Prévia do material em texto
25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 1/55 APARELHO LOCOMOTOR UNIDADE 4 - QUAIS OSSOS, ARTICULAÇO� ES E MU� SCULOS FAZEM PARTE DOS MEMBROS INFERIORES? Jaqueline Santos Silva Lopes; Vivian Alessandra Silva 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 2/55 Introdução Caro aluno, no que se refere ao estudo dos segmentos corporais, ainda que sejam observadas semelhanças entre as articulações dos membros inferiores e superiores, são notadas diferenças anatômicas signi�icantes entre esses segmentos em adaptação à demanda funcional. Por exemplo, os membros superiores são utilizados para executar atividades do dia a dia — como pentear o cabelo, digitar, escrever, lavar louça, pendurar roupa no varal, varrer, pegar objetos, realizar gestos de afeto — e, por isso, as lesões nesse segmento ocorrem em sua maioria por movimentos repetitivos. Por outro lado, o membro inferior possui relação direta com a sustentação corporal e deslocamento do corpo no espaço (caminhar, subir escadas, correr, sentar, deitar) e, por isso, as lesões observadas nesse segmento se relacionam com impacto e sobrecarga nos segmentos articulares. Nesse sentido, conhecer especi�icamente todos os sistemas que constituem as partes do aparelho locomotor é necessário. A partir dessa compreensão do funcionamento normal dos segmentos corporais, conseguiremos responder aos seguintes e importantes questionamentos: como nos locomovemos?; quais os movimentos produzidos em cada articulação do membro inferior?; quais músculos atuam para movimentarmos o membro inferior? Após ter essas respostas, o pro�issional de saúde é habilitado a planejar e supervisionar atividades fı́sicas, fornecer um diagnóstico funcional especı́�ico, sendo ainda possı́vel a sugestão de condutas e estratégias adequadas para reabilitar possı́veis disfunções. Para que tudo isso seja possı́vel, inicialmente é necessário conhecimento teórico sobre o tema apresentado. Nesta unidade, portanto, abordaremos todas as funções das respectivas articulações localizadas no membro inferior, bem como suas caracterı́sticas anatômicas. Acompanhe! 4.1 Esqueleto do cíngulo do membro inferior e da parte livre Os membros inferiores possuem caracterı́sticas anatômicas, cinesiológicas, biomecânicas e funcionais caracterizadas por possibilitar funções relacionadas à locomoção, à sustentação e ao equilı́brio do corpo humano. A esse respeito, perceberemos, a seguir, na descrição das regiões desse segmento corporal, todas as adaptações e caracterı́sticas que permitem o desempenho máxima das funcionalidades vitais mencionadas. Portanto, para que as funções mencionadas sejam desempenhadas, é necessária atividade normal de todas os tecidos e articulações que serão apresentadas a seguir. A esse respeito, no que se refere à anatomia, especi�icamente do membro inferior, ele é formado por 31 ossos, que são distribuı́dos da seguinte maneira: quadril: 1; coxa: 1; joelho: 1; perna: 2; pé: 26. Assim, apresentaremos, a seguir, o nome de todos os ossos que, juntos, formam o membro inferior e permitem a localização e o desempenho de todas as funções mencionadas até aqui. • • • • • 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 3/55 4.1.1 Cíngulo do membro inferior O osso do quadril é o único que compõe o cı́ngulo do membro inferior. No nascimento, o osso do quadril está dividido em ı́lio (superior), ı́squio (inferior e posterior) e púbis (inferior e anterior). Até os 14 anos de idade, esses ossos estão unidos pela cartilagem trirradiada que apresenta o formato de Y. A sinostose inicia-se quando o indivı́duo começa a andar e estará quase completa aos 14 anos, �inalizando aos 25 anos de idade. No osso do quadril, podemos observar os acidentes ósseos listados a seguir. Con�ira! Crista ilíaca (corresponde à extensa crista localizada na parte superior do ílio). Fossa ilíaca (refere-se a uma depressão na parte medial do ílio). Espinha ilíaca anterossuperior (trata-se da saliência óssea que delimita o limite anterior da crista ilíaca). Espinha ilíaca anteroinferior (saliência óssea verificada abaixo da espinha ilíaca anterossuperior). Fossa auricular (superfície medial cujo formato se assemelha a uma orelha). Acetábulo (cavidade esferoide localizada lateralmente, e formada pela união dos três ossos que formam o quadril). Forame obturado (abertura na parte inferior do quadril está fechado, obturado por uma membrana, a membrana obsturatória). Espinha isquiática (projeção óssea, localizada posteriormente ao acetábulo). Túber isquiático (saliência óssea com aspecto rugoso, localizado abaixo da espinha isquiática). Púbis (região mais anterior do osso do quadril, formada pelos ramos superior e inferior) • • • • • • • • • • Figura 1 - Vista anterior e posterior, respectivamente, da pelve óssea. Fonte: RUIZ, 2017, p. 57. 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 4/55 A maior parte dos acidentes do osso do quadril está relacionada à inserção muscular. Clique nas abas e aprenda mais sobre o tema. O diagnóstico deve ser realizado por meio de correlações clı́nicas e análise de exames de imagem. No que se refere ao tratamento, é importante que todos os objetivos tratados sejam relacionados à recuperação das habilidades fı́sicas perdidas ou comprometidas, em detrimento da lesão. No caso da osteortrose no quadril, são comuns sequelas relacionadas à perda da amplitude de movimento, fraqueza muscular, rigidez articular e dor. Entre as fraturas que podem afetar o osso do quadril, a mais frequente é a por avulsão do túber isquiático, na qual o túber isquiático é arrancado pelos músculos que se inserem na região (músculo isquiotibiais). A osteoartrose caracteriza-se por ser uma doença crônica que acomete inicialmente a cartilagem. Há uma incidência elevada nas articulações do quadril e joelho. A lesão ocorre devido à alta proporção de peso corporal sobre determinada articulação, tração da unidade musculotendı́nea e forças externas. Desse modo, no caso da osteoartrose de quadril, ocorre degeneração progressiva da cartilagem localizada entre as superfı́cies articulares do acetábulo e cabeça do fêmur. E� importante lembrar que a cartilagem é avascular, o que torna difı́cil processos de cicatrização no local. Além disso, por se tratar de uma articulação indispensável para as atividades de vida diária, o repouso da região é difı́cil, fato que implica progressão contı́nua da doença, por isso considerada degenerativa. • • • Avulsão do túber isquiático Osteoartrose Degeneração progressiva da cartilagem 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 5/55 Os ossos do quadril direito e esquerdo articulam-se com o osso sacro e o cóccix para formar a pelve óssea. A pelve possui uma abertura superior e uma abertura inferior, sendo que o espaço entre elas compreende a cavidade pélvica. A abertura superior da pelve é usada como referência para dividir a pelve em: pelve maior (ou falsa), pertencente à cavidade abdominal e preenchida principalmente pelos intestinos, e em pelve menor (ou verdadeira), preenchida pelo reto, pela bexiga urinária e, nas mulheres, pelo útero. Há variações anatômicas marcantes entre a pelve feminina e masculina, pois a feminina deverá acomodar o feto durante a gestação e servir como canal de parto. Veja abaixo as principais diferenças entre elas. A abertura superior maior é maisarredondada, e o maior afastamento entre os ossos do púbis fazem com que o diâmetro pélvico feminino seja, em geral, maior que o masculino. VOCÊ QUER LER? Um recente estudo de revisão sistemática pesquisou sobre a e�icácia de intervenções especı�́icas para o tratamento de osteoartrose. Os desfechos demonstraram que os exercıćios com maior evidência de melhora foram os aquáticos sem impacto, o isocinético, o treinamento de força muscular, a caminhada e a educação em saúde e nutricional com orientações especı�́icas. O artigo completo está disponıv́el em: (http://www.scielo.br/pdf/fm/v26n1/22.pdf )http://www.scielo.br/pdf/fm/v26n1/2 2.pdf (http://www.scielo.br/pdf/fm/v26n1/22.pdf ). http://www.scielo.br/pdf/fm/v26n1/22.pdf http://www.scielo.br/pdf/fm/v26n1/22.pdf 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 6/55 Durante o trabalho de parto, a equipe de enfermagem e o médico fazem a medida da pelve para avaliar a proporção feto-pélvica por meio da medida do diâmetro conjugado diagonal com o toque vaginal da base do sacro e da margem inferior da sı́n�ise púbica. Esse diâmetro mede cerca de 12 centı́metros e, se for menor do que 10 centı́metros, indica desproporção feto-pélvica, não sendo recomendado o parto natural. Outra alteração perceptı́vel durante o trabalho de parto é o aumento do ângulo subpúbico por relaxamento da sı́n�ise púbica pela ação do hormônio ovariano relaxina. No �im da gestação, a relaxina começa a ser liberada, preparando a pelve feminina para o parto, e durante o trabalho de parto a liberação aumenta consideravelmente. 