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ANÁLISE DO CONTROLE TECNOLÓGICO EM OBRA DE TERRAPLENAGEM

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ANÁLISE DO CONTROLE TECNOLÓGICO EM OBRA DE TERRAPLENAGEM: 
ESTUDO DE CASO DA PAVIMENTAÇÃO DO SETOR WALDIR LINS I NO 
MUNICÍPIO DE GURUPI - TO 
 
 
Paulo José de Barcelos Netto1 
 Enicléia Nunes de Sousa Barros² 
RESUMO 
O acentuado índice demográfico eleva o número de construções civis de modo que o 
aprimoramento dos manejos torna-se necessário. Desde a etapa preliminar de uma 
obra é indiscutível a importância do terrapleno, cuja qual refere-se a movimentação 
de terras com a pretensão de nivelar o terreno para as condições de projeto da obra. 
Sua importância é evidente, já que esse serviço deve ser aplicado a qualquer obra da 
engenharia civil, independente do seu porte. Contudo, é notório que esta fase por 
muitas vezes é negligenciada por muitos profissionais, o que deriva diversos erros e 
até mesmo tragédias, desta forma é evidenciado a necessidade de uma modernização 
no seu maneio. Em vista disso, este trabalho averiguou essa ferramenta de gestão em 
uma obra de infraestrutura urbana no município de Gurupi, Tocantins. O estudo foi 
realizado em uma obra de pavimentação, onde foram coletadas amostras para a 
realização dos ensaios laboratoriais, como o de análise granulométrica, compactação 
(Proctor), limite de plasticidade (LP), limite de liquidez (LL), e o teste California Bearing 
Ratio (CBR), bem como também analisou os métodos empregados para a realização 
do aplainamento, que foi comparado com os resultados obtidos, com dados 
bibliográficas e normas. O que evidenciou a importância deste manuseio na obra. Foi 
observada a relevância da utilização das boas práticas nas obras de terrapleno, que 
através dos resultados obtidos nos ensaios notou a necessidade de adoção de um 
melhor controle tecnológico na realização do nivelamento do terreno. 
 
Palavras-chave: Terrapleno. Manejo. Pavimentação. 
 
ABSTRACT 
The huge demographic index increases the number of civil constructions in a way that 
becomes necessary a management improved. From the preliminary stage of a work is 
undeniable the importance of the earth leveling, which refers to the movement of earth 
in the intention of leveling the ground for the project design conditions. Its importance 
is evident, as this service should be applied to any civil engineering work, regardless 
of its size. However, it is noticeable that this phase is often neglected by many 
professionals, what derives several errors and even tragedies, thus highlighting the 
need for a modernization in its management. Therefore, this work investigated this 
management tool in an urban infrastructure project in the municipality of Gurupi, 
Tocantins. The study was carried out in a pavement works, where samples were 
collected for laboratory tests, such as particle size analysis, compaction (Proctor), 
plasticity limit (PL), liquidity limit (LL), and the CBR test, as well was analyzed the 
 
 
1 Graduando em Engenharia Civil pela Universidade de Gurupi (UNIRG) – Gurupi - TO – E-mail: 
paulobarcelos235@gmail.com 
2 Orientador. Docente. Curso de Engenharia Civil da Universidade de Gurupi (UNIRG) – Gurupi – TO – 
E-mail: enicleiajc@hotmail.com.
mailto:paulobarcelos235@gmail.com
mailto:enicleiajc@hotmail.com.
2 
 
methods used for the accomplishment of the planing, that was compared with the 
obtained results, with the bibliographic data and norms. This evidenced the 
importance of this handling in the work. It was observed the relevance of the use of 
good practices in earthworks, which through the results obtained in the tests, noted 
the need of adopting a better technological control in a perform the leveling of the 
ground. 
 
Keywords: Earth leveling. Management. Pavement 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O elevado crescimento demográfico exige uma demanda maior por obras de 
infraestrutura urbana e edificações, culminando em um aquecimento do mercado da 
construção civil. Considerando as enormes dimensões que as cidades estão tomando, 
existe uma necessidade de expansão na infraestrutura urbana, com o emprego de 
métodos adequados que venham a preparar o terreno para a implantação de obras 
civis, agregando uma melhor qualidade ao empreendimento. Nessa perspectiva, o 
controle tecnológico de obras de terraplenagem tem a finalidade de atenuar os erros, 
desde o projeto até a conclusão da obra (SOUZA, 2014). 
 
Tem-se que terraplenagem é a movimentação de terras para nivelação do 
terreno, quando estas são retiradas, é como corte, por outro lado, quando são 
colocadas, são definidas como aterro. Seus processos estão compreendidos desde a 
limpeza até a descarga do “bota fora”, quando necessário (PINTO, 2006). 
 
