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Escalas de Personalidade de Comrey

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As escalas de personalidade 
de Comrey (CPS): 
desenvolvimentos recentes e 
novos grupos normativos 
PSICOLOGIA SOCIAL 
AROLDO RODRIGUES* 
1. Introdução; 2. Desenvolvimentos re-
centes; 3. Novos grupos normativos bra-
sileiros; 4. Conclusão. 
o presente trabalho relata os desenvolvimentos recentemente apresentados peJas 
escalas de personal41ade de Comrey (CPS). São comentados os seguintes aperfeiçoa-
mentos do instrumento: a) novas instruções; b) criação de formas paralelas; c) novos 
dados sobre a validade do CPS; d) novas formas de verificação de falsificação das 
respostas; e) valor discriminante do CPS entre amostras normais e patológicas; 
f) maior facilidade na correção manual do teste. 
Além disso, o artigo apresenta normas obtidas no Brasil para os seguintes 
grupos: suboficiais da Marinha (n = 520); pó~graduadós masculinos (n = 840) e 
femininos (n = 315); adolescentes masculinos (n = 568) e femininos (n = 722). 
Todos estes grupos submeteram-se ao teste em situação de seleção. 
O artigo conclui com uma breve referência ao tipo de utilização do CPS no 
Brasil 
1. Introdução 
As escalas de personalidade de Comrey (Comrey Personality Scales ou CPS) foram 
publicadas nos EUA em 1970 e, no Brasil, em 1973. 1 Não obstante os 15 anos de 
intensos estudos que precederam a publicação da primeira edição do CPS, seu 
autor continua aprimorando o instrumento e com ele empreendendo pesquisas de 
forma a torná-lo ainda mais preciso, mais valioso e de maior aplicabilidade. 
A fuialidade precípua do presente trabalho é relatar os melhoramentos intro-
duzidos pelo autor em seu teste original e fazer breve referência à maneira pela 
qual o teste tem sido utilizado no Brasil. Além disso, serão ainda apresentadas 
* Professor Titular da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 
I Manual, caderno de itens, folha de resposta e folha de perfil. 1973. Setor de Testes e 
Medidas da PUCjRJ (copyright: Aroldo Rodrigues). 
Arq. bras. Psic., Rio de Janeiro, 31 (4): 155-166, out./dez. 1979 
novas normas obtidas no Brasil com outros grupos além daquele que serviu de base 
para a padronização brasileira publicada em 1973 (Rodrigues, 1973 e Rodrigues & 
Comrey, 1974). 
2. Desenvolvimentos Recentes 
2.1 Novas instruções 
Comparadas com as instruções anteriores, as novas instruções são muito mais 
claras e suscintas. Na versão inicial, o testando deveria escolher, para cada item, 
uma entre duas escalas de sete pontos. Uma destas escalas, a escala X, referia-se à 
freqüência de ocorrência da afIrmação contida no item (7. sempre; 6. muito fre-
qüentemente; etc., até 1. nunca). A outra escala, a escala Y, referia-se à probabili-
dade de ocorrência do que está afIrmado no item (7. certamente sim; 6. muito 
provavelmente sim; etc., até 1. certamente não). Os itens da es,"ala vinham prece-
didos de X ou de Y e as instruções diziam que o testando deveria seguir a escala 
indicada no item, a não ser que tivesse nítida preferência pela outra. A indicação 
das escalas obedecia à maior freqüência de utilização das mesmas pelos sujeitos da 
. ~ostra de padronização. 
Na versão atual só existe uma escala que é a seguinte: 7. sempre; 6. muito 
freqüentemente ou quase sempre; 5. freqüentemente ou usualmente; 4. algumas 
vezes ou mais ou menos freqüentemente; 3. ocasionalmente; 2. raramente; 
1. nunca. Em decorrência desta modifIcação, as instruções fIcaram mais simples, 
mais diretas e mais curtas. 