4.1.2. Parte livre do membro inferior: coxa e perna O fêmur é o único osso encontrado na coxa. E� o maior osso veri�icado no corpo humano e seu comprimento equivale a 25% da estatura de um indivı́duo. O fêmur estende-se desde o quadril até o joelho, com direção oblı́qua inclinado medialmente, sendo a obliquidade mais acentuada em mulheres. Quando o ângulo do fêmur está diminuı́do, ocorre aproximação dos joelhos e afastamento dos pés, condição chamada de coxa valga. Quando esse ângulo está aumentado, ocorre o afastamento dos joelhos e chamamos essa condição de coxa vara. Figura 2 - Diferenças anatômicas entre a pelve masculina e feminina. Fonte: Double Brain, Shutterstock, 2019. 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 7/55 A coxa valga faz com que haja aproximação entre os côndilos mediais do fêmur, fazendo com que a descarga de peso no menisco medial e na região medial do pé seja maior, levando a uma pisada pronada. Na coxa vara, há afastamento dos côndilos mediais do fêmur e, como compensação, o indivı́duo desenvolve uma pisada supinada, ou seja, com maior descarga de peso na região lateral do pé. Os músculos do membro inferior também podem ser afetados e sua função pode ser melhorada com o auxı́lio do pro�issional de Educação Fı́sica, que garante que os gestos esportivos estão ocorrendo com a intensidade adequada, o de Fisioterapia, o de Enfermagem e o de Podologia, que podem confeccionar palmilhas que ajudam a corrigir a pisada. Figura 3 - Diferentes angulações do fêmur. Fonte: Intarapong, Shutterstock, 2019. 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 8/55 As partes anatômicas que constituem o fêmur estão listadas a seguir. Cabeça do fêmur (localizada na extremidade proximal, articula- se com o acetábulo para formar a articulação do quadril. Trata-se ainda, de uma saliência esférica, voltada medialmente). Na cabeça, encontra-se uma depressão denominada fóvea do fêmur, onde se insere o ligamento à cabeça do fêmur. Colo do fêmur (localizado imediatamente após a cabeça do fêmur, em sentido inferior). Trocânter maior (saliência óssea na região lateral, na extremidade proximal). Trocânter menor (saliência óssea na região lateromedial, também na extremidade proximal). Figura 4 - Joelho valgo e joelho varo. Fonte: Dimedrol68/GBALLGIGGSPHOTO, Shutterstock, 2019. • • • • 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4o… 9/55 Linha áspera (verificada na parte posterior, no colo do fêmur). Côndilo medial (saliência óssea medial, verificada na extremidade distal). Côndilo lateral (saliência óssea lateral, verificada na extremidade distal). Fossa intercondilar (cavidade que serve de fixação para ligamentos). Face patelar (superfície anterior lisa, localizada entre os côndilos). As fraturas mais frequentes do fêmur ocorrem na região do colo ou na diá�ise / no corpo do fêmur. Em idosos, a fratura de colo de fêmur tem maior incidência em pacientes com osteoporose e pode signi�icar um alto risco de morbidade, pois leva à imobilização prolongada do paciente. • • • • • Figura 5 - Acidentes anatômicos do fêmur. Fonte: RUIZ, 2017, p. 56. 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 10/55 Para pacientes idosos nessa situação, há alto risco de depressão, trombose e pneumonia devido à imobilidade. Nesse contexto, o trabalho do �isioterapeuta e enfermeiro é essencial para evitar a instalação de doenças secundárias à fratura. No joelho, na região de transição entre a coxa e a perna, está a patela. Esse osso é encontrado no interior do músculo quadrı́ceps femoral e apresenta importante papel na estabilização do joelho durante a �lexão. A patela é considerada um osso sesamoide por estar no meio de um tendão. A condromalácea patelar é uma doença que afeta a patela. Ela pode surgir como lesão consequência de impactos diretos exercidos sobre a face posterior da patela. Essa doença se desenvolve em três estágios, que você conhecerá a seguir. Clique e con�ira! Figura 6 - Radiogra�ia da pelve feminina. Fonte: Xray Computer, Shutterstock, 2019. 1° estágio Ocorre edema e amolecimento da cartilagem na região das superfı́cies articulares entre a parte posterior da patela e o sulco femoral. 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 11/55 O surgimento da doença tem relação com o alinhamento anormal da patela, que seria responsável por causar “desgaste” na cartilagem articular. Várias causas são mencionadas por ocasionar tal desvio, como joelho valgo, fraqueza muscular em quadrı́ceps, obesidade e predisposição genética. Os sinais e sintomas clássicos dessa patologia incluem dor na região anterior do joelho durante atividades que demandam movimentos articulares no joelho (correr, subir escadas, andar de bicicleta, agachamento, marcha) (PRENTICE; VOIGHT, 2003). 2° estágio Aparecimento de �issuras na cartilagem amolecida. 3° estágio Deformação da cartilagem, com fragmentação do tecido. 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 12/55 A cartilagem que cobre a patela é pouquı́ssima vascularizada, o que di�iculta respostas in�lamatórias e o processo de reparação tecidual bem-sucedido. Por isso, é importante que pacientes com essa doença, após �inalizar o tratamento medicamentoso e �isioterapêutico, continuem aderidos em programas de manutenção contı́nuos e ininterruptos de atividades fı́sicas. Na perna, encontramos dois ossos longos: a tı́bia e a fı́bula. A tı́bia é um osso volumoso, localizado medialmente. Seus principais acidentes ósseos encontram-se listados abaixo. Côndilo medial (situa-se na extremidade proximal,apresentando uma face articular superior para o fêmur). Côndilo lateral (situa-se na extremidade proximal, apresentando uma face articular superior para o fêmur). Eminência intercondilar (situa-se entre os côndilos tibiais e serve como ponto de inserção para o menisco e os ligamentos cruzados). Tuberosidade da tíbia (trata-se de uma saliência anterior, localizada na extremidade proximal). Maléolo medial (saliência óssea localizada medialmente, na proximidade distal). Incisura fibular (concavidade lateral, na extremidade distal). • • • • • • 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 13/55 A fı́bula é um osso delgado e se localiza lateralmente, estando ao lado da tı́bia. Na fı́bula, são observados os seguintes acidentes anatômicos: cabeça da fíbula (situada na extremidade proximal); maléolo lateral (saliência óssea lateral, verificada na extremidade distal). Agora que já conhecemos os ossos do cı́ngulo do membro inferior e da tı́bia vamos testar nossos conhecimentos na atividade abaixo? Outra maneira interessante de estudarmos os ossos do corpo humano é através das radiogra�ias. Veja se consegue identi�icar os ossos na imagem abaixo: Figura 7 - Ossos da perna. Fonte: Sebastian Kaulitzki, Shutterstock, 2019. • • 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 14/55 As fraturas de tı́bia ocorrem com maior frequência no 1/3 médio e no 1/3 distal e quase sempre são acompanhadas de fratura da fı́bula. A tı́bia é o osso que os jogadores de futebol costumam chamar de canela e que é protegida por um aparato denominado caneleira. Figura 8 - Radiogra�ia anteroposterior (A) e per�il (B) do joelho. Fonte: Tiramet, Shutterstock, 2019. VOCÊ QUER VER? Fraturas graves requerem intervenção cirúrgica. E� comum que esse tipo de cirurgia utilize placas ou pinos confeccionados em material especı�́ico para auxiliar na consolidação das fraturas. Também é necessário um tempo de imobilização para que o processo de cicatrização ocorra, além de reabilitação adequada para recuperar todas as habilidades fıśicas perdidas em decorrência da lesão. Assista a um vıd́eo de uma cirurgia na tıb́ia acessando o link: https://youtu.be/QBaYlC4UAp0 (https://youtu.be/QBaYlC4UAp0). https://youtu.be/QBaYlC4UAp0 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 15/55 A recuperação de paciente que passam por cirurgia para tratar uma fratura de tı́bia e fı́bula varia muito de acordo com o grau de gravidade da fratura, a idade do paciente e as condições de saúde anteriores à fratura. 