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Repartição de Competências Tributárias

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DIREITO CONSTITUCIONAL II
PRIMEIRO SEM�TRE DE 2023
INSTRUTOR: Roberto Bahia
no_reply@example.com
Repartição das competências emmatéria tributária
● Conceito
○ De acordo com o Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória em
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por
ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade plenamente
vinculada. Ou seja,
○ Um tributo é uma quantia em dinheiro que as pessoas são obrigadas a
pagar, em moeda ou bens susceptíveis de avaliações (que tenha poder
monetário). Essa obrigação não é uma punição por algo errado, mas sim
uma contribuição imposta por lei (diferença entre tributo e multaO. Em que,
o governo é responsável por cobrar essa quantia, seguindo regras
específicas estabelecidas pela lei, e a cobrança é feita de forma clara e
vinculada às atividades definidas na legislação.
● Tributos na Constituição (5 espécies)
○ Impostos - Art. 145,I.
○ Taxas - Art.145, II;
■ De polícia
■ De serviço
○ Contribuição de melhoria - Art. 145, II;
○ Contribuições especiais - Arts. 149 c.c. 195, I, II, III e 149-A
○ Empréstimos compulsórios Arts. 148, I e II
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● Identificação da natureza específica dos tributos
○ Não são relevantes o nome que se dá ao tributo, não pq o nome que
transforma aquele objeto (não é pq chamo de imposto que é imposto)
○ Não é relevante para os impostos, taxas e contribuição de melhoria, a
destinação legal do produto da arrecadação (IPVA não tem nd a ver com rua,
ele vai para o cofre do Estado e ele gasta com o que quiser, escolas,
hospitais, etc.)
○ Em todos os casos, a natureza específica dos tributos é determinada pelo
FATO GERADOR, ou pela HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA da respectiva obrigação
■ Conceito legal, sendo a formulação hipotética de um fato que, se
ocorrendo concretamente, dá nascimento à obrigação.
○ O fato gerador é o evento ou a situação definida em lei que faz surgir a
obrigação tributária, impondo ao contribuinte o ônus de pagar um tributo.
Ele é a "causa" que desencadeia a obrigação de pagar impostos.
■ Hipótese de incidência: Letra da lei, ou seja, é a descrição de um fato
em abstrato que me obriga a pagar um tributo (IPVA diz que é
obrigada a pagar qm é proprietário de veículo automotor)→ se não
tem carro e nem casa, não tenho que pagar imposto, já que não
encaixa na lei
■ Fato imponível: é quando a situação descrita hipotética acontece de
fato no mundo real (compro um carro, a partir deste momento sou
obrigado a pagar o IPVA)
■ é a partir da letra da lei que identificamos as diferentes espécies
tributárias
○ tributos podem ser:
■ Vinculados a atuação estatal (participação do estado na atuação
daquela espécie tributária) ou repercussão deste (estado fornece
água, licença, autorização, obras que valorizam imóvel particular,
documentos):
■ Convenções:
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● Taxas: A relação é sempre direta, imediatamente referida ao
contribuinte, atuação estatal direta com fiscalização
(autorização para dirigir→ pago a taxa→ faço a prova e
reprovo (estado vai verificar se eu sei ou não e pago a taxa até
conseguir)→ peço alguma coisa ao estado que dependa de
seu poder fiscalização (Estado fiscaliza para conseguir oq
quero)
○ Públicas: água, luz, documentos, etc.
○ Serviço: é conseguida a partir do momento que o
Estado presta o serviço, tem que pagar mesmo não
usando pq o serviço está ali
● Contribuição de Melhorias: A relação entre estado e
contribuinte é indireta. (entre o terreno e o centro da cidade
tem um rio, Estado construiu uma ponte e isso valorizou o
terreno já que ficou a 10 min do centro, o elemento
intermediário é a valorização do imóvel, então se não houver
valorização não há tributação (contribuição) e apartir disto
pagar a diferença de lucro sobre o preço do imóvel)→
Supondo que o Estado construa um presídio do lado, não será
cobrado qualquer tipo de tributo, já que não teve valorização
do imóvel→ No caso de construírem um shopping, por
exemplo, o tributo não pode ser cobrado, já que o dinheiro
usado não foi do Estado→ paga uma vez só→ diferente das
taxas, que muitas vezes mesmo sem o serviço ser prestado
tinha que pagar ou mesmo pagando não era certo que iria
conseguir o serviço
■ Contribuições especiais: podem assumir a forma de impostos ou
taxas → prende-se às finalidades que devem atender
● Contribuição social:
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○ Empregador: pagar de contribuição de 8 por cento
sobre a folha de pagamento, esse empregador ta
pagando o imposto, tributo não vinculado
○ Empregado: taxa descontada do salário (híbrida)
■ Sindical (usada para manter o sindicato)→
depende
○ Tudo isso tem destinação específica→ INSS→ é ele que
transforma imposto ou taxa numa contribuição
específica
■ Não Vinculados
● Impostos: consiste no fato qualquer que não atuação estatal.
