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25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 1/36 APARELHO LOCOMOTOR TB UNIDADE 1 – COMO O APARELHO LOCOMOTOR E� FORMADO? Ricardo Cavalcante Oliveira Santos; Vivian Alessandra Silva 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 2/36 Introdução O movimento do nosso corpo é possı́vel graças ao aparelho locomotor, do qual fazem parte os sistemas esquelético, articular e muscular. A sintonia entre esses três sistemas é fundamental para que o aparelho locomotor funcione de forma equilibrada e saudável. Você já percebeu que, na maioria das vezes, não percebemos o quão importante é esse equilı́brio? Você sabe em que momento o aparelho locomotor inicia sua formação durante a vida embriológica ou quando essa formação é concluı́da? Essas são algumas perguntas que responderemos ao longo desta unidade. Você entenderá o processo de formação embriológica do aparelho locomotor, seu amadurecimento e regeneração, além de compreender os processos �isiológicos que controlam a contração muscular. Preparado? Então, acompanhe e bons estudos! 1.1 Embriogênese do aparelho locomotor Estudaremos o processo inicial, ou seja, a formação embrionária desse sistema, a �im de compreender de que forma e em que momento cada estrutura do aparelho locomotor começa a se desenvolver e crescer dentro da normalidade. Vamos lá? Clique nas setas e con�ira! O perı́odo embriológico inicia no momento que ocorre a fusão entre o ovócito e o espermatozoide: na fertilização. No momento que isso ocorre, forma-se um embrião de uma única célula, o zigoto. Esse processo ocorre dentro da tuba uterina em uma região chamada de ampola. Após a formação do zigoto, iniciam-se sucessivas mitoses, processo conhecido como clivagem. O embrião passa, então, pela clivagem, passando de uma para duas células e assim sucessivamente até atingir o estágio de 16 células, no qual receberá o nome de mórula. Na mórula, surgirá uma cavidade repleta de lı́quido, chamada de blastocisto. Todo esse processo ocorrerá dentro da tuba uterina durante a primeira semana de gestação. O blastocisto é o embrião pronto para se implantar no endométrio, a camada interna do útero, que será responsável por nutrir esse embrião enquanto a placenta e o cordão umbilical estão em formação. Durante a segunda semana de gestação, o embrião continua a crescer e as suas células se distribuirão em duas camadas, formando um embrião bilaminar. Ao �inal da segunda semana de gestação, o embrião já estará maior e terá formado uma terceira camada de células. Nesse estágio, 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 3/36 O sistema esquelético se desenvolve a partir dos folhetos mesoderma e ectoderma da gástrula. Na maior parte dos ossos, o mesoderma origina um tecido chamado de mesênquima. O mesênquima forma um esqueleto membranoso, que pouco a pouco vai se transformando em cartilagem, formando um esqueleto cartilaginoso. As articulações sinoviais (móveis) começam a se formar com o esqueleto cartilaginoso. No esqueleto cartilaginoso, surgirão centros de ossi�icação, fazendo com que seja substituı́do por um esqueleto ósseo. Durante o processo de formação do sistema esquelético, várias anomalias podem surgir e incluem defeitos vertebrais (espinha bı́�ida), craniais (craniosquise e craniossinostose) e faciais (fenda palatina). chamaremos o embrião de gástrula, e ao processo de formação do embrião trilaminar denominamos gastrulação. Cada uma das camadas da gástrula também pode ser chamada de folheto embrionário. As camadas da gástrula recebem o nome de ectoderma, mesoderma e endoderma: a ectoderma é a camada mais super�icial e será responsável por formar a epiderme e o sistema nervoso; a mesoderma é a camada média e formará o tecido conjuntivo propriamente dito, o tecido ósseo, o tecido cartilaginoso e o tecido muscular; a endoderma é a camada mais profunda de células e formará o epitélio de revestimento das vias aéreas, do sistema digestório e do aparelho urogenital. A gástrula é a �igura embrionária com capacidade para formar todos os órgãos do corpo humano, processo denominado como organogênese. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 4/36 A maioria dos nossos músculos tem origem na camada média do embrião, chamada de mesoderma. Os músculos estriados esqueléticos são derivados de uma parte do mesoderma denominada mesoderma paraxial, O mesoderma paraxial se segmenta em somitos, que originam os músculos do esqueleto axial, da parede corporal e dos membros e os somitômeros, que dão origem aos músculos da cabeça. No �im da quarta semana do desenvolvimento, já é possı́vel ver os brotos dos membros superiores e inferiores. Os membros superiores aparecem primeiro, seguidos pelos membros inferiores um ou dois dias depois. O desenvolvimento de cada membro se dá a partir do tronco para as extremidades, de tal maneira que mãos e pés serão os últimos a serem formados. Veja o broto dos membros superiores e inferiores no embrião a seguir. CASO Lúcio e Juliana estão aguardando o nascimento do primeiro �ilho, Lucas. Durante o pré-natal, o médico diagnosticou pé torto congênito. Ao nascimento, o pediatra examinou Lucas minuciosamente e disse aos pais que o pé torto de Lucas decorre de artrogripose, que é uma má-formação nas articulações O pediatra, Dr. Luıś, explicou aos pais que o caso de Lucas se tratava de uma artrogripose distal, na qual apenas os pés ou as mãos estão envolvidos. O médico então explicou que a artrogripose pode ser generalizada e envolver os quatro membros da criança, além de causar limitação de mobilidade na coluna vertebral. Felizmente, esse não foi o caso de Lucas. Para a criança, Dr. Luıś indicou inıćio imediato de �isioterapia e o encaminhou para um cirurgião pediátrico e um geneticista para que a necessidade de cirurgia fosse avaliada e o aconselhamento genético realizado. Dr. Luıś também tranquilizou os pais e contou a eles a história de Cláudio Vieira que, ao nascer com artrogripose, teve um prognóstico de 24 horas de vida. Aos 40 anos de idade, Cláudio escreveu um livro relatando sua experiência em conviver com a doença (OLIVEIRA, 2016). 