A terraplenagem é composta por quatro fases em seu ciclo de operação, 
sendo elas a escavação; o carregamento e transporte; descarga e espalhamento; e a 
compactação. Estas fases estão inseridas desde início da execução até os ensaios 
laboratoriais, os quais atestam a qualidade do material. Este método é utilizado para 
diversos tipos de execuções como o de aterros, estradas, aeroportos, prédios, 
barragens e até mesmo conjuntos habitacionais (VARGAS, 1978). 
 
Apesar da importância da terraplenagem na construção civil, esta ainda é 
pouco utilizada em sua forma correta, já que a maioria dos profissionais não realizam 
o estudo geotécnico, o qual é um dos fatores essenciais para a execução de uma obra 
de qualidade. A falta desse estudo ocasiona anomalias cujo os reparos e correções 
3 
 
podem gerar custos elevados. Isso se deve a cultura do “menor valor”, onde o que se 
preza são os baixos custos iniciais em detrimento da eficiência e qualidade do serviço 
prestado. 
Na maioria dos casos o solo não tem características necessárias para receber 
a construção, sendo evidente a necessidade da terraplenagem na execução de uma 
obra de qualidade. Constituída de várias etapas, a terraplenagem objetiva adequar o 
solo a obra que deverá receber, de modo que estas fases compõem desde os ciclos 
de operações até os ensaios laboratoriais, atestando assim a qualidade do material 
(ABRAM, 2000). 
 
O solo pode apresentar diversas ocasionalidades como: resistência frágil, ser 
bastante compressível ou apontar detalhe economicamente não atrativo. Dentre as 
possíveis soluções é a otimização das particularidades da engenharia no local da obra 
e da execução da terraplenagem (LIMA, 2013). 
 
Desta maneira este trabalho tem como objetivo evidenciar a importância do 
controle tecnológico para a execução da obra. Buscará realizar ensaios laboratoriais 
e análise de campo, de modo a sintetizar e comparar estas informações a obras 
bibliográficas originalmente publicadas ou traduzidas na língua portuguesa, 
pertinentes ao tema. 
 
 
1 TERRAPLENAGEM 
 
A fase executiva da terraplenagem é uma fase fundamental para a construção 
de obras da engenharia civil, pois esta prepara o terreno para a aplicação de diversos 
tipos de obras como: residências; aeroportos; rodovias; saneamento; portos; entre 
várias outras aplicações, o que remete a suma importância dessa etapa (SOUZA, 
2014). 
Para a realização de um projeto de terraplenagem, devem ser considerados 
pontos importantes, que são fundamentais para que não ocorram problemas futuros; 
dessa forma, é indispensável fazer testes que irão caracterizar os solos em questão. 
 
 
4 
 
1.1 Compactação 
 
Segundo a normativa DNIT 108 (2009) de ES, para a execução do aterro tem 
de se utilizar dos materiais originários dos cortes que foram feitos e quando necessário 
do empréstimo, sendo eles designados por uma análise adequada ao projeto. Para 
obtenção de um aterro deve-se aplicar a compactação. 
 
Fernandes (1994), define a compactação como o procedimento que a massa 
de solo que é formado por elementos sólidos, pelo ar e água, encontra-se uma 
redução do índice de vazios através da expulsão do ar, que ocorre após o emprego 
de cargas de formas repetitivas. Existe uma relação entre a densidade da água e das 
partículas sólidas, que é denominadocomo o teor da água, da mesma forma é 
observado no solo solto e descompactado e também na forma mais compactada. A 
compactação fornece um acréscimo na resistência ao cisalhamento, uma menor 
deformabilidade e uma menor permeabilidade. 
 
1.1.2 Teor de Umidade Ótima 
 
A aplicação de água no solo, diminui o potencial capilar, a resistência a fricção 
e resistência ao cisalhamento do solo. Quando a umidade está baixa, a fricção é alta 
o que é prejudicial para reduzir os vazios do solo. Já quando gradativamente aumenta 
o teor de umidade, constata-se que há lubrificação em meio aos grãos, ficando mais 
fácil a saída do ar alocado no solo (RIBEIRO, 2008). 
 
Conforme Pinto (2006), chega um determinado momento em que o teor de 
umidade se encontra em uma quantidade perfeita, onde a água evita que o ar saia, e 
não diminui a fricção, não altera a reorganização das partículas do solo e nem 
aumenta a consistência do solo, entende-se isto como a umidade ótima onde há uma 
proporção ideal de água, solo e ar em relação à energia aplicada para a compactação. 
 
A compactação está diretamente ligada a umidade ótima e a densidade de 
massa seca, que quando a umidade está acima da ótima e é aplicada a energia sobre 
o aterro, o solo não apresentará resultados eficientes, já que a força não consegue 
expulsar os vazios, e quando está abaixo da umidade ótima, a força provocará um 
5 
 
aumento de densidade seca (PINTO, 2006). 
 