Todas foram feitas pelas próprias pessoas, mas estão impostas
na lei como ensejadoras de tributação. Simples fato da lei criar
uma situação que obrigada pagamento, sem que ocorra
qualquer participação estatal. EX:
○ Venda
○ Exportação
○ Proprietário (IPVA, IPTU)
○ Prestar serviços
○ Receber atendimentos
○ Importação
○ receber rendimentos (aluguel)
○ Salário (renda)→ imposto de renda
● Empréstimos Compulsórios:
○ Características equivalentes às contribuições especiais, com a peculiaridade
de geral, para a união, o dever de restituir aos contribuintes→ como e
quando será devolvido todo o valor ao contribuinte→ devolução integral e
atualizado
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○ A instituição de empréstimo compulsório, dependendo da finalidade que a
tenha determinado, deverá (art. 148, II), ou não deverá (art. 148, I) atender ao
regime de limitações do poder de tributar.
■ 148, II: no caso de investimento público de caráter urgente e de
relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
(no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu
ou aumentou)
■ 148, I: para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
● Modalidades de competência em matéria tributária
○ Impositiva: cada ente federativo cria seus próprios tributos, legisla, fiscaliza e
usa o dinheiro arrecadado. Assegura à pessoa de direito público o direito de
instituir e arrecadar tributos, fiscalizar os contribuintes e utilizar os
respectivos resultados. (D. Tributário)→ Estado
○ Participativa: Assegura aos entes federativos, o direito de participar do
produto de arrecadação de tributos instituídos e cobrados por outra (D.
financeiro)→ eu vou ter direito a receber e não legislar ou cobrar→ O
princípio da participação, no âmbito do Direito Financeiro no Brasil, está
relacionado à distribuição de receitas entre os entes federativos: União,
Estados, Municípios e Distrito Federal. Ele assegura que os entes federativos
tenham direito a participar nos resultados da arrecadação de tributos,
mesmo que esses tributos sejam instituídos e cobrados por outro ente
federativo.
● Competência impositiva privativa (só ele pode criar)
○ União
■ Impostos – art. 153;
● Importação de produtos estrangeiros;
● Exportação para o exterior de produtos nacionais ou
nacionalizados; (IE)
● Renda e proventos de qualquer natureza; (imposto de renda)
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● Produtos industrializados; (IPI)
● Operação de crédito, câmbio e seguro; (IOF)
● Propriedade territorial rural; (ITR)
● Grandes fortunas nos termos da lei complementar.
■ Contribuições especiais – arts. 149 e §§ 2º a 4º; 177, § 4º e 195, I a III;
● No caso das contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, a competência é exclusiva da União.
○ O governo federal pode instituir contribuições sociais
para financiar a previdência social (como a Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS),
para intervir no domínio econômico (como a
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico -
CIDE), ou para atender a interesses específicos de
categorias profissionais oueconômicas (como as
contribuições sindicais).
● §§ 2º a 4º:
● não são aplicadas sobre o dinheiro recebido por empresas
brasileiras pela venda de produtos ou serviços para o exterior.
● podem incidir sobre a importação de petróleo e seus
derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível.
→ importação de produtos estrangeiros ou serviços em geral.
● As contribuições podem ter alíquotas ad valorem, ou seja,
calculadas como um percentual do valor da operação (como o
faturamento ou a receita bruta), ou alíquotas específicas, que
são baseadas em uma unidade de medida adotada.
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● estabelece que a pessoa natural que é destinatária das
operações de importação pode ser equiparada à pessoa
jurídica, dependendo da legislação.
● determina que a lei definirá as situações em que as
contribuições incidirão apenas uma vez, ou seja, não haverá
cumulação de cobranças sobre a mesma operação ou produto.
