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SISTEMA DIGESTÓRIO E ENDÓCRINO CAPITULO 4 - CONTROLE DO METABOLISMO ENERGÉTICO E DA AÇÃO HORMONAL NOS SISTEMAS REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Nathalia Cruz de Victo Introdução Existem oito glândulas principais que secretam substâncias responsáveis por regular o metabolismo, crescimento, reprodução, entre outros. Você conhece essas principais glândulas e suas substâncias secretadas? Primeiramente, precisamos entender que o sistema endócrino, juntamente com o sistema nervoso, forma uma rede de comunicação no nosso organismo. Mas, ao invés de utilizar os neurônios para passar a informação, o sistema endócrino utiliza substâncias, denominadas hormônios; cada um destes, quando secretado, possui funções primordiais em nosso sistema. Eles são secretados na corrente sanguínea e atuam em seus órgãos-alvo, desencadeando as respostas desejadas. Nesta unidade, abordaremos as principais glândulas e hormônios envolvidos no controle glicêmico e no sistema reprodutor. Do ponto de vista do desenvolvimento do indivíduo, esses hormônios estão diretamente relacionados? Será que uma alteração na síntese afetaria o desenvolvimento? Você verá nas próximas páginas que alterações no eixo hormonal, sejam pela sua síntese aumentada ou pela não produção do hormônio, podem desencadear graves problemas de saúde. Será que com o envelhecimento deixamos de produzir alguns desses hormônios? E como podemos regular tais alterações? Para obter as respostas dessas e de outras questões, abordaremos as etapas de formação dessas glândulas endócrinas, bem como as secreções e ações desses hormônios. Além disso, compreenderemos como eles são regulados. Elucidaremos, também, algumas alterações decorrentes a essas glândulas e seus hormônios. Bons estudos! 4.1 Controle do metabolismo energético. Diabetes Mellitus Em linhas gerais, o metabolismo energético é um conjunto de reações químicas que geram a energia necessária para as funções basais das células. Essas reações podem ser para acumular um produto (anabolismo), ou para a quebra de substâncias (catabolismo), com o objetivo de obter energia. Ela é adquirida, principalmente, através da alimentação, na qual o sistema digestório atua, quebrando as macromoléculas a níveis suficientes para serem absorvidas e metabolizadas. O fígado tem papel fundamental nesse processo de metabolização; o principal produto vindo deste processo é a glicose, principal fonte de energia celular, cuja molécula é utilizada dentro da maioria das células para síntese de ATP. Alguns hormônios são fundamentais para iniciar esse metabolismo, como a insulina secretada pelo pâncreas e os hormônios tireoidianos secretados pela tireoide. Por exemplo, indivíduos portadores de diabetes mellitus apresentam disfunção na secreção do hormônio insulina ou resistência à ação desse hormônio. Como consequência, não há a captação de glicose pelas células prejudicando a síntese de ATP. 4.1.1 Metabolismo energético A regulação dos sistemas corporais é, basicamente, controlada pelos hormônios. O metabolismo é uma rede de reações químicas que podem gerar ou consumir energia, ambas reações utilizam rotas metabólicas para acontecerem. De acordo com Silverthorn (2017), os hormônios, além de ajudarem a estabelecer os ritmos circadianos, possuem as funções de regular diversas funções. Clique nos itens a seguir e conheça-as. a composição química e o volume do líquido intersticial; o metabolismo e o equilíbrio energético; a contração das fibras musculares; as secreções glandulares; algumas atividades do sistema imunológico; VOCÊ QUER VER? O sistema endócrino é um sistema, composto por diversas glândulas e hormônios, que atua juntamente com o sistema nervoso. Tais hormônios são secretados na corrente