2 CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS - ENSAIOS 
Para que se possa obter uma avaliação precisa dos solos, devem ser feitos 
procedimentos conforme as normas NBR7181/2016, NBR7182/2016, NBR7180/2016, 
NBR6459/2016 e NBR 9895/2016 referentes a análise granulométrica, Compactação 
(Proctor), Limite de plasticidade, Limite de liquidez e CBR. 
Segundo Silva (2016), os resultados obtidos caracterizam os solos a partir das 
suas consistências, granulometria, umidade e densidade real do solo. 
2.1 Análise Granulométrica 
 
 
A análise granulométrica é um dos parâmetros fundamentais que determina a 
composição de partículas em amostras de sedimentos. Esta análise ajuda a 
determinar o tamanho do grão e a porcentagem das frações de tamanho individual na 
amostra específica. 
Segundo Dias (2004), analisar a grandeza das partículas permite entender 
características importantes, desde a sua origem, resistência, maturidade textural, 
composição, a alteração química, além dos efeitos da abrasão sobre as partículas e 
dos depósitos de sedimentação. 
 
Figura 1. Exemplo de curva de distribuição granulométrica do solo. 
 
 
Fonte: Pinto (2006) 
6 
 
 
 2.2 Limites de Atterberg ou Limites de Consistência 
Segundo Dias (2004), analisar a grandeza das partículas permite entender 
características importantes, desde a sua origem, resistência, maturidade textural, 
composição, a alteração química, além dos efeitos da abrasão sobre as partículas e 
dos depósitos de sedimentação. 
De acordo com Pinto (2006), meramente a classificação granulométrica não 
salienta bem o comportamento dos solos sob o ponto de vista técnico. As frações finas 
do solo têm uma grande importância nesse comportamento. Já as variações do teor 
de umidade estão diretamente ligadas aos limites de consistência, quando mais úmido 
este irá se comportar como um líquido, quando perde parte da sua água, fica plástico, 
e quando mais seco, se torna quebradiço. 
Os limites de Atterberg são conhecidos como Limite de Liquidez e Limite de 
plasticidade, estes indicam a mudança de comportamento do solo em relação à 
umidade presente no mesmo. Esses limites são encontrados através de ensaios que 
são regidos pelas normas NBR 6459/2016 (limite de liquidez) e NBR 7180/2016 (limite 
de plasticidade). 
 
Figura 2. Limites de Atterberg dos solos 
 
Fonte: Pinto (2006) 
 
2.2.1 Limite de Liquidez 
 
 
O limite de liquidez determina o maior de teor de umidade no solo, que quando 
excedido passa a se comportar como líquido, segundo a norma NBR 6459/2016 
através do aparelho de Casagrande, se faz uma ranhura no solo e depois de 25 golpes 
7 
 
constata-se se a abertura se fechou, definindo o teor de umidade presente no solo. 
 
Figura 3. Aparelho de Casagrande 
 
Fonte: Cava (2018) 
 
 2.2.2 Limite de Plasticidade 
 
 
O limite de plasticidade, indica o menor teor de umidade no qual se consegue 
fazer um molde de um cilindro de 3 mm com a palma da mão como representado na 
figura 4. 
Figura 4. Ensaio de limite de plasticidade 
 
Fonte: Viana (2011) 
 
 
 
2.2.3 Índice de Plasticidade 
O índice de plasticidade é o fator que determina que o solo se encontre no 
8 
 
estado plástico, este é determinado pela diferença do limite de liquidez com o limite 
de plasticidade, conforme a equação 1. 
 IP = LL − LP (1) 
 
Conforme aponta Caputo (1987), os solos podem ser classificados da 
seguinte maneira: 
Fracamente plásticos – 1< IP<7; 
Mediamente plásticos – 7 <IP <15; 
Altamente plásticos – IP >15. 
 
Figura 5. Índices de alguns solos do Brasil 
 
 
Fonte: Pinto (2006) 
 
 
2.3 CBR – California Bearing Ratio 
 
O ensaio de CBR NBR 9895/2016 é realizado a fim de definir a resistência e 
expansão de um solo em um corpo de prova, desta forma faz-se uma determinada 
pressão padronizada, através de um pistão cilíndrico no material, fazendo uma relação 
a pressão precisada para penetrar este pistão e a pressão necessitada para penetrar 
este mesmo pistão em uma pedra britada padrão. 
Por meio deste mesmo ensaio pode se determinar a expansão do solo, 
9 
 
deixando a amostra em um corpo de prova sob a água por 4 dias, sendo que a cada 
24 horas passada, se faz uma nova coleta de dados, através do leitor do equipamento. 
2.4 Classificação de Solos 
Através da classificação dos solos de forma técnica é possível compreender 
os possíveis comportamentos que o solo terá, ou obter informações de quais métodos 
escolher para fazer estudos que indiquem as melhores atenuantes do problema 
(PINTO, 2006). 
Reporta Pinto (2006), as críticas existentes de outrem, aos vários tipos de 
sistemas, já que os solos podem se comportar de diversas maneiras, entretanto o 
mesmo cita a importância dos números para impor limites a essas classificações, 
contrariando teses defendidas por outros. 
O autor supracitado mostra a importância dos sistemas de classificação dos 
solos e dos perigos que possa ocorrer através de classificações errôneas, e remete 
que para a classificação dos solos são levados em consideração a granulometria e os 
limites de consistência. Sendo os principais S.U.C (Sistema Unificado de 
Classificação) e H.R.B – AASHTO (Classificação Rodoviária). 
2.4.1 Sistema de Classificação H.R.B (Rodoviário) - AASHTO 
 