■ Empréstimos compulsórios – art. 148;
● para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
● no caso de investimento público de caráter urgente e de
relevante interesse nacional
■ Impostos residuais – art. 154, I;→ impostos novos (com fato gerador
completamente novo)
■ Impostos extraordinários – art. 154 II.→ de guerra
● O imposto extraordinário foi criado em razão da premente
urgência dos Estados em conseguir importante fonte de renda
para fazer frente aos gastos decorrentes de conflito armado
declarado, cessando a sua cobrança quando posta à termo a
conflagração armada
○ ESTADOS E DISTRITO FEDERAL
■ Impostos - art. 155;
● Transmissão “causa mortis”→ ICTMD
● Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre a
prestação de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicações (ICMS)→ a mercadoria
passou por mais de um município ou mais de um estado→
CONFAZ (stf)→ quanto menos essencial o estado membro
considera o produto, maior o imposto;
● Propriedade de veículos automotores (IPVA)
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■ Contribuições previdenciárias e assistenciais de seus servidores – art.
149, § 1º
○ MUNICÍPIOS
■ Impostos – art. 156;
● IPTU;
● Transmissão inter-vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de
bens imóveis por natureza ou acessão física, e de direitos reais
sobre imóvel exceto os de garantia, bem como cessão de
direitos à sua aquisição;
● Serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art.
155, II, definidos em lei complementar.
■ Contribuições previdenciárias e assistenciais de seus servidores – art.
149, § 1º
■ Contribuição para custeio dos serviços de iluminação pública – art.
149 – A.
● COMPETÊNCIA IMPOSITIVA - CONCORRENTE→ Taxas e contribuições de melhoria.
Dependem da atuação estatal. O ente responsável por sua cobrança é o que utiliza
o dinheiro.
○ UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS:
○ TAXAS – art. 145, II;
■ De serviço
■ De polícia
○ CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – art. 145, III→ contribuição de melhoria,
decorrente de obras públicas.
● Competência Participativa → Assegura à pessoa de direito público o direito de
participar do produto da arrecadação de tributos instituídos e cobrados por outra
(D. Financeiro).→ Direito de receber parte da receita (dinheiro).→ ■ Ex: IPVA
(destinado ao Estado-membro).→ ■ Os Municípios têm direito de receber parte da
receita desse imposto.→ ○ Reequilíbrio da Federação (objetivo).→ ■ A União não
recebe, só paga.→ ■Municípios privilegiados (não pagam, só recebem)
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Nacionalidade.
● Conceito
○ É o status do indivíduo em relação ao Estado (Nação)→ povo Nação
○ Todo indivíduo em face do Estado-nação ou é nacional ou é estrangeiro
■ Nacional: é o sujeito que naturalmente pertence àquele Estado→ um
conjunto é chamado de povo (sem o qual não pode haver Estado)→
Está preso ao Estado por um vínculo, desde o nascimento, que o
acompanha em todos os demais territórios, inclusive estrangeiros→
O nacional é a razão de ser do Estado, que existe por ele e para ele
■ Estrangeiro (todo aquele que não é nacional): Aquele que, na
perspectiva de determinado Estado, não pertence a este e sim a outra
Nação (Estado ou território)→ Quando alguém está em um país
estrangeiro, está sujeito às leis e regulamentos desse Estado
enquanto estiver dentro de seu território (territorialidade).→ ao sair
desse território, o estrangeiro não está mais sujeito à jurisdição desse
Estado
● Sofreram séculos de preconceito, inclusive jurídico→
passaram a serem reconhecidos direitos a ponto de se
igualarem aos nacionais, tirando à participação no governo. Ex.
um estrangeiro não pode se candidatar a presidente
● Art. 5 CF, caput: assegura aos estrangeiros residentes no País
paridade com os brasileiros no tocante aos direitos à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
● O BRASILEIRO NATO E O NATURALIZADO
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○ Art. 12 CF: No Direito brasileiro, há dois tipos de nacionalidade→ a
Constituição vigente ameniza em grande parte as distinções entre as duas
classes.
■ Nato: Aqueles já nascidos no Brasil→ é reservada a brasileiros natos
a participação, como vogais, no Conselho da República (art. 89, VII).
■ Naturalizado: é uma pessoa que não nasceu no Brasil, mas se
naturalizou brasileira, isto é, possui a cidadania brasileira perante a
lei.