sanguínea, e agem localmente ou no contexto sistêmico, atuando para manter a homeostasia do organismo. O vídeo abaixo, explica como o Sistema endócrino regula as funções e o metabolismo no nosso corpo, trazendo como exemplo algumas glândulas e seus hormônios, bem como suas funções. Para assistir, clique aqui: https://pt.khanacademy.org/science/health-and- medicine/advanced-endocrine-system/endocrine-system-introduction/v/intro-to- the-endocrine-system. • • • • • o crescimento e o desenvolvimento corporal; o funcionamento dos sistemas reprodutores. Ainda segundo o autor, dentre essas funções, a regulação do metabolismo e do equilíbrio energético se dá, principalmente, pelos hormônios tireoidianos T3 (triiodotironina) e T4 (tetraiodotironina). A ação destes está relacionada com o metabolismo oxidativo, termorregulação, elevação da taxa metabólica pelo aumento do consumo de O e modulação do metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídeos. O autor ressalta, ainda, que no desenvolvimento infantil, esses hormônios estão relacionados ao crescimento ósseo e desenvolvimento do sistema nervoso central. Disfunções na glândula da tireoide incluem condições associadas à liberação excessiva de hormônios tireoidianos (hipertireoidismo); à deficiência do hormônio tireoidiano (hipotireoidismo); e às lesões de massa da tireoide. No hipertireoidismo, há uma secreção elevada dos hormônios T3 e T4, decorrente do aumento funcional da tireoide. O excesso desses hormônios aumenta as taxas metabólicas e, como consequência, há aumento da perda de peso e do apetite. Esses pacientes apresentam aumento da vasodilatação, sudorese, aumento da temperatura corporal, aumento do débito cardíaco, taquicardia, e outros sintomas. • • 2 Figura 1 - Destino dos nutrientes no metabolismo. Fonte: SILVERTHORN, 2017, p. 702. O hipotireoidismo é a disfunção mais comum dentre as disfunções da tireoide, e está associado com a redução dos hormônios T3 e T4. Devido à redução no metabolismo basal, esses pacientes podem apresentar fadiga, intolerância ao frio, aumento de peso, ressecamento da pele e aumento das taxas de colesterol. A secreção hormonal também está envolvida com o controle da fome e saciedade. O centro da fome é tonicamente ativo e regulado pelo centro da saciedade que interrompe a ingestão alimentar. Os sinais eferentes, provenientes desses centros, causam mudanças no comportamento alimentar e criam as sensações de fome e de plenitude (saciedade) (SILVERTHORN, 2017). Um hormônio, sintetizado no estômago e duodeno, a grelina, é responsável por desencadear o sinal de fome. Sua secreção entre as refeições e quando o estômago está vazio é o sinal necessário para que o hipotálamo atue, estimulando a liberação de peptídeos orexigênicos (Peptídeo Agouti e o Neuropeptídeo Y), que estimulam a ingestão. Conforme há a ingesta de alimentos, a secreção de grelina diminui e a fome reduz, levando o indivíduo à saciedade (GROPPER, 2011). Hormônios agonistas da fome são secretados para levar o indivíduo à saciedade. Um exemplo é a colecistocinina (CCK), secretada no intestino delgado, que estimula a ejeção da bile pela vesícula biliar, auxiliando na digestão de gorduras e induzindo sensação de saciedade. Outro hormônio secretado pelo intestino é o Peptídeo PPY, ele induz à saciedade por um período maior. A leptina é mais um dos hormônios reguladores do apetite, sintetizada e secretada pelos adipócitos, interage no hipotálamo para reduzir a fome. Todos esses hormônios de saciedade atuam nos centros hipotalâmicos, estimulando a liberação de peptídeos anorexigênicos (Proopiomelanocortina, CART e Hormônio alfa-melanócito), que inibem a ingesta alimentar (GROPPER, 2011). VOCÊ QUER LER? A glândula da tireoide está localizada no pescoço e secreta os hormônios tireoidianos T3 e