O sistema H.B.R inicia sua classificação da mesma forma que o sistema 
unificado, através averiguação do que se passa na peneira n° 200, entretanto somente 
é considerado 35% de granulação grosseira que passa nesta peneira, ao invés de 
50% como é o caso do S.U.C. 
Segundo Pinto (2006), este sistema classifica os solos em grupos e subgrupos 
em relação a sua funcionalidade e plasticidade. 
Os solos granulares são divididos em A1 a A3 e os solos finos de A4 a A7 
sendo que o A1, A2 e A7 se dividem em subgrupos. 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Figura 6. Classificação do solo rodoviário H.B.R 
 
Fonte: Pinto (2006) 
 
 
Já os solos finos são subdivididos, já que usam somente o critério do índice 
de plasticidade para sua classificação. 
 
Figura 6. Classificação H.B.R para solos finos 
 
Fonte: Pinto (2006) 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
2.5 Métodos Empregados nos Serviços 
 
Segundo Lozano (2012), no controle tecnológico deve ser considerados 
alguns aspectos para obtenção de resultados satisfatórios como: 
 
1. Certificar que a geometria de execução está de acordo com o projeto; 
2. Determinar a altura de escavaçãoaté o solo de fundação; 
3. Demarcar faixas de compactação na largura do rolo compactador; 
4. Calcular a espessura da camada compactada (no máximo 20 centímetros); 
5. Dimensionar a sobre largura dos taludes; 
6. Solicitar a execução de gabarito para verificar a inclinação do talude; 
7. Especificar as cotas, largura e inclinação das bermas e platôs; 
8. Durante as escavações, coletar amostras indeformadas para execução de 
ensaios triaxiais; 
9. Garantir que o encontro do aterro com o maciço de solo natural seja feito 
em degraus; 
10. Garantir que a compactação no encontro fique de acordo com o projeto. 
11. A drenagem provisória deverá ser executada antes da fase de 
compactação e outras fases das obras e deverá ser ajustada, quando 
necessário, durante a obra. 
12. Lançamento e espalhamento das camadas soltas de aterro; 
13. Definir previamente as faixas de compactação por meio de cruzetas e 
estacas; 
14. Colocar piquetes a cada 10 metros, para verificar a espessura da camada 
compactada; 
15. As faixas de compactação devem ser sobrepostas; 
16. Controlar visualmente a homogeneidade, verificando se há mudança de 
solo proveniente da área de empréstimo; 
17. Coletar amostras para ensaios de caracterização e próctor normal para 
cada mudança solo (adotando no mínimo 3 amostras); 
18. Fazer um “croqui” com a locação e numeração da coleta de amostras; 
19. Quando houver mudança de solo da área de empréstimo ou mudança de 
jazida, devem-se ter definidas as especificações técnicas deste solo antes do 
lançamento; 
20. O lançamento e espalhamento deverão ser executados em uma única 
faixa. Assim, mesmo após um período de chuvas, tem-se frente de trabalho 
no restante da praça que se encontra compactada e selada; 
21. Verificar a homogeneidade do solo de fundação, quanto à resistência; 
22. Exigir uniformidade das camadas, através do número de passadas do rolo 
compactador; 
23. A espessura da camada não deve ter mais que 20cm compactada, salvo 
se existir na obra equipamento que permita espessuras maiores; 
24. Executar coleta de corpos de prova por cravação de cilindros tipo triaxial 
ou hilf, e copinhos, para determinação de densidade e umidade em 
laboratório a cada 300 m3, no mínimo dois por camada e, quando houver 
mudança do tipo de solo, proveniente de área de empréstimo; 
25. O engenheiro deverá comparar os resultados dos ensaios de laboratório 
com o grau de compactação (GC) e o desvio de umidade (∆h) especificados 
em projeto, e informar imediatamente ao encarregado de campo; 
26. Solicitar escarificação para recompactação, secagem ou umedecimento 
da camada, caso não se apresente nas condições especificadas no projeto. 
27. Solicitar que a última camada seja selada sempre que os serviços forem 
paralisados ou quando houver iminência de chuvas; 
28. Fazer um “croqui” com a locação e numeração dos ensaios realizados; 
29. Solicitar execução de proteção superficial em taludes. (LOZANO, 2012) 
 
12 
 
Figura 9 – Encontro de aterro com maciço (Etapa 9). 
 