● Art 12 p.2: proíbe a criação de tratamento discriminatório
entre ambas as classes após a naturalização, garantindo a
igualdade de direitos.
● Art 12 p.3: lista os cargos públicos que são exclusivos de
brasileiros natos, ou seja, apenas pessoas que nasceram no
país podem ocupá-los.
■ Brasileiro por reciprocidade: Aos portugueses com residência
permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros,
serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos
previstos nesta Constituição. (art 12 , 1)
● O ESTRANGEIRO NO BRASIL
○ De acordo com a CF, o cidadão estrangeiro possui os mesmos direitos que o
brasileiro, se residente no país.→ o Português, por razões de reciprocidade,
goza dos mesmos direitos mesmo sem residir no Brasil
○ A Lei de Migração (Lei nº 13.445/2017) regulamenta a entrada, permanência
e saída de estrangeiros no Brasil→ Apesar da Constituição garantir esse
direito em tempo de paz, a lei estabelece condições e procedimentos
específicos para exercê-lo, exigindo conformidade com suas disposições
legais para sua efetivação.
○ o estrangeiro não tem direito a ingressar no país, mesmo se “refugiado”, se
não atender às exigências da lei→ pode ser repatriado incontinenti
(devolvido para seu país de origem imediatamente)
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○ Sobre a permanência de estrangeiros no Brasil, mesmo residentes, podem
ter autorização negada ou ser deportados conforme a lei.
■ Extradição: cooperação entre nações a fim de que indivíduos possam
ser entregues a outra nação para responder por seus crimes na
Justiça→ Exceção: Art. 5º, LII - a Constituição veda a extradição por
crimes políticos ou de opinião
● Aquisição da nacionalidade
○ É inerente à organização fundamental do Estado
○ Dimensão pessoal do Estado→ estabelece as obrigações e os direitos entre
um indivíduo e o Estado (conexão legal)
○ A atribuição da nacionalidade pelo ordenamento jurídico, e aquisição desta
pelos indivíduos, pode ser involuntária (apenas nascendo no país (jus soli→
imigração) ou tendo pais de lá (jus sanguinis→ emigração)) ou voluntária
(quando se escolhe virar cidadão por meio de um processo legal e
expressando sua vontade)
■ Países de imigração: onde chegam muitas pessoas de outros países
(por isso a forma de aquisição de nacionalidade mais comum é a jus
soli, já que fica mais fácil criar uma sensação de pertencimento
aqueles que nasceram no país independentemente de sua
descendência, além disso, oferecer cidadania aos filhos de imigrantes
pode atrair pessoas que queiram viver legalmente no país).
■ Países de emigração: Onde muitos cidadãos saem para viver em
outro países, frequentemente optam pelo critério do "jus sanguinis"
para garantir que seuscidadãos que nasçam no exterior possam
manter uma ligação legal e cultural com sua terra natal.
○ Modos de aquisição no Direito Brasileiro:
■ O artigo 12, I, a, da Constituição brasileira concede nacionalidade aos
nascidos no Brasil. No entanto, há uma exceção para filhos de pais
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estrangeiros que estão a serviço de seu país, esses filhos não
recebem automaticamente a nacionalidade brasileira;→ jus soil
■ O artigo 12, I, b da Constituição brasileira garante a nacionalidade
brasileira aos filhos de um brasileiro ou brasileira que nasçam no
exterior, desde que o ascendente (pai ou mãe) esteja a serviço do
Brasil nesse momento;
■ O art. 12, I, c, um filho de pai ou mãe brasileira nascido no exterior
pode adquirir a nacionalidade brasileira se for registrado em uma
repartição brasileira competente ou se decidir residir no Brasil após
atingir a maioridade e optar pela nacionalidade brasileira,
independentemente de o ascendente estar ou não a serviço do Brasil
no exterior.
■ A constituição brasileira, por tradição, adota o sistema do jus soil,
porém, com atenuações
○ Modos de perder a Nacionalidade:
■ Por sentença judicial: tiver cancelada sua naturalização, por sentença
judicial, em virtude de fraude relacionada ao processo de
naturalização ou de atentado contra a ordem constitucional e o
Estado Democrático;
■ Por aquisição voluntária de outra nacionalidade: fizer pedido
expresso de perda da nacionalidade brasileira perante autoridade
brasileira competente, ressalvadas situações que acarretem apatridia.
