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LEGISLAÇÃO SOBRE A EDUCAÇÃO INFANTIL Profª Ma. Raiânisan Felizardo Centro de Ciências Humanas, Sociais, Tecnológicas e Letras – CCHSTL RECAPITULANDO Inexistência de preocupação com as infâncias; Novos modelos de família; De dona de casa à operária; Fim da roda dos excluídos; Início de casas de apoio às mulheres; Creche X Jardim de Infância; Fazedoras de Anjo. A concepção de criança da época Contudo, um sentimento superficial da criança – a que chamei de “paparicação” – era reservado á criancinha em seus primeiros anos de vida, enquanto ela ainda era uma coisinha engraçadinha. As pessoas se divertiam com a criança pequena como um animalzinho, um macaquinho impudico. Se ela morresse então, como muitas vezes acontecia, alguns podiam ficar desolados, mas a regra geral era não fazer muito caso, pois outra criança logo a substituiria. A criança não chegava a sair de uma espécie de anonimato (Áries,1981, p.10). O surgimento da infância – Séc. XIX e XX Reconhecimento de que as crianças necessitam de tratamento especial; Reserva e cuidado para não misturar as crianças com adultos; Formalidade da escola para incentivo à aprendizagem e desenvolvimento da criança; A criança como sujeito em desenvolvimento; As transformações até aqui, geraram a concepção de infância e criança que temos até hoje. Mudanças... Trata-se um sentimento inteiramente novo: os pais se interessavam pelos estudos dos seus filhos e os acompanhavam com solicitude habitual nos séculos XIX e XX, mas outrora desconhecida. (...) A família começou a se organizar em torno da criança e a lhe dar uma tal importância que a criança saiu de saiu de seu antigo anonimato, que se tornou impossível perdê – la ou substituí – la sem uma enorme dor, que ela não pôde mais ser reproduzida muitas vezes, e que se tornou necessário limitar seu número para melhor cuidar dela (Áries,1981, p.12). DIREITOS HUMANOS E DIREITOS DA CRIANÇA 1º princípio 2º princípio 3º princípio 4º princípio 5º princípio 6º princípio 7º princípio 8º princípio 9º princípio 10º princípio 1935 e a Escola Nova Parques Infantis; Criados em bairros operários em SP; Voltado para atendimento de crianças a entre 3 e 12 anos de idade; Incentivo ao desenvolvimento integral e natural do ser humano; Crianças conviviam e brincavam no mesmo espaço; Complementar à escola; Esporte, alimentação, canto, pintura; Espaço para BRINCAR; Mário Andrade; Pedagogia da Infância. A criança na educação brasileira 1961 – Lei 4.024 de 20 de dezembro de 1961 (1ª LDB); Educação pré-primária: Art. 23. A educação pré-primária destina-se aos menores até sete anos, e será ministrada em escolas maternais ou jardins-de-infância. Art. 24. As empresas que tenham a seu serviço mães de menores de sete anos serão estimuladas a organizar e manter, por iniciativa própria ou em cooperação com os poderes públicos, instituições de educação pré-primária. (BRASIL, 1961) Garantias do direito à educação infantil - atualidade Art. 208 – Dever do Estado ofertar o atendimento em creche e pré-escola à crianças de 0 a 6 anos de idade (Constituição 1988) (Emenda Const. Nº 56/2006); Por uma Política de Formação do Profissional de Educação Infantil (1994); Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394 de 20 de dezembro de 1996; Referencial Curricular para a Educação Infantil (1997); Política Nacional de Educação Infantil: pelo direito da criança de zero a seis anos à educação ( Brasil, 2006); ? Qual deve ser o perfil de profissional para atuar na educação infantil? Integração de diferentes programas em um mesmo sistema 2013 Terminologia; Perfil e Formação do Corpo Docente; Rotina; Critério de seleção das crianças; Faixa etária atendida; Quantidade dos grupos de crianças; Proporção adulto-criança Garantias do direito à educação infantil - atualidade Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (1999/2009); PróInfância (2007); Mudanças de conceitos Diferentes expectativas quanto aos objetivos, função e estrutura de funcionamento das instituições; Diferentes expectativas quanto ao perfil profissional; Diferentes projetos de formação do profissional da Educação Infantil. LDB e Educação Infantil Art. 21 – A educação escolar compõe-se de: I – Educação Básica, formada pela EDUCAÇÃO INFANTIL, Ensino Fundamental e Ensino Médio; LDB e Educação Infantil Art. 26 - Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos. LDB e Educação Infantil Art. 29 – A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até cinco anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. LDB e Educação Infantil Art. 30 – A Educação Infantil será oferecida em: I – creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II – pré-escolas, para as crianças de quatro a cinco anos de idade. LDB e Educação Infantil Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental; II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional; LDB e Educação Infantil III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; V - expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil Documento aprovado em 1998; Primeiro documento norteador de práticas para a educação infantil; Apresenta o conceito de infância e criança de forma tímida; Associa o cuidar e o educar como responsabilidade da educação infantil; Reconhece o Brincar como eixo estruturante do fazer pedagógico; Indica a diversidade e individualidade como características a serem respeitadas; Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil Indica o reconhecimento de saberes prévios; Aprendizagem significativa considerando situações reais; Inclusão de crianças com especificidades educacionais; Perfil do professor para a educação infantil; Organização das turmas por faixa etária; Organização por âmbito e eixo; Orientação para seleção de conteúdos; Orientação para instrumentos avaliativos; Orientação para organização dos espaços educativos. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil - 1999 Norteiam a elaboração das propostas pedagógicas; Estabelecem paradigmas para a concepção dos programas de cuidado e educação, com qualidade; Explicitam os princípios norteadores: éticos, políticos e estéticos; Reconhecem a importância da identidade pessoal de todos os envolvidos e da instituição Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil - 1999 Visão integral das crianças considerando os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivo/linguísticos e sociais; Avaliação através de acompanhamento e registro sem objetivo de promoção; Formação dos profissionais; Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil - 2009 Resolução CNE/CEB 05/2009 e Parecer CNE/CEB 020/2009 Definem currículo, os eixos, enfatizam a diversidade e a singularidade na elaboração das propostas pedagógicas para a educação infantil; Estabelece os 4 pilares da educação infantil. ? Você sabe quais são os quatro pilares da educação Infantil? Princípios para a Pedagogia da Infância A criança produz conhecimento, desde o nascimento, a partir dasmúltiplas interações sociais e das relações que estabelece com o mundo, influenciando e sendo influenciado por ele e construindo significados a partir dele; Sujeito de direitos, portadora de história e construtora das culturas infantis; Princípios para a Pedagogia da Infância A criança como principal protagonista da ação educativa e centro da atenção do projeto pedagógico; A indissociabilidade do cuidar e educar no fazer pedagógico; O destaque ao brincar, à interação, à ludicidade e às expressões das crianças - construção de todas as dimensões humanas ; Princípios para a Pedagogia da Infância Promoção da autonomia e da multiplicidade de experiências; Integração de diferentes idades entre os agrupamentos ou turmas; Acesso aos bens culturais construídos pela humanidade; Organização dos ambientes e do tempo - elementos constitutivos do currículo para a infância; Princípios para a Pedagogia da Infância Promoção da autonomia e da multiplicidade de experiências; Integração de diferentes idades entre os agrupamentos ou turmas; Acesso aos bens culturais construídos pela humanidade; Organização dos ambientes e do tempo - elementos constitutivos do currículo para a infância; Princípios para a Pedagogia da Infância Parcerias com as famílias; “Espaço educativo” extensivo à rua, ao bairro e à cidade; Arte como fundamento na formação dos/das profissionais da primeira etapa da educação básica; Continuidade educativa da Educação Infantil na direção do Ensino Fundamental. Direcionamento de atividade No SIGAA, identificar o livro: Por Uma Política de Formação do Profissional de Educação Infantil; Ler o material; Currículo de Educação Infantil e a Formação dos Profissionais de Creche e Pré-escola: questões Teóricas e Polêmicas. (p.16); Currículo de Educação Infantil e a Formação dos Profissionais de Creche e Pré-escola: questões Teóricas e Polêmicas. (p.32); A Universidade na Formação dos Profissionais de Educação Infantil (p.64); Direcionamento de atividade Realizar leitura e anotações pertinentes aos temas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1973. Russef, I. e Bittar, M. (orgs) (2003). Educação Infantil: política, formação e prática docente. Campo Grande, Plano. Brasil (1996). Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº. 9.394, de 20 de dez. 1996. _____ (1998a). Constituição Brasileira de1988. 10 ed. Atualizada em 1998. Brasília, Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações _____ (2005). Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Política Nacional de Educação infantil: pelo direito das crianças de zero a seis anos à Educação. ____ (2002). Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília, MEC. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL/MEC. Práticas cotidianas na Educação Infantil – bases para a reflexão sobre as orientações curriculares. BARBOSA, M. C. S. (consultora), 2009, disponível em http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/relat_seb_praticas_cotidianas.pdf EDWARDS, C.;GANDINI, L.; FORMAN, G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na Educação da Primeira Infância. Porto Alegre: ArtMed, 1999. KULHMANN JR., M. Histórias da Educação Infantil Brasileiras. Revista Brasileira de Educação, nº14, mai/jun/jul/ago de2000. DAHLBER, G. MOSS, P. PENCE, A. Qualidade na Educação da Primeira Infância. Porto Alegre: Artmed, 2003. NASCIMENTO L.B.P. Crianças pequenas e a produção de culturas. In GOBBI e NASCIMENTO. Educação e Diversidade Cultural : desafios para os estudos da infância e da formação docente. São Paulo: Junqueira e Marin, 2012. SARMENTO, M.J. Visibilidade social e estudo da infância. IN VASCONCELOS, V. e SARMENTO M.J. (org). Infância (In) Visível. Araraquara: Junqueira e Marin, 2007,p.25-49 TONUCCI, F. Com olhos de criança. Porto Alegre: Artmed, 1997 image1.png image2.png image3.jpeg image4.jpeg image13.png image14.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png