T4, importantes para regulação do metabolismo energético e crescimento corporal. Também secreta o hormônio calcitonina que, junto com o hormônio secretado pela paratireoide, o paratormônio, regula as concentrações de cálcio no sangue. As principais disfunções relacionadas com essa glândula, se dão pelo aumento (hipertireoidismo) ou falta (hipotireoidismo) dos hormônios tireoidianos, aumento da glândula (bócio) ou tumores associados. Para entender as diferenças entre as patologias associadas àtireoide, clique aqui: https://www.researchgate.net/profile/Anderson_Silva33/publication/282704252_A_ Primary_Care_Approach_to_Main_Thyroid_Disorders/links/5619348b08ae044edbaf 8ac6.pdf (https://www.researchgate.net/profile/Anderson_Silva33/publication/282704252_A _Primary_Care_Approach_to_Main_Thyroid_Disorders/links/5619348b08ae044edba f8ac6.pdf) https://www.researchgate.net/profile/Anderson_Silva33/publication/282704252_A_Primary_Care_Approach_to_Main_Thyroid_Disorders/links/5619348b08ae044edbaf8ac6.pdf A insulina, produzida pelas células beta pancreáticas, pode atuar na ação da fome (efeito anabólico), por aumentar a captação de glicose no sangue, levando ao quadro de hipoglicemia; este estímulo aumenta o apetite. Entretanto, a insulina tem uma função essencial no sistema nervoso central, incitando à saciedade por meio da regulação da ação da leptina e promovendo uma sensação de satisfação mais prolongada, já que interfere diretamente na secreção dos hormônios envolvidos no esvaziamento gástrico. A teoria glicostática diz que o metabolismo da glicose, pelos centros hipotalâmicos, regula a ingestão alimentar. Quando a concentração de glicose no sangue diminui, o centro da saciedade é inibido, e o centro da fome torna-se dominante. Quando o metabolismo da glicose aumenta, o centro da saciedade inibe o centro da fome. Por outro lado, a Teoria lipostática do equilíbrio energético, propõe que um sinal dos estoques de gordura do corpo para o encéfalo modula o comportamento alimentar, de modo que o corpo mantém um determinado peso. Se o armazenamento de gordura aumenta, a ingestão diminui. No jejum, a ingestão aumenta. A obesidade é o resultado da ruptura dessa via (SILVERTHORN, 2017). 4.1.2 Diabetes Mellitus O pâncreas é uma glândula mista, sua função exócrina está diretamente relacionada com as funções digestivas através da secreção do suco pancreático no duodeno. Por outro lado, a função endócrina é responsável por regular as concentrações de glicose no sangue e, consequentemente, suas funções por meio da secreção de dois hormônios: insulina e glucagon (PAULA, et al., 2017). No estado alimentado ou hiperglicemia, as células betas presentes nas ilhotas de Langerhans secretam o hormônio insulina na corrente sanguínea. Este, tem a função de auxiliar a entrada da glicose nas células e, consequentemente, reduzir a concentração de glicose no sangue. Durante o período de jejum VOCÊ O CONHECE? Frederick Banting e Charles Best, em 1921, descobriram a insulina durante experimentos de isolamento da secreção de células pancreáticas, no laboratório do professor de fisiologia, John J. R. MacLeod. Em 11 de janeiro de 1922, Leonard Thompson, de 14 anos, em estado crítico, foi o primeiro paciente a receber de modo injetável, 15 ml de extrato pancreático. A descoberta da insulina foi um marco memorável no tratamento do diabetes e rendeu à equipe de estudiosos o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1923 (SBD, 2020). ou hipoglicemia, as células alfa das ilhotas de Langerhans secretam o hormônio glucagon. Este é responsável por induzir o aumento da concentração de glicose no sangue, por induzir a glicogenólise e a gliconeogênese nas células hepáticas (HABER, et al., 2001). O diabetes mellitus é uma desordem metabólica, que pode ser decorrente