Buscar

Prévia do material em texto

Modos de aquisição da propriedade móvel 
USUCAPIÃO É uma forma de aquisição originária de propriedade e pode ser ordinária ou extraordinária. A ordinária é disciplinada pelo artigo 1.260 do Código Civil e tem como requisitos i. a posse contínua e com animus domini durante três anos, ii. o justo título, e iii. a boa fé. Se a posse da coisa se prolongar por cinco anos, independente de título ou boa fé, produzir usucapião (Extraordinária). O Código prevê aplicação 1.243 e 1.244 à usucapião das coisas móveis.No entanto, no informativo 425 o STJ entendeu não ser possível a usucapião em imóvel gravado com alienação fiduciária em garantia por terceiro. Isso porque sendo um contrato que desdobra a posse, a transferência da posse direta a terceiros depende de autorização. Do contrário, restaria uma situação e clandestinidade que não induz posse (art. 1.208 do CC), inviabilizando a usucapião. 
OCUPAÇÃO aquisição originário de propriedade, onde alguém se torna proprietário de coisa móvel sem dono ou de coisa abandonada. De acordo com o artigo 1.263 do Código Civil, desde que essa ocupação não seja defesa (proibida) por lei. Fora a coisa perdida que não e enquadra na propriedade de ocupação e deve ser devolvida ao dono que a perdeu.ACHADO DO TESOURO depósito antigo de coisas preciosas, que estão ocultas, e de cujo dono não lembra. O Código Civil nos artigos 1.264 e 1.266 dispõe regras para determinação do proprietário do tesouro achado. Assim, se alguém encontrar (por acaso) o tesouro em prédio alheio, terá direito à metade dele. Por outro lado, se o tesouro for encontrado a partir de busca solicitada pelo proprietário do prédio, ou por terceiro não autorizado a realizar a busca, pertencerá o tesouro por completo ao proprietário do prédio. E ainda, achando-se o tesouro em terreno aforado, pertencerá este por inteiro ao enfiteuta quando for ele mesmo quem o descobrir. O achado de tesouro, na classificação dos atos jurídicos “latu sensu”, é um ato-fato jurídico: a vontade humana não tem relevância jurídica: tanto a configuração quanto os efeitos são ditados pela lei. ESPECIFICAÇÃO: ART. 1.269 CC trabalha em matéria-prima (ferro) e a partir dessa se forma um novo objeto (escultura), essa pertencerá ao criador do objeto. Caso a matéria-prima seja de terceiro, o criador deverá indenizar no valor do objeto.
Confusão (é a mistura de coisas líquidas, não se é possível desfazer então fica na propriedade as pessoas que eram donas dos líquidos ante de serem posto junto) comistão (mistura de coisa solida) e adjudicação (sobreposição a uma coisa a outra, sem possibilidade de seraração ao estado anterios, passa a ser de propriedade de ambos).
TRADIÇÃOTrata-se da entrega da coisa do alienante ao adquirente, com a intenção de lhe transferir o domínio. Ressalte-se que o contrato, por si só, não transfere a propriedade, gerando apenas obrigações. Nesse sentido, os artigos 1.267 e 1.268 do Código Civil. A partir deste primeiro dispositivo, é possível notar que a tradição pode ser real, quando ocorre a entrega da própria coisa; simbólica, quando ocorre, por exemplo, a entrega das chaves de uma casa simbolizando a entrega da própria casa; ou ficta, no caso do constituo possessório a partir do qual o vendedor transfere a outra pessoa o domínio da coisa, conservando-a, entretanto, em seu poder.
Existem ainda certas hipóteses especiais em que se dispensa a tradição. É o caso da abertura da sucessão aos herdeiros: no mesmo instante da morte do de cujus, já se transmite a propriedade e a posse dos bens do falecido aos seus herdeiros legítimos ou testamentários, não sendo necessária a entrega de cada um dos bens da herança para transferência da propriedade. A aquisição a non domino, estabelecendo que a tradição não aliena a coisa quando feita por quem não seja proprietário, com exceção da situação em que a coisa, oferecida a público em leilão, for transferida, ao adquirente de boa fé, como a qualquer pessoa, o alienante se afigurar dono. Ainda, tem-se que não transfere a propriedade a tradição decorrente de negócio jurídico nulo. 