Direitos Políticos:
● O poder emana do povo (Art. 1, Parag. Único)
● Exercício da soberania:
○ Indiretamente: Por meio de representantes (Art.14):
■ Sufrágio universal;
■ Voto direto;
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■ Secreto;
● A Cidadania:
○ Cidadão→ Nacionalidade + Participação política (por meio do voto)
○ Os direitos do cidadão estão associados ao sistema político, destacando-se a
participação ligada a eleger governante (ativa) e ser elegido como um
(passiva)
○ Ser cidadão passivo exige ser ativo, não sendo suficiente apenas a
participação na escolha
○ Ex. Analfabeto→ o caso do analfabeto, que inscrito como eleitor, torna-se
cidadão ativo, mas não se pode tornar cidadão passivo, por não ter
elegibilidade.
● Requisitos para tornar-se cidadão ativo brasileiro:→ DIREITOS POLÍTICOS
○ É necessário que não seja:
■ não esteja como conscrito realizando o serviço militar obrigatório
■ não esteja privado, temporária ou definitivamente, dos direitos
políticos
■ tenha, no mínimo, dezesseis anos de idade.
○ Inelegibilidade (Art. 14, §§ 4º a 9º):
■ Total: inalistáveis e analfabetos
■ Parcial: (?):
● Mesmo cargo: Presidente, governadores, prefeitos – admitida
uma única reeleição (E.C. 16/97) (§ 5º);
● Demais cargos: Presidente, governadores, prefeitos a não ser
que renuncie seis meses antes do pleito (§ 6º);
● parentescos: no mesmo território da jurisdição do títular de
cargo executivo (§ 7º);
● Em razão de ofício: (§ 8º);→militar
● Em razão de improbidade ou imoralidade: (§ 9º).
● Forma de exercício do poder político
○ Plebiscito→ O povo
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○ Referendo→ cláusula resolutiva
○ Iniciativa popular
○ Ação popular
● A aquisição e perda dos Direitos Políticos
○ Para ser elegível para cargos políticos e poder ser escolhido como
governante, é essencial primeiro possuir a capacidade de participar
ativamente no processo eleitoral, exercendo o direito de voto. (mesmos
requisitos)
○ Embora previsto em caráter de exceção, no novo texto, pode, todavia, o
brasileiro vir a ser privado dos direitos políticos, temporária ou
definitivamente. Neste último caso, fala-se em perda dos direitos políticos:
(Art. 15 da CF)
○ do cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
○ da escusa da consciência, ou seja, da recusa em cumprir com obrigação,
encargo ou serviço impostos pela lei aos brasileiros em geral, ou em
satisfazer os deveres que a lei estabeleceu em substituição àqueles (arts. 5º,
VIII, e 143, § 1º).
● Suspensão e recuperação dos direitos políticos:
● Incapacidade Civil absoluta (Menores de 16 anos, indivíduos com enfermidade ou
deficiência mental sem discernimento e aqueles temporariamente incapazes de
expressar sua vontade)
○ O artigo 15, III, da Constituição estabelece a perda dos direitos políticos
durante a condenação criminal. Alguns entendimentos judiciais errôneos
suspendem não apenas a execução da pena, mas também os direitos
políticos durante o sursis (suspensão da pena pelo juiz). No entanto, a
suspensão da pena não anula os efeitos da condenação. Se esses efeitos
persistem, é razoável concluir que a privação dos direitos políticos também
se mantém. (pede pro chat gpt explicar pq não tinha entendido direito, mas
já arrumo)
○ Improbidade administrativa
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● Fases do processo de criação da Lei
○ Iniciativa
■ é o momento em que eu protocolo o processo de lei na casa
iniciadora
■ Geral:
■ Privativa:
■ Popular:
○ Discussão e votação: momento em que o processo de lei passa pelas
comissões permanentes (conselho de justiça (é ou não constitucional) e
temáticas (se limita a dar um parecer técnico, sem poder de arquivamento)),
são órgãos auxiliares permanentes.
■ Votação: projeto de lei ordinária (quórum comum)→ votação maioria
simples relativa→ regime de urgência (tem uma exceção)
○ Sanção/veto
○ promulgação - faz a promulgação quem promulgou a lei (ex. se foi o
presidente é quem vai promulgou, é ele qm vai promulgar)
○ publicação
Poder Executivo
Poder Executivo:
➢ Poder inorgânico: representado por apenas uma pessoa — chefe do executivo.
○ Art 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado
pelos Ministros de Estado.