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 5/36 Nos embriões de seis semanas, a parte distal dos brotos dos membros se achata para formar as placas das mãos e dos pés. Para que os dedos das mãos e dos pés se formem, é necessário que as membranas que unem cada dedo desapareçam. Figura 1 - Embrião humano de cinco semanas. Fonte: stihii, Shutterstock, 2019. ID: 180856154. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 6/36 Várias deformidades congênitas envolvem os dedos, como o encurtamento (braquidactilia), a existência de dedos extras nas mãos ou nos pés (polidactilia) e a ausência de um dedo (ectrodactilia) e a própria sindactilia. VOCÊ SABIA? Quando as membranas que unem cada dedo nas placas das mãos e dos pés não desaparecem, os dedos do feto estarão unidos ao nascimento. Essa situação é chamada de sindactlia, da qual existem dois tipos mais comuns: a sindactilia cutânea, na qual os dedos �icam unidos apenas pela pele; a sinostose, no qual os dedos estão unidos pelos ossos. Em ambos os casos é necessário separar os dedos cirurgicamenteapós o nascimento. Figura 2 - Criança portadora de sindactilia. Fonte: JorgeMRodrigues, Shutterstock, 2019. ID: 1377030308. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 7/36 Como podemos ver na �igura anterior, temos um caso de sindactilia. Vamos acompanhar mais conteúdo? Continue conosco! 1.2 Crescimento ósseo e reparação tecidual no aparelho locomotor Agora que já conhecemos como o embrião desenvolve os esqueletos, articulações e músculos, aprenderemos como os ossos e músculos crescem ou se mantém durante a vida. Embora às vezes não pareça, os ossos são tecidos muito vascularizados e inervados, o que lhes permitem grande potencial de adaptação às necessidades da rotina de cada pessoa. Já os músculos estriados esqueléticos crescem bastante, mas apresentam grande limitação na regeneração. De tal maneira que quando �ibras musculares são rompidas é muito difı́cil que o organismo consiga fazer a reposição. Vamos aos estudos? 1.2.1 Crescimento ósseo Os dois tipos principais de tecido que formam o osso são os tecidos ósseo e o cartilaginoso. Ambos são modalidades de tecido conjuntivo e apresentam rigidez, porém o tecido cartilaginoso apresenta maior maleabilidade e elasticidade. Con�ira no quadro a seguir as células que compõem esses tecidos. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 8/36 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 9/36 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 10/36 O metabolismo das células dos tecidos ósseo e cartilaginoso apresentam grande interação com os hormônios tireoidianos e hipo�isários, fazendo com que haja uma sinergia entre suas ações. Figura 3 - Células dos tecidos ósseo e cartilaginoso. Fonte: Elaborado pelos autores, 2019. A – Tinydevil, Shutterstock, 2019. ID: 645657913. B – Tinydevil, Shutterstock, 2019. ID: 643151362. C – Tinydevil, Shutterstock, 2019. ID: 646969255. D – Tinydevil, Shutterstock, 2019. ID: 641817952. E – Jose Luis Calvo, Shutterstock, 2019. ID: 267094190. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 11/36 A formação do tecido ósseo novo, a osteogênese, pode ocorrer por dois processos: a ossi�icação endocondral e a ossi�icação intramembranosa. Na ossi�icação endocondral, há formação primeiro de um molde cartilaginoso do osso e depois substituição desse molde por tecido ósseo, enquanto na ossi�icação intramembranosa não há necessidade de se formar inicialmente o molde cartilaginoso. VAMOS PRATICAR? Frequentemente, muitas academias funcionam irregularmente sem a pres um pro�issional responsável. Os alunos são orientados por leigos e c muitos excessos, levando a situações de lesão grave de músculos e articula caso de pacientes idosos, essa questão torna-se ainda mais grave, já capacidade de regeneração tecidual está naturalmente comprometida po da idade e doenças, como a osteoporose e diabetes. Nesta atividade, trabalharemos com sua capacidade de pensar em uma hipotética e aplicar os conhecimentos adquiridos neste módulo para re Para tal, consulte os materiais de apoio a seguir: CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇA�O FI�SICA (Confef ). Instrução norm 02, de 27 de novembro de 2014. Brasıĺia: Confef, 2014. Disponı́ http://www.confef.org.br/confef/legislacao/157 (http://www.confef.org.br/confef/legislacao/157). TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de anatomia e �isiologia. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 124. Situação problema: Senhora S. S., 63 anos, viúva, menopausada desde os 48 anos, procura a a mais próxima de casa, pois se sente muito sozinha. O atendente da ac chama o “professor”, um garoto de 19 anos, morador da vizinhança. Dona S. explica ao “professor” que tem osteoporose no quadril e que de sente dor que piora durante o dia, por isso preferirá fazer os exercıćios de Ele, então, faz a lista de exercıćios e pesos para a Dona S. Explique como a osteoporose atua na matriz óssea, quais células ósseas ter função alterada e quais os riscos de se fazer exercıćio com pesos pa paciente. Além disso, re�lita se é ético e está dentro da legislação que um in não graduado atue como pro�issional. http://www.confef.org.br/confef/legislacao/157 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 12/36 Durante a vida embriológica, os ossos dos membros e as vértebras desenvolvem-se por ossi�icação endocondral. Os ossos planos do crânio e da face, a mandı́bula e a clavı́cula desenvolvem-se por ossi�icação intramembranosa. Durante a vida extrauterina, os ossos podem crescer tanto por ossi�icação intramembranosa (crescimento em espessura, promovido pelo periósteo) quanto por ossi�icação endocondral (crescimento em comprimento, promovido pela cartilagem epi�isial). Vamos compreender melhor como estes dois processos ocorrem? Na ossi�icação intramembranosa, células mesenquimais situadas na camada osteogênica do periósteo se diferenciam em osteoblastos. Os osteoblastos acumulam-se na periferia do centro de ossi�icação e sintetizam matriz óssea, formando osso novo. Após a matriz estar mineralizada, os osteoblastos diferenciam-se em osteócitos. Esse tipo de crescimento ósseo é chamado de crescimento aposicional. Veja, na �igura a seguir, o osso formado pelo processo de ossi�icação intramembranosa. VOCÊ O CONHECE? A Lei de Wolff preconiza que a estrutura óssea se remodela constantemente durante a vida em função das tensões à que os ossos são submetidos. Julio Wolf foi um cientista alemão, que, em 1892, estudou profundamente a relação entre a estrutura e a função óssea. Tal lei a�irma que as caracterıśticas ósseas e as divisões das estruturas microscópicas estão relacionadas às tensões a que são submetidas, de forma que em locais com altas tensões mecânicas serão depositados materiais ósseos. Em contrapartida, em locais com baixas tensões existirá uma absorção da matéria óssea. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 13/36 A ossi�icação endocondral se inicia com a diferenciação das células mesenquimais em condroblastos, que passam a produzir matriz cartilaginosa. Os condroblastos que �icam na periferia da cartilagem formam uma região chamada de zona de repouso. A partir daı́ forma-se um molde, com o formato do futuro osso, de cartilagem halina. Após sintetizar matriz cartilaginosa su�iciente, os condroblastos presentes no molde reduzem seu metabolismo e se transformam em condrócitos. Essa região da cartilagem, onde encontraremos os condrócitos, é chamada de zona de proliferação. Os condrócitos na região média do modelo de cartilagem tornam-se hipertró�icos (muito grandes) e formam a zona hipertró�ica da cartilagem. A� medida que os condrócitos aumentam de tamanho, ocorre reabsorção de sua matriz cartilaginosa circundante, formando placas cartilaginosas irregulares e �inas entre as células hipertró�icas. Os condrócitos hipertró�icos começam a calci�icar a matriz cartilaginosa circundante, o que reduz a difusão de nutrientes e leva os condrócitos à morte. Com a morte dos condrócitos, responsáveis pela manutenção da matriz cartilaginosa, grande parte da matriz se decompõe, e as lacunas vizinhas se juntam, formando cavidades cada vez maiores. Nessa região, a matrizextracelular é calci�icada, fazendo com que seja, obviamente, chamada de zona de cartilagem calci�icada. Veja, na imagem a seguir, as diferentes zonas de ossi�icação endocondral. Figura 4 - Ossi�icação intramembranosa. Fonte: ANDRADE; FERRARI, 2014, p. 48. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 14/36 As células-tronco mesenquimais migram para o interior das cavidades deixadas pelos condrócitos que morreram e diferenciam-se em osteoblastos e começam a sintetizar a matriz óssea, formando a zona de ossi�icação. Figura 5 - Ossi�icação endocondral. Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2008, p. 145. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 15/36 Dessa maneira, ocorre a ossi�icação endocondral, na qual um molde cartilaginonoso com o formato do osso é formado e depois a cartilagem degenera e é substituı́da por osso. Muito bem! Agora temos todas as informações sobre o crescimento ósseo em mente e poderemos partir para o estudo da regeneração e reparação dos elementos que compõem o aparelho locomotor. Acompanhe! 1.2.2 Reparação tecidual no aparelho locomotor Após qualquer tipo de lesão, um processo de reparação tecidual será necessário. Há dois tipos de processos de reparação tecidual: a regeneração e a cicatrização. No processo de regeneração tecidual, haverá reposição das células perdidas por células exatamente do mesmo tipo. Porém, para que a regeneração ocorra, a lesão deve ser limitada e deve haver tipos celulares capazes de realizar mitose no tecido. Quando a lesão é mais extensa ou as células do tecido não podem realizar a reparação tecidual, ocorrerá um processo de substituição, no qual o tecido original é substituı́do por tecido �ibroso, e chamaremos o processo de cicatrização tecidual. O processo de reparação tecidual passa por três fases. Conheça-as, clicando nas abas abaixo. VOCÊ QUER LER? Os conceitos dos tipos de células do tecido ósseo e cartilaginoso precisam estar bem claros em sua mente para que você compreenda esta unidade. Portanto, sugerimos a leitura de um livro sobre o tema. Acesse os capıt́ulos 7 (Tecido cartilaginoso) e 8 (Tecido ósseo) da obra Histologia básica. Texto e atlas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018). Estágio in�lamatório (Formação do coágulo) Inı́cio imediato após o surgimento da ferida. Indução de um processo in�lamatório agudo pela lesão. Fagocitose de restos celulares e micro-organismos. Há formação de coágulo. Regeneração celular local 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 16/36 Vamos estudar como a reparação tecidual ocorre no tecido ósseo? Durante uma brincadeira ou naquele jogo de futebol com os amigos uma vez por semana, acidentes, quedas, impactos podem acontecer, ocasionando uma fratura óssea. Ao longo deste tópico, compreenderemos quais são os tipos de fraturas e de que forma elas são regeneradas, bem como as fases especı́�icas e importantes dentro desse processo. Terá o osso recuperado o mesmo aspecto que possuı́a antes da fratura? Descubra a partir de agora. Fratura é de�inida como uma descontinuidade óssea, cujos sinais e sintomas caracterı́sticos são: dor intensa, edema, deformidade, hematomas, formigamento local, alteração de temperatura, incapacidade de movimentação do membro fraturado. E� absolutamente contraindicado tentar colocar o osso no lugar após uma fratura sem o auxı́lio médico, pois isso pode causar danos irreparáveis às estruturas adjacentes ao osso, como ligamentos e nervos. Há muitos tipos de fraturas. Veja os principais abaixo: transversa: a linha da fratura é horizontal; longitudinal: a linha da fratura é vertical; oblíqua: a linha da fratura atravessa o osso em um ângulo de 45º a 60º, causada por alguma compressão no local; espiral: a linha da fratura está ao redor do osso e o atravessa em alguns pontos, como em uma torção; galho verde: fratura incompleta em que não há separação entre as partes dos ossos, frequente em crianças; Estágio de proliferação Estágio de reparo e remodelação Regeneraçao celular local. Responsável pelo "fechamento" da lesão propriamente dita. Forma-se uma matriz extracelular com tecido conjuntivo de granulação que preencherá o espaço da ferida. No tecido de granulação, os �ibroblastos não conseguem sintetizar colágeno em formato de �ibras, mas em pequenos grânulos arredondados, fazendo com que a cicatriz