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Embargos à Execução e Exceção

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LUZIMEIRE BISPO DE SOUZA
DIREITO
LUZIMEIRE BISPO DE SOUZA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO III
Ao Juizo da 6ª Vara Civil do Tribunal de Justiça do Estado de Goias, A Igreja da familia para Cristo, Administrada pelo senhor Sr. Carlos; o Pastor da congregação. Os embargos à execução são uma ação legal usada por indivíduos ou empresas para desafiar uma ordem judicial que exige o pagamento de uma dívida. Esta medida visa contestar a cobrança e solicitar ao tribunal que reconsidere a decisão. Os embargos à execução constituem uma ação autônoma de conhecimento prevista no Novo CPC, que serve com opção de defesa para quem suporta um processo de execução forçada. Assim, os embargos são uma ação de conhecimento, incidente ao processo de execução, em que o executado terá oportunidade de apresentar ao juiz as defesas que tiver, produzindo as provas que forem necessárias. Ou seja, é uma ação autônoma, que veicula a defesa do executado, e que sempre é oposta incidentemente no processo de execução. Neste modo Embargos à execução é uma ação que pode ser proposta pelo devedor para discutir a execução do credor. Ou seja, a função dos embargos é discutir questões relativas ao pagamento que deve ser feito ao credor. Os embargos à execução devem ser ajuizados onde corre o processo de execução. Trata- se de competência funcional, de caráter absoluto. Assim, os embargos são distribuídos por dependência, e autuados em apenso, instruídos com cópias das peças processuais relevantes da execução. Aqui a parte executada pode discutir várias questões de natureza processual e material, conforme reza os arts. 745 e ss do CPC. Recebidos os embargos, o juiz mandará intimar o credor para se manifestar, podendo contestá-los, no prazo de 15 dias, lembrando que essa intimação é feita pelo Diário de Justiça ao advogado do exequente. O recebimento dos embargos não implicará, como regra, suspensão do processo de execução. Antigamente, o simples recebimento dos embargos resultava na paralisação da execução, prosseguindo-se apenas quanto àquela parte que não fosse impugnada. Assim, atualmente, apenas nos casos em que o prosseguimento da execução possa causar prejuízos irreparáveis ao devedor, o magistrado concede, excepcionalmente, efeito suspensivo aos embargos à execução. A propositura dos embargos se dá do mesmo modo que para uma ação comum, ou seja, a parte executada deve pagar a taxa judiciária e custas e distribuir os Embargos por Dependência à Execução, através do Portal do Advogado, da mesma forma como ocorre petição inicial. O protocolo é identificado pela Secretaria através do relatório 'Processos/Procedimentos Distribuídos'.
Esse instrumento processual faz com que o julgador reexamine a admissibilidade do executivo fiscal. Uma forma de defesa do executado, que a depender da estratégia adotada pela advogada ou advogado, pode ser aplicada como a ponta de lança da argumentação, ou então como o último suspiro. A alegação em termos da exceção de pré-executividade deve focar em alguma, ou algumas questões de ordem pública. Elas visam garantir que o processo se desenvolva de maneira regular, e dentro das regras processuais. 
Ditas regras representam os valores expressos por meio dos artigos e mandamentos processuais, contidos no Código de Processo Civil, e que deve ser observado por todos. Quando tais regras não são respeitadas, o processo não pode seguir. Faz com que um processo executivo constituído de forma irregular ou infundada deixe de ser instrumento para penhora de constrição de bens judicialmente. A exceção de pré-executividade tem o propósito de identificar irregularidades e falhas relacionadas a questões de ordem pública no processo, sem a necessidade de realizar uma extensiva investigação de provas adicionais. Em vez disso, basta apresentar ao magistrado documentos que demonstrem a potencial anulação da execução. Vale dizer, portanto, que a exceção de pré-executividade não tem uma regulamentação legal (artigo de lei), sendo uma forma de defesa para questões objetivas. Para que serve a exceção de pré-executividade?