■ Presidencialismo puro.
■ Presidente = chefe de estado e de governo.
➢ Governo Federal:
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○Ministérios.
○ Secretarias.
○ Auxiliares do Presidente da República.
➢ Governo Estadual:
○ Secretarias Estaduais.
○ Auxiliares dos Governadores.
➢ Governo Municipal:
○ Administração regional (descentralização do serviço público).
■ Subprefeituras.
■ Apenas executam as determinações do Prefeito naquela região.
○ Secretarias Municipais.
○ Auxiliares dos Prefeitos.
Funções do Poder Executivo:
➢ Típica:
○ Exercício da chefia de Estado e de Governo.
■ Chefe de Estado — representa o Estado soberano brasileiro
internamente (responsável pela segurança) e externamente (em face
aos outros países).
■ Chefe de Governo — administra a máquina federal.
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○ Governadores e Prefeitos são apenas chefes de governo.
■ Não representam o país (Estado soberano).
➢ Atípicas:
○ Julgar:
■ No âmbito do processo administrativo, equiparando ao judicial em
termos de amplitude e garantias – art. 5°, LV.
■ Devido processo legal: contraditório e ampla defesa.
○ Legislar:
■ Por meio de medidas provisórias (art. 62, com a redação da EC 32/01),
leis delegadas (art. 68) e decretos autônomos (art. 84, VI, a e b).
■ Distorção no sistema: Executivo legisla mais do que o Legislativo, por
meio de MP 's.
➢ Embora exista essa divisão, todas as atividades são essenciais para o
funcionamento
do Executivo.
Da eleição do presidente:
➢ Condições de elegibilidade:
○ Brasileiro nato;
○ Idade mínima 35 anos;
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○ Filiação partidária;
○ Domicílio eleitoral;
○ Gozo dos direitos políticos.
➢ A eleição por maioria absoluta em 1° Turno ou em 2 turnos entre os dois mais
votados.
○ Sistema eleitoral majoritário composto.
■ Eleição para Presidente, Governadores e Prefeitos de municípios com
mais de 200.000 eleitores.
○ Art. 77 “caput” e § 2° e 3°.
■ A eleição do Presidente e Vice-Presidente se realiza simultaneamente.
■ 1° domingo de outubro — 1° turno.
■ Último domingo de outubro — 2° turno.
■ Intervalo de 20 dias.
○ § 1° A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com
ele registrado.
■ Eleição por chapa – Presidente/vice (art. 77, § 1°).
○ § 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por
partido político, obtiver a maioriaabsoluta de votos, não computados os em
branco e os nulos.
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■ Cômputo de votos válidos.
○ § 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação,
far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado,
concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele
que obtiver a maioria dos votos válidos.
■ Eleição em 1° turno — 50% + 1 dos votos válidos — maioria absoluta.
■ 2° turno — nova eleição — maioria simples.
○ § 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou
impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o
de maior votação.
■ Só não haverá 2° turno se o candidato for eleito por maioria absoluta
no 1° turno.
■ Se não houver mais candidatos anula a eleição e convoca uma nova.
○ § 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar,
mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.
➢ Art. 78 CF:
○ O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do
Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir
a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro,
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sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.
■ Não há posse do Vice sem a do Presidente.
○ § Ú. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o
Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este
será declarado vago.
■ Novas eleições.
➢ Art. 79:
○ Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de
vaga, o Vice-Presidente.
○ § Ú. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem
conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele
convocado para missões especiais.
■ Não tem papel constitucional, a não ser substituir o Presidente da
República.
■ O Presidente pode conceder ao Vice o cargo de Ministro.
■ Só participa do Conselho de Defesa e da República.
➢ Mandato de 4 anos (art. 82).
○ Direito a uma recondução (art. 14, § 5°).
■ Inelegibilidades parciais.
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■ § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do
Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou
substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um
único período subseqüente.
Ordem de substituição do Presidente da República:
➢ Temporária: art. 80 — Em caso de impedimento do Presidente e do
Vice-Presidente,
ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício
da
Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do
Supremo Tribunal Federal.
○ Vice-presidente:
○ Presidente da Câmara dos Deputados;
■ Se assumir a presidência não pode se reeleger (art. 14, § 5°).
○ Presidente do Senado;
○ Presidente do STF.
○ Cargos que devem ser preenchidos somente por brasileiros natos.