tenha menor resistência à tração. Ocorre a contração da ferida. Remodelação: dura meses e permite que o tamanho da cicatriz e a vermelhidão diminuam. responsável pelo aumento da força de tensão e pela diminuição do tamanho da cicatriz e do eritema. Mais tarde a cicatriz é considerada avascular. • • • • • 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 17/36 cominutiva: fratura com mais de dois segmentos ósseos; fechada: a pele sobre a fratura não é rasgada e não se podem ver os fragmentos ósseos externamente; aberta ou exposta: a pele sobre a fratura é rasgada e podem-se ver os fragmentos ósseos; por estresse: fratura em que há uma série de fissuras microscópicas no osso que se formam sem qualquer evidência de lesão em outros tecidos. Podem ocorrer em adultos saudáveis após atividades cansativas e repetitivas. Alguns ossos estão mais suscetı́veis a fraturas do que outros, sendo que os mais frequentemente fraturados são aqueles localizados no membro superior (como o osso esfacoide no punho e da clavı́cula), pois, durante uma queda, nos protegemos amparando o corpo com os braços. • • • • Figura 6 - Tipos de fraturas ósseas. Fonte: Artemida-psy, Shuttertock, 2019. ID: 751354867. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 18/36 Ao redor do osso, temos o periósteo, uma membrana de dupla camada. A camada mais super�icial do periósteo é a camada �ibrosa, formada por tecido conjuntivo, conferindo proteção e nutrição ao osso, já que é vascularizada. A camada mais profunda é chamada de camada osteogênica e contém osteoblastos e células mesenquimais que, com os vasos sanguı́neos, possibilitarão a reparação do tecido ósseo. Para que a fratura seja consolidada para formar novamente o osso normal, os três estágios de reparação tecidual que estudamos anteriormente ocorrerão. VOCÊ QUER LER? Você tem curiosidade para entender as diferenças entre fraturas, luxações, subluxações, contusões e entorses? Sugerimos a leitura do livro Traumatologia do desporto (OLIVEIRA, 2016), que explica bem essas diferenças. Acesse em: https://ipdj.gov.pt/documents/20123/123444/GrauII_09_Traumatologia.pdf/d6d3e1 75-7930-ad06-e344-d25384d49f1a?t=1574941673238 (https://ipdj.gov.pt/documents/20123/123444/GrauII_09_Traumatologia.pdf/d6d3e 175-7930-ad06-e344-d25384d49f1a?t=1574941673238). https://ipdj.gov.pt/documents/20123/123444/GrauII_09_Traumatologia.pdf/d6d3e175-7930-ad06-e344-d25384d49f1a?t=1574941673238 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 19/36 Agora que você já sabe como o osso se recupera de uma fratura, vamos estudar como a reparação tecidual ocorre no tecido cartilaginoso? As superfı́cies articulares dos ossos são revestidas por cartilagem do tipo hialina que, nesse caso, não apresentam nem pericôndrio e nem são vascularizadas. Esse fator di�iculta muito a regeneração e a reparação das lesões de cartilagem. Assim, a nutrição é realizada pelo lı́quidosinovial existente dentro das cápsulas articulares. Porém a ausência de vasos sanguı́neos impede que o processo de reparação tecidual ocorra de maneira adequada. Em relação à regeneração do músculo estriado esquelético, sabemos que as �ibras musculares esqueléticas não se dividem. Entretanto, são associadas às �ibras musculares esqueléticas, pequenas células, chamadas de células satélites. Após uma lesão ou um exercı́cio fı́sico intenso, as células satélites proliferam, se fundem e formam novas �ibras musculares. VAMOS PRATICAR? Na vida adulta, o crescimento ósseo ocorre principalmente p intramembranosa. No caso de fraturas, o crescimento ósseo serve para re lesão por crescimento intramembranoso e por crescimento endocondral, dos condroblastos que estão na borda da lesão. O novo tecido ósseo forma substituir o tecido original perdido é desorganizado, podendo até estruturas ósseas anômalas, como o calo ósseo. Fatores hormonais, nutric genéticos são fundamentais para que a reparação da fratura ocorra bem. Nesta atividade, treinaremos sua capacidade de observação e Observaremos as fases do crescimento ósseo em uma situação de norma como esse crescimento se desorganiza em casos de fratura. Consulte o material de apoio a seguir: JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. Texto e atlas. 13. ed Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. Situação problema: Dois rapazes, um de 23 e outro de 28 anos, sofreram um acidente automo e tiveram que passar por alguns procedimentos cirúrgicos. Visite o Departamento de Anatomia Patológica da Unicamp, clicando no link a s veja como o crescimento ósseo está oco http://anatpat.unicamp.br/lamosso3.html#encondral. Imagine agora que você é responsável por criar um programa de atividad para esses rapazes, após a recuperação. Você prescreverá exercıćios nos músculos possam tracionar o calo ósseo? Você acha que o osso recém-f terá a mesma resistência a força de tração que o osso original? Por quê? 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 20/36 Bem, já que estamos falando de �ibras musculares, vamos estudar como elas se contraem? Acompanhe! 1.3 Unidade motora e características da contração muscular O que é uma unidade motora e qual sua participação na contração muscular? Essa é a pergunta primária a ser respondida neste tópico. Muitos não se dão conta da importância do sistema nervoso na contração muscular. Mas lembre-se de que em todos os movimentos que nosso corpo executa estão envolvidos neurônios e impulsos nervosos para que cada comando possa ser realizado perfeitamente. Tais comandos chegam rapidamente aos músculos para a realização da contração muscular, o que resulta no movimento desejado. Vamos entender melhor esses conceitos a seguir! 1.3.1 Músculo estriado esquelético O tecido muscular esquelético é assim chamado por ter como caracterı́stica funcional a movimentação do esqueleto. Ele possui estrias transversais visı́veis ao microscópio. Por esse motivo, é considerado um tecido estriado, composto de faixas de proteı́nas claras e escuras alternadas. Funciona de maneira voluntária e é constituı́do de �ibras musculares individuais envoltas por fascı́culos e três camadas de tecido conjuntivo, sendo bem supridos por nervos e vasos sanguı́neos. Observe essas caracterı́sticas na �igura a seguir. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 21/36 Você sabe o que são as estrias encontradas no músculo estriado esquelético? Elas são grupos de proteı́nas organizadas, as mio�ibrilas, formando o que chamamos de sarcômeros, os quais são formados por três mio�ibrilas principais: actina, miosina e troponina. Figura 7 - Fibras do músculo estriado esquelético. Fonte: Jose Luis Calvo, Shutterstock, 2019. ID: 1033566535. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 22/36 A actina é um �ilamento �ino, enquanto a miosina é um �ilamento grosso. No local do sarcômero, onde há presença dos �ilamentos �inos, actina, a iluminação do microscópio pode passar mais facilmente, fazendo com que ela �ique mais clara e receba o nome de banda (faixa) isotrópica, ou banda I. Já na região do sarcômero que possui sobreposição de �ilamentos grossos, miosina, e �inos, actina, a iluminação do microscópio tem mais di�iculdade de passar. Essa região recebe o nome de banda (faixa) anisotrópica ou banda A. A sequência de bandas A e I na �ibra muscular conferem a ela o aspecto de estriada. A actina apresenta-se em hélice dupla, torcidas uma sobre a outra. Entre as hélices forma-se um sulco, onde outra mio�ibrila se encaixa: a tropomiosina. Cada tropomiosina está conectada a uma troponina. A miosina forma um grande bastão com uma saliência globular em uma de suas extremidades: a cabeça da miosina. Na cabeça da miosina, há locais para combinação com ATP, porém a hidrólise desse ATP só ocorre se houver interação entre a miosina e a actina. Veja essas estruturas na imagem a seguir. VOCÊ SABIA? Os músculos são a parte mais densa do corpo, compondo cerca de 40% do peso corporal e pesando mais do que a gordura. Quando fazemos atividade fıśica, de inıćio perdemos peso devido à queima de gordura, mas, com o passar do tempo, se mantivermos a frequência dos exercıćios, começamos a ganhar peso, porém esse peso se deve à massa magra, ou seja, ao músculo que está sendo hipertro�iado. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 23/36 O deslizamento entre os �ilamento grossos, miosina, e �inos, actina faz com que cada sarcômero da �ibra muscular �ique mais curto. Chamamos este encurtamento de contração muscular. Quando o músculo está em repouso, o sistema troponina-tropomiosina impede a interação actina-miosina. Isso porque a tropomiosina está bloqueando a região que impede a ligação entre miosina e actina. Vamos ver como ocorre a liberação da actina para que ela possa interagir com a miosina e causar a contração muscular? 1.3.2 Junção neuromuscular e contração Você sabia que a contração muscular começa somente com a ordem que chega do sistema nervoso? E há ainda um importante ı́on que precisa estar presente para que a contração ocorra: o Ca2+. Acompanhe para saber como tudo acontece. A placa motora é formada por um conjunto de terminações nervosas semelhantes a sinapses, chamadas junções mioneurais, as quais, como o nome diz, comunicam o neurônio à �ibra muscular. O impulso nervoso faz com que o neurotransmissor acetilcolina seja liberado na junção mioneural. A acetilcolina se liga a um receptor nicotı́nico na membrana celular do músculo, o sarcolema, e, a partir daı́, se iniciam os eventos da contração muscular. Observe esse processo ocorrendo na imagem a seguir. Figura 8 - Sarcômero. Fonte: Emre Terim, Shutterstock, 2019. ID: 1358589659. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 24/36 No sarcolema, encontramos estruturas chamadas de túbulos T (transversais). Os túbulos T formam uma rede de invaginações da membrana plasmática para o interior da �ibra. Esses túbulos �icam ao redor das bandas A e I de cada sarcômero da �ibra muscular e permitem que o impulso elétrico chegue a cada sarcômero de maneira rápida e efetiva, fazendo com que todas as actinas e miosinas contraiam simultaneamente. Os túbulos T apresentam ao seu redor projeções do retı́culo sacoplasmático, chamadas de cisternas terminais. A junção de duas cisternas terminais e um túbuloT recebe o nome de trı́ade. As cisternas e o retı́culo sarcoplasmático armazenam grandes quantidades de Ca2+. Veja a trı́ade na �igura A seguir. Figura 9 - Estrutura neuromuscular que possibilita a contração. Fonte: TORTORA; DERRICKSON, 2015, p. 311. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 25/36 Quando o sinal de despolarização chega pelos túbulos T, ocorre saı́da de ı́ons Ca2+ das cisternas do retı́culo sarcoplasmático para o citoplasma das células musculares, conhecido como sarcoplasma. A contração muscular é um processo bastante complexo, como você já deve ter notado, e muito fatores devem estar presentes para que ela ocorra adequadamente. Você já teve a sensação de que seu músculo estava dando um “nó”? Foi à noite ou durante a realização de exercı́cio fı́sico intenso? Doeu muito? Você deve ter tido uma cãibra. As cãibras acometem os músculos submetidos a trabalho intenso e passam rapidamente. Os cientistas ainda não explicaram completamente o mecanismo �isopatológico dela, mas acredita-se que esteja relacionado com desequilı́brio hı́drico-eletrolı́tico, podendo haver falta de água e de alguns ı́ons como o potássio e o cálcio. Baixas temperaturas e vascularização de�iciente também podem levar a ela. Figura 10 - Túbulos T e retı́culo sarcoplasmático em uma �ibra muscular. Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018, p. 195. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 26/36 A troponina cobre a zona da actina na qual estão os sı́tios de ligação entre a actina e a cabeça da miosina. A troponina possui grande a�inidade ao cálcio e, quando ele é liberado no interior celular pelas cisternas terminais, liga-se à troponina. Com a ligação com o cálcio, a troponina muda a sua conformação, deslocando-se e permitindo que a miosina se conecte à actina. A cabeça de miosina se liga à actina e o deslizamento ocorre. Essa sequência de eventos, que vão desde a excitação da membrana até o desencadeamento da contração da �ibra muscular, é denominada acoplamento excitação-contração. A contração muscular ocorre por meio de um processo chamado de modelo dos �ilamentos deslizantes. Com o deslocamento do complexo troponona-tropomiosina pelo Ca2+, o sı́tio ativo da actina �ica livre e as cabeças da miosina se prendem nesse local. O acoplamento da actina com a miosina leva à hidrólise do ATP, liberando ADP, fosfato inorgânico e energia. A energia liberada permite que a cabeça da miosina se dobre, exercendo trabalho, e deslize. Mesmo que os comprimentos de cada �ilamento de actina e miosina mantenham-se inalterados, o encurtamento atinge o sarcômero, levando ao encurtamento de toda a �ibra muscular. Após o mecanismo de contração, é preciso que o músculo volte a relaxar. O relaxamento ocorrerá quando o estı́mulo nervoso cessar e quando não houver mais cálcio disponı́vel no sarcoplasma. Com isso, a troponina se desliga do cálcio e retorna a tropomiosina ao seu sı́tio na actina, impedindo a relação actina-miosina e ocasionando um relaxamento da �ibra muscular (HEBERT et al., 2016). Vamos estudar os tipos de contração muscular? Acompanhe com atenção! 1.3.3 Tipos e características da contração muscular O músculo esquelético apresenta dois tipos básicos de contração muscular, a isotônica e a isométrica. A contração isotônica ocorre quando a tensão no músculo permanece constante enquanto seu comprimento se modi�ica. Ao se contrair, o músculo encurta para poder realizar o trabalho externo. Por ter essa caracterı́stica, são mais utilizados para mover objetos ou realizar movimentos corporais. Mas esse tipo de contração possui duas subdivisões. Clique e con�ira! Já a contração isométrica ocorre quando as duas extremidades estão �ixas e o músculo não muda seu comprimento. Utilizadas na manutenção da postura e para segurar objetos em uma posição �ixa, há gasto de energia, pois o peso do objeto necessita que os músculos se contraiam para suportá-lo. E� importante também na estabilização de articulações enquanto outras são movimentadas. Se a tensão gerada é su�iciente para mover o objeto, o músculo encurtará e recruta outra estrutura, como um tendão, por exemplo, para que seja capaz de movimentar e diminuir o ângulo articular. Quando o comprimento muscular é aumentado na contração, de forma que a tensão que é realizada pelas pontes transversas de miosina é oposta ao movimento do peso, há um retardo no processo de alongamento. Por esse motivo, elas são mais danosas ao músculo e causam dor muscular mais tardia do que as concêntricas. • • Contração isotônica concêntrica Contração isotônica excêntrica 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 27/36 A maioria das atividades diárias envolve uma mistura de contração isotônica e isométrica. Algumas caracterı́sticas da contração muscular merecem atenção em nosso estudo. O abalo muscular como uma resposta básica da contração do músculo equivale a uma única e rápida contração muscular após a chegada de um potencial de ação. Pelo potencial de ação terminar bem antes da contração muscular, é possı́vel que a membrana muscular seja despolarizada; mesmo antes que a descontração ocorra totalmente, o potencial encontrará novamente a �ibra muscular não relaxada totalmente e um segundo abalo muscular será acrescentado ao efeito mecânico do primeiro abalo, ocasionando uma contração bem maior. Essa sequência de eventos é conhecida como somação temporal. Se esse processo for repetido várias vezes, com frequências maiores, aumentando o grau de contração e diminuindo o grau de relaxamento, atingirá o chamado tétano completo, que é um perı́odo em que não há relaxamento das �ibras musculares, com manutenção e estabilidade da contração e magnitude. Isso ocorre quando o músculo é estimulado por uma série de potenciais de ação. Se tivermos estı́mulos adequados que levem aos abalos musculares, em seguida sendo aplicados novamente e, imediatamente depois do relaxamento, teremos uma segunda contração de magnitude aumentada. Esse é o princı́pio do fenômeno da escada, também conhecido como fenômeno Treppe (escada, em alemão): basicamente signi�ica que, quando realizamos uma atividade muscular de forma repetida, teremos mais sucesso na terceira repetição do que na primeira, isso porque o músculo estará mais bem preparado para o exercı́cio. O músculo, entretanto, tem um limite máximo de contrações. Não adianta, por exemplo, realizar exercı́cios em dez séries de 20 repetições, porque ele não vai suportar essa carga. Quando ele não responde mais aos estı́mulos, ocorre uma fadiga muscular, sendo que, quanto mais alto for o estı́mulo, mais precoce será a fadiga. Esse mecanismo pode ocorrer de duas formas: a mais comum é quando a ATPase da miosina impede que ocorra uma hidrólise do ATP, não ocorrendo uma interação actina-miosina, mesmo com o estı́mulo presente; outra situação, menos comum, é a fadiga da placa motora. Por causa da alta frequência de estı́mulos, o neurônio perde a capacidade de sintetizar neurotransmissores su�icientes para gerar uma resposta muscular. Se a estimulação é interrompida por um perı́odo, o músculo é capaz de se recuperar e contrair novamente, por isso que é importante o descanso entre as atividades fı́sicas. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 28/36 Em situações que o indivı́duo permanece insistindo na alta frequência de estı́mulos, ocorrerá um gasto de ATP acima do seu fornecimento, e esse dé�icit de ATP fará com que o músculopermaneça contraı́do mesmo na ausência do estı́mulo, causando uma contratura muscular. Vimos, então, que existem diferentes tipos de contração muscular. Agora vamos estudar as �ibras musculares esqueléticas no que tange às suas caracterı́sticas �isiológicas. Siga abaixo! Velocidade de contração: refere-se à velocidade com a qual a fibra é capaz de se contrair e de relaxar. Velocidade da reação da miosina: taxa com que é capaz de degradar as moléculas de ATP durante o ciclo de contração. Perfil metabólico: capacidade de produção de ATP por fosforilação oxidativa ou glicólise. VAMOS PRATICAR? O funcionamento muscular depende de diversos fatores, e a realização re de um determinado movimento pode ser positiva em um primeiro momen melhora sua execução, mas, após algumas repetições, o efeito pode ser co levando o músculo à fadiga. Nesta atividade, treinaremos sua capacidade de aplicar seus conhecime situações da vida diária. Observaremos como a repetição dos moviment gerar a fadiga muscular. Consulte o material de apoio a seguir: FONG, A. S. S. Estruturas e funções do corpo. 