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Alunas: Alexandra Silva Rodrigues de Souza
Angela Midori Fukakusa
Amanda F da Silva 
Anne Caroline Mateus 
Barbara Paula Freitas da Silva Alves
Bianca Beatriz de Souza
Ingrid Coelho Rolle
Luciana Bazilio
Vanessa Correa Cesar
SINDROME DE BURNOUT: IMPLICAÇÕES EM PROFISSIONAIS NA AREA DA SAUDE.
 São Paulo 
2022
Alunas: Alexandra Silva Rodrigues de Souza
Ângela Midori Fukakusa
Amanda F da Silva 
Anne Caroline Mateus 
Barbara Paula Freitas da Silva Alves
Bianca Beatriz de Souza
Ingrid Coelho Rolle
Luciana Bazilio
Vanessa Correa Cesar
SINDROME DE BURNOUT: IMPLICAÇÕES EM PROFISSIONAIS NA AREA DA SAUDE.
Projeto de pesquisa apresentado como requisito obrigatório da disciplina de Psicologia Aplicada a Enfermagem do curso Técnico em Enfermagem sob a orientação do Edison Evaristo Vieira Júnior. 
São Paulo
2022
 SUMARIO 
 
INTRODUÇÃO
A síndrome de burnout é uma síndrome de ocupacional que se desenvolve em resposta ao estresse crônico no trabalho. Comentários: Este estudo aborda esta questão para determinar as principais consequências da doença na vida dos profissionais de saúde, especialmente os enfermeiros. Trata-se de uma revisão de literatura de artigos publicados sobre o tema entre 2010 e 2020, selecionados nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde, MEDLINE, SciELO e Google Acadêmico. Discussão: 19 referências, 17 artigos científicos, um livro e uma publicação da Organização Pan-Americana da Saúde foram selecionados para o estudo. Considerações finais . Pesquisas constataram alta prevalência da síndrome entre os profissionais de saúde, principalmente os de enfermagem, que possuem múltiplos estressores em seu ambiente de trabalho que os predispõem à síndrome, com foco na sobrecarga de horas de trabalho, baixos salários e más condições de trabalho. A doença tem consequências negativas, causando problemas a nível pessoal, profissional, familiar e social:
SINDROME DE BURNOUT: IMPLICAÇÕES EM PROFISSIONAIS NA AREA DA SAUDE.
Os profissionais da área da saúde estão entre os mais vulneráveis a sofrer a Síndrome de Burnout, subdividida em três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e realização profissional. Dentro desse nicho, os enfermeiros uma vez que eles experimentam situações estressantes constantes no trabalho, além de atuarem em contato direto com os pacientes críticos que têm prognósticos diferentes e graus de sofrimento diversos.
Uma amostra com 91 participantes realizada em um hospital universitário em São Paulo (SP) concluiu que a prevalência de enfermeiros com a Síndrome de Burnout correspondeu a 14,3%.“São estressores comuns no ambiente laboral: jornada de trabalho exaustiva, baixa remuneração, conflitos com colegas, complexidade dos procedimentos, falta de recursos pessoais e materiais”
Para realização de seu diagnóstico, é necessária análise multifatorial utilizando uma ou mais das quatro principais concepções teóricas baseadas na sua possível etiologia: clínica, psicossocial, organizacional, sócio histórica. Com base na concepção psicossocial, a mais utilizada atualmente, o stress promove a base para o aparecimento dos sinais individuais acompanhados aos do ambiente e às do trabalho, o que favorece o aparecimento dos fatores plurais da síndrome: Exaustão Emocional (EE), Despersonalização (DE) e Realização Profissional (RP) (TRIGO, TENG, HALLAK, 2007).
Os participantes apresentaram altos níveis de exaustão emocional (47,2%) e de despersonalização (34,1%), assim como baixo nível de realização profissional (34,1%). Durante a pandemia , os profissionais de saúde que trabalharam na linha de frente sofreram mais com o excesso de trabalho e estress .
Geralmente, as pessoas que possuem a síndrome sentem fadiga e cansaço constante. Apresentam também distúrbios do sono, dores musculares e de cabeça, irritabilidade,alterações de humor, falhas de memória, dificuldade de concentração,falta de apetite, agressividade, isolamento, depressão, pessimismo e baixa autoestima.
Pesquisa realizada pelo Internet Stress Management Association em 2019 aponta que antes da pandemia o Brasil aparecia na segunda colocação mundial, atrás apenas do Japão. Na época, 32% dos trabalhadores brasileiros sofriam com a síndrome.
“Ocorrem muitos pedidos de demissão na área da saúde por conta de problemas emocionais e a gente sabe que isso se inicia pelo Burnout, o que abre portas para a depressão, que pode se agravar”, explica Dorisdaria Humerez, coordenadora da Comissão Nacional de Enfermagem e Saúde Mental do Cofen.
Para dar apoio aos profissionais da Enfermagem e combater o esgotamento emocional, o Cofen criou o programa Enfermagem Solidária durante a pandemia. Cerca de 12 mil profissionais buscaram atendimento. Na lista de fatores que contribuem para o Burnout nessa área estão o acúmulo de empregos, falta de boas condições de repouso e o forte vínculo com os pacientes 24h por dia. 
Profissões mais afetadas
A síndrome de burnout pode afetar qualquer profissão. Grandes candidatos a desenvolver o problema são os famosos workaholics, aquelas pessoas que vivem para o trabalho e possuem níveis de exigência muito altos com ideias perfeccionistas. Profissões que apresentam um impacto direto na vida de outras pessoas podem ser mais afetadas.
Veja se a sua área está na lista:
Profissionais da saúde em geral, principalmente, médicos e enfermeiros;
Jornalistas;
Advogados;
Professores;
Psicólogos;
Policiais;
Bombeiros;
Carcereiros;
Oficiais de Justiça;
Assistentes sociais;
Atendentes de telemarketing;
Bancários;
Executivos.
Estudo com amostragem nacional realizado pela PEBMED, healthtech de conteúdo para médicos, recém-adquirida pela Afya Educacional, revela que 78% dos profissionais de saúde tiveram sinais de síndrome de Burnout no período da pandemia. A prevalência foi de 79% entre médicos, 74% entre enfermeiros e 64% entre técnicos de enfermagem. Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico de caráter depressivo, associado à atividade profissional, que causa esgotamento físico e mental.
A pesquisa Burnout durante a pandemia avaliou a ocorrência do problema entre os profissionais de saúde e identificou fatores que contribuem ou atenuam a situação. Entre os dias 26 de junho e 6 de julho, o estudo ouviu 3.613 participantes, por meio de um questionário online com metodologia científica reconhecida, sendo que 2.932 eram médicos, 457 enfermeiros e 224 técnicos de enfermagem, de todas as regiões do Brasil.
Algumas condições podem ser associadas ao Burnout, como a privação do sono, a sensação de tempo insuficiente por parte dos médicos para com seus pacientes20, as horas excessivas de trabalho10,21,24, a ineficiência, a baixa autonomia21, a relação prejudicada entre trabalho e vida pessoal10,21 e a área de atuação8.
Foram detectadas quatro dimensões para a identificação dos fatores desencadeantes de Burnout, conforme apresentado no Quadro 28,16.
 
