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Anatomia interna: pre-molares e molares CLASSIFICAÇÃO DE VERTUCCI (1984) Quanto mais apical é a bifurcação, mais difícil é a identificação dos canais. ISTMOS Área estreita em forma de fita que conecta dois ou mais canais. Limpeza e desinfecção dos istmos é um DESAFIO CLÍNICO pois as próprias técnicas de preparo geram debris que se acumulam nessa região de difícil acesso. O uso da tecnologia vem auxiliando na remoção do tecido necrótico e biofilme dessa área. 60 a 65% da raiz mesial do primeiro molar superior é istmo. Ponta da ultrassom para limpar o istmo e melhorar a desinfecção. CANAIS ACESSÓRIOS Ramificações diminutas que comunicam à superfície externa da raiz. Via de passagem de agentes irritantes para o periodonte. Maior prevalência em pré-molares e molares Não são observados no Rx mas pode causar um espessamento no ligamento periodontal ou lesão na região lateral da raiz. CURVATURAS A maioria dos canais são curvos no terço apical Acesso do instrumento à zona crítica apical é desafiador. Exige atenção para evitar desgastes excessivos, perfurações, degraus desvios apicais, além da possibilidade de fratura dos instrumentos devido às tensões proporcionadas pelas curvaturas. Flexofile – dentes longos (limas 31mm) CANAL EM C Câmara pulpar única com canal em forma de fita no sentido mésio-distal e concavidade geralmente voltada para vestibular Interessante a utilização de SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO ATIVOS e TÉCNICA TERMOPLÁSTICA na obturação. Requer cuidados para evitar perfuração. Dificuldade devido ao achatamento, câmara unida de uma ponta a outra mésio distalmente. PRÉ-MOLARES SUPERIORES Comprimento médio: 21,4 mm/ 22,3mm (18,8- 25,8mm) Cavidade pulpar mais volumosa no sentido VESTIBULOPALATINO. 1° PRÉ-MOLAR SUPERIORES Alta prevalência de SULCOS RADICULARES no aspecto palatino da raiz vestibular MARIA EDUARDA NORONHA TAVARES Apresentam CANAIS ACESSÓRIOS com frequência. Comum presença de curvatura apical nos 2° pré-molares. Número de canais: 1 canal: 8,3% 2 canais: 84,2% 3 canais 7,5% Número de raízes: 1 raiz: 35,5% 2 raízes diferenciadas: 42% 2 raízes fusionadas: 19% 3 raízes 2V/ 1P): 3,5% 2° PRÉ-MOLAR SUPERIOR Número de canais: 1 canal: 53,7% 2 canais: 46,3% Número de raízes: 1 raiz: 94,6% 2 raízes fusionadas: 5,4% 1° PRÉ-MOLAR INFERIOR Número de canais: 1 canal: 66,6% 2 canais: 31,3% 3 canais: 2,1% Mais difíceis, pois pode ter mais de um canal em uma raiz. 2° PRÉ-MOLAR INFERIOR Número de canais: 1 canal: 53,7% 2 canais: 46,2% MOLARES 1 MOLAR SUPERIOR Apresenta 3 raízes divergentes (MV, DV e P) com 3 ou 4 canais; Raiz P é mais volumosa com frequente curvatura apical para vestibular. Raiz DV cônica, geralmente com apenas 1 canal, normalmente mais próximo do canal palatino. Raiz MV frequentemente apresenta 2 canais que se conecta por meio de istmos podendo se unir no terço apical ou serem independentes. Raiz MV um pouco côncava – EVITAR desgaste excessivo. Canal médio-mesial (4° canal) fica entre o MV principal e o P; A linha de desenvolvimento no assoalho que guia os canais. Raiz distal mais ampla que mesial. Cavidade pulpar mais para mesial. 2° MOLAR SUPERIOR Semelhante ao 1° molar com 3 raízes e 3 a 4 canais. Raízes mais curtas, menos divergentes e curvas. Maior tendência ao fusionamento total ou parcial. Em casos de fusão, o formato da câmara fica bem distorcido e alongado no sentido V-L - MARIA EDUARDA NORONHA TAVARES nesses casos- os canais ficam dispostos quase em linha reta. Devido essa fusão, esse dente pode apresentar dois canais (V e P). Não tão divergentes e curvos como os PMS, e sim mais convergentes. 1° MOLAR INFERIOR Apresenta 2 raízes (M e D) Mais de 25% das raízes D apresentam 2 canais mais amplos que o M. Quando há apenas 1 canal D, normalmente é oval. Raiz M geralmente é curva no sentido distal, e apresenta os canais MV e ML. Canal ML geralmente é maior e mais reto Canal MV maior probabilidade de apresentar curvaturas. 45% dos casos: canais M convergem para forame único. Cuidado com preparos excessivos na região cervical, devido a presença de concavidades podem levar à perfuração. Paredes mais finas na região de furca. 2° MOLAR INFERIOR Semelhante ao 1° molar, porém, as raízes são mais curtas, com ápices mais próximos e canais mais curvos. Alta presença de anomalia de desenvolvimento como canal em C e radix entomolaris Maior tendência ao fusionamento total ou parcial. Os orifícios dos canais M se apresentam mais próximos. Proximidade do dente ao canal mandibular exige maior cuidado para evitar traumas químicos e/ou mecânicos. MARIA EDUARDA NORONHA TAVARES