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Modos Semióticos na Comunicação

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Kress (2010, p. 79) define modo como “um recurso semiótico socialmente formatado e culturalmente 
dado para a produção de significado”. Como exemplos de modos, o autor relaciona imagens, escrita, 
layout, música, gesto, fala (speech), imagem em movimento, trilha sonora e objetos 3D. Cada modo 
semiótico possui, inerentemente, diferentes potenciais representacionais ou para formação de 
significados, além de diferentes validações em contextos sociais específicos. Assim, apresentam 
potencial distinto para a formação de subjetividades. 
Gunther Kress e Theo van Leeuwen (2001, 2006 [1996]) propõem que o conhecimento dos diferentes 
modos é capaz de ampliar as perspectivas para o estudo da linguagem. Nessa visão multimodal, os 
signos são motivados, isto é, eles servem aos interesses de quem enuncia e podem ser usados de 
maneira significativa em conjunto. Nesse sentido, os signos são escolhidos conforme sua capacidade de 
espelharem ou refletirem um significado que se pretende transmitir. Assim, quando se usa uma certa 
entonação na fala, ou um certo tempo verbal, o enunciador pode querer demarcar determinadas intenções: 
aproximação, afastamento, cautela, desconfiança, entre outras.
Ao se debruçar sobre o uso dos diversos modos semióticos mobilizados na comunicação, a teoria 
multimodal pretende esclarecer a função de cada um dos modos, a relação de cada modo com os outros 
e as principais entidades presentes em um texto ou enunciação.
PARADA OBRIGATÓRIA
“A Linguística fornece uma discrição de formas, de suas ocorrências e das relações entre elas. A 
pragmática – e muitas formas de sociolinguística – nos diz a respeito de circunstâncias sociais, sobre 
participantes e os ambientes de uso e seus efeitos pretendidos. A semiótica social e a dimensão 
multimodal da teoria nos fala sobre construção de significado; sobre processos de construção de 
signos em ambientes sociais; sobre os recursos para construção de significados e seus respectivos 
potenciais como significantes na realização de ‘signos-como-metáforas’; sobre os significados 
potenciais de formas culturais/semióticas.” (KRESS, 2010, p. 59)
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