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 16/55 VAMOS PRATICAR? Os hominıd́eos são os ancestrais do Homo sapiens. Eles se diferenciav macacos por apresentar o bipedalismo e não utilizarem os membros sup para a locomoção. Os primeiros hominıd́eos surgiram há mais de quatro de anos e especula-se que a liberação dos membros superiores teria pe que o animal pudesse carregar maior quantidade de alimento. Ent assumir a postura bıṕede trouxe a necessidade de adaptação aos m inferiores para que pudessem carregar sozinhos o peso do organismo e a locomover com agilidade. Na postura ereta, o peso do corpo é transfe coluna vertebral para o osso do quadril e do quadril para o fêmur. A melhorar a postura do corpo, o fêmur apresenta uma posição inclinada, ali o centro de gravidade do corpo entre os pés e a segunda vértebra sa fêmur, todo o peso é transferido para a tıb́ia e da tıb́ia para o pé. Para s toda essa carga, os acidentes ósseos do membro inferior são robustos e fac palpáveis. Nesta atividade, você exercitará sua capacidade de compreender o que f aplicará o que foi aprendido na sua prática pro�issional. Para auxiliá-lo, vo consultar o material de apoio a seguir: MOORE, K. L. Anatomia orientada para a clínica. 8. ed. Rio de Guanabara Koogan, 2019. p. 652 a 661. UNESP. Aparecimento da linhagem humana e origem do bipedalism 2009. Disponıv́el http://www2.assis.unesp.br/darwinnobrasil/humanev2.htm (http://www2.assis.unesp.br/darwinnobrasil/humanev2.htm). Situação-problema: Vamos palpar os ossos do membro inferior. Encontre na sua casa um loca no qual você possa se movimentar em segurança, sem esbarrar em Começaremos palpando o osso do quadril. Fique em pé e plante bem os chão para se equilibrar. Coloque as mãos na cintura e vá descendo até en uma crista óssea saliente. Deslize a ponta dos dedos sobre ela em direção a Essa é a crista ilıáca. Em indivıd́uos magros, é possıv́el acompanhá-la com anteriormente até chegar a uma protuberância: é a espinha ilıáca anteross Muito bem! Agora, coloque a mão no umbigo e vá descendo em direção púbica. Perceba que, durante o trajeto da sua mão no abdômen, o subjacente é mole, porém se percebe facilmente a presença do osso p altura do monte do púbis ou da raiz do pênis. Agora, traga duas cadeiras. C se entre elas. Use o encosto de uma das cadeiras para apoiar a mão e se para não perder o equilıb́rio. Fique em pé em frente à outra cadeira e �le perna e apoie a planta do pé sobre o assento do móvel. Coloque a palma direita na nádega direita próxima à região em que o glúteo se une com Perceba uma protuberância óssea: trata-se do túber isquiático. Agora, desç até a região do joelho, palpe a patela em posição bem central, escorregue da patela para as laterais e perceba os côndilos do fêmur. Volte as mãos patela e continue escorregando a mão até atingir mais uma protuber http://www2.assis.unesp.br/darwinnobrasil/humanev2.htm 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 17/55 E� interessante perceber que a transferência do peso do corpo obedece a seguinte sequência: da coluna vertebral para o quadril, do quadril para o fêmur e do fêmur para a tı́bia. Como a fı́bula não se articula com o fêmur, ela não participa dessa função de sustentação. Da tı́bia, o peso é transferido para o retropé e dali para o antepé. Mas o que seria o retropé e o antepé? Vamos descobrir? Continue acompanhando o texto! 4.1.3 Parte livre do membro inferior: pé O pé é constituı́do por ossos que são divididos em três partes: tarso, metatarso e falanges. Tarso – é formado por sete ossos: calcâneo (posterior e inferior); tálus (posterior e superior); navicular (anterior ao tálus); cuboide (anterior ao calcâneo); cuneiforme medial, cuneiforme intermédio e cuneiforme lateral. Metatarso – essa região é composta por cinco ossos, classificados da medial para lateral. Dedos – são compostos por falanges. Cada dedo apresenta uma falange proximal, intermédia e distal, exceto o hálux, ou I dedo, que possui apenas falanges proximal e distal. tuberosidade da tıb́ia. Deslize a mão que está sobre a tuberosidade da tıb́i lateral e encontre a cabeça da fıb́ula. Escorregue as mãos até o torn encontre ali duas saliências, uma medial, o maléolo da tıb́ia e outra la maléolo da fıb́ula. Os ossos do membro inferior são mais robustos ou mais que os ossos do membro superior? A patela mudará de posição se você re movimentos de �lexão e extensão do joelho? E no tornozelo, qual osso pare robusto, a tıb́ia ou a fıb́ula? • • • 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 18/55 Outra divisão útil que se pode usar para dividir os ossos do pé será apresentada a seguir Clique nas abas e con�ira! Figura 9 - Ossos do pé. Fonte: RUIZ,2017, p. 59. Antepé Formado pelas falanges. Mediopé Formado pelos ossos metatarsais e tarsais, sendo os ossos cuneiformes, cuboide e navicular. Retropé Formado pelos ossos tálus e calcâneo. 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 19/55 Os pés são regiões de estrutura complexa, pois são responsáveis por distribuir todo o peso do corpo, manter o equilı́brio enquanto caminhamos e ainda absorver possı́veis choques. De todos os ossos do pé, apenas o tálus se articula com a tı́bia. O tálus se apoia em um segundo osso, chamado de calcâneo, o maior osso do pé, o qual descarrega parte do peso do corpo no solo ou o transfere para o antepé quando estamos andando ou correndo. Além dos ossos citados acima, temos ainda os ossos sesamoides medial e lateral, os quais articulam-se com a cabeça do I metatarsal e funcionam como uma polia para os tendões que se dirigem ao hálux. Impactos diretos e indiretos no pé podem resultar em fraturas. As fraturas por impacto mais frequentes são as dos dedos e metatarsais. Há ainda a fratura por estresse dos sesamoides, na qual ocorre lesão das trabéculas ósseas no interior do osso, em geral ocorre mais em indivı́duos com a pisada pronada (descarrega mais peso na região medial do pé). As lesões observadas no tecido ósseo necessitam de intervenção adequada, assim como todas as outras lesões observadas em outros tecidos. Nesse sentido, é importante destacar que lesões não tratadas podem gerar sequelas permanentes na função do indivı́duo, gerando compensações e instalações de lesões secundárias. Figura 10 - Radiogra�ia anteroposterior do pé. Fonte: MossStudio, Shutterstock, 2019. 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 20/55 Agora que já conhecemos todos os ossos do membro inferior, vamos testar nossos conhecimentos na atividade abaixo? Agora que estamos craques nos ossos, vamos compreender melhor quais são os movimentos realizados pelas articulações do membro inferior? CASO Em 2018, às vésperas da Copa da Rússia, o jogador de futebol Neymar sofreu uma fratura no quinto metatarsal. O V metatarsal articula-se com o osso cuboide e com a falange proximal do V dedo. Ele é um pouco diferente dos demais metatarsais, pois apresenta uma saliência, a tuberosidade do V metatarsal, que �ica for da região de contato com o cuboide e na qual se inserem dois músculos: o músculo �ibular curto e o músculo abdutor do dedo mıńimo. O músculo �ibular curto é agonista da eversão do pé e o músculo abdutor do dedo mıńimo é sinergista do movimento. Na eversão, viramos a planta do pé em direção ao plano lateral, “para fora”. Utilizamos a eversão do pé, também para ajudar a impulsão do corpo durante uma arrancada na corrida. A fratura do V metatarsal é relativamente frequente em jogadores de futebol que, para mudar a direção na qual estão correndo atrás da bola, estancam abruptamente. Nesses casos, a contração dos músculos �ibular curto e abdutor do dedo mıńimo puxa a tuberosidade do V metatarsal, fazendo uma fratura por avulsão. De acordo com a gravidade do caso, o tratamento pode até ser cirúrgico. 4.2 Fisiologia articular da articulação sacro-ilíaca, do quadril, do joelho, do tornozelo e do pé Os movimentos desempenhados pelo membro inferior são possı́veis graças à sincronia dos seguintes complexos articulares: quadril; joelho; tornozelo; pé. Tais articulações possuem caracterı́sticas especı́�icas que garantem a execução de movimentos em diferentes condições de posicionamento, por exemplo: correr, agachar, subir e descer escadas, pular, deitar, sentar etc. (SACCO; TANAKA, 2008). Nestse sentido, nota-se que algumas articulações realizam movimentos de grande amplitude, outras realizam movimentos restritos e, outras ainda, não realizam nenhum tipo de movimento. Saiba que as articulações são classi�icadas de acordo com o tecido veri�icado entre os ossos e o formato das superfı́cies que se articulam. A seguir, serão apresentadas as articulações móveis, veri�icadas no membro inferior. Acompanhe! 