2.2 Formas paralelas 
O autor construiu mais uma série de itens correspondentes aos existentes, isto é, 
capaz de avaliar as oito características de personalidade e de detectar as pessoas 
que respondem de qualquer maneira ou o fazem de uma forma socialmente desejá-
vel. A nova forma do CPS não foi divulgada comercialmente. Seu autor, para 
evitar o problema de exposição demasiada do instrumento - o que freqüente-
mente acontece, inutilizando bons testes existentes - constrói formas distintas, 
porém equivalentes, para diferentes aplicações do CPS. Com esta estratégia, o CPS 
dispõe agora de inúmeras formas paralelas, as quais são mantidas em sigilo. 
2.3 Novos dados sobre a validade do CPS 
Comrey & Backer (1970) e Comrey, Wong & Backer (1978) .apresentam novos 
dados indicadores da validade do CPS. No primeiro destes estudos, Comrey & 
156 A.B.P.4/79 
Backer (1970) levaram a cabo uma tentativa de validação de constructo das esca- -
las. Duzentos e nove voluntários, estudantes da Universidade da Califórnia, em Los 
Angeles, responderam ao CPS e a 82 itens biográficos relativos a aspectos também 
avaliados pelo CPS. Uma avaliação da personalidade dos sujeitos lhes foi prome-
tida e, para garantir o anonimato, a identificação era feita por número e não por 
nome . .os escores obtidos pelos sujeitos nas oito características de personalidade 
avaliadas pelo CPS foram correlacionados com escores atribuídos pelos autores a 
essas características, quando determinadas pelas respostas ao conjunto de itens 
biográficos. Os dados forneceram forte apoio à validade das escalas C (confor-
mismo X rebeldia) e O (ordem X falta de compulsão); apoio razoável à validade 
das escalas A (atividade X falta de energia), S (estabilidade emocional X neuroti-
cismo), M (masculinidade X feminilidade) e P (empatia X egocentrismo); e pe-
queno apoio à validade das escalas T (confiança X atitude defensiva) e E (extro-
versão X introversão). 
Em outro estudo mais recente (Comrey, Wong & Backer, 1978),53 estudan-
tes asiáticos obtiveram escores significativamente mais elevados que estudantes 
na'o-asiáticos, todos estudantes na UCLA, na escala C (conformismo X rebeldia). 
Tal achado é coerente com o conhecimento que se tem da estrutura tradicionalista 
das famílias asiáticas. Ademais, 199 voluntários, dos quais 90 eram homens e 109 
mulheres, foram solicitados a responder ao CPS e a indicar sua preferência política 
na escala seguinte: 1. radical de direita; 2. ultraconservador; 3. conservador; 4. 
centro; 5. liberal; 6. ultraliberal; 7. radical de esquerda. A hipótese levantada foi 
de que os escores nesta escala e os obtidos na escala C do CPS seriam negativamen-
te correlacionados. As correlações obtidas foram: -0,53 para os homens e -0,49 
para as mulheres, ambas altamente significantes. 
2.4 Novas formas de verificação de falsificação das respostas 
Uma das vantagens do CPS é a sua possibilidade de detectar as pessoas que estão 
respondendo ao instrumento sem a necessária atenção (escores altos na escala V) e 
aquelas que respondem de forma a dar uma resposta socialmente desejável (escores 
altos na escala R). 