tanto da ausência de secreção de insulina, quanto pela diminuição da sensibilidade dos tecidos à insulina. Em ambos tipos de diabetes mellitus, tipo I (ausência da secreção de insulina) e tipo II (diminuição da sensibilidade à insulina), o metabolismo energético estará alterado (GUYTON, 2011). O efeito da ausência de insulina ou da resistência periférica é o impedimento da captação eficiente da glicose pela maioria das células do organismo, com exceção das células renais, da retina e dos neurônios, que independem da insulina para a captação da glicose. Consequentemente, com o aumento da glicemia, temos a redução do metabolismo celular e a elevação do catabolismo lipídico e proteico, para gerar energia. Os sintomas do diabetes mellitus tipo II aparecem gradativamente e, muitas vezes, não são percebidos pelas pessoas. Já os sintomas do diabetes mellitus tipo I se instalam rapidamente e, se o diagnóstico não for feito aos primeiros sintomas os portadores do tipo I podem entrar em coma. Os portadores do tipo II muitas vezes não desconfiam da doença, principalmente por ser pouco sintomática. Diagnosticar o quanto antes é importante para evitar complicações futuras. Os sintomas mais comuns incluem: poliúria, polidipsia, aumento do apetite, fraqueza, perda de peso, confusão mental e até delírio (SBD, 2020). Tabela 1 - Comparação do diabetes mellitus tipo I e Tipo II. Fonte: Elaborada pela autora, baseada em SILVERTHORN, 2017 Figura 2 - Possíveis complicações do diabetes à longo prazo. Fonte: ROBBINS, 2013. p. 745. As principais complicações, a longo prazo, de pacientes com diabetes, incluem lesões vasculares primárias em grandes ou pequenos vasos (macro e microvasculares, respectivamente). Estas, são decorrentes: da produção de superóxidos, aumento da permeabilidade vascular causando disfunção endotelial, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemias, microtromboses arteriais, retinopatias, nefropatias, neuropatias, aterosclerose e imunossupressão (BRUTSAERT, 2017). CASO Homem, 37 anos, 180 metros de altura, 95 quilogramas, vendedor autônomo. Trabalha oito horas por dia durante a semana, exceto aos finais de semana. Afirma ser sedentário. Procurou a unidade básica de saúde por apresentar perda de peso, poliúria e polidipsia. O médico pergunta seu recordatório alimentar: Desjejum: café com leite adoçado com açúcar e uma fatia de pão de forma. Lanche da manhã: uma maçã. Almoço: duas colheres de sopa de arroz branco, salada, vegetais e carnes. Lanche da tarde: pão de queijo com café preto, adoçado com açúcar. Jantar: semelhante ao almoço, alternando carne com frango. Ao dosar a glicemia no consultório, verificou-se que o paciente apresentava 359 miligramas por decilitros. O médico, vendo o resultado, solicitou a glicemia em jejum. A glicemia de jejum, que normalmente é menor que 100 miligramas por decilitros, no paciente apresentou 376 miligramas por decilitros. Ao observar as alterações na glicemia do paciente, o médico explicou que essa hiperglicemia estava relacionada com os níveis baixos de insulina, hormônio secretado pelo pâncreas, cuja função é regular os níveis de glicose no sangue. O diagnóstico final do paciente foi diabetes mellitus e, para controlar a hiperglicemia, o paciente foi submetido a uma reeducação alimentar e doses de insulina ao longo do dia. 4.2 Sistema reprodutor masculino (estrutura do sistema reprodutor masculino, hormônios e ação hormonal). O eixo hipotálamo-hipófise é responsável por secretar oito hormônios fundamentais para o organismo. Anatomicamente, o hipotálamo localiza-se na base do encéfalo, delimitando-se na parte superior com o tálamo e na parte inferior a hipófise. Essa glândula é responsável por coordenar a maior parte das respostas endócrinas por meio de outra glândula, a hipófise. Os sinais hormonais que as gônadas masculina e feminina recebem é por meio da adeno-hipófise. No hipotálamo, os neurônios secretam o hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH); este, por sua vez, por meio do sistema porta, segue até a adeno-hipófise e estimula as células endócrinas a secretarem os hormônios gonadotróficos LH (hormônio luteinizante) e FSH (hormônio folículo estimulante) (MEDEIROS, 2007). Os hormônios gonadotróficos atuam nas gônadas, estimulando a secreção dos hormônios sexuais e o amadurecimento dos gametas. 