4.2.1 Articulações do membro inferior: articulação do quadril e articulação sacro-ilíaca 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 21/55 A articulação sacro-ilíaca é formada pela união dos ossos sacro e ilı́aco. Trata-se de uma articulação estável, com tecido �ibroso, que possui mobilidade restrita. Nessa região, também são veri�icados importantes ligamentos, que auxiliam a garantia da estabilidade mencionada. Clique nas setas e aprenda mais sobre o tema. A cápsula articular da articulação do quadril é espessa, mas larga. E� reforçada pelos ligamentos ileofemoral e pubofemoral em sua região anterior. Na região posterior, a cápsula é reforçada pelo ligamento isquiofemoral. A articulação sacro-ilı́aca realiza o movimento de inclinação anterior, denominada nutação, e uma inclinação posterior, chamada de contranutação. Devido à constituição anatômica, caracterizada por robustas inserções ligamentares, essa articulação realiza menos de dois graus de movimento, no plano transverso. Portanto, trata-se de uma articulação do tipo uniaxial (RUIZ, 2017). Já a articulação do quadril, é formada apenas pela articulação entre a cabeça do fêmur e o acetábulo do osso do quadril. Caracteriza a articulação proximal do membro inferior, responsável por estabelecer união entre o tronco e os membros inferiores. Também se trata de uma articulação com grande estabilidade e pouca mobilidade. Comumente, durante as atividades de vida diária, o movimento do quadril é associado a movimentos da pelve e coluna lombar. O quadril é uma articulação do tipo esferoide, que possui três eixos e três graus de movimento. Os movimentos realizados são a abdução e adução, a �lexão e a extensão e a rotação. Está localizada sob grandes massas musculares, o que di�iculta a palpação em toda sua extensão (KAPANDJI, 2009). No interior do acetábulo, há uma face articular com formato de meia-lua, denominada face semilunar. Ao redor do acetábulo, encontramos um lábio articular, ou seja, uma camada de tecido �ibrocartilaginoso que aumenta em 10% a região articular do acetábulo, garantindo a estabilidade quando descarregamos peso nessa articulação. A cartilagem que cobre a cabeça do fêmur é bastante espessa, especialmente na região onde ocorre maior sustentação de peso. Unindo a cabeça do fêmur e o acetábulo, encontramos ainda o ligamento da cabeça do fêmur, que contém uma artéria em seu interior. 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 22/55 A presença dos ligamentos na cápsula articular limita o movimento de �lexão a 90° e o de extensão a 20°. A abdução e a adução ocorrem a 90°, a rotação lateral a 60° e a rotação medial a 30°. Dessa maneira, �ica claro que a esfera da cabeça do fêmur dentro do acetábulo permite grande liberdade de movimento, entretanto os ligamentos limitam esses movimentos, fornecendo a estabilidade necessária para o suporte de peso na posição bı́pede. 4.2.2 Articulações do membro inferior: articulação do joelho, tornozelo e pé O joelho, por sua vez, compreende duas articulações elipsoides dispostas lado a lado: a tı́biofemoral e a patelofemoral. Lembre-se de que a cabeça da fı́bula não faz parte dessa articulação. A articulação do joelho garante execução de grande parte das atividades diárias, entretanto, está exposto a signi�icante estresse mecânico decorrente da posição bı́pede. Por isso, é uma das articulações com maior ı́ndice de lesões durante práticas esportivas(KAPANDJI, 2009). E� dotada de grande amplitude de movimento, que permite a realização dos diversos movimentos realizados em nosso cotidiano, como pedalar, andar, correr, agachar, subir, descer. A articulação tı́biofemoral é do tipo condilar e permite os movimentos de �lexão e extensão e adução e abdução, sendo classi�icada como biaxial. A articulação patelofemoral permite apenas o movimento de deslizamento e, por isso, é classi�icada como não axial. A cápsula articular do joelho é delgada, sendo composta anteriormente pelo tendão do músculo quadrı́ceps femoral. A membrana sinovial da capsula forma uma prega no seu interior, chamada de prega sinovial infrapatelar. No interior da cápsula, encontramos ainda um acúmulo de gordura, os corpos adiposos supra e infrapatelar. Devido à passagem de ligamentos e tendões na região, há a proteção realizada pelas bolsas sinoviais pré-patelar e infrapatelar. Figura 11 - Articulação do quadril. Na vista anterior, observa-se o ligamento ileofemoral (une o fêmur ao ı́lio) e o ligamento pubofemoral (une o fêmur ao púbis). Na vista posterior, observa-se o ligamento ı́squiofemoral (une o fêmur ao ı́squio). Com a cápsula aberta, observa-se o ligamento da cabeça do fêmur (une a cabeça do fêmur ao acetábulo). Fonte: Medical Art Inc, Shutterstock, 2019. 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 23/55 Os ligamentos que reforçam a cápsula articular externamente estão elencados abaixo. Clique nos itens e con�ira! Da patela Localiza-se na região anterior da cápsula e corresponde à parte distal do tendão do músculo quadrıćeps femoral e estende-se até a tuberosidade da tıb́ia. Colateral fibular Figura 12 - Corte sagital do joelho. Fonte: Alila Medical Media, Shutterstock, 2019. • • 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 24/55 Localiza-se na região lateral da cápsula e estende- se do epicôndilo lateral do fêmur até a cabeça da fıb́ula, e é mais espesso. Colateral tibial Localiza-se na região medial da cápsula e estende-se do epicôndilo medial do fêmur até a face medial do côndilo medial da tıb́ia, e é mais delgado e frágil. Poplíteo oblíquo Localiza-se na região posterior da cápsula e corresponde a uma continuação do tendão do músculo semimembranáceo. Poplíteo arqueado Localiza-se na região posterior da cápsula e estende-se da cabeça da fıb́ula, forma um arco ao redor do ligamento oblıq́uo. Os ligamentos que se encontram internamente à cápsula articular são: cruzado anterior: estende-se da tíbia até a face medial do fêmur, é mais frágil e sua função é limitar o deslizamento ou rolagem do fêmur sobre a tíbia; cruzado posterior: estende-se da tíbia até a face lateral do fêmur, é mais espesso e forte, e sua função é limitar o deslizamento ou rolagem do fêmur sobre a tíbia. • • • • • 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 25/55 As lesões no ligamento cruzado anterior (ruptura de LCA) são comuns em esportes que envolvem giros, cortadas e mudanças bruscas de direção associadas com perı́odos de aceleração e desaceleração, como basquete, handebol e futebol. Nesse sentido, aproximadamente 70% das lesões de LCA não são por contato. Clique nos itens para aprender mais sobre o tema. Além disso, o mecanismo de lesão observado com maior incidência relaciona-se à rotação do fêmur sobre a perna �ixada no chão, com o joelho em extensão. O LCA é impulsionado anteriormente com força de cisalhamento. Para que ocorra ruptura, deve haver excesso de translação ou rotação anterior do fêmur em relação à tıb́ia (PRENTICE; VOIGHT, 2003). No que se refere à incidência dessa lesão, observa-se que mulheres são mais susceptıv́eis. As hipóteses para tal dado são relacionadas às Figura 13 - Ligamentos da articulação do joelho. Fonte: Designua/Medical Art Inc, Shutterstock, 2019. • • 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 26/55 caracterıśticas anatômicas, neuromusculares e hormonais especı�́icas do gênero feminino. No que se refere às estratégias de prevenção, para lesões no LCA, a e�icácia de diversas técnicas tem sido apresentada na literatura. A esse respeito, o fortalecimento dos músculos do joelho demonstra resultados preventivos satisfatórios, por proteger a articulação e minimizar o impacto sobre ela. Uma ruptura de LCA não reparada cirurgicamente provoca diminuição da amplitude de movimento articular durante a caminhada, por exemplo. Além disso, os indivıd́uos relatam frequentemente sensação de falseio, com instabilidade articular durante atividades básicas do dia a dia. Essa situação pode alterar a localização do centro de rotação do joelho, provocando mudança na área de contato tibiofemoral. O resultado disso, em longo prazo, pode ser a osteoartrite (PRENTICE; VOIGHT, 2003). O reparo cirúrgico do LCA caracteriza a reconstrução do ligamento por meio de enxerto do terço médio do tendão patelar, semitendıńeo ou grácil na região lesionada. As sequelas funcionais observadas nesse tipo de lesão, independentemente do tratamento realizado (conservador ou cirúrgico), envolvem fraqueza e • • • 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 27/55 perda de massa muscular em extensores de joelho, redução da amplitude de movimento e comprometimento do controle neuromuscular. Para tanto, é imprescindıv́el tratamento �isioterapêutico que seja pautado em condutas que resolvam os problemas mencionados. A não realização adequada de tratamento implica compensações e ocorrência de lesões secundárias. Alguns ligamentos também cruzam o joelho, por um lado garantindo estabilidade, mas, por outro, limitando a sua mobilidade. Os movimentos permitidos no joelho são �lexão, extensão e rotação da tıb́ia, sempre que o joelho estiver em leve �lexão sem sustentação de peso. Con�ira, no vı́deo a seguir, um caso clı́nico que expõe complicações funcionais do pós-operatório de prótese de joelho e a importância da reabilitação para a qualidade de vida do paciente. A palavra menisco vem do grego, meniskos, e signi�ica formato de meia-lua. De fato, os meniscos são estruturas de �ibrocartilagem, com tal formato. Os meniscos medial e lateral