Além da escala R, Comrey & Backer (1975) demonstraram que outros indica-
dores do CPS podem se utilizados como preditores de falseamento deliberado, 
cujo objetivo é transmitir uma boa imagem de si mesmo. Estes outros indicadores 
são: a) o escore na escala de Validade (V); b) o escore em V mais o escore na 
escala de Tendenciosidade da Resposta (R); c) a soma dos escores nas oito variá-
veis de personalidade derivadas do CPS; d) a soma dos escores em V, R e nas oito 
variáveis de personalidade, ou seja, a soma dos escores em todas as 10 escalas do 
CPS; e) a soma D, definida como a soma das diferenças entre o número de respos-
tas indicadoras de cada uma das sete alternativas de respostas do CPS (escalas X e 
Y) e o número médio de respostas nestas escalas obtido na amostra de padroniza-
Escalas de personalidade 157 
ção. Na amostra americana os números 'médios da amostra de padronização para 
cada wna das alternativas' de respostas das escalas X e Y foram: 15,24,28,41,33, 
24 e 15 respectivamente para as alternativas 1,2,3,4,5,6 e 7. 
Estes preditores foram correlacionados por Comrey & Backer (1975) com wn 
critério de "falsificação de resultados do CPS" obtido da seguinte forma: 160 
sujeitos, estudantes da VCLA, fizeram o teste respondendo a cada item de duas 
maneiras, a saber: normalmente, dando wna resposta honesta ao item; e de forma 
a dar a melhor impressão possível de si mesmo, comose estivesse sendo entrevista-
do para um trabalho que desejava muito e para o qual sua admissão dependesse da 
impressão causada através da resposta ao teste. A diferença entre os escores nas 
duas condições para cada wna das oito variáveis de personalidade foi obtida e 
somados os valores absolutos daí resultántes. As correlações obtidas podem ser 
vistas na tabela 1. 
Tabela 1 
Correlações entre os preditores de falsificação de 
respostas e o critério de falsificação 
Preditores Correlação 
V 
R 
V+R 
Soma de 8 escores 
Soma de 10 escores 
SomaD 
Soma de 10 escores + soma D 
0,46 
0,69 
0,70 
0,76 
0,78 
0,62 
0,80 
Como se vê, os novos preditores de falseamento de respostas a fim de dar wna 
imagem favorável da personalidade são, sem dúvida, mais' eficazes. 
2.5 Valor discriminante do CPS na diferenciação entre amostras normais e pato-
lógicas 
Comrey, Saufi e Backer (1978) aplicaram o CPS a 62 pacientes de ambulatório de 
wn hospital psiquiátrico em San Francisco e a 76 internos de wn hospital psiquiá-
trico de Los Angeles. Os dados assim obtidos foram comprados, por meio do teste 
do l, com os dados normativos da amostra utilizada na padronização do teste. 
Para os homens e para as mulheres foram calculadas as freqüências de escores, em 
cada escala, acima de T = 60, entre T = 40 e T = 40, e abaixo de T = 40. As fre-
158 A.B.P.4/79 
qüências esperadas foram calculadas com base na suposição de normalidade das 
distribuições, o que daria aproximadamente 16% acima e abaixo de la, isto é, 
T= 60eT = 40. 
O principal achado da pesquisa foi que a escala S (estabilidade emocional X 
neuroticismo) do CPS discriminou claramente entre pacientes e normais. Os pa-
cientes obtiveram escores T abaixo de 40 em proporção significativamente mais 
elevada que os normais. 
2.6 Maior facilidade na correção manual 
Com o estabelecimento do mesmo número de itens (18) para as escalas de validade 
01 e R) e para as 8 escalas de personalidade (T, O, C, A, S, E, M e P), tornou-se 
mais fácil e direto o levantamento manual das novas formas do CPS. Ademais, o 
aumento de itens das escalas de validade tornam-nas ainda mais precisas. 
3. Novos grupos normativos brasileiros 
3.1 Normas para suboficiais da Marinha em situação de seleção 
O Serviço de Seleção de Pessoaí da Marinha do Brasil utilizou o CPS numa de suas 
seleções sob a chefia do Prof. Wilson Moura. A amostra foi constituída de 520 
homens de nível sócio-econômico e educacional baixo, concorrendo para a admis-
são à Marinha de Guerra. A tabela de padronização obtida com esta amostra 
consta do anexo 1. 