4.2.1 Estrutura do sistema reprodutor masculino O sistema reprodutor masculino é constituído por um conjunto de órgãos que possuem a função de reprodução e secreção hormonal. A gônada masculina responsável por exercer essas funções é o testículo e o hormônio, testosterona. Figura 3 - Sistema porta hipotalâmico-hipofisário. Fonte: GUYTON; HALL, 2011, p. 943. O escroto é uma bolsa que protege e armazena ostestículos, além de manter a temperatura adequada para a espermatogênese. Por estar fora da cavidade pélvica, o escroto mantém a temperatura do testículo entre dois e três graus célsius abaixo da temperatura corporal. Isto só é possível graças ao músculo cremáster, que contrai o escroto durante a exposição ao frio e relaxa em resposta ao calor (SILVERTHORN, 2017). Ainda de acordo com Silverthorn (2017), os testículos são ovais e encontrados em pares; secretam hormônios envolvidos na espermatogênese e no desenvolvimento das características masculinas. A espermatogênese ocorre dentro deles, em túbulos contorcidos, denominados túbulos seminíferos, que são revestidos por células germinativas. Em seguida, os espermatozoides serão direcionados ao epidídimo, responsável pela maturação e o armazenamento dos espermatozoides. O canal deferente é um ducto, responsável por levar os espermatozoides do epidídimo até o ducto ejaculatório; este, os direcionará à uretra, para ser ejaculado para o meio exterior. Figura 4 - Anatomia do sistema reprodutor masculino. Fonte: SILVERTHORN, 2017, p. 812. Além dos ductos, escroto e testículos, o sistema reprodutor masculino possuiu outras glândulas sexuais, responsáveis por secretar o líquido que irá nutrir os espermatozoides e lubrificar o canal da uretra, conhecido como esperma. De acordo com Guyton (2011), dentre essas glândulas, a vesícula seminal produz substâncias nutritivas, principalmente a frutose, que irá fazer a nutrição do espermatozoide fora do corpo masculino. A secreção prostática, produzida pela próstata é alcalina e reduz a acidez vaginal, favorecendo a sobrevivência dos espermatozoides. Há, ainda, a glândula bulbouretral, que produz uma secreção que lubrifica o canal da uretra facilitando a movimentação dos espermatozoides. 4.2.2 Hormônios e ação hormonal Os principais hormônios que regulam o sistema reprodutor masculino são: FSH - estimula a espermatogênese; LH - estimula a produção de testosterona e o desenvolvimento das características sexuais masculinas e a espermatogênese (NIH, 2020). VOCÊ SABIA? A vasectomia é o método de esterilização masculina que consiste na secção do canal deferente. O procedimento bloqueia a passagem do espermatozoide e impede sua eliminação no esperma. A cirurgia não impede a produção do espermatozoide e nem a produção de testosterona, e não é complexa: é realizada uma pequena infiltração local com anestésico e uma incisão de um centímetro de cada lado do saco escrotal. Posteriormente, o médico isola digitalmente os canais deferentes, responsáveis por conduzir os espermatozoides do epidídimo para a uretra e anestesia novamente. Depois disso, corta-se os deferentes, interpõe-se tecido conjuntivo entre os dois pontos, evitando a recanalização e fecha-se a incisão. O paciente logo é liberado, podendo retomar suas atividades (VARELLA, 