aumentam a congruência entre as superfı́cies de encaixe e auxiliam a absorção de impactos transmitidas por meio da articulação. Cada menisco está preso ao joelho pelas suas extremidades e estão livres na sua maior extensão. Os meniscos são largos na sua margem externa e a�inam à medida que se aproximam da região interna. O menisco medial tem um formato de C mais pronunciado e menor mobilidade. O menisco lateral é mais circular e tem maior mobilidade. A maior parte das lesões de menisco ocorre no menisco medial. • • 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 28/55 O tornozelo caracteriza a articulação distal do membro inferior, sendo constituı́do pela união da tı́bia e dos tálus, é a articulação talocrural. Transmite o peso do corpo ao pé, por isso é indispensável na marcha. Trata-se de uma articulação do tipo gı́nglimo, ou seja, só possui um grau de movimento, �lexão e extensão, e por isso é do tipo monoaxial (KAPANDJI, 2009). Para aumentar a estabilidade da articulação do tornozelo no momento em que o peso do corpo é descarregado sobre ela, os maléolos medial e lateral mantémo tálus �irmemente em contato com a tı́bia. Essa função é especialmente importante quando estamos em um plano inclinado para baixo, em descidas. Para evitar o afastamento da tı́bia e da fı́bula, temos ainda a membrana interóssea da perna, a qual mantém a diá�ise desses ossos �irmemente unidas. Além dos maléolos, ligamentos garantem a estabilidade desta articulação. E� o caso do ligamento colateral lateral, formado pelos ligamentos talo�ibular anterior; talo�ibular posterior e calcaneo�ibular, todos com �ixação no maléolo lateral. Na região medial, com �ixação no maléolo medial, encontramos o ligamento colateral medial, também chamado de ligamento deltoideo, formado pelas partes tibiotalar; tibiocalcânea e parte tibionavicular. VOCÊ SABIA? Os meniscos são estruturas formadas por tecido �ibrocartilaginoso, localizados no joelho com o objetivo de reduzir o estresse compressivo, estabilizar e lubri�icar a articulação. Além disso, os meniscos possuem vascularização pobre, sendo média na região periférica, pouca no terço média e inexistente na porção central. Por essa razão, lesões nesse tecido apresentam baixo ou nenhum poder de cicatrização. 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 29/55 O movimento de �lexão realizado pelo pé pode ser chamado de dorsi�lexão, alcança um ângulo de 30° no máximo, e o de extensão é chamado de �lexão plantar. Figura 14 - Ligamentos da articulação do joelho. Fonte: medicalstocks/Medical Art Inc, Shutterstock, 2019. VOCÊ SABIA? No corpo humano, existem duas regiões que recebem o nome de deltoide. Entretanto, diferem quanto à localização anatômica e funcional. Desse modo, o deltoide localizado no membro superior, especi�icamente na articulação do ombro, é um músculo que possui três partes. Suas �ibras possuem origem em regiões da clavıćula e escápula, e inserção no úmero. Por sua vez, o deltoide localizado no membro inferior, mais especi�icamente no tornozelo, refere-se a um conjunto de ligamentos localizados na região lateral do pé. 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 30/55 A incidência das entorses possui elevada relação com a prática esportiva e a dança e afetam os ligamentos do tornozelo. As entorses no tornozelo são classi�icadas de acordo com seu mecanismo de lesão em inversão (caracterizada por ruptura de ligamentos laterais) ou eversão (caracterizada por ruptura dos ligamentos mediais). Observa-se maior incidência (95%) de lesão durante a inversão, já que os ligamentos mediais possuem caracterı́sticas anatômicas que conferem maior proteção e resistência sobre impactos diretos e indiretos. Para se ter ideia, os ligamentos mediais (deltoide) são tão fortes, que é mais fácil ocorrer uma fratura distal da fı́bula em resposta ao impacto do que a ruptura desses ligamentos (PRENTICE; VOIGHT, 2003). Os ligamentos laterais mais comumente lesionados são os talo�ibular anterior e posterior e o calcâneo �ibular. Além disso, observa-se elevada taxa de recidivas para esse tipo de lesão, que podem resultar em instabilidade funcional do tornozelo, sendo responsáveis ainda por movimentos anormais, que podem repercutir na biomecânica de articulações circunvizinhas, como o joelho (HANKIN, 2015). Por �im, quando não tratadas de maneira adequada, aumentam a ocorrência de lesões secundárias, causadas por movimentos compensatórios. 25/06/2022 00:45 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 31/55 VAMOS PRATICAR? Pelo menos uma vez na vida você já deve ter torcido o tornozelo. T tornozelo é muito comum, pois a região faz a ligação entre o corpo, em longitudinal, e o pé, em posição horizontal. Repare que há quase um âng entre o tornozelo e a perna. Perceba que essa angulação traz muita insta para a região, fazendo com que muitos ligamentos sejam necessários para a estabilidade, além da presença dos maléolos medial e lateral, funcionand dois fortes pilares que mantêm a tıb́ia em contato com o tálus. Nesta atividade, você exercitará sua capacidade de compreender o que f aplicará o que foi aprendido na sua prática pro�issional. Para auxiliá-lo, vo consultar o material de apoio a seguir: MOORE, K. L. Anatomia orientada para a clínica. 8. ed. Rio de Guanabara Koogan, 2019. p. 785 a 787. MOTUS HOMINIS. Movimentos do tornozelo em 3D. Di em: https://youtu.be/ryIbbop2OyM (https://youtu.be/ryIbbop2OyM). Situação-problema: Em sua casa, encontre um local com espaço em que você possa praticar movimentos em segurança, sem esbarrar em móveis e objetos. Fique d Coloque uma cadeira à sua frente. Fique atrás do encosto do móvel, apoie mãos sobre o encosto e �irme as plantas dos pés no chão. Isso garan equilıb́rio. Executaremos os movimentos que atuam na articulação do to Começaremos com o movimento de dorsi�lexão. Para isso, aproxime o dors da parte anterior da perna. Volte suavemente. Repita esse proce lentamente mais três vezes, observando os pés se movimentarem. Volte à inicial. Agora, faremos a �lexão plantar. Mantenha as mãos apoiadas no en cadeira. Fique na pontinha dos pés. Volte suavemente. Repita o movimento mantenha-se na ponta dos pés, em �lexão plantar, por alguns segundos at a sensação de queimação na sua panturrilha. Volte à posição inicial e re pouco. Agora, sente-se na cadeira e apoie as mãos no assento. Faremos a i Movimente as plantas dos pés em direção ao plano mediano, até que ela se encostem. Repita lentamente o movimento mais três vezes. Volte à inicial. Agora, faremos o movimento de eversão. Volte as plantas dos pés plano lateral, para fora. Repita lentamente o movimento mais três ve executar cada um desses movimentos, observe: qual segmento do corpo se qual �ica parado? Em qual plano de secção ocorre cada movimento re Qual é o eixo do corpo humano em que cada movimento foi realizado músculos são agonistas de cada um desses movimentos? Na inversão, os jo afastam ou se aproximam? O hálux ajuda na inversão, como? Na eve joelhos se afastam ou se aproximam? O dedo mıńimo ajuda na eversão, com https://youtu.be/ryIbbop2OyM 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 32/55 O pé é a unidade funcional do membro inferior, localizada distalmente. E� responsável pela recepção e distribuição das cargas, formada por um conjunto complexo de articulações especializadas. Os movimentos do pé incluem inversão e eversão, abdução, adução, �lexão e extensão dos dedos do pé. Na eversão, a planta do pé se volta para lateral, e na inversão a planta se volta para medial. Quando na posição neutra (planta do pé apoiada no solo) o pé se mantém levemente em eversão, dizemos que o pé é valgo e a pisada pronada. Quando a planta do pé na posição neutra se mantém levemente em inversão, dizemos que o pé é varo e a pisada supinada. A união entre os ossos do tarso e metatarso são garantidas, graças às seguintes articulações: subcalcânea (talocalcânea), transversa do tarso (articulações calcaneocuboideas e talonavicular), além das articulações metatarso falângicas e interfalângicas. As articulações do pé garantem, juntas, orientação do pé em qualquer posicionamento da perna e do terreno de apoio. Além disso, o arco plantar é ajustado sempre que necessário, a �im de garantir equilı́brio e sustentação corporal (KAPANDJI, 2009). A planta do pé não �ica completamente apoiada no solo na posição neutra. Ela forma três arcos: longitudinal medial e lateral e transverso, cujas funções estão relacionadas com a absorção de impacto, distribuiçãodo peso e funcionar como um trampolim durante a marcha e o salto. A tı́bia transmite o peso para o tálus e este distribui o peso para o calcâneo e para a bola do pé (I e II metatarsal). O arco longitudinal medial do pé é o mais alto e �ica bastante afastado do solo. E� formado pelos ossos calcâneo, tálus, navicular, cuneiformes, I, II e III metatarsal e pelos músculos tibial anterior e �ibular longo. A parte lateral do arco apoia-se no solo quando assumimos a posição ereta e é formado pelo calcâneo, cuboide e IV e V metatarsais. O arco transverso funciona como um amparo para o pé e é formado pelos ossos cuboide, cuneiformes e pela base de todos os metatarsais. Figura 15 - Tipos de pisada. Fonte: Sakurra, Shutterstock, 2019. 