 
Observou-se, também, que a situação econômica, quando afeta o sistema de saúde de um país, influencia e justifica o maior acometimento dos profissionais de saúde por Burnout, uma vez que tais fatos acarretam maior burocracia, maior carga de trabalho e menos recursos humanos e materiais disponíveis
Realizou-se revisão sistemática da literatura científica sobre as implicações da SB nos profissionais de saúde. De acordo com o modelo PiCOT (população de pacientes; intervenção ou problema; comparação com outro quadro de intervenção ou problema; outcomes [desfecho]; e tempo), buscou-se por estudos que avaliassem profissionais da área da saúde que desenvolveram a SB, bem como as consequências físicas e mentais inseridas nessa afecção.
Os descritores obtidos pelo Medical Subject Headings (MeSH) e pelo Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) foram: "esgotamento profissional", "consequências", "pessoal de saúde", "estresse psicológico" e "médicos", nos idiomas português, inglês e espanhol. Buscaram-se artigos indexados nas bases de dados: MeDline® (via PubMed®), na literatura latino-Americanae do Caribe em Ciências da Saúde (lilACS) e Scientific Electronic Library Online (ScielO). Foram utilizados, também, por indicação da especialista em Medicina do Trabalho, Dra. Vera lúcia Ângelo Andrade, três estudos transversais publicados na Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, os quais possuem os mesmos descritores acima citados.
Foram incluídos artigos que abordam as consequências da SB nos profissionais de saúde, publicados nos últimos dez anos, em português, inglês e espanhol. e excluídos os estudos em que os profissionais de saúde apresentavam outros transtornos psicológicos e/ou psiquiátricos. Os estudos identificados em cada base de dados foram organizados, sendo excluídas as referências duplicadas.
As estratégias de busca selecionadas foram subdivididas entre os pesquisadores, em uma dupla e um trio. Dessa forma, cada subgrupo avaliou a sua estratégia nas bases de dados e elegeu os artigos significativos. Realizou-se uma discussão entre todos os pesquisadores a respeito desses e as discordâncias que eventualmente ocorreram foram sanadas. (Figura 1)
 