13. ed. São Paulo: C Learning, 2017. Situação problema: Contaremos quanto movimentos repetidos com a mão você consegue faze segundos. Prepare o cronômetro do seu celular. Você pode contar o maior de sinais de joia que pode fazer nesse tempo. Apoie a palma da mão e o pu uma mesa. Faça o sinal de joia sucessivas vezes, sem tirar o punho da sempre retornando a palma da mão na posição inicial. Anote o número Repita o procedimento três vezes. O número de joias aumentou ou di Ficou mais ou menos coordenado? Você sentiu dores? Re�lita sobre seus ac explique-os com base na �isiologia muscular. • • • 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 29/36 Fibras com metabolismo oxidativo apresentam grandes quantidades de mioglobina e mitocôndrias. A mioglobina é uma proteı́na que contém ferro e atua como ligante de oxigênio. Assemelha-se à hemoglobina presente nos eritrócitos e é encontrada em várias quantidades nas �ibras musculares. Dessa maneira, a mioglobina atua no armazenamento de oxigênio nas �ibras musculares e proporciona uma fonte rápida de oxigênio para o metabolismo muscular. Há três tipos diferentes de �ibras musculares. Clique nas abas, para conhecê-las. Os três tipos de �ibras musculares são encontrados em quase todos os músculos do corpo e, de maneira geral , metade das �ibras musculares de uma pessoa é do tipo oxidativa lenta (tipo I). No entanto, lembre-se de que isso varia de acordo com o treinamento que ela realiza e a função muscular que é exigida em sua rotina diária. Fibras do tipo I Fibras do tipo IIa Fibras do tipo IIb (Oxidativas lentas) São curtas, vermelhas quando observadas ao microscópio devido à presença de grande quantidade de mioglobina e com grande quantidade de mitocôndrias no citoplasma. Essas caracterı́sticas estruturais permitem que as �ibras do tipo I façam contração lenta e sejam resistentes à fadiga, já que a hidrólise do ATP ocorrerá mais lentamente. A grande quantidade de mitocôndrias no citoplasma destas �ibras garantirá a sua resistência à fadiga. Os músculos eretores da espinha, situados no dorso, apresentam grande proporção dessas �ibras, já que garantem nossa postura ereta durante todo o dia. (Glicolı́ticas oxidativas rápidas) Diferem das �ibras tipo I devido ao comprimento da �ibra, um pouco maior que as �ibras do tipo I. As �ibras tipo II apresentam grande estoque de glicogênio, mitocôndrias e mioglobina. Esses elementos são essenciais para a contração rápida e resistência à fadiga, já que elas realizam glicólise anaeróbica. Utilizamos as �ibras do tipo II em corridas de velocidade, como as de 100 metros, e em caminhadas. (Glicolı́ticas rápidas) São �ibras grandes, rosadas e com menor quantidade de mioglobina e mitocôndrias, apresentam alta atividade anaeróbica e armazenam quantidade considerável de glicogênio. Fazem contração rápida e são mais propensas à fadiga, apresentam máxima velocidade de reação da miosina atpase. Produzem ácido láctico. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 30/36 Dentro de uma unidade motora, todas as �ibras musculares são do mesmo tipo. As diferentes unidades motoras do músculo são recrutadas para a realização de um movimento de acordo com a necessidade que será exigida. Todo músculo tem um tônus muscular, que é o estado de tensão muscular que ele apresenta, mesmo em repouso. Isso mesmo: em repouso, o músculo está passando por contrações involuntárias de suas unidades motoras, mesmo que sejam fracas. Para que essas contrações ocorram, é necessário que haja uma ativação de acetilcolina para liberar impulsos nervosos por neurônios localizados no encéfalo e na medula espinal. Se esse neurônio estiver com alguma di�iculdade de comunicação, estando dani�icado ou seccionado, chamamos de hipotonia, ou seja, o músculo é �lácido, com um estado de fraqueza muscular e uma hipermobilidade articular. Para sustentar o tônus muscular, unidades motoras são acionadas para realizarem constantes e alternadas ativações e desativações. Dessa forma, o tônus é mantido, mas sem força su�iciente para realização de um movimento. Por outro lado, se o tônus muscular estiver aumentado, temos uma hipertonia, que é expressa de duas formas: espasticidade e rigidez. Na hipertonia espástica, há um intenso tônus muscular, o que ocasiona um endurecimento muscular com re�lexos aumentados. Na hipertonia rı́gida, também ocorre uma alteração excessiva do tônus muscular, mas sem modi�icar os re�lexos. A hipertro�ia é o aumento da massa muscular como uma resposta a um estresse decorrente do aumento da tensão gerada no tecido muscular. Um treinamento de força muscular intenso ocasiona uma elevação na sı́ntese proteica, o que resulta em um aumento de proteı́nas de contração, levando à hipertro�ia muscular. 1.4 Planos e eixos de movimento Antes de iniciarmos a apresentação dos planos de eixos nos quais o movimento ocorre, queremos que sua re�lexão: como você de�ine o movimento? O movimento é caracterizado por mudanças de posição no espaço em relação a um ponto de referência. Desse modo, sempre que não houver mudanças de posição, podemos dizer que o corpo se encontra em repouso, certo? 1.4.1 Posição anatômica e planos do corpo humano Para o estudo da anatomia, uma terminologia especializada é utilizada para identi�icar posições e direções corporais no espaço. A posição anatômica caracteriza-se pelo indivı́duo em posição ereta, com a cabeça voltada para a frente, o olhar dirigido ao horizonte, os membros superiores estendidos ao longo do corpo, palma das mãos voltadas para a frente, membros inferiores unidos e pontas dos pés voltadas para a frente. A partir da posição anatômica, foi possı́vel delimitar-se o corpo humano por planos imaginários, chamados de planos de delimitação: são os planos anterior e posterior, superior e inferior e lateral direito e lateral esquerdo. Entretanto, para estudar o corpo humano, precisamos também cortá-lo. Veja, na �igura a seguir, os planos que cortam o corpo humano, chamados de planos de secção e depois acompanhe a descrição de cada um deles. 