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 33/55 Quando os arcos não estão adequadamente formados, há prejuı́zo para a função do pé, dores e deformidades. Em especial, os pontos de apoio do pé no solo e por onde o peso do corpo é descarregado se alteram. A diminuição dos arcos recebe o nome de pé plano, e o aumento do arco longitudinal recebe o nome de pé cavo. Fonte: Aksanaku, Shutterstock, 2019. 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 34/55 Tanto o pé plano quanto o pé cavo podem levar à frouxidão ligamentar e ao encurtamento muscular. Muitas vezes, não é possı́vel corrigir o problema. No nascimento, é normal que o pé tenha aspecto plano, pois há grande quantidade de gordura na planta do pé até os três anos de idade. Em indivı́duos obesos, também pode- se constatar o pé plano, porém, se o indivı́duo emagrece, o arco longitudinal volta a aparecer. Fonte: A7880S, Shutterstock, 2019. 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 35/55 Até aqui, tivemos a oportunidade de conhecer e compreender caracterı́sticas especı́�icas das articulações dos membros inferiores, responsáveis por proporcionar os movimentos realizados para execução de tarefas rotineiras, como caminhar, correr, pedalar, sentar, subir e descer escadas. VOCÊ QUER VER? Há exames que avaliam as caracterıśticas dos arcos do pé e como descarregamos o peso no solo. E� a baropodometria. Esse exame diagnostica alterações da biomecânica durante o repouso e durante a marcha. A partir dos resultados, é possıv́el se confeccionar palmilhas, prescrever exercıćios e corrigir a postura dos atletas e pacientes. Veja uma barometria sendo realizada no link: https://youtu.be/e7n- Ysq8csw (https://youtu.be/e7n-Ysq8csw) . https://youtu.be/e7n-Ysq8csw 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 36/55 Além disso, o todos os conceitos e todas as informações apresentados demonstram a importância de conhecer as articulações para a prática pro�issional adequada. Estamos prontos para partir para o estudo dos músculos que movimentam essas articulações. Continue acompanhando! VOCÊ O CONHECE? A pro�issional de Educação Fıśica Cristiane Pereira de Souza Francisco recebeu o prêmio Educadora Nota 10 pela Fundação Victor Civita em 2017. Cristiane é professora no Ensino Fundamental de uma escola pública no interior do estado de São Paulo. Ela utilizou bolinhas de gude para treinar movimentos �inos de membro superior e o desenvolvimento do equilıb́rio e suporte que o membro inferior fornece para a realização dos movimentos �inos com a mão, preparando melhor as crianças para o processo de aprendizagem da escrita. As crianças tiveram que pesquisar com os pais e avós em casa as regras do jogo, entre outras atividades, fazendo com que a brincadeira ultrapassasse seu valor como atividade fıśica e abrangesse um aspecto sociocultural importante. Quer conhecer mais sobre esta mulher maravilhosa? Acesse https://fvc.org.br/especiais/educador-nota-10-vencedores/#cristiane-pereira-de- souza-francisco (tps://fvc.org.br/especiais/educador-nota-10-vencedores/#cristiane- pereira-de-souza-francisco). 4.3 Músculos do membro inferior que agem na articulação do quadril e do joelho Anatomicamente, os músculos do membro inferior são divididos em músculos do quadril, músculos da região glútea, músculos da coxa, músculos da perna e músculos do pé. Em consonância com as funções desempenhadas pelo membro inferior, os músculos dessa região são responsáveis por garantir o equilı́brio durante a locomoção, manter a postura adequada, bem como permitir a realização do movimento. Além disso, nota-se que os músculos dos membros inferiores possuem in�luência em diversos movimentos. Por exemplo, o quadrı́ceps atua tanto na �lexão do quadril quanto na extensão do joelho. A seguir, serão apresentados os músculos localizados em membro inferior e algumas de suas caracterı́sticas principais, como �ixação proximal, �ixação distal, função e inervação. Observe! 4.3.1 Músculos que agem na articulação do quadril tps://fvc.org.br/especiais/educador-nota-10-vencedores/#cristiane-pereira-de-souza-francisco 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 37/55 Os músculos que agem na articulação do quadril situam-se na região glútea, na coxa ou no abdômen. Na região glútea, encontramos, em camadas de super�icial para profundo, os músculos glúteos máximo, médio e mı́nimo. Profundamente ao músculo glúteo mı́nimo, encontramos músculos de menor volume, como o piriforme, gêmeo superior, gêmeo inferior, obturador interno e quadrado femoral. O músculo quadrı́ceps femoral é o principal extensor da coxa, enquanto os músculos glúteo médio e mı́nimo fazem a abdução e a rotação medial. Já os músculos menores e mais profundos (piriforme, gêmeo superior, gêmeo inferior, obturador interno e quadrado femoral), fazem a rotação lateral da coxa. A coxa é um segmento corporal bastante volumoso e, por isso, encontramos uma grande fáscia muscular, a fáscia lata, formada por tecido conjuntivo �ibroso denso, que faz a contenção dos ventres musculares na região. Grande parte das �ibras do músculo glúteo máximo se insere na fáscia lata em uma região ainda mais densa da fáscia lata, chamada de trato ı́liotibial. Há um pequeno músculo que a tensiona quando há �lexão ou extensão do joelho: é o músculo tensor da fáscia lata. Figura 16 - Músculos da região glútea: camada super�icial e profunda. Fonte: Sebastian Kaulitzki, Shutterstock, 2019. 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 38/55 Con�ira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos da região glútea: Figura 17 - Trato iliotibial e músculos. Fonte: stihii, Shutterstock, 2019. 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 39/55 O movimento de extensão da articulação do quadril é pequeno se realizado com o joelho estendido, porém pode ser bastante amplo se o joelho for �lexionado, podendo até a coxa ser encostada no abdômen. O principal �lexor da coxa é o músculo iliopsoas. Participam como sinergistas da �lexão os músculos reto femoral, sartório e pectı́neo. A adução é feita pelos músculos adutor magno, longo, curto. Participam como sinergistas da adução os músculos pectı́neo e grácil. Con�ira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos �lexores e adutores da coxa: Quadro 1 - Músculos da região glútea. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. Figura18 - Músculos da região anterior e medial da coxa. Fonte: Sebastian Kaulitzki, Shutterstock, 2019. 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 40/55 Passaremos agora ao estudo dos músculos que agem no joelho. Acompanhe! 4.3.2 Músculos que agem na articulação do joelho O joelho realiza os movimentos de �lexão e extensão e um pequeno grau de rotação quando está em �lexão. Os músculos responsáveis pela �lexão do joelho são os músculos da região posterior da coxa, também chamados de isquiotibiais e de músculos do jarrete. Correspondem aos músculos semitendı́neo, semimembranáceo e bı́ceps femoral. Esses músculos também podem participar como sinergistas da extensão da coxa. Quadro 2 - Músculos �lexores e adutores da coxa. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 41/55 Con�ira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos �lexores do joelho: Figura 19 - Músculos da região posterior da coxa. Fonte: Sebastian Kaulitzki, Shutterstock, 2019. 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 42/55 Os músculos do jarrete em conjunto tem origem no túber isquiático e estão frequentemente relacionados com a fratura por avulsão (arrancamento) do túber, em especial quando grande �lexão da coxa é requisitada. O músculo semitendı́neo insere-se no côndilo medial da tı́bia com os músculos grácil e sartório. Juntos, os tendões desses três músculos formam uma estrutura semelhante a uma pata de ganso, e a região pode acometida por tendinite que atinge, principalmente, corredores. Os músculos responsáveis pela extensão do joelho são os da região anterior da coxa, sendo o músculo quadrı́ceps femoral o agonista. Correspondem aos músculos reto femoral, vasto lateral, vasto medial e vasto intermédio. O tendão distal de todos os músculos que formam o quadrı́ceps femoral passa pela patela e se insere na tuberosidade da tı́bia. Quadro 3 - Músculos �lexores do joelho. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. Figura 20 - Tendões musculares que formam a pata de ganso. Fonte: Aksanaku/David Talukdar, Shutterstock, 2019. 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 43/55 Con�ira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos extensores do joelho: Agora que já vimos todos os músculos da região glútea e da coxa, vamos veri�icar se você pode identi�icá-los na superfı́cie do corpo? Os músculos da coxa formam grandes volumes e são utilizados intensamente na marcha, tanto na fase de apoio, quando a planta do pé está apoiada no solo, mas principalmente na fase de balanço, quando a planta se desprende do solo. VOCÊ QUER LER? A potência do músculo quadrıćeps femoral é uma das principais variáveis para a efetividade do chute no futebol. Também são elementos importantes a relação entre a velocidade da bola com a velocidade do pé, o ângulo relativo do joelho e o comprimento do último passo durante o chute. Pesquisadores realizaram uma análise cinemática do membro inferior no chute em futsal e observaram que o comprimento do último passo, ou seja, o ângulo para a extensão do joelho foi, entre as variáveis estudadas, a mais importante. Leia mais sobre isso em: http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v29n3/1981-4690-rbefe-29-03-00371.pdf (http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v29n3/1981-4690-rbefe-29-03-00371.pdf ). Quadro 4 - Músculos extensores do joelho. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v29n3/1981-4690-rbefe-29-03-00371.pdf 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 44/55 4.4 Músculos do membro inferior que agem na articulação do tornozelo e pé A localização anatômica dos ossos e articulações dos membros inferiores, associada às funções de sustentação do peso corporal e de locomoção, torna esse segmento suscetı́vel à incidência de lesões, principalmente em esportes de contato. Os mecanismos de lesão podem ser por contato direto ou indireto, ocasionando alongamento ou ruptura de tecidos moles em um dos lados da articulação quando uma pressão intensa é aplicada do lado contrário. Descubra mais sobre as patologias dos membros inferiores nas próximas páginas! 4.4.1 Músculos que agem na articulação do tornozelo Os movimentos de dorsi�lexão e �lexão plantar são os principais movimentos da articulação do tornozelo. A dorsi�lexão é realizada pelos músculos tibial anterior, extensor longos dos dedos, extensor longo do hálux e �ibular terceiro. Todos estes músculos, exceto o �ibular terceiro, situam-se na região anterior da perna. O limite da dorsi�lexão é a capacidade de distensibilidade e alongamento do músculo trı́ceps sural, situado na região posterior da perna. A �lexão plantar é realizada pelos músculos da região posterior da perna, sendo o músculo trı́ceps sural agonista deste movimento e o m. plantar o sinergista. 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 45/55 Con�ira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos �lexores e extensores do tornozelo: Figura 21 - Músculos �lexores e extensores do tornozelo. Fonte: Sebastian Kaulitzki, Shutterstock, 2019. 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 46/55 O tendão de inserção do músculo trı́ceps sural recebe o nome de tendão calcâneo e liga os dois gastrocnêmios, o sóleo e o plantar à tuberosidade calcânea, localizada no osso calcâneo. O tendão calcâneo é chamado popularmente de tendão de Aquiles. E� bastante espesso e apresenta cerca de 15 cm de comprimento. A tração excessiva do tendão calcâneo pode estimular o crescimento ósseo na região e a formação de uma espı́cula óssea, o esporão calcâneo. O esporão acomete mais frequentemente mulheres que usam salto alto, bailarinos e praticantes de atletismo (corrida e salto). E� muito doloroso e o tratamento inicial pode ser através de �isioterapia, mas a progressão da doença pode levar à abordagem cirúrgica. Quadro 5 - Músculos �lexores e extensores do tornozelo. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 47/55 O tendão calcâneo é contı́nuo com a fáscia plantar, uma espessa camada de tecido conjuntivo denso situada na planta do pé. A tração indevida da fáscia plantar também pode levar ao surgimento de esporão no osso calcâneo, chamado de esporão plantar. 4.4.2 Músculos que agem nas articulações do pé Iniciaremos o estudo dos músculos do pé através dos movimentos de inversão e eversão. Nestes movimentos o mediopé e o antepé rodam juntos sobre o retropé. O movimento de inversão é realizado pelos músculos tibial anterior e tibial posterior. Ocorre a um ângulo de cerca de 20°, mas a �lexão dos dedos pode favorecer a inversão. O músculo tibial posterior é bastante forte e se insere na região medial da planta do pé. O movimento de eversão é realizado pelos músculos �ibular longo e �ibular curto. Ocorre a um ângulo de cerca de 10°, mas a extensão dos dedos pode favorecer a eversão. Os músculos �ibulares contornam o maléolo lateral antes de chegar ao tarso. O tendão do músculo �ibular longo cruza todaa planta do pé e extende-se até o osso cuneiforme medial e o I metatarsal. Con�ira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos inversores e eversores do pé: Figura 22 - Esporão calcâneo. Fonte: juliawhite, Shutterstock, 2019. Quadro 6 - Músculos inversores e eversores do pé. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 48/55 Os arcos do pé também são mantidos e reforçados pelos músculos inversores e eversores do pé. E� o caso da parte medial do arco longitudinal, formado pelos músculos tibial anterior e �ibular longo e do arco transverso que se relaciona com o músculo tibial posterior e �ibular longo. A �lexão dos dedos do pé de II a V é feita pelos músculos �lexor curto dos dedos, lumbricais, interósseos, sendo os músculos �lexor curto do dedo mı́nimo, �lexor longo dos dedos os sinergistas. Para o I dedo, o hálux, os músculos agonistas da �lexão são o �lexor curto do hálux e �lexor longo do hálux. A extensão dos dedos do pé de II à V é feita pelos músculos extensor longo dos dedos e extensor curto dos dedos. Para o I dedo, o hálux, há o extensor longo do hálux. Con�ira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos �lexores e extensores dos dedos do pé: Os músculos �lexores e extensores longos situam-se na perna enquanto os músculos �lexores e extensores curtos situam-se no próprio pé. Quadro 7 - Músculos �lexores e extensores dos dedos do pé. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 49/55 Além da �lexão e extensão, os dedos do pé também fazem adução e abdução. Na abdução os dedos se afastam e na adução eles voltam à posição relaxada. Os músculos responsáveis pala abdução são abdutor do hálux, abdutor do dedo mı́nimo e interósseos dorsais. Para a adução são utilizados os músculos adutor do hálux e interósseos plantares. O músculo adutor do hálux é um músculo bı́ceps, pois apresenta duas origens: uma cabeça com �ibras oblı́quas e outra com �ibras transversas. Con�ira abaixo a origem, inserção e ação de cada um dos músculos abdutores e adutores dos dedos do pé: Figura 23 - Músculos que movimentam o mediopé e o antepé. Fonte: Sebastian Kaulitzki, Shutterstock, 2019. 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 50/55 O pé apresenta vinte músculos, dos quais apenas dois situam-se no dorso. Todos os demais situam-se na planta do pé e são divididos em camadas para facilitar seu estudo. Clique nas abas para conhecê-las. Acompanhe cada uma destas camadas nas �iguras abaixo. Quadro 8 - Músculos abdutores e adutores dos dedos do pé. Fonte: Elaborado pela autora, 2019. 1ª camada Formada pelo abdutor do hálux, �lexor curto dos dedos e abdutor do dedo mı́nimo. 2ª camada Formada pelo quadrado plantar e lumbricais. 3ª camada Formada pelo �lexor curto do hálux, adutor do hálux e �lexor curto do dedo mı́nimo. 4ª camada Interósseos plantares e interósseos dorsais. 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 51/55 Entre a pele do pé e a 1ª camada de músculos, há uma espessa camada de tecido conjuntivo, a aponeurose plantar, que é um forte feixe de tecido conjuntivo denso que começa no calcâneo e termina nos dedos do pé. Pode ser acometida por uma in�lamação, a fascite plantar, principalmente em indivı́duos com sobrepeso, corredores e bailarinas. A aponeurose plantar protege e dá sustentação para as quatro camadas de músculos da planta do pé. Figura 24 - Divisão em camadas dos músculos da planta do pé. Fonte: Sebastian Kaulitzki, Shutterstock, 2019. ID 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 52/55 VAMOS PRATICAR? Os nervos e vasos sanguıńeos que suprem os músculos da planta do pé entre a 1ª e 2ª camada de músculos e entre a 3ª e 4ª camada. Essas duas são chamadas de planos neurovasculares do pé. Devido a desvios posturai de salto alto e sapatos de bico �ino e alto impacto no esporte, os nervos d podem ser comprimidos. A compressão do nervo plantar medial, próximo longitudinal medial, por excesso do movimento de eversão do pé, é tão fr em corredores que recebeu o nome de sıńdrome do pé do corredor. Out neurológica frequente no pé são os neuromas, ocorrem nos nervos inte que passam entre um dedo e outro. Os neuromas causam muita d tratamento pode ser cirúrgico. Nesta atividade, você exercitará sua capacidade de compreender o que f aplicará o que foi aprendido na sua prática pro�issional. Para auxiliá-lo, vo consultar o material de apoio a seguir: MOORE, K. L. Anatomia orientada para a clínica. 