O objetivo da exceção de pré-executividade é o de apresentar ao Juízo, de forma objetiva, clara e sem necessidade de dilação probatória, ou seja, sem necessidade de
produção de outras provas, que a Execução possui algum vício insanável, que impede seu seguimento, neste ponto é invocada a questão da matéria de ordem pública.
DIFERENÇA ENTRE EMBARGOS À EXECUÇÃO E EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE
A exceção de pré-executividade é pedida em uma petição simples que é juntada aos autos da execução. Os embargos à execução possuem natureza de ação, com prazos e etapas dentro do processo. Parcela da doutrina defende a terminologia objeção de pré executividade porquanto as matérias suscitadas poderiam ser analisadas de ofício pelo magistrado. Oportuno mencionar a existência de divergência doutrinária quanto à amplitude de matérias que podem ser alegadas por meio da exceção de pré executividade. Existindo entendimento restritivo que admite apenas a invocação de matérias que poderiam ser apreciadas de ofício. Em contrapartida há posicionamento que defende ampliação do rol de matérias, sendo possível também as alegações que envolvam as causas extintivas da obrigação como a quitação ou a prescrição. Deste modo, com base no princípio da dignidade do executado o ordenamento jurídico prevê meios de proteção do devedor, que devem sempre ser analisados com extremo zelo porquanto envolvem notório conflito entre os direitos fundamentais do devedor e do credor. Como o próprio nome já diz, a Exceção de Pré-Executividade trata de uma exceção, isto é, uma reserva feita antes da execução propriamente dita. A Exceção de Pré-Executividade foi concebida para ocasiões nas quais a execução fiscal possui grave vício formal (geralmente na CDA), e, por isso, não necessita da garantia do juízo para sua apresentação. É provável que a peça cabível seja a Exceção de Pré-Executividade quando o enunciado mencionar: A inexistência 
Os embargos de terceiro são considerados como ação autônoma de natureza possessória prevista no artigo 674 do CPC que visa proteger o patrimônio de terceiro alheio à lide. É ação de rito especial com limitado número de legitimados, não sendo possível seu manejo por aquele que é parte no processo. Por fim, a exceção de pré executividade é medida que visa desconstituir ônus sobre determinado bem sem a necessidade de garantia do juízo, bem como requer a apresentação de prova pré-constituída.
Embargos à Execução Fiscal como forma de direito de defesa, tornando possível a ampla produção e dilação probatória. Porém, para essa demanda requer o preenchimento de dois requisitos cumulativos: garantia do juízo e o prazo de 30 dias. Os Embargos à Execução Fiscal é um procedimento com rito próprio, previsto na lei 6830/1980 – Lei de Execução Fiscal trata-se de uma ação que deve ser distribuída por dependência aos autos da execução fiscal, de acordo artigo 914, parágrafo 1º, do CPC. Desse modo, ajuizada execução fiscal, respaldada pela Certidão de Dívida Ativa – CDA poderá o devedor promover os Embargos à Execução Fiscal como forma de defesa, conforme artigos 16 da Lei nº 6830/1980 e do artigo 914 do CPC, podendo alegar as matérias de direito e de fato para a desconstituição da CDA em razão de ilegalidade ou inconstitucionalidade, desde que, presentes os requisitos da garantia do juízo e proposta no prazo de 30 dias, conforme letra da lei: “O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados: I - do depósito; II - da juntada da prova da fiança bancária; III - da intimação da penhora. § 1º - Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução. § 2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria útil à defesa, requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro desse limite”. Características básicas para a identificação dos Embargos à execução Fiscal: Ação inicial, pagamentode custas processuais, distribuída por dependência fora dos autos, ampla produção probatória e garantia de juízo de 30 dias.
REFERÊNCIAS
jusbrasil.com.br/artigos/direito-tributario-diferencas-entre-embargos-a-execucao
https://www.aurum.com.br/blog/excecao-de-pre-executividade/
https://ejef.tjmg.jus.br/wp-content/uploads/2022/08/A-excecao-de-pre-executividade- na-execucao-fiscal.pdf
LUZIMEIRE BISPO DE SOUZA
SALVADOR.Ba
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