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 31/36 Plano sagital mediano: secciona o corpo humano em duas metades, direita e esquerda. Plano sagital paramediano: secciona o corpo humano paralelamente aos planos laterais. Plano frontal: secciona o corpo humano paralelamente aos planos anterior e posterior. Plano horizontal: secciona o corpo humano paralelamente aos planos superiore inferior. Figura 11 - Os três planos de referência. Fonte: HALL, 2016, p. 51. • • • • 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 32/36 No contexto apresentado, alguns termos direcionais especı́�icos são utilizados para descrever as partes corporais em relação a determinado ponto de referência. Abaixo, são apresentados os termos direcionais mais frequentemente utilizados. Con�ira! Superior: para cima, mais próximo da cabeça. Os termos proximal e cranial são utilizados como sinônimos, porém o termo proximal só pode ser utilizado para estruturas situadas nos membros, e o termo cranial para estruturas relacionadas ao neuroeixo. Por exemplo: a coxa é proximal em relação à perna. Inferior: para baixo, mais afastado da cabeça. Os termos distal e caudal são considerados sinônimos, porém o termo distal só pode ser utilizado para estruturas situadas nos membros, e o termo caudal para estruturas relacionadas ao neuroeixo. Por exemplo: a mão é distal em relação ao antebraço. Anterior: para frente. O termo ventral é considerado sinônimo. Por exemplo: a região abdominal é ventral em relação ao dorso. Posterior: para trás. O termo dorsal é sinônimo. Por exemplo: a região da coluna vertebral é dorsal. Médio: localizado entre duas estruturas. Por exemplo: o coração é médio em relação ao esterno e à coluna vertebral. VOCÊ QUER VER? O documentário Eu, humano, produzido pela National Geographic (2015), aborda o funcionamento de todos os tecidos e órgãos corporais. Nele, �ica clara a interdependência dos segmentos corporais e a necessidade de manter a harmonia entre todas as partes do corpo. O conteúdo apresentado contribui para uma visão holıśtica do pro�issional de saúde, ou seja, inclui a ideia de que é essencial tratar o indivıd́uo em sua totalidade, e não apenas o segmento lesionado. • • • • • 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 33/36 Medial: localizado próximo ao plano mediano. Por exemplo: o pulmão é medial em relação ao coração. Intermédio: localizado entre uma estrutura medial e outra lateral. Por exemplo, O III dedo é intermédio entre o polegar e o V dedo. Lateral: localizado na direção lateral do corpo. Por exemplo: a orelha é lateral em relação ao olho. Superficial: utiliza-se esse termo para órgãos que apresentam camadas, considera-se superficial a região mais próxima da superfície do corpo. Profundo: utiliza-se esse termo para órgãos que apresentam camadas, considera-se profundo a região mais afastada da superfície do corpo. Agora que já conhecemos os planos de delimitação e de secção e entendemos o conceito relacionado ao movimento, iniciaremos o estudo sobre os planos e eixos do movimento. Clique nas abas abaixo e veja quais são eles. • • • • • Eixo imaginário que une os planos lateral direito ao lateral esquerdo, permite os movimentos de �lexão e extensão. Ao realizar esse movimento, o segmento corpóreo desloca-se perpendicularmente ao eixo do movimento, no plano sagital. Eixo imaginário que une o plano anterior ao posterior, permite os movimentos de abdução-adução. Ao realizar esse movimento, o segmento corpóreo desloca-se perpendicularmente ao eixo do movimento, no plano frontal. Eixo imaginário que une o plano superior ao inferior, permite os movimentos de rotação. Ao realizar esse movimento, o segmento corpóreo desloca-se perpendicularmente ao eixo do movimento, no plano horizontal. • • • Eixo horizontal ou latero-lateral Eixo sagital ou ântero-posterior Eixo longitudinal ou supero-inferior 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 34/36 Logo, na posição anatômica, todos os segmentos corporais encontram-se em movimento neutro, sendo esse o ponto considerado com posição de zero grau articular. Sempre que um segmento corporal sair da posição anatômica, teremos um movimento articular, que poderá ser identi�icado em relação à direção do movimento realizado. Os planos e eixos imaginários são utilizados para avaliação fı́sica do corpo humano, sob diversos aspectos. Tal avaliação é realizada atualmente por diferentes métodos, sendo que os mais descritos na literatura são: inspeção; palpação; goniometria; fotogrametria; softwares; �io de prumo; simetrógrafo; videogrametria. Muito bem! Agora você já está preparado para estudar os movimentos realizados por cada parte do nosso corpo! Síntese Finalizamos esta unidade. Nela, iniciamos nosso estudo do aparelho locomotor com princı́pios básicos sobre esse importante aparelho que permite a nossa locomoção e a realização de nossas atividades da rotina diária. O aparelho locomotor contribui com a homeostase do organismo e é responsável por funções muito diversas. Por isso, há tantos pro�issionais que atuam na promoção da saúde dos órgãos que o formam e na prevenção e tratamento das doenças que o afetam. São eles: médico, educador fı́sico, �isioterapeuta, enfermeiro, quiropraxista, podólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, entre outros. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: compreender a embriogênese do aparelho locomotor, desde a fecundação e as etapas que formam os ossos, os músculos e as articulações de nosso corpo; aplicar os conhecimentos de embriologia na compreensão das más-formações mais frequentes do aparelho locomotor; analisar a composição do tecido ósseo, sua formação, desenvolvimento e crescimento e comparar as ossificações endocondral e intramembranosa; sintetizar como é o processo de reparação e regeneração das estruturas do aparelho locomotor e conhecer as três fases da reparação tecidual (inflamatória, proliferativa, remodelação e maturação); classificar as fraturas ósseas; analisar todos os elementos necessários para que a contração muscular ocorra, além de classificar os tipos de contração e fibras musculares que atuam nesse processo; relacionar os planos e eixos do movimento. • • • • • • • 25/06/2022 00:28 Aparelho Locomotor TB https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 35/36 Bibliografia ANDIA, D. 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