3.2 Normas para pós-graduados de ambos os sexos em situação de seleção 
Economistas, engenheiros e advogados de ambos os sexos responderam ao CPS 
como parte do processo de admissão a cargos técnicos numa empresa estatal. As 
normas para homens (n = 840) e mulheres (n = 315) constam dos anexos 2 e 3. 
3.3 Normas para adolescentes de ambos os sexos, candidatos à bolsa concedida 
pela American Field Service do Brasil 
Rapazes e moças entre 15 e 17 anos foram submetidos ao CPS como parte do 
processo de seleção daqueles que seriam agraciados com bolsa para os EUA dentro 
do programa do American Field Service do Brasil. Para estes dados acrescentamos 
à padronização das escalas do CPS a padronização da variável soma dos escores nas 
oito escalas '(total) em virtude do que foi dito em 2.4. Os anexos 4 e 5 apresentam 
os dados para os rapazes (n = 568) e para as moças (n = 722), respectivamente. 
Escalas de personalidade 159 
T 
79 
77 
75 
73 
71 
69 
67 
65 
63 
61 
:;9 
57 
55 
53 
51 . 
49 
47 
45 
43 
41 
39 
37 
35 
33 
31 
29 
27 
25 
23 
21 
v 
48 
46 
43 
40 
36 
33 
32 
R 
88 
86 
82 
80 
79 
78 
76 
30 75 
29 74 
28 72 
27 '70 
26 68 
24 66 
23 64 
22 62 
21 60 
20 58 
19 . 56 
18 54 
17 52 
16 51 
15 49 
14 48 
13 46 
12 44 
11 43 
10 41 
9 38 
8 35 
30 
Alternativas 
X de Escolhas 40 
160 
Anexo 1 
Sub oficiais da Marinha 
N=520 
T O C A S E M P 
130 140 138 138 140 136 125 140 
127 138 134 134 138 133 122 138 
125 137 130 132 136 130 11"8 137 
123 136 126 131 134 128 112 136 
120 135 124 129 131 126 109 134 
117 134 122 127 129 124 106 133 
114 132' 120 125 128 121 103 130 
111 132 118 122 126 117 101 127 
107 130 116 119 124 114 98 123 
103 127 114 116 122 112 96 121 
100 125 112 114 120 109 93 118 
97 123 110 112 118 106 91 115 
95 121 108 110 115 103 89 112 
93 119 106 107 112 100 87 108 
89 116 104 104 110 97 85 105 
86 113 102 101 109 93 83 102 
84 110 100 98 107 90 80 99 
82 108 98 96 105 86 78 97 
80 105 96 93 103 83 76 94 
78 103 94 90 100 80 74 90 
75 101 92 88 98 77 72 88 
73 99 91 85 95 74 71 83 
70 97 90 83 92 71 68 81 
68 96 87 81 90 67 66 78 
66 95 85 80 88 63 65 76 
64 93 84 78 86 61 63 73 
60 91 80 75 83 59 60 70 
56 88 76 70 80 56 56 64 
53 84 73 68 75 53 53 58 
49 80 70 60 72 50 49 55 
2 ·3 4 5 6 7 
17 24 26 23 10. 37 
A.B.P.4/79 
T 
79 
77 
75 
73 
71 
69 
67 
65 
63 
61 
59 
57 
55 
53 
51 
49 
47 
45 
43 
41 
39 
37 
35 
33 
31 
29 
27 
25 
23 
21 
v 
42 
40 
38 
36 
34 
32 
30 
29 
28 
27 
26 
25 
24 
23 
22 
21 
20 
19 
18 
17 
16 
15 
14 
l3 
12 
11 
10 
9 
8 
R 
82 
81 
80 
79 
77 
75 
73 
71 
70 
68 
67 
65 
64 
62 
60 
58 
57 
55 
54 
52 
50 
48 
47 
46 
45 
44 
40 
38 
36 
34 
Escala! de persoTUllidade 
Anexo 2 
Pós-graduados (sexo feminino) 
