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Cinco fontes de influência sobre a teoria da personalidade

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· Cinco fontes de influência sobre a teoria da personalidade: 
1- Observação Clínica – Começando com Charcot e Janet, mais incluindo especialmente Freud, Jung e McDougall, fez mais para determinar a natureza da teoria da personalidade, do que qualquer outro fator.
2- Tradição Gestáltica e de William Stern – Esses teóricos estavam muito impressionados com a unidade de comportamento e consequentemente, convencidos de que um estudo fragmentado de pequenos elementos do comportamento jamais poderia ser esclarecedor. Esse ponto de vista está profundamente inserido na atual teoria da personalidade.
3- Psicologia experimental geral e a teoria da aprendizagem – Dessa linha, surgiram uma crescente preocupação com a pesquisa empírica cuidadosamente controlada, um melhor entendimento da natureza da construção da teoria e uma apreciação mais detalhada de como o comportamento é modificado.
4- Tradição Psicométrica – Com seu foco na mensuração e no estudo das diferenças individuais, proporcionou uma sofisticação cada vez maior nas dimensões de avaliação ou mensuração do comportamento e na análise quantitativa dos dados.
5- Genética e a Fisiologia – desempenharam um papel crucial nas tentativasde identificar e de descrever as características de personalidade.
· A origem da teoria da personalidade deve muito mais a profissão médica e as condições da prática médica. Os primeiros teóricos nessa área (Freud, Jung e McDougall) tinham formação em medicina, mas trabalhavam também como psicoterapeutas.
· Para os teóricos da personalidade o entendimento adequado do comportamento humano só vai surgir do estudo da pessoa em sua totalidade, ou seja, o sujeito deveria ser visto como uma pessoa inteira funcionando em um habitat natural.
· Freud não ficou impressionado com a eficácia da hipnose. Quando ouviu falar sobre um novo método desenvolvido por um médico vienense, Josef Breuer, que levava o paciente a cura dos sintomas ao falar sobre eles, chamado de “método catártico”, Freud experimentou e achou efetivo, o que constituiu o ponto de partida da psicanálise. 
· Os dois divergiram sobre a importância do fator sexual na histeria. Freud considerava que os conflitos sexuais eram a causa da histeria, enquanto Breuer adotava uma visão mais conservadora.
· Freud comparou a mente a um iceberg: a parte menor que aparecia em cima da superfície da água representava a região da consciência, enquanto a parte muito maior abaixo da água representava a região do inconsciente.
· No inconsciente, encontramos os desejos, as ideias recalcadas que exercem controle sobre os pensamentos e as ações dos sujeitos.
· Para Freud as pulsões são impulsos psíquicos que conduzem o comportamento humano, sendo a libido a sua energia. Contra a qual a fuga é ineficaz. As pulsões se constituem a partir de quatro termos: fonte, alvo, pressão e objeto. 
· Toda pulsão tem como fonte o somático e apresenta uma meta específica, a satisfação, alcançada mediante algum objeto.
· Freud estabeleceu dois tipos de pulsões: a pulsão de vida e a pulsão de morte.
· A pulsão de vida: é a tendência do organismo humano para buscar a satisfação, a sobrevivência, a perpetuação. Relaciona-se a uma busca por prazer, alegria, felicidade.
· A pulsão de morte é a tendência do organismo humano para buscar a redução exponencial de qualquer excitação presente. Esta pulsão impele a mudança de comportamento, término de ciclos e a perda de sentido das coisas ou situações.
· ID: Busca prazer imediato sem se importar com regras ou consequências. 
· EGO: Busca equilibrar os desejos do Id com a realidade e as regras do Superego. 
· SUPEREGO: Internaliza regras e valores dos pais e da sociedade, formando a nossa consciência. Pode criar conflito com o Id, pois seus padrões podem ser muito rígidos.
· Identificação: pode ser definida como um método pelo qual alguém assume as características de outra pessoa e torna-as uma parte integrante de sua personalidade. A criança se identifica com os pais porque eles parecem ser onipotentes, que as crianças crescem, encontram outras pessoas com as quais se identificar, pessoas cujas realizações estão mais de acordo com seus atuais desejos. A maioria dessas identificações ocorrem inconscientemente.
· Geralmente selecionamos e incorporamos apenas aquelas características que acreditamos que vão nos ajudar a atingir um objetivo desejado.
· A criança se identifica com as proibições dos pais a fim de evitar os castigos. Esse tipo de identificação é a base para a formação do superego.
· A estrutura final da personalidade representa um acúmulo de numerosas identificações feitas em vários períodos da vida da pessoa. A personalidade se torna mais ou menos estabilizada com a idade, devido aos compromissos feitos entre as forças pulsionais e as resistências do ego e do superego, que chamamos de sublimação.
Mecanismos de Defesa: Escudos Psíquicos na Visão de Freud
Na mente humana, segundo Freud, mecanismos de defesa atuam como escudos protetores contra a ansiedade e o conflito interno. São estratégias inconscientes que utilizamos para lidar com situações ameaçadoras, pensamentos inaceitáveis e impulsos reprimidos.