8. ed. Rio de Guanabara Koogan, 2019. p. 787 a 795. MOTUS HOMINIS. Anatomia dos músculos do pé em 3D. Disponı́ https://youtu.be/C-epCboaol0. Situação-problema: Em sua casa, reserve o sofá da sala ou a sua cama no quarto para essa Vista uma roupa confortável e �ique descalço. Precisaremos de um lápis. S no sofá ou na cama, com as costas apoiadas no encosto e as pernas est sobre o móvel. Flexione um dos joelhos e forme o número 4 com os m inferiores. Faremos a �lexão e extensão dos dedos dos pés e a adução e a Começaremos com a �lexão e a extensão. Coloque o lápis deitado, na horizo face plantar dos dedos do pé. Flexione os dedos (feche os dedos) segu lápis. Solte o lápis da sua mão e segure-o apenas com os dedos do pé. R dedos até o lápis cair. Repita lentamente o movimento de agarrar e solta mais três vezes. Volte à posição inicial. Agora, faremos a adução com o Coloque o lápis entre o hálux e o II dedo. Tente apertar o máximo que lápis entre os dedos. Relaxe. Repita lentamente o movimento mais trê Agora, faremos o movimento de extensão dos dedos. Estenda as pernas n visualize os dedos dos pés. Flexione os dedos e, em seguida, estenda-os, o que puder, como se quisesse tocar o dorso do pé com a unha. Repita lenta movimento mais três vezes. Agora, faremos a abdução com os dedos d Estenda as pernas no sofá e visualize os dedos dos pés. Abduza, abra, os máximo que puder, como se estivesse se espreguiçando. Repita lentam movimento mais três vezes. Relaxe. Ao executar cada um destes mov observe: qual segmento do corpo se move e qual �ica parado? Em qual p secção ocorre cada movimento realizado? Qual é o eixo do corpo humano cada movimento foi realizado? Quais músculos são agonistas de cada um movimentos? Na adução do hálux, foi fácil ou difıćil segurar o lápis entre o 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 53/55 Quando viajamos em pé em um ônibus ou no metrô, �ica fácil entender por que temos tantos músculos na planta do pé. Nesses momentos, você já reparou como seu pé se “agarra” no chão. Essa aderência ao solo, aumentando a estabilidade e o equilı́brio do corpo é a principal função desses músculos. Embora os tenhamos separado em camadas para o estudo, os músculos da planta do pé atuam em blocos, já que não realizamos movimentos �inos com os pés. Imagine os músculos da planta dos pés de sur�istas e skatistas! Devem ser muito desenvolvidos! A pele do pé também apresenta adaptações para a função de aderência ao solo. No dorso do pé e na região do arco longitudinal, a pele é mais �ina, porém, na planta, a pele �ica espessada nas áreas de sustentação do peso (calcanhar, bola do pé e cabeçado V metatarsal). Os dados apresentados nesta unidade demonstram a grande quantidade de músculos inseridos no membro inferior. Graças à complexa organização anatômica formada por músculos e outros tecidos, conseguimos desempenhar máxima funcionalidade, durante as mais diversas atividades realizadas ao longo da vida. Para tanto, é importante que esses segmentos estejam sempre em equilı́brio e condicionamento fı́sico adequado, para que não haja sobrecarga e compensações secundárias. por quê? Na extensão dos dedos, você viu alguns tendões saltarem no d pé? A que músculos pertencem estes tendões? Na extensão dos dedos t ocorreu abdução, por quê? Síntese Ao longo desta unidade, tivemos a oportunidade de entender aspectos relacionados à anatomia e ao funcionamento dos membros inferiores, bem como à sua importância para realização de atividades diárias. Sabendo disso, atividades que promovam a saúde e o bom funcionamento do aparelho locomotor e que previnam o surgimento de doenças têm papel fundamental na saúde da população. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: conhecer e classificar os ossos do membro inferior; analisar os movimentos realizados pelas articulações que fazem parte do membro inferior; identificar os músculos do membro inferior; relacionar os músculos localizados no membro inferior aos movimentos das articulações; examinar o mecanismo de lesão mais comuns nos membros inferiores. • • • • • 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 54/55 Bibliografia AGE�NCIA WIN7. Baropodometria. 18 nov. 2018. Disponı́vel em: https://youtu.be/e7n-Ysq8csw. Acesso em: 3 set. 2019. ANDRADE, V. L. et al. Velocidade da bola no chute no futsal: comparação entre garotos com diferentes nı́veis de desempenho e correlação de variáveis preditoras do desempenho. Revista Brasileira de Educação Fı́sica e Esporte [online], São Paulo, 2015, v. 29, n. 3, pp.371-381. Disponı́vel em: http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v29n3/1981-4690-rbefe-29-03-00371.pdf (http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v29n3/1981-4690-rbefe-29-03-00371.pdf). Acesso em: 3 set. 2019. .CAEL, C. Anatomia palpatória e funcional. Barueri: Manole, 2013. DUARTE, V. S. et al. Exercı́cios fı́sicos e osteoartrose: uma revisão sistemática. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v. 26, n. 1, p. 193-202, mar. 2013. Disponı́vel em: http://www.scielo.br/pdf/fm/v26n1/22.pdf (http://www.scielo.br/pdf/fm/v26n1/22.pdf). Acesso em: 12 fev.2019. HANKIN, M. H. Anatomia clínica: uma abordagem por estudos de casos. Porto Alegre: Artmed, 2015. KAPANDJI, I. A. Fisiologia articular – V. 3; Tronco e Coluna Vertebral. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. KAPANDJI, I. A. Fisiologia articular. v. 2. Membros inferiores. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. KRAUSE, M. Os 10 vencedores de 2017. Fundação Victor Civita, São Paulo, 7 ago. 2017. Disponı́vel em: https://fvc.org.br/especiais/educador-nota-10-vencedores/#cristiane-pereira-de-souza-francisco (https://fvc.org.br/especiais/educador-nota-10-vencedores/#cristiane-pereira-de-souza-francisco). Acesso em: 3 set. 2019. MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e �isiologia. 3. ed. Porto. Alegre: Artmed, 2009. MOTUS HOMINIS. Anatomia dos músculos do pé em 3D. 27 dez. 2017. Disponı́vel em: (https://youtu.be/C- epCboaol0)https://youtu.be/C-epCboaol0 (https://youtu.be/C-epCboaol0). Acesso em: 3 set. 2019. MOTUS HOMINIS. Movimentos do tornozelo em 3D. 7 mar. 2018. Disponı́vel em: https://youtu.be/ryIbbop2OyM (https://youtu.be/ryIbbop2OyM). Acesso em: 3 set. 2019. PRENTICE, E.; VOIGHT, M. L. Técnicas em reabilitação musculoesquelética. 1 ed. Porto Alegre: Artmed, 2003. RUIZ, C. R. Anatomia humana básica. 3. ed. São Paulo: Difusão, 2017. SACCO, I. C. N.; TANAKA, C. Cinesiologia e biomecânica dos complexos articulares. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. SANTOS JUNIOR. Veja como é feita a cirurgia de tíbia como a fratura que sofreu Anderson Silva. 2 jan. 2014. Disponı́vel em: https://www.youtube.com/watch?v=QBaYlC4UAp0&feature=youtu.be (https://www.youtube.com/watch?v=QBaYlC4UAp0&feature=youtu.be). Acesso em: 3 set. 2019. SILVA, J. et al. A in�luência do intervalo de descanso entre a repetição de um teste de resistência muscular localizada em duas diferentes ferramentas. Colloquium Vitae, Presidente Prudente, Unoeste, v. 8, n. 1, p. 1-5, abr. 2016. Disponı́vel em: http://journal.unoeste.br/index.php/cv/article/view/1534/1657 (http://journal.unoeste.br/index.php/cv/article/view/1534/1657). Acesso em: 11/02/2019. TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e �isiologia. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v29n3/1981-4690-rbefe-29-03-00371.pdf http://www.scielo.br/pdf/fm/v26n1/22.pdf https://fvc.org.br/especiais/educador-nota-10-vencedores/#cristiane-pereira-de-souza-francisco https://youtu.be/C-epCboaol0 https://youtu.be/C-epCboaol0 https://youtu.be/ryIbbop2OyM https://www.youtube.com/watch?v=QBaYlC4UAp0&feature=youtu.be http://journal.unoeste.br/index.php/cv/article/view/1534/1657 25/06/2022 00:46 Aparelho Locomotor https://student.ulife.com.br/ContentPlayer/Index?lc=jMsM0JY8aL918EJx3nycCA%3d%3d&l=DloCuDRZC%2b6jidFJlaw1pQ%3d%3d&cd=cZT4… 55/55 UNESP. Aparecimento da linhagem humana e origem do bipedalismo. Assis, 2009. Disponı́vel em: http://www2.assis.unesp.br/darwinnobrasil/humanev2.htm (http://www2.assis.unesp.br/darwinnobrasil/humanev2.htm). Acesso em: 3 set. 2019. http://www2.assis.unesp.br/darwinnobrasil/humanev2.htm