a membranas das células de Schwann se enrolam em volta dos axônios. Fibras Amielínicas- estas não possuem um envoltório, uma bainha que a envolva. Nervos- no sistema nervoso periférico as fibras nervosas se agrupam formando os nervos. Uma fibra nervosa é envolvida por um tecido conjuntivo que é denominado de endoneuro, que se juntam formando um feixe de fibras nervosas que são envolvidas pelo perineuro e o conjunto de feixes são envolvidos pelo epíneuro. Os nervos são responsáveis por manterem a comunicação entre o sistema nervoso central e os órgãos efetores e sensoriais. Existe os nervos aferentes que são aqueles que recebem estimulo do sistema nervoso periférico e mandam para o sistema nervoso e o eferente que recebe estimulo do sistema nervoso central e manda para o periférico, ou seja, a um musculo(motores). A maioria dos nervos são mistos. Gânglio- é o acumulo de neurônios fora do sistema nervoso central, estes podem ser tanto sensoriais quanto autônomos, dependendo do fluxo de informação. Gânglio sensorial- informação do sistema nervoso central, alguns estão associados aos nervos cranianos e outros ao da medula espinal, são pseudounipolares. Gânglios do sistema nervoso autônomo- localizado no interior de um órgão e são multipolares. Sistema Nervoso Autônomo- este realiza o controle da musculatura lisa, ritmo cardíaco e secreção das glândulas, tendo como principal função manter a Homeostase do corpo. O primeiro neurônio está localizado no sistema nervoso central, as fibras nervosas que ligam o primeiro neurônio ao segundo são chamado de pré-ganglionar e o segundo neurônio que se liga ao órgão efetor é pós-ganglionar. O pré-ganglionar é ativado pela acetilcolina. O sistema Simpático é responsável por ativar as reações, por “acelerar”, ele é toracolombar e possui os pré-ganglionares curtos e pós-ganglionares longos. Já o sistema Parassimpático é responsável por cessar as atividades, ou seja, desacelerar. O seu pré-ganglionar é longo e o pós-ganglionar é curto, ele é craniossacral. Tecido Muscular: Formado por células alongadas e uma grande quantidade de fibrilas de proteínas, as quais são de suma importância, como miosina, actina, troponina e tropomiosina. Existem três tipos de tecidos musculares, e são eles: Estriado Esquelético, Cardíaco e o Músculo Liso. Músculo Estriado Esquelético: Possuem células alongadas cilíndricas, multinucleadas, ramificadas, com núcleo periférico, contração voluntária, vigorosa e rápida. Possuem miofibrilas, que são formadas por Actina, Miosina, Troponina e Tropomiosina. Está preso a membrana da célula por meio de proteínas, como exemplo principal tem-se a Distrofina, que liga a proteína do sarcolema. Este sofre pouca regeneração. Organização do Músculo: Cada fibra muscular é envolvida por um tecido conjuntivo, que tem a presença de células como o fibroblasto e que é formado pela lâmina basal da membrana e por fibras reticulares denominado de Endomísio. Quando estas fibras se juntam, formam umfeixe de fibras musculares, que são envolvidas pelo Perimísio, que também é um tecido conjuntivo. E o conjunto de feixes, é envolvido pelo Epimísio, ou seja, o musculo em si é envolvido pelo Epimísio. O tecido conjuntivo, mantem as fibras unidas de forma que, a contração realizada por uma fibra atue sobre o músculo inteiro. As fibras musculares recebem inervação, vascularização, isto ocorre por meio dos vasos sanguíneos, linfáticos e nervosos que atravessam o tecido conjuntivo e penetram nas fibras musculares. Os vasos formam uma rede complexa de capilares, nutrindo cada fibra muscular. Organização das Fibras Musculares: As fibras musculares apresentam estrias transversais, devido a presença de actina e miosina alternados. A actina, troponina e tropomiosina são filamentos finos, enquanto a miosina são filamentos grossos. A banda A apresenta-se escura e entre as bandas A possui uma fita clara que é a banda H. Já a banda I apresenta-se clara e entre eles tem uma linha escura que é a linha Z. De um Z a outro forma-se o Sarcômero. A banda I tem filamentos finos, a banda A tem filamentos finos e grossos e a banda H tem filamentos grossos. Contração Muscular: Um íon é de suma importância para que ocorra a contração muscular, e este íon é o cálcio. Troponina: composto de três elementos- TnC: tem afinidade ao cálcio, TnL- cobre o sitio de ligação e Tnt liga-se a troponina. Tropomiosina- longa e fina, possuem duas cadeias enroladas, se unem as extremidades da actina. Actina- polímeros, formados por 2 cadeias de actina, torcida uma sob a outra em dupla hélice. Miosina- na cabeça há o local para se ligar a actina, que possui ATP. A contração muscular ocorre da seguinte maneira: A contração muscular é controlada pelos nervos motores, que penetram no perimísio e se ramificam, perdendo a sua bainha de mielina e de dilatando, na parte em que está em contato com a fibra muscular ele se deposita na placa motora. O reticulo sarcoplasmático é o que irá controlar e armazenar o fluxo de cálcio, este reticulo é rodeado por cisternas de reticulo endoplasmático liso. Quando está membrana é despolarizada pelo sistema nervoso, o canal de íon cálcio se abre, e este sai da membrana de forma passiva, sem que haja gasto de energia. Então o cálcio, se liga na troponina (TnC), que pelo peso, força a tropomiosina descer e liberar o sitio ativo da actina, pois, antes a tropomiosina estava sob este sitio de ligação impedindo que a cabeça da miosina entrasse em contato realizando a contração. Ao liberar este sitio, a cabeça miosina entra em contato com o sitio ativo da actina, quebrando ATP e liberando energia, desta forma faz com que as actinas encurtem deslizando sob a miosina e realizando a contração muscular. Assim que a despolarização cessa, o cálcio deve voltar para dentro da membrana de forma ativa, ou seja, gastando ATP. Músculo Estriado Cardíaco: Possuem células alongadas e ramificadas, além das estrias transversais, com núcleos centrais. Suas células se unem por discos intercalares. Discos intercalares- estes são formados por 3 junções: de adesão, desmossomo e de comunicação que foi abordado anteriormente. Possui uma contração rítmica, vigorosa e involuntária. Possui muita mitocôndria. Músculo Liso: Possui células fusiformes. Sem as estrias transversais, com contração lenta, e involuntária. Possui uma grande capacidade de regeneração. Está presente em órgãos ocos e parede de vasos. Realiza a hiperplasia, aumento no número de células e hipertrofia aumento no tamanho. Contração deste musculo: O sistema nervoso autônomo que chegam aos receptores na região extracelular, mandando um sinal para que o cálcio entre na região intracelular, o cálcio então se combina com a Calmodulrina que faz com que a miosina perca a sua forma quebrando o ATP, liberando energia e se conectando com o sitio da actina