· A sublimação é um mecanismo de defesa maduro que transforma impulsos ou idealizações socialmente inaceitáveis em ações ou comportamentos socialmente valorizados. 
Exemplo: Arte: Um artista pode sublimar seus impulsos sexuais através da criação de obras de arte.
· A direção tomada por um deslocamento é determinada por dois fatores:
1- a semelhança do objeto substituto com o original, e
2- as sanções e as proibições impostas pela sociedade.
· Deslocamento: opera como um mecanismo de defesa inconsciente, redirecionando emoções, ideias ou desejos de seu alvo original para um substituto menos ameaçador. Essa transferência visa aliviar a ansiedade e o conflito interno, permitindo a expressão de conteúdos reprimidos de forma disfarçada.
· Repressão ou recalque:
· Esconder na Escuridão: A repressão empurra conteúdos conflitivos para o inconsciente, escondendo-os da mente consciente.
· Exemplos Reveladores: Esquecer um evento traumático, negar um sentimento de raiva ou bloquear uma lembrança dolorosa.
· Limitações e Perigos: A repressão pode gerar sintomas somáticos, lapsos de memória e até mesmo transtornos psicológicos.
· Negação:
· Ignorar a Realidade: A negação recusa a reconhecer a realidade de eventos ou situações dolorosas.
· Exemplos Claros: Negar um diagnóstico médico, negar a culpa por um erro ou ignorar os sinais de um relacionamento abusivo.
· Riscos e Consequências: A negação pode atrasar o enfrentamento de problemas e dificultar a busca por soluções.
· Projeção:
· Transferência de Culpa: A projeção atribui pensamentos, sentimentos ou desejos inaceitáveis para outra pessoa ou objeto.
· Exemplos Comuns: Acusar alguém de ser mentiroso quando você mesmo está mentindo, achar que todos estão te criticando quando você está inseguro ou sentir que alguém está com raiva quando você é quem está com raiva.
· Dificuldades e Impactos: A projeção pode prejudicar relacionamentos e dificultar a autoconsciência.
· Racionalização:
· Criar Desculpas: A racionalização cria justificativas plausíveis para comportamentos inaceitáveis ou decisões equivocadas.
· Exemplos Práticos: Inventar desculpas para não ir trabalhar, negar a real razão por ter terminado um relacionamento ou justificar um comportamento agressivo como forma de defesa.
· Perigos e Armadilhas: A racionalização pode nos impedir de aprender com os erros e de assumir a responsabilidade por nossas ações.
· Sublimação:
· Transformar Energia: A sublimação redireciona a energia de impulsos inaceitáveis para atividades socialmente valorizadas e criativas.
· Exemplos Inspiradores: Transformar angústia em arte, raiva em esporte, desejo sexual em trabalho criativo.
· Benefícios e Resultados Positivos: A sublimação pode contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional, além de promover a saúde mental.
· Formação Reativa:
· Comportamento Exagerado: A formação reativa leva a um comportamentoexcessivamente oposto ao impulso reprimido.
· Exemplos Reveladores: Uma pessoa com medo de germes se tornar extremamente higiênica, alguém com raiva se mostrar excessivamente gentil ou uma pessoa com desejo sexual reprimido se tornar moralista.
· Desafios e Tensões: A formação reativa pode gerar rigidez moral, dificuldade em expressar emoções e falta de espontaneidade.
· Identificação:
· Adotar Características: A identificação leva a incorporar características de outra pessoa admirada, como forma de se fortalecer ou compensar sentimentos de inadequação.
· Exemplos Diversos: Adotar o estilo de vida de um ídolo, imitar o comportamento de um líder ou se identificar com os valores de um grupo social.
· Influências e Impactos: A identificação pode ser positiva para o desenvolvimento da identidade, mas também pode levar à perda da individualidade e à dependência emocional.
· Lembre-se:
· Os mecanismos de defesa são ferramentas que utilizamos para lidar com a ansiedade e o conflito interno. O uso excessivo de alguns mecanismos pode ser prejudicial à saúde mental. A compreensão dos mecanismos de defesa pode nos ajudar a ter mais autoconsciência e a lidar com os desafios da vida de forma mais saudável.
Complexo de édipo:
· A criança sente atração pelo genitor do sexo oposto e rivaliza com o do mesmo sexo.
· É uma fase natural e universal do desenvolvimento.
· A resolução é essencial para a formação da identidade e da moral.
· Geralmente ocorre entre os 3 e 6 anos de idade. O termo "complexo de Édipo" é derivado da tragédia grega de Sófocles, "Édipo Rei".
Basicamente, o complexo de Édipo ocorre quando uma criança desenvolve sentimentos de atração pelo genitor do sexo oposto e rivalidade com o genitor do mesmo sexo. 
A falha em resolver adequadamente o complexo de Édipo pode resultar em dificuldades nos relacionamentos e problemas psicológicos na vida adulta.

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