 
Fonte: Lozano (2012) 
 
Figura 10 – Faixas de compactação (Etapa 15). 
 
 
Fonte: Lozano (2012) 
 
3 METODOLOGIA 
 
Foram feitas coletas de dados para realização de ensaios, que visa indicar as 
formas adequadas para manejar cada tipo de solo. Foi executado ensaios para 
determinar as características dos solos, e também do teor de umidade e o grau de 
compactação, além da verificação da densidade in situ, analisando se os mesmos 
estão de acordo com as normas vigentes, e com as especificações dos projetos. 
As amostras foram recolhidas em três pontos, com uma porção de 
aproximadamente 5kg. A área foi escolhida de forma visual, sendo observados os 
pontos remanescentes da escavação, e a que melhor se adequou aos parâmetros que 
13 
 
devem ser analisados. 
 
3.1 Caracterização do solo 
Os ensaios granulométricos foram realizados conforme a normativa NBR 
7181/2016, e a caracterização do estado em que o solo se encontra, que definiu as 
suas características e suas constantes, estabelecendo parâmetros com as normas 
para determinação da melhor forma de manejar o solo. Essas classificações foram 
feitas através do peneiramento do solo e ensaios de limite de liquidez NBR 6459/2016 
e de plasticidade NBR 7180/2016. 
Para se fazer o ensaio granulométrico, determinou a quantidade do material 
coletado para usar como amostra, conforme a NBR 6457/2016. Quando definido os 
valores, o material foi colocado nas peneiras conforme a NBR 7181/2016, e, através 
dos resultados, obteve-se a curva granulométrica, o que evidencia as características 
do solo, conforme a classificação utilizada. 
Já para a definição dos limites de liquidez e plasticidade, foi separado o 
material coletado em campo e feito a preparação conforme a NBR 6457/2016. De 
acordo com a norma NBR 6459/2016, para o ensaio de limite de liquidez (LL), é 
necessária a adição de água até que forme uma pasta homogênea, posto isso, coloca-
se a pasta no aparelho de Casagrande e realiza-se uma ranhura no meio da amostra, 
com auxílio de um cinzel. Feito isso, é preciso que a concha do aparelho sofra 35 
golpes em uma queda de 2,5cm; após isso, foi feito a medições entre as aberturas da 
ranhura. Esse procedimento foi realizado com mais 3 pontos, para se obter o gráfico 
de plasticidade. 
Da mesma forma, a NBR 6457/2016 rege a preparação das amostragens do 
limite de plasticidade. Conforme o ensaio normatizado pela NBR 7180/2016, é 
preconizado a obtenção 10g da amostra já preparada, e posto sobre uma placa de 
vidro que suporte a pressão da palma de uma mão; feito isso, a amostra foi rolada até 
quando alcançou um formato cilíndrico, com 3mm de diâmetro, e um comprimento de 
100mm, o procedimento foi refeito mais três vezes e que não ultrapasse um desvio 
padrão de 5% do primeiro procedimento e após isso foi colocou em estufa para 
determinação de umidade. Desta forma, foi definido também o índice de plasticidade 
através da diferença dos resultados do limite de liquidez e de plasticidade. 
14 
 
Já para a determinação de resistência e expansibilidade do solo foi realizado 
o ensaio de ISC – (Indice de Suporte California) preconizado pela NBR 9895/2016. 
Na análise, foi avaliado a resistência do solo que havia sido testado no ensaio de 
proctor e posteriormente passou 4 dias sob a água, a resistência foi averiguada 
através da penetração do pistão estabelecido pela norma. O pistão tem uma área de 
contato de 19,4cm² e tem como um velocidade de penetração 0,05pol/minuto, o que 
corresponde a 1,27mm/minuto, o tempo de duração deste ensaio é de 6 minutos. 
Foi feito um relatório com os dados obtidos a cada 30 segundos do 
experimento, até alcançar os 6 minutos como instrui a norma. Após é feito uma 
associação entre pressão padronizada para que o solo penetre um solo-padrão de 
pedra britada e a pressão encontrada na penetração da mesma quantidade padrão, 
determinados pelas penetrações de 2 e 4 minutos, utilizando o maior resultado para o 
cálculo. Desta forma o ISC ou CBR (California Bearing Ratio) é dado pela equação 2. 
 