Figura 1. Fluxograma referente à pesquisa de artigos nos bancos de dados utilizados.
 
FISIOPATOLOGIA DO ESTRESSE
Segundo lima da Silva9, o estresse manifesta-se em três fases (Figura 2): fase de defesa ou alarme, na qual o sistema nervoso central percebe a situação de tensão e o hipotálamo estimula a hipófise, levando-a a aumentar a secreção do hormônio adrenocorticotrófico; fase de resistência, na qual o organismo reage às doenças; e fase de exaustão ou esgotamento, quando o organismo torna-se mais suscetível a doenças.
 
Figura 2. Representação das Fases do Estresse, adaptada de Lima da Silva et al.9.
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PROFISSIONAIS ACOMETIDOS
Entre os profissionais de saúde mais acometidos por Burnout, destacam-se os enfermeiros, uma vez que estabelecem contato estreito com os pacientes e que realizam atividades estressantes no ambiente de trabalho5,8,9. Médicos de todas as especialidades podem ser acometidos por Burnout,10, porém se destacam, nos estudos incluídos por esta revisão sistemática, cirurgiões10,14,20, médicos internos2,20, psiquiatras22 e oncologistas21,23. De maneira geral, existem diversos fatores que justificam o acometimento desses médicos, como carga horária excessiva e turnos de trabalho em horários não habituais14, além de arrependimento na escolha da especialidade2.
Os oncologistas possuem, também, altos níveis de Burnout devido ao grande número de óbitos de seus pacientes, mesmo com intervenções e tratamentos adequados. Além disso, faz parte do cotidiano do oncologista a comunicação de más notícias, tendo em vista a elevada incidência de óbitos em sua especialidade. Tais fatos acarretam sentimento de falha e/ou impotência16,21,23.
A pandemia do novo coronavírus tem impactado a saúde mental da população e dos profissionais de saúde, principalmente daqueles que atuam diretamente na luta contra a doença. A pesquisa indicou que um dos fatores que contribuíram para o esgotamento dos profissionais de saúde foi trabalhar na linha de frente. A prevalência da doença é de 83% entre médicos que atuam na linha de frente do combate à Covid-19, contra 71% naqueles que não têm trabalhado diretamente com a doença.
Alta carga horária e maior medo por contaminação dos familiares também contribuíram para o esgotamento físico e mental dos entrevistados. Além disso, o levantamento mostrou que 70% dos profissionais de saúde que responderam a pesquisa eram mulheres, que costumam acumular jornadas dentro de casa, além do trabalho.
“Os resultados são reflexo do impacto da pandemia na saúde mental dos profissionais de saúde da linha de frente, que têm passado pelas dificuldades impostas pela luta contra a Covid-19. Muitas horas de trabalho, estresse e medo são recorrentes no dia a dia desses profissionais. Com a PEBMED, temos acesso ao maior público de médicos do Brasil e estes dados comprovam nossa preocupação e vão nos possibilitar a ajudá-los, com toda nossa expertise e conteúdo, neste momento tão difícil”, revela o médico Eduardo Moura, um dos três fundadores da PEBMED.
CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://www.unifesp.br/reitoria/dci/releases/item/4134-pesquisa-aponta-vulnerabilidade-dos-enfermeiros-a-sindrome-de-burnout
https://querobolsa.com.br/revista/sindrome-de-burnout?msclkid=f6549490265e15ba49ebf66ea7a75bdd&utm_source=bing&utm_medium=cpc&utm_campaign=Fake+DSA+Revista&utm_term=burnout&utm_content=Sindrome+de+Burnout
https://medicinasa.com.br/burnout-profissionais-de-saude/
http://www.rbmt.org.br/details/121/pt-BR/sindrome-de-burnout--consequencias-e-implicacoes-de-uma-realidade-cada-vez-mais-prevalente-na-vida-dos-profissionais-de-saude
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