N =315 
T O C A 
126 135 123 140 
122 134 121 138 
118 133 118 133 
114 131 115 130 
112 129 112 127 
108 127 109 123 
105 125 106 120 
102 123 103 118 
100 122 100 116 
98 120 98 114 
96 \18 96 112 
93 117 94 110 
90 115 92 107 
87 113 90 105 
85 111 88 102 
83 108 86 99 
81 104 84 96 
79 100 82 93 
77 97 79 90 
75 93 76 88 
73 90 73 86 
71 88 70 84 
69 86 68 82 
66 84 65 80 
63 82 63 78 
60 80 61 76 
58 75 58 72 
54 70 54 68 
50 65 50 64 
45 60 45 60 
S E 
140 133 
138 l32 
135 130 
l32 128 
130 126 
128 124 
126 122 
124 119 
122 117 
120 114 
117 111 
114 108 
112 105 
110 103 
108 101 
106 98 
103 95 
100 92 
97 89 
94 86 
91 83 
88 80 
85 77 
82 74 
78 69 
74 64 
70 61 
66 58 
62 55 
58 52 
M P 
102 140 
101 l37 
99 135 
97 l33 
95 l31 
93 129 
90 127 
87 125 
85 122 
83 120 
81 118 
78 115 
76 113 
74 110 
72 107 
70 104 
68 100 
66 97 
63 94 
60 92 
57 90 
55 86 
53 82 
51 79 
49 76 
47 73 
45 68 
42 63 
39 58 
35 53 
161 
T I V 
79 
77 
75 
73 
71 
69 
67 
65 
63 
61 
59 
57 
55 
53 
51 
49 
47 
45 
43 
41 
39 
37 
35 
33 
31 
29 
27 
25 
23 
21 
162 
40 
38 
37 
35 
33 
32 
31 
30 
29 
28 
27 
25 
24 
23 
22 
21 
20 
19 
18 
17 
16 
15 
14 
13 
12 
11 
10 
9 
8 
7 
R . 
88 
85 
83 
81 
77 
75 
73 
70 
68 
66 
64 
62 
60 
58 
56 
55 
53 
52 
50 
48 
46 
44 
42 
40 
39 
38 
35 
31 
27 
24 
Anexo 3 
Pós-graduados (sexo masculino) 
N=840 
T o cl A s E 
125 140 125 140 140 135 
122 138 121 138 138 132 
120 136 119 135 136 130 
117 134 117 132 134 128 
112 130 113 126 130 124 
110 128 111 124 128 122 
107 127 108 122 126 119 
104 125 105 120 124 116 
101 122 102 118 121 114 
98 119 100 116 119 112 
96 116 99 113 117 110 
94 114 97 111 114 107 
92 111 95 109 112 104 
88 109 92 107 110 101 
86 107 90 104 108 98 
84 104 88 101 106 95 
81 102 86 98 103 93 
79 100 83 95 101 89 
77 98 81 92 99 86 
75 96 78 89 97 83 
73 94 76 87 94 80 
70 91 73 85 91 76 
67 88 71 83 89 75 
65 86 68 81 87 72 
63 83 66 78 83 68 
61 80 64 75 79 63 
55 75 60 70 75 55 
49 70 55 60 70 47 
43 65 50 50 63 40 
38 S8 44 43 SS 33 
M P 
118 140 
116 138 
114 136 
112 134 
107 130 
106 128 
103 125 
100 122 
97 119 
94 115 
92 113 
90 110 
88 107 
86 104 
84 101 
82 98 
80 95 
78 92 
75 89 
72 86 
70 83 
68 80 
66 77 
64 74 
61 71 
59 68 
57 60 
54 52 
49 45 
42 37 
A.B.P.4/79 
Anexo 4 
Adolescentes(sexo masculino) 
N=568 
T V R T o C A SE 
79 36 84 116 137 125 130 138 132 
77 34 83 114 133 123 129 137 131 
75 33 79 113 131 121 128 136 130 
73 32 76 112 128 118 125 133 128 
71 30 75 107 127 116 124 132 127 
69 29 73 105 123 113 121 130 125 
67 28 71 102 121 110 118 127 123 
65 27 69 98 118 107 115 126 121 
63 26 68 96 116 105 113 124 119 
61 25 66 93 113 102 110 122 116 
59 23 64 91 111 9.9 108 120 113 