 
 𝐶𝐵𝑅 =
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑒𝑛𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑝𝑎𝑑𝑟ã𝑜
× 10 (2) 
 
3.2 Grau de compactação 
 
Conforme a norma NBR 7182/2016 o ensaio de Protcor estabelece o grau de 
compactação e o seu teor de umidade. Além da densidade in situ, foi determinado a 
umidade do material que passa na peneira n° 4, ainda seco; feito isso, colocou água 
na amostra até adquirir uma constância e homogeneização com uma presumida 
umidade de 5% abaixo da umidade ótima, então esse material foi submetido a energia 
de compactação através de um soquete de 2,5kg, que era lançado de uma altura de 
0,305m em um molde cilíndrico pequeno de três camadas iguais, foi aplicado 26 
golpes de forma igual em toda a superfície da camada. Depois, determinou-se a 
massa específicado material. 
 
Já quando se estava removendo a amostra do molde, foi retirada uma porção 
do interior da mesma, para determinar o teor de umidade, e através desses dois 
valores encontrou a densidade seca. 
 
15 
 
Em seguida, foi feito o destorroamento, e acrescentada umidade em torno de 
2%, e assim refez o procedimento para obter novos valores. Desta forma, foram 
repetidos vários ensaios, sendo observado o declínio seguido de dois ou três valores 
de densidade seca dos experimentos. Quando alcançado esses números, não houve 
mais necessidade de outras repetições, já que foi atingida a umidade ótima. Desta 
maneira determinou-se a curva de compactação, massa específica aparente seca 
máxima, umidade ótima e a curva de saturação. 
 
3.3 Métodos empregados 
 
Foi analisado o procedimento dos métodos utilizados, tais como a escolha das 
jazidas, do transporte e maquinários, além do controle quanto a camada de 
espalhamento e o grau de compactação, e se foi respeitado os quesitos das normas, 
para utilização dos ensaios e assim comparado aos parâmetros obtidos através das 
obras bibliográficas sobre o assunto. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
4.1 Ensaios de caracterização do solo 
 
 
Os ensaios de caracterização de solo apresentaram informações importantes 
para que se possa fazer a classificação do material e a dessa forma permitiu o correto 
manejo do solo. 
 
 
4.1.1 Análise granulométrica por peneiramento 
 
 
O procedimento de análise granulométrica foi executado conforme as normas 
de preparação de amostra e a de realização do ensaio conforme a tabela 1. 
 
 
 
 
 
16 
 
Tabela 1. Preparação da amostra 
AMOSTRA TOTAL SECA 
 Amostra total úmida (g) 2000,0 
 Retido Nº 10 (g) 1299,77 
 Passado na Nº 10 (g) 700,23 
 Peso da água (g) 24,0 
 Passado Nº 10 seco (g) 691,82 
 Amostra total seca (g) 1976,00 
Fonte: Autor (2019) 
 
Após a preparação da amostra, foi realizado o peneiramento do material para 
se obter os resultados de classificação do solo, conforme pode se observar na tabela 
2. 
 
Tabela 2. Peneiramento da amostra para análise granulométrica 
 
Fonte: Autor (2019) 
Através do peneiramento pôde traçar o gráfico granulométrico, conforme 
especifica a norma NBR 7181/2016, relacionando a percentagem que passa em 
relação a abertura das peneiras, obtendo o resultado gráfico representado pela figura 
11. 
 
 
 
 
 
 
 
98,2
98,2
74,2
41,0
13,2
12,3
8,9
0,42
9,52
4,76
1,79
0,00
26,74
0,00
2,06
0,00
359,89 27,69
0,07450,32 91,13,36
496,30
14,05
86,8416,84
25,40
PESO (g)
Porc. da amostra 
menor Nº10 (g)
PENEIRA mm
Porc. que passa 
da amostra total
Porcentagem da 
amostra total
Porcentagem 
acumulada
0,94
27,84
1,8
59,0
1,8
32,07 2,00
87,7
33,1438,18
19,10
24,03 25,8
CURVA GRANULOMÉTRICACURVA GRANULOMÉTRICACURVA GRANULOMÉTRICA
17 
 
 
Figura 11. Gráfico da análise granulométrica 
 
Fonte: Autor (2019) 
 
De acordo com os valores originados pelo ensaio é possível observar a 
percentagem de cada característica do solo, conforme a tabela 3. 
Tabela 3. Resumo granulométrico 
 
Fonte: Autor (2019) 
Ao analisar o solo, foi constatado que este material tem a maior parte de sua 
composição pedregulhosa com 59%, o que demonstra que este solo é graúdo. 
 
4.2 Limites de Consistência 
Através da NBR 6459/2016, foi determinado o limite de liquidez deste solo, 
já o limite de plasticidade é determinado conforme instrui a NBR 7180/2016 e o índice 
de plasticidade é a diferença entre estes limites. 
 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
0,01 0,10 1,00 10,00 100,00
%
 P
as
sa
n
te
Abertura das peneiras
Análise Granulométrica
59,0
27,8
0,9
3,4
8,9
100,0
grossa 4,8 - 2,0 mm
Média 2,0 - 0,42 mm
Pedreg. Acima 4,8 mm
Total 
fina Nº 40 - 200
Passando Nº 200
A
re
ia
 
18 
 
4.2.1 Limite de Liquidez 
Por meio do aparelho de casa grande, foram feitos os procedimentos 
preconizados pela norma, dessa forma foi determinado valores relacionados com a 
umidade e ao número de golpes utilizado. 
 A tabela 4 demonstra os resultados obtidos na realização do ensaio. 
 