Perda da propriedade: alienação (venda, doação), renuncia (declaração escrita e registrada), abandono (descuidado que deixa claro que não quer mais), perecimento, desapropriação (poder publico demostra um interesse publico para tirar a propriedade da pessoa).
Condomínio 1.314 CC Conceito: é a sujeição de uma coisa, divisível ou indivisível, à propriedade simultânea e concorrente de mais de uma pessoa. Trata-se de uma propriedade simultânea e concorrente, de modo que todos são donos ao mesmo tempo (por isso é simultânea), e todos podem usar a coisa toda (por isso é concorrente), dentro dos limites da convivência harmônica.  a lei permite o condomínio e para isto criou-se uma ficção jurídica, de modo que cada condomínio na verdade só é dono de uma fração ideal, de uma cota Embora cada um seja dono de uma cota, para viabilizar o condomínio pode usar a coisa toda (1314).
quanto a natureza, o condomínio poderá ser: • ordinário/geral; • edilício.
No condomínio ordinário tudo será propriedade comum, ao passo que, no condomínio edilício, coexistem propriedade comum e propriedade exclusiva.
Ordinário: Quando ao fato que lhe dá origem, o condomínio pode ser:
• voluntário; decorre davontade das partes
• eventual (ou incidental);não decorre da vontade das partes, vontade de terceiros.
• legal. em contrapartida, é criado pela lei.
Quanto ao seu estado, o condomínio poderá ser:
• pro diviso; aquele que ocorre em face de bem divisível, seja juridicamente divisível, seja fisicamente divisível.
• pro indiviso. é aquele que ocorre em face de bem indivisível.
as espécies de condomínios que existem? 
Voluntário: quando duas ou mais pessoas adquirem um mesmo bem, ou quando duas ou mais pessoas exercem composse e todas adquirem a propriedade da coisa pela usucapião.
Deveres: cada condômino pode defender a propriedade e a posse “do todo”, exercendo espécie de legitimidade extraordinária (art. 18 do CPC). É preciso lembrar, ainda, que o condomínio anda em paralelo com o direito de preferência. Art 1.314 cc importante lembrar que “a coisa comum a dois ou mais proprietários não pode ser dada em garantia real, na sua totalidade, sem o consentimento de todos; mas cada um pode individualmente dar em garantia real a parte que tiver” (art. 1.420, §2°, CC/02). código, ainda, autoriza a renúncia do condômino que não quer pagar despesas e dívidas. Nesta hipótese, podem os demais condôminos assumir as dívidas e receber a parte do condômino renunciante. No caso, de nenhum condômino assumir o pagamento das despesas e dívidas, deve-se dividir a coisa comum (art. 1.316, §2°, CC/02). Usar a coisa conforme sua destinação, reivindicar a coisa de terceiro, alienar apenas sua quota parte(deve oferecer primeiro aos outros condôminos, gravar ônus real apenas na sua quota parte, os condôminos respondem pelos frutos que colheu e causou prejuízo. 
Administração: administrador do condomínio, É escolhido por maioria, como administrador regular. Se não tenho esse administrador, tenho um apessoa que faz as vezes de administrador. Ela tem um mandato tácito. Por tanto, é um mandatário tácito. O administrador pode ser pessoa estranha ao condomínio. Portanto, não é necessário que seja um dos condôminos. A maioria será calculada pelo valor dos quinhões": não importa a quantidade de condôminos, mas o tamanho de seus quinhões.
Extinção: condômino que tiver a maior quota não tem como impedir a extinção. Se um dos condôminos quiser alienar a coisa comum, pode. A partir de então, estará extinto o condomínio. Entretanto, os demais condôminos têm preferência. Coisa indivisível: um bom exemplo é um cavalo. Não há como dividi-lo sem que perca a sua essência (a de um animal, vivo). Um dos condôminos resolve vender o cavalo. Deve, antes, oferecê-lo aos condôminos, obedecendo o direito de preferência. Entre os condôminos, terá o melhor direito aquele que tiver feito as benfeitorias mais valiosas. Se não houver, aquele que apresentar o maior quinhão. licitação: Primeiro, entreos condôminos. Não consegue.
