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Psicologia – 6º semestre Vila Olímpia – Noturno Profa. Aline A. Antunes Psicofarmacologia Atividade Avaliativa – componente N1 Valor: 0,0 a 3,0 pontos Grupo 4: Camila Rocha Sicarelli, Pamelly Soares de Jesus, Anna Julia de Paula Santos Matos, Vitoria Cristina Santos Silva, Enzo Quinello D'Almeida Ramos Instruções: · Leia o caso clínico e pesquise para responder as perguntas que seguem. · Ao final das respostas, cite as referências utilizadas. · A atividade deve ser entregue de forma impressa até o dia 24/10/2022. CASO: G.R.T.D, 32 anos, é levada para o centro de emergência em estupor por embriaguez. Está acompanhada por seu marido, que afirma que ela “não tem sido ela mesma nos últimos meses”. De acordo com o marido, ela foi diagnosticada com depressão há cerca de três meses e começou tratamento com fluoxetina. Respondeu muito bem ao tratamento, ao longo dos dois meses subsequentes. Começou a sentir-se tão bem e com tanta energia que parou de tomar a medicação. “Descobriu” que precisava dormir cada vez menos, até o ponto em que atualmente dorme apenas 2 a 3 horas por dia. Tem comprado mercadorias muito caras e atingiu o limite máximo em todos os cartões de crédito. Tem sido extremamente romântica e apresentado libido maior do que em qualquer momento anterior. Também começou a beber muito e já desmaiou embriagada mais de uma vez. Seu trabalho foi afetado, a ponto de ser demitida. Tirando o fato de estar embriagada, os exames físico e de sangue estão normais. Ela foi internada na unidade psiquiátrica com diagnóstico de transtorno bipolar e começou tratamento com carbonato de lítio, bem como receberá acompanhamento psicoterapêutico. Perguntas: 1. A qual classe e sub-classe (se houver) farmacológicas pertencem os fármacos citados? A fluxoetina faz parte da classe de antidepressivos, com a subclasse de inibidores seletivos de recapitação de serotonina (ISRS). Já o lítio pertence a classe de estabilizadores do humor. 2. Descreva o mecanismo de ação da fluoxetina. Esse medicamento inibe, de forma seletiva e potente, a recaptação da serotonina por meio da inibição do transportador de serotonina (SERT), intensificando a ação do neurotransmissor no terminal axônico pré-sináptico. 3. Quais orientações devem ser dadas sobre o uso concomitante de lítio e álccol? O Lítio é uma droga psiquiatrica logo, age no sistema nervoso central onde o álcool também age, então durante o tratamento não é indicado a ingestão de álcool. Além disso, a ingestão de álcool em excesso aumenta a perda de água e sal no organismo e ambas as perdas podem ter efeitos prejudiciais no tratamento com lítio. 4. Cite efeitos colaterais que podem decorrer do uso do carbonato de lítio. O medicamento é bem tolerado e seus os efeitos colaterais estão relacioandos as doses em que o remédio é prescrito. Desta forma, alguns dos efeitos colaterais são: Intoxição leve: náuseas, vômitos, fadiga, letargia, tremor fino. Intoxição moderada:Confusão, agitação, disartria, ataxia, hipertonia, hiperreflexia e fraqueza muscular. Severa: coma, convulsões, mioclonia, hipertermia, colapso cardiovascular. 5. Quais critérios levam ao diagnóstico de transtorno bipolar? O Transtorno Bipolar possui tipos de classificação, segundo o DSM-5, são eles: Transtorno bipolar I: definido como a presença de pelo menos um episódio maniáco completo (comprometendo a função ocupacional e social normal) e, quase sempre, episódios depressivos A incidência é praticamente igual em homens e mulheres. Transtorno bipolar II: definido pela presença de episódios depressivos maiores com pelo menos um episódio hipomaníaco, mas sem episódios maníacos evidentes A incidência é relativamente mais alta em mulheres. Transtorno bipolar inespecífico: transtornos com características bipolares claras, porém que não preenchem os critérios específicos para outros transtornos bipolares. O transtorno bipolar consiste na alternância de dois estados contrastantes, que são a mania (euforia) e a depressão. Ainda que a depressão possa anteceder ou suceder uma fase eufórica, uma manifestação maníaca pode ser o considerada suficiente para que um psiquiatra faça o diagnóstico do transtorno. Referências Bibliográficas: Antidepressivos no Transtorno Depressivo Maior em Adultos. BRATS – Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologia e Saúde. Ano IV, n. 18, 2012. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. DE MENEZES, F. G.; DE MARIZ, L. C. V. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS E EFEITOS ADVERSOS QUE OCORREM EM PRESCRIÇÕES DO SUS COM O MEDICAMENTO FLUOXETINA NO DISTRITO DE SÃO PAULO, ZONA NORTE. Revista Eletrônica de Farmácia, Goiânia, v. 9, n. 1, p. 17, 2012. DOI: 10.5216/ref.v9i1.17739. Disponível em: https://revistas.ufg.br/REF/article/view/17739. Acesso em: 31 out. 2022. 1 image1.jpeg