2020). O hipotálamo regula a função testicular, por meio da secreção do hormônio GnRH (liberador de gonadotrofinas), que, por sua vez, estimula a adeno-hipófise a secretar os hormônios gonadotróficos, LH e FSH (SALES, 2018). Estes, atuam diretamente nos testículos, estimulando a produção de testosterona e a espermatogênese. A secreção hormonal é controlada através do mecanismo de feedback negativo; quando as concentrações de testosterona reduzem na corrente sanguínea é o sinal para o hipotálamo secretar GnRh que, por sua vez, estimula a secreção de LH e FSH pela adeno-hipófise (SALES, 2018). Entretanto, esse mecanismo pode ativar diretamente a adeno-hipófise para a secreção hormonal. Os hormônios LH e FSH atuam diferentemente nos testículos; o LH atua sobre as células de Leydig, para a síntese de testosterona, enquanto o FSH, junto com a testosterona, atua nas células de Sertoli, iniciando e mantendo a gametogênese. Além da testosterona, os testículos também secretam o hormônio inibina, que atua diretamente na hipófise, inibindo a secreção de FSH. VOCÊ QUER LER? Quando falamos em métodos anticoncepcionais quais são os primeiros que veem a sua mente? Os preservativos, as cirurgias e as pílulas anticoncepcionais. Acertei? Tradicionalmente, quando falamos em métodos para prevenir a gravidez direcionamos toda a responsabilidade às mulheres, pois muitas usam a pílula anticoncepcional com esse intuito. Além da pílula, a camisinha e a vasectomia completam essa lista, que, felizmente, está prestes a crescer: pesquisadores indianos desenvolveram o primeiro método injetável de anticoncepcional masculino, com previsão de lançamento em 2020. Para entender o tratamento e como ele funciona clique aqui: https://veja.abril.com.br/saude/pesquisadores- anunciaram-a-pilula-anticoncepcional-masculina/. A testosterona é um hormônio anabólico que induz a síntese proteica, e, por esse motivo, conhecido como esteroide anabolizante. Além da gametogênese, está relacionado com as características sexuais primárias e secundárias. As características primárias estão relacionadas com as características externas da genitália masculina, durante o desenvolvimento embrionário e na puberdade. Por outro lado, as características secundárias envolvem o formato do corpo masculino, crescimento de barba e pelos corporais, massa muscular, alteração no tom de voz e a libido (SILVERTHORN, 2017). No decorrer dos Figura 5 - Eixo hipotálamo-pituitária-gônada. Fonte: joshya, Shutterstock, 2020. anos, os homens também diminuem a produção de testosterona, evento conhecido como andropausa. Os sintomas ocorrem gradualmente e estão relacionados com humor, fadiga, libido, doenças cardíacas e fragilidade óssea (SBEM, 2009). 4.3 Sistema reprodutor feminino (estrutura do sistema reprodutor feminino, hormônios e ação hormonal, ciclo menstrual) O sistema reprodutor feminino é um pouco mais complexo, quando comparado ao masculino. Ele é dividido, basicamente, em duas etapas: a primeira, consiste em preparar o corpo da mulher para a concepção e gestação; a segunda, diz respeito a toda regulação durante o período gestacional (GUYTON, 2011). Nos próximos tópicos aprofundaremos nossos estudos neste assunto, vamos lá? Acompanhe com atenção! 4.3.1 Estrutura do sistema reprodutor feminino Os órgãos genitais femininos internos estão localizados na pelve, e são compostos pelos ovários, tubas uterinas, útero e vagina. A gônada feminina é o ovário, estrutura oval, que mede entre três e quatro centímetros de comprimento. No córtex encontramos os folículos ovarianos, em seus diferentes estágios de desenvolvimento, e, na medula, estão situados os vasos sanguíneos e nervos (SILVERTHORN. 