Depois, entre condôminos e terceiros. Se empatarem um condômino e um terceiro, ganhará o condômino, pois este tem preferência. Antes de bater o martela na fase externa, dá-se uma chance para os condôminos (que m dá mais). Licitação: se nenhum dos condôminos tem benfeitorias na coisa comum e participam em partes iguais, realiza-se licitação. Primeiro, entre estranhos; depois, entre os próprios condôminos.
Forçado/necessário: ocorre sem, ou mesmo contra a vontade dos sujeitos: ex: doação a várias pessoas, herança para vários filhos, os muros e árvores comuns (1327, § 1º do 1297, 1282), etc.
O edilício é o condomínio em edifícios, conjuntos residenciais, loteamentos fechados e clubes de campo. condomínio edilício existe duplicidade de direitos reais: 1) propriedade plena e exclusiva dos apartamentos, lojas, casas e garagens; 2) condomínio das áreas comuns, disciplinada pela vontade coletiva prevista em convenção e regimento interno, como portaria, escada, circulação, playground, piscina, salão de festas, etc, com uma fração ideal para cada condômino (1331, §§ 1º e 2º).
A convenção é mais ampla, dispõe sobre questões fixas de formação e funcionamento do condomínio (1334), Já o regimento interno deve ser feito separado e dispõe sobre questões menores, dinâmicas (ex: funções do zelador, proibir cachorro.
É deveres dos condôminos: os direitos estão no 1335 e os deveres são obedecer à convenção e ao regimento interno, além do 1336. Dívidas antigas de condomínio são de responsabilidade do atual dono, é obrigação real do 1345, que vincula a coisa, e não a pessoa do devedor. Fazer seguro é obrigatório, seu edifício tem seguro (1346)
O descumprimento dos deveres implica em sanções variadas previstas na lei e na convenção. O § 1º do 1336
Obras no condomínio: 1341; percebam que as benfeitorias úteis sempre exigem prévia autorização,  Todos os condôminos têm que ser convocados para as assembleias (1354). Existem assembleias ordinárias (todo ano, 1350), e extraordinárias (sempre que houver necessidade, 1355), que decidem por maioria, conforme as frações ideais (1352 e pú).
Extinção do condomínio: 1) por perecimento do bem (1357) 2) por desapropriação do edifício (1358) 3) por venda de todas as unidades a uma só pessoa, caso todas as pessoas queiram vender; aqui é o contrário do condomínio geral, visto na aula passada, pois para vender é necessário o consentimento de todos, enquanto no condomínio geral basta um querer vender para se impor aos demais (1320).
Direito de vizinhança 1277 uso anormal da propriedade, não pode prejudicar o vizinho com interferências ilegais, abusivas ou lesivas que podendo causar ofensas a segurança , sossego e saúde 
Fatores: o excesso que prejudica terceiro,e quem chegou primeiro , quem chegou depois deve respeitar.
Soluções. Atividades de interesse social não podem ser paradas, 
Ações. Cominarotorio: obriga o vizinho a para com a interferência, caso já houver dano deverá pagar indenização Dano infecto: ação para que o vizinho deverá demolir o prédio, pagar caução para caso ocorra danos o vizinho não tenha prejuízos Ação indenização: já causou prejuízo 
Árvores na divisa 1282 fruto caído é de propriedade de onde caiu, se ultrapassar a linha da divisa pode cortar galhos que estão do seu lado (mesma cousas as raízes) em caso de dano cabe indenização 
Passagem forçada 1285 e 1286 encravamento da propriedade, onde é obrigado a deixar o vizinho passar pela sua propriedade (não tem acesso a via pública) ( o encravamento deve ser natural), cabe direito de indenização a quem dá passagem 
Das águas Pluviais art 1288(pode captar a água, mas não pode agravar o escoamento art 1289 e 1292), águas supérfluas art 1290 nao posso poluir a aguar para o vizinho( pode ser usadas pelos vizinhos), servidão de aqueduto 1293. Limite entre prédios e propriedade: ação demarcatoria 569 e 587( é dos dois quando o muro estiver na linha divisória Nascentes de propriedade do estado, deve ter autorização para atos
Do direito de consumir Devassamento art 1301 não pode construir janelas na divisa.
Águas e beirais 1300 ( não pode porque é o escoamento artificial Paredes divisórias 1305, uso do prédio do vizinho 1313

Mais conteúdos dessa disciplina