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Devido ao avanço midiático e à explosão da industrialização e da comunicação de massa no terceiro mundo, decidiu-se investir na língua como instrumento de intercomunicação. Em 1971 é lançada a Lei de Diretrizes e Bases 5.692/71, que estabelecia a língua portuguesa como instrumento de comunicação e expressão da cultura brasileira. A lei de Diretrizes e Bases 5692/71 estabelecia a língua portuguesa como instrumento de comunicação e expressão da cultura brasileira e dividia o ensino em: COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO: 1ª metade do 1º grau COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO EM LINGUA PORTUGUESA: 2ª metade do 1º grau LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA: 2º grau Diante da mudança nos perfis do alunado, o ensino de língua perde o beletrismo e passa a ter um caráter mais realista, focando principalmente nos gêneros da comunicação de massa e nas mídias. Valoriza-se a língua como instrumento de comunicação, ensina-se elementos de comunicação e funções da linguagem. LIVRO É nesse contexto que surge o livro didático como o conhecemos hoje. As antologias e gramáticas dão lugar ao livro, uma espécie de manual com o propósito de nivelar e apoiar a pratica docente. Interferindo, propositalmente, na autonomia do professor. Com essa mudança, os autores de livros didáticos passaram a ter papel decisivo na didatização dos objetos de ensino e na construção dos conceitos a serem ensinados. Os gêneros na perspectiva aristotélica são banidos da sala de aula. A nova concepção de língua leva para a sala de aula textos jornalísticos e publicitários, praticamente ignorando os literários. O que se vê na escola é a ampliação dos estudos de textos de outras esferas. Os gêneros escolarizados surgem no lugar dos gêneros literários. O problema dessa mudança inovadora no estudo dos gêneros em sala de aula é que foram deixadas de lado a expressão e a comunicação letradas, que permaneceram desconhecidas para a maioria da população. Em 1970, com o avanço do desenvolvimento da industrialização na América Latina, o Brasil passa a formar profissionais voltados para a utilização de maquinário e processos de produção. Inicia-se um movimento de profissionalização compulsória e a qualidade do ensino novamente. No período que vai de 1970 a 1990, o ensino da língua portuguesa foi centrado nos conteúdos gramaticais. Os textos vistos em sala serviam apenas como pretexto para as análises, não importando de que gênero se tratava ou em qual contexto era aplicado. 23