2017). Os ovários fazem conexão Figura 6 - Anatomia do sistema reprodutor feminino. Fonte: SILVERTHORN, 2017, p. 817. com o útero, por meio de um tubo musculomembranoso, de aproximadamente doze centímetros de comprimento, chamado tuba uterina; é neste tubo que ocorre a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. O útero é um órgão muscular, com formato de pera, anatomicamente dividido em fundo, corpo e colo. A parede do útero é composta por três camadas internas de tecido, chamadas endométrio; local onde ocorre a nidação ou fixação do embrião, sendo, também, o tecido que descama no período de menstruação (SILVERTHORN, 2017). O miométrio é a camada de músculo liso e, mais externamente, encontramos o perimétrio, uma camada tecidual que reveste o órgão. A vagina é um canal fibromuscular, de aproximadamente dez centímetros de comprimento, que se estende do colo do útero (cérvix), até o pudendo feminino (vulva). A vagina serve como passagem para o fluxo menstrual, local de penetração durante o ato sexual e também é o canal do parto (NIH, 2020). 4.3.2 Hormônios e ação hormonal Assim como o sistema reprodutor masculino, o feminino também é regulado pelo hormônio hipotalâmico GnRH, que sinaliza para a adeno-hipófise secretar os hormônios gonadotróficos LH e FSH que, por sua vez, irão estimular a secreção de estrogênio e progesterona pelos ovários (FERNANDES, 2016). A regulação dos hormônios femininos se faz em duas etapas: ciclo ovariano e ciclo uterino, juntos, essesciclos são denominados ciclos menstruais. Segundo Fernandes (2016), esses hormônios exercem funções fundamentais para a reprodução. O FSH estimula a maturação dos folículos ovarianos e o pico de LH estimula a ovulação. Juntos, eles estimulam os ovários a secretarem estrogênio, que possui a função de desenvolvimento e maturação das estruturas reprodutivas femininas, características sexuais secundárias femininas e mamas; em Figura 7 - Estruturas internas do sistema reprodutor feminino. (A) estrutura do útero; (B) esquema do ovário, evidenciando todos os estágios do desenvolvimento folicular. Fonte: SILVERTHORN, 2017, p. 819. níveis moderados, regula a liberação de GnRH, FSH e LH por feedback negativo. Ainda de acordo com o autor, a progesterona atua com os estrogênios no preparo do endométrio para a implantação do óvulo fecundado, prepara as glândulas mamárias para secretar leite e também inibe, por feebback negativo, a liberação de GnRH e LH. 4.3.3 Ciclo menstrual As mulheres geralmente têm a sua menarca entre 12 e 15 anos de idade, e se mantém fértil até entrarem na menopausa, fato que ocorre, geralmente, entre os 45 e 50 anos (BRASIL, 2008, online). Depois da menopausa, a síntese diminuída desses hormônios causa uma involução geral dos órgãos reprodutores. A duração do ciclo menstrual pode ser variável, sendo, em média 28 dias. É considerado o início do ciclo menstrual o dia em que se inicia o sangramento menstrual (JUNQUEIRA, CARNEIRO, 2013). As mudanças que ocorrem no ciclo menstrual podem ser divididas em alterações nos folículos ovarianos e modificações no revestimento endometrial uterino, denominados ciclo ovariano e ciclo uterino, respectivamente. Segundo Fernandes (2016), o ciclo ovariano é regulado pelos hormônios gonadotróficos LH e FSH, e dividido em três etapas. Clique nas abas e veja quais são elas. VOCÊ QUER VER? O sistema reprodutor feminino é regulado em dois momentos: o primeiro, envolve o ciclo ovariano, e é regulado pelos hormônios gonadotróficos LH e FSH; o segundo, são as alterações conformacionais no útero, reguladas pela secreção dos hormônios ovarianos estrógeno e progesterona. Nessa animação você poderá ver a influência dos hormônios no ciclo ovariano e uterino. Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=gKm1FXlTqww. Inicia no primeiro dia do ciclo menstrual, e é quando começa o crescimento dos folículos ovarianos sob o estímulo do hormônio FSH. Há, também, o início da secreção de LH, em menor escala. Conforme acontece o desenvolvimento folicular, as células granulosas sob o estímulo de FSH e as células da Teca, por LH, começam a secretar estrógenos. • Folicular Essa secreção de progesterona e estrogênio, em conjunto, exercem o mecanismo de feedback negativo sobre a adeno-hipófise e o hipotálamo. A há um aumento progressivo de LH, aproximadamente no 14° dia do ciclo, nesse momento ocorre a ruptura do folículo e liberação do óvulo. Após a ovulação, há a diminuição da secreção de FSH e LH, as células da Teca e as granulosas migram para o espaço antral e se unem formando as células lúteas do corpo lúteo. Durante essa fase, o corpo lúteo produz grandes quantidades de estrogênio, progesterona e inibina. O hormônio predominante desta etapa é a progesterona. • • Ovulação Lútea De acordo com Fernandes (2016), o ciclo uterino compreende a fase menstrual, proliferativa e secretora. Clique nas abas abaixo e conheça-as. Figura 8 - Fases do ciclo menstrual. Fonte: SILVERTHORN, 2017, p. 821. Menstruação Ocorre devido à queda dos hormônios ovarianos durante a fase lútea como consequência a mucosa do endométrio descama ocorrendo o sangramento. Fase proliferativa Fase secretora Há um aumento do estímulo estrogênico, regenerando o endométrio, a partir das glândulas uterinas da camada basal. Depois da ovulação, o corpo lúteo secreta progesterona e estrógeno. O estroma uterino torna-se edemaciado e as células do estroma de hipertrofiam (reação da decídua) preparando-se para uma possível gravidez. Conclusão Nesta unidade, verificamos o papel dos hormônios na regulação do metabolismo energético, sistema reprodutor masculino e no sistema reprodutor feminino, percebemos o quanto eles são importantes para o funcionamento correto do nosso corpo, e o quanto um pequeno desequilíbrio ou uma disfunção pode nos afetar, gerando doenças inclusive sem cura. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: perceber que as reações anabólicas e catabólicas no organismo servem para manter a homeostasia do sistema; saber que alguns hormônios são fundamentais para que a energia seja direcionada como, por exemplo, os hormônios tireoidianos e pancreáticos; compreender que a falta de insulina ou sua resistência periférica pode acarretar inúmeras alterações nas vias metabólicas e, consequentemente, desenvolver o diabetes mellitus; • • • revisar a anatomia do sistema reprodutor masculino e feminino, suas principais estruturas e funções; entender que a regulação hormonal das gônadas se faz pelos hormônios secretados pelo hipotálamo (GnRH) e adeno-hipófise (FSH e LH); saber que o principal hormônio secretado pela gônada masculina é a testosterona, cuja função é fornecer as características externas da genitália masculina durante o desenvolvimento embrionário e na puberdade; conhecer o ciclo reprodutivo feminino. • • • • Bibliografia BD. Beckton, Dickinson e Companhia. História da Insulina. BD, 2020. Disponível em: (https://www.bd.com/pt-br/our-products/diabetes-care/diabetes-learning-center/insulin- treatment/history-of-insulin)https://www.bd.com/pt-br/our-products/diabetes-care/diabetes-learning- center/insulin-treatment/history-of-insulin (https://www.bd.com/pt-br/our-products/diabetes- care/diabetes-learning-center/insulin-treatment/history-of-insulin). Acesso em: 7 mar. 2020. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Disponível em: (http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf)http://bvsms.saud e.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf (http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf). Acesso em: 21 fev. 2020. BRUTSAERT, E. F. Complicações do diabetes melito. Manual MSD, New York Medical College, 2017. 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