Tabela 4. Ensaio de limite de liquidez 
 
Fonte: Autor (2019) 
Conforme os valores apresentados em tabela, obteve o gráfico (figura 12) em 
relação a umidade e os golpes da umidade atingida. 
Figura 12. Gráfico do limite de liquidez 
 
Fonte: Autor (2019) 
Cápsula nº: 24 21 5 11 20
C + S + A g 35,73 42,90 38,83 39,07 35,19
C + Solo g 31,67 38,67 34,24 34,79 30,73
Cápsula g 11,93 18,65 13,88 16,72 12,94
Água g 4,06 4,23 4,59 4,28 4,46
Solo g 19,74 20,02 20,36 18,07 17,79
20,6 21,1 22,5 23,7 25,1
50 40 25 18 10
Umidade %
GOLPES
A
M
O
S
T
R
A
19 
 
Assim como é preconizado pela norma deste ensaio, o limite de liquidez com 
25 golpes apresentado por este material ensaiado é de 22,5%. 
 
4.2.2 Limite de Plasticidade 
 
De acordo com a norma NBR 7181/2016 foi realizado o ensaio de limite de 
plasticidade que apresentou os resultados conforme a tabela 5. 
 
Tabala 5. Ensaio de limite de plasticidade 
 
Fonte: Autor (2019) 
Com os dados de limites de plasticidade e de liquidez, se pode encontrar o 
valor do índice de plasticidade, fator muito importante para a determinação do tipo de 
solo. 
Conforme a equação 1, pode-se encontrar o índice de plasticidade IP=22,5-
18,5 o que resulta em um IP= 4% sendo classificado como fracamente plástico 
conforme a tabela 6. 
 
 
 
 
 
Cápsula nº: 110 107 62 45 3
C + S + A g 19,57 20,98 21,42 21,35 27,75
C + Solo g 18,37 19,90 20,31 20,20 26,47
Cápsula g 11,69 11,24 14,20 13,96 19,54
Água g 1,20 1,08 1,11 1,15 1,28
Solo g 6,68 8,66 6,11 6,24 6,93
Umidade % 18,00 12,50 18,20 18,40 18,50
LIMITE DE PLASTICIDADE : 18,5 %
LIMITE DE PLASTICIDADE 
A
M
O
S
T
R
A
20 
 
Tabela 6. Classificação quanto ao Índice de plasticidade 
Classe de Solo 
Classe 
Índice de 
plasticidade % Termo 
1 Menor que 1 Não plástico 
2 1 a 7 
Fracamente 
plástico 
3 7 a 15 
Mediamente 
plástico 
4 Maior que 15 
Altamente 
plástico 
Fonte: Pinto (2006) 
4.3 Classificação do solo 
 
Com os valores obtidos nos ensaios de granulometria e no dos limites de 
Attemberg e com o auxílio da figura 6, pôde classificar os solos conforme o Sistema 
Rodoviário de Classificação – AASHTO. 
Com as informações obtidas nos ensaios, este solo é classificado como A-1a. 
4.4 Ensaio de compactação 
Condicionado pela NBR 7182/2016, foi realizado o ensaio de compactação e 
de acordo com os resultados pôde se fazer a curva de compactação, apresentado no 
gráfico (figura 13). 
Figura 13. Curva de compactação 
 
Fonte: Autor (2019) 
2.193
7,1
2.000
2.020
2.040
2.060
2.080
2.100
2.120
2.140
2.160
2.180
2.200
2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 11,0 12,0
M
as
sa
 e
sp
e
cí
fi
ca
 (
K
g/
m
3
)
Umidade (%)
21 
 
 
De acordo com o gráfico a densidade seca máxima e a umidade ótima é 
respetivamente de 2.193 (Kg/m3) e 7,1%. 
 
4.4.1 Grau de compactação 
 
Através do ensaio de frasco de areia, que é realizado in situ, pôde se obter os 
seguintes resultados conforme a tabela 7. 
 
Tabela 7. Ensaio de Frasco de Areia 
 
Fonte: Autor (2019) 
Utilizando os valores obtidos no ensaio, pôde se encontrar o valor do grau de 
compactação conforme a equação 3. 
 
 𝐺𝑐 =
𝛾𝑠 𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜
𝛾𝑠 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎
× 100 (3) 
 
Gc=99%, o que representa um bom resultado, pois conforme a NBR 
5681/2015 o valor mínimo exigido do grau de compactação é de 95%. 
4.5 CBR 
O ensaio de CBR foi preconizado pela NBR 9895/2016, que obteve os valores 
conforme a tabela 8. 
 