57 22 62 89 108 96 105 118 111 
55 21 61 86 106 94 103 116 107 
53 20 59 84 104 92 100 113 105 
51 19 57 82 101 89 98 111 101 
49 18 55 80 98 86 97 109 99 
47 17 54 78 96 84 95 107 96 
45 16 52 76 93 82 93 105 93 
43 15 50 74 91 79 91 102 91 
41 14 48 72 89 76 89 99 89 
39 13 47 70 87 73 87 97 85 
37 12 45 67 84 70 84 94 83 
35 11 44 65 81 67 82 90 80 
33 10 42 63 78 63 80 87 78 
31 9 40 61 75 59 77 84 75 
29 8 37 60 74 55 75 81 72 
27 36 57 71 53 73 74 68 
25 34 55 69 51 72 68 65 
23 33 5j 68 50 67 65 64 
21 
Alternativas 
X de Escolhas 
31 51 
1 
27 
Escalas de personalidade 
62 
2 
20 
48 45 64 57 
3 4 5 6 
27 35 24 23 
M I P ITotal 
114 137 109 
113 136 103 
112 135 102 
109 134 100 
107 133 98 
103 130 97 
101 127 95 
98 126 94 . 
97 123 93 
95 119 92 
93 114 90 
91 111 88 
89 108 86 
86 105 85 
84 102 84 
82 100 83 
80 98 81 
78 95 80 
76 93 79 
74 90 78 
71 87 77 
68 85 76 
65 83 75 
63 81 74 
61 79 73 
59 77 72 
57 71 71 
56 66 70 
51 58 65 
47 57 64 
7 
24 
163 
Anexo 5 
Adolescentes (sexo feminino) 
N=722 
T V R T O C A SE 
79 35 81 115 129 122 129 138 133 
77 33 80 114 127 121 128 137 132 
75 31 78 110 125 120 127 136 131 
73 30 76 108 123 118 125 134 130 
71 29 74 106 122 115 123 132 129 
69 28 73 104 120 112 120 130 128 
67 26 72 101 117 109 118 127 126 
65 25 70 98 115 106 115 125 123 
63 24 69 96 114 104 113 123 121 
61 23 67 93 112 103 111 121 119 
59 22 66 91 109 100 108 119 116 
57 21 65 89 107 98 106 117 114 
55 20 63 87 105 95 103 115 112 
53 19 62 85 103 93 101 112 109 
51 18 60 82 100 91 99 110 1Õ6 
49 17 59 80 98 88 96 108 103 
47 16 58 78 95 85 94 105 99 
45 15 56 76 92 83 92 103 95 
43 14 55 74 90 80 90 99 93 
41 13 53 72 87 77 87 97 89 
39 12 51 70 85 74 85 94 87 
37 11 50 67 81 70 83 91 84 
35 10 48 65 79 66 81 88 80 
33 9 47 63 76 62 79 84 78 
31 8 46 61 74 58 76 82 72 
29 
27 
25 
23 
21 
45 
44 
43 
42 
Alternativas 
X de Escolhas 
164 
59 
56 
54 
53 
51 
1 
27 
73 
70 
69 
64 
55 
2 
19 
56 
54 
49 
47 
45 
3 
26 
71 
69 
60 
59 
56 
4 
35 
76 
72 
69 
68 
66 
5 
23 
68 
64 
55 
53 
50 
6 
23 
M P ITQtal 
111 140 102 
104 139 101 
97 137 100 
95 136 98 
94 134 97 
91 133 95 
89 131 94 
87 128 93 
85 125 92 
83 122 90 
80 120 89 
77 118 88 
75 115 86 
73 113 85 
70 109 84 
68 107 83 
66 104 81 
63 101 80 
61 99 79 
58 96 78 
55 93 77 
52 91 75 
50 89 74 
48 86 72 
44 83 70 
43 
42 
40 
36 
33 
7 
25 
80 
77 
75 
74 
64 
69 
68 
66 
65 
64 
A.B.P.4/79 
4. Conclusio 
Parece fora de qualquer dúvida que o CPS, além de ser um instrumento de vali-
dade e utilidade comprovadas em vários países (Comrey e colaboradores, 1965, 
Rodrigues & Comrey, 1974), está sendo objeto de constantes pesquisas destinadas 
a seu aprimorament(1. 