 
 
 
 
 
Massa específica da areia Volume do furo umidade do solo
1,325 g/cm³ 1362 cm³ 10,40%
Peso dosolo úmido Fator de conversão Peso do solo seco
3010 g 0,91 2210 g
Massa específica seca in situ
2,002 g/cm³
Massa específica seca Máxima
2,010 g/cm³
22 
 
Tabela 8. Ensaio de CBR 
 
Fonte: Autor (2019) 
 
Desta forma o valor de CBR encontrado por meio da equação 2 para este 
material foi de 69% com as pressões padronizadas em 0,1 pol = 70,31 kg/cm² e de 0,2 
pol = 105,46 kg/cm². Já para a realização do ensaio de expansão do corpo de prova, 
obteve resultados nulos, onde somente a leitura inicial apresentou uma variação de 
2%, já nas leituras de 24, 48, 72 e 92 horas foi de 0%, o que resulta em uma expansão 
nula. 
4.6 Métodos empregados 
 
Os métodos empregados são tão importantes quanto os ensaios realizados, 
uma vez que se algum serviço for aplicado de forma incorreta pode gerar transtornos 
em toda a etapa de terraplenagem. 
 
A escolha da jazida para a obra foi escolhida de forma que diminuísse o custo 
e que não perdesse a qualidade do material, desta forma o DMT= 8,45 Km, o que 
proporcionou um bom fator tecnico-economico para a obra. 
 
Já quanto a escolha do maquinário para a obra, foi de tamanha 
precisabilidade, já que a quantidade dos equipamentos não permitia folgas das 
atividades, o que resulta em ganhos econômicos e evita a perda de umidade para a 
compactação adequada e com os maquinários certos para a atividade, como a moto 
niveladora e o rolo compactador pé de carneiro. 
 
 
ORDEM: 
I.S.C.
m.m. POL. DETER. CORRIG. %
0 0
0,63 0,025 30 3,17 0,00
1,27 0,050 205 21,63 0,00
1,90 0,075 300 31,65
2,54 0,100 400 42,20 60,00
3,81 0,150 540 56,97
5,08 0,200 690 72,80 69,00
7,62 0,300 780 82,29
30 SEG.
1,5 MIN.
TEMPO
2 MIN.
3 MIN.
4 MIN.
6 MIN.
CILINDRO N.º :
1 MIN.
7,00
PENETRAÇÃO PRESSÃO kg/cm2
HOT
LEITURA ANEL
23 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Conforme estabelece as normas da ABNT sobre a execução da 
terraplanagem, são necessários que sigam-se parâmetros como por exemplo: CBR e 
grau de compactação, os quais na presente pesquisa atingiram 69% e 99% 
respetivamente. 
Isso porque a umidade e a escolha do material foi relativamente bom. Esse 
fato foi identificado por meio do controle tecnológico, já que através dos ensaios é 
possível estabelecer critérios importantes para a realização de aterros. 
Outrossim, são as boas práticas aconselhadas por grandes autores como 
Caputo e Lozano sobre o assunto deve ser sempre considerados, já que a qualidade 
e durabilidade da pavimentação dependem dos métodos empregados nos serviços, a 
exemplo: altura das camadas, homogeneização do solo e até mesmo a geometria de 
cortes e aterros, além da primazia por uma jazida com especificações técnicas 
adequadas para o tipo de aterro almejado, levando em conta o fator técnico-
econômico que foi favorecido pelo DTM de 8.5 km. 
No tocante ao maquinário é de suma importância a utilização correta, pois há 
variação para cada tipo de solo trabalhado. Tudo isso corrobora para obter-se os 
melhores resultados e diminuindo os custos da execução do projeto, para o 
nivelamento do terreno e a compactação do aterro. 
Quanto a obra executada, foi bem explorado o controle tecnológico, o que é 
notado nos resultados dos ensaios e na utilização dos métodos empregados. Apesar 
do material trabalhado apresentar pouca plasticidade, tem uma adequada resistência 
como indicado pelo ensaio de CBR e uma boa compactação como pôde ser observado 
pelo ensaio de Proctor e o grau de compactação. 
E por conseguinte é evidente a importância do controle tecnológico como 
explanado no estudo, onde conseguiu-se obter bons resultados nos ensaios. Dessa 
forma, a ausência do controle tecnólogo traz grandes consequências para obras que 
necessitam do serviço de terraplanagem ao passo que a durabilidade, a qualidade e 
a resistência atingem níveis baixíssimos, o que gera um maior custo, e que poderia 
ser evitado com a implantação do controle tecnológico na execução dos aterros. 
24 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS 
 
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Determinação do Limite de Plasticidade. Rio de Janeiro, 2016. 
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VIANA, H. M. F. Fotos dos equipamentos dos ensaios LL e LP tiradas no 
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