No Brasil o instrumento tem sido utilizado para diagnóstico, para seleção e 
para pesquisas. Vários profissionais, individUálmente, e várias firmas usam o CPS 
em seus trabalhos de diagnóstico e seleção. No que tange à pesquisa, o autor deste 
artigo e vários alunos de mestrado e doutorado já o utilizaram, com excelentes 
resultados. O instrumento é um dos raros existentes no Brasil que dispõe de 
padronização para vários tipos de amostras e em situação de diagnóstico e de 
seleção, separadamente: Ademais, apresentando seus resultados em termos de es-
cores padronizados T, ele se presta à utilização em pesquisas onde medidas de 
natureza intervalar são buscadas. 
Esperamos que estes trabalhos de aprimoramento do CPS, tanto em seu país 
de origem como no Brasil, continuem sendo empreendidos para que se possa 
dispor de um instrumento cada vez melhor de avaliação da personalidade. 
Summary 
The present paper reports recent developrnent of the Comrey Personality Scales 
(CPS). The following improvements of the instrument are commented upon: 
a) new instructions; b) development of parareI forms; c) new data on the validity 
of the CPS; d) new ways of detecting faking; e) discriminating value of the test 
between samples of normals and abnormals; f) greater facility in the manual 
scoring of the testo 
In adition, the paper presents norms obtained in Brazil for the following 
groups: Daval personnel (n = 20); male graduates (n = 840) and female graduates 
(n = 315); male adolescente (n = 568) and female adolescente (n = 722). All 
these groups took the test for selection purposes. 
The article ends with a bried reference to the way the CPS is being used in 
Brazil. 
Bibliografia 
Cornrey, A. L., Meschieri, L., Misiti, R. & Nencini, R. A comparison of personality factor 
structure in American and Italian subjects. J. Pesonal. & Soc. hychoL, 1: 257-61, 1965. 
Cornrey, A. L. The Comrey Perwrullity SCIIle,. San Diego, Educational & Industrial Testing 
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Escalas de personalidade 165 
Comrey, A. L. & Backer, T. E. Construct validation of the Comrey Personality Sca1es. Multi-
varÍllte Behavioral Research, 5: 469-77, 1970. 
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ResetlTch, 10: 311-20, 1975. 
Comrey, A. L., Wong, C. & Backer, T. E. Further validation of the social conformity sca1e of 
the Comrey ~rsona1ity Sca1es. PsychologiClIl Reportl, 43: 165-6, 1978. 
Comrey, A. L., Saufi, A. & Backer, T. E. Psychiatric screening with the Comrey Personality 
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Rodrigues, A. Mtlnual para til ElfCtllttlf de Personalidtlde de Comrey; manual, caderno de itens, 
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Rodrigues, A. & Comrey, A. L. Personality structure in Brazil and the UnitedStates. J. of 
Soc;'1 Prychology, 92: 19-26, 1974. 
'}\tirei O pau no gato-to 
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A.B.P.4/79

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