➢ Definitiva: art. 81 — Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da
República,
far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
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○ Faltar mais de 2 anos – eleição direta.
■ Presidente da Câmara assume.
○ Faltar menos de 2 anos – eleição indireta.
■ § 1° Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período
presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias
depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
■ Os candidatos não precisam ser parlamentares.
■ Qualquer pessoa que preencher os requisitos pode ser candidato.
○ § 2° Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus
antecessores.
■ Prazo faltante ao mandato original.
■Manter a paridade nas eleições do Executivo e Legislativo.
■ Conta como se fosse mandato — se for à reeleição tem direito ao
mandato de 4 anos, mesmo que tenha assumido somente por 2 anos.
Crimes de responsabilidade do Presidente da República: impeachment.
➢ Hipóteses: art. 85.
○ São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que
atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I. a existência da União;
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II. o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do
Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da
Federação;
III. o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV. a segurança interna do País;
V. a probidade na administração;
VI. a lei orçamentária;
VII. o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
■ Hipóteses fechadas (rol taxativo).
○ Visa o impedimento ou destituição do cargo.
■ Perda do mandato por crime de responsabilidade — não tem a mesma
força do processo penal.
■ Julgamento político, e não jurídico.
■Mandato irresponsável: o Presidente não está preso ao que prometeu
em sua campanha e tem estabilidade no emprego por no mínimo 4
anos.
➢ Duas fases:
○ 1ª. Câmara dos Deputados – art. 51, I, c.c. art. 86.
■ Juízo de admissibilidade — se deve ou não ser processado.
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■ Início do procedimento.
■ Quorum de deliberação — ⅔ dos membros da casa.
○ 2ª. Senado Federal – art. 52, I, parágrafo único c.c. art. 86.
■ Exerce a função jurisdicional.
■ Suspensão das atividades do Presidente por 180 dias (prazo suficiente
para o processo ser encerrado, se não for encerrado, ele volta ao
exercício do mandato — não se prorroga — § 2°).
■ Sessão ou sessões de julgamento presidida pelo Presidente do STF
(assegurar que todas as garantias do devido processo legal,
contraditório e ampla defesa sejam respeitadas).
● O Senado passa a ter 2 presidentes.
● Quem julga são os 81 senadores.
■ Quórum— ⅔ dos senadores.
○ Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois
terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o
Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado
Federal, nos crimes de responsabilidade.
○ Art. 52, § Ú. Condenação limitada à perda do cargo, com inabilitação, por oito
anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções
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judiciais cabíveis.
■ + suspensão de direitos políticos.
■ Função pública eletiva ou por concurso público.
Crimes comuns do Presidente da República: durante o exercício do mandato.
➢ Início do procedimento perante a Câmara dos Deputados:
○ Art. 51, I.
○ Quórum de ⅔.
○ Se não admitida pela Câmara (não for processado), suspende o prazo e será
julgado depois do mandato pelo juízo competente.
➢ Julgamento perante o STF.
○ Art. 86.
➢ § 4° O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
○ Atos anteriores.
○ Só é julgado depois do término do mandato.
○ Perante o juiz competente.
Crimes de responsabilidade e comuns:
Crimes de responsabilidade Crimes comuns
Presidente C.D (admite) / Senado
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(julga)
C.D / STF
Governadores Assembleia Legislativa
admite e julga
A.L / STJ
Prefeitos
C. Vereadores admite e julga
C. V (nem toda lei orgânica
prevê a passagem por ela) /
TJ
Poder Executivo:
➢ O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República e é auxiliado pelos
Ministros de Estado, por um período de 4 (quatro) anos, podendo ser reeleito para
um único período subsequente.
○ Art. 82 e 14, § 5°.
➢ Art. 84. Competências (privativas) do Presidente da República.
○ Presidencialismo puro — exerce ambas as funções de chefe de Estado e de
Governo.
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➢ O Presidente da República acumula as funções de chefe de Estado (art. 84, VII,
VIII,
XIII, etc) e de chefe de Governo (art. 84, I, II, III, IV, etc).
○ Em regra suas funções são indelegáveis, com algumas exceções (art. 84, § U).
○ § U. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas
nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que
observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
■ VI - dispor, mediante decreto, sobre:
● a) organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumentode despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos;
● b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
● Decreto autônomo — reorganiza a administração.
■ XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário,
dos órgãos instituídos em lei;
● Indultos.
■ XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
■ Todas as demais funções são privativas (indelegáveis).
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➢ Como chefe de Estado, o Presidente da República representa o País no plano
internacional e, assim, é o responsável pela sua segurança.
○ Além disso, ele representa a unidade nacional, cabendo-lhe zelar pelo bom
convívio entre os Poderes.
■ Só se aplica ao Presidente da República.
○ Funções externas.
■ VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus
representantes diplomáticos;
■ VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a
referendo do Congresso Nacional;
○ Função interna: responsável pela segurança do Estado soberano brasileiro.
■ XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover
seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são
privativos;
➢ Como Chefe de Governo, o Presidente da República desempenha funções
administrativas e políticas:
○ Desempenha funções administrativas e políticas: é o principal gestor da
máquina administrativa federal e é, também, o formulador e condutor das
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políticas a serem implementadas nas diversas áreas (saúde, educação,
segurança, etc.).
■Máquina estadual — Governadores.
■Máquina municipal — Prefeitos.
■ Aplica-se à União, aos Estados e Municípios.
○ Governadores e Prefeitos são chefes de Governo.
■ Nomeiam seus secretários.
■ As tarefas abaixo também se aplicam a eles.
○ I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
■ Auxiliares do Presidente.
○ II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da
administração federal;
○ III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta
Constituição;
■ Poder iniciativo e matérias privativas (§ 1°, art. 61).
○ IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos
e regulamentos para sua fiel execução;
■ Viabiliza o exercício da lei (decreto executivo — infralegal).
➢ Chefe de Estado — UF.
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○ Chefe de Governo:
■ UF.
■ Est.
■ DF.
■Mun.
○ Art. 84.
Órgãos da Presidência da República:
➢ Auxiliares:
○Ministérios: art. 87.
■ Cargo de confiança — não exige habilitação técnica.
○ Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de
vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos.
■ Auxiliares do Presidente.
■ Requisitos: ser brasileiro (nato ou naturalizado); maior de 21 anos; e
no exercício dos direitos políticos (ser eleitor).
■ Exceção: ministro da defesa (deve ser brasileiro nato) — chefe das
forças armadas.
■ Não precisa ser técnico na área do ministério, nem ser deputado ou
senador e não precisar ter filiação partidária.
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■ Basta ter a confiança do Presidente.
○ Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições
estabelecidas nesta Constituição e na lei:
■ Funções executivas (executórias — faz o que o Presidente manda).
■ I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e
entidades da administração federal na área de sua competência e
referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República;
■ II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e
regulamentos;
■ III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua
gestão no Ministério;
■ IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem
outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República.
○ O Presidente estabelece o número necessário de ministérios e ministros.
➢ Consultivos:
○ O Presidente não é obrigado a seguir a opinião desses órgãos (acatar a sua
decisão).
■ Ele só é obrigado a ouvir os dois conselhos.
○ Conselho da República: art. 89.
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■ Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do
Presidente da República, e dele participam:
I. O Vice-Presidente da República;
II. O Presidente da Câmara dos Deputados;
III. O Presidente do Senado Federal;
IV. Os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V. Os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI. O Ministro da Justiça;
VII. Seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos
de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República,
dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos
Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a
recondução.
■ Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:
I. Intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
II. As questões relevantes para a estabilidade das instituições
democráticas.
○ Conselho de Defesa Nacional: art. 91.
■ Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do
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Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania
nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como
membros natos:
I. O Vice-Presidente da República;
II. O Presidente da Câmara dos Deputados;
III. O Presidente do Senado Federal;
IV. O Ministro da Justiça;
V. O Ministro de Estado da Defesa;
VI. O Ministro das Relações Exteriores;
VII. O Ministro do Planejamento.
VIII. Os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
■ § 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional:
I. Opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração
da paz, nos termos desta Constituição;
II. Opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de
sítio e da intervenção federal;
III. Propor os critérios e condições de utilização de áreas
indispensáveis à segurança do território nacional e opinar
sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas
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relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos
naturais de qualquer tipo;
IV. Estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de
iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a
defesa do Estado democrático.
○ O Judiciário julga se houve abuso na prática dos atos durante o regime de
exceção.
■ Liberdade de apreciar e julgar os excessos durante a aplicação desses
atos de exceção.
Poder Executivo dos Estados:
➢ É exercido pelo Governador, eleito nos termos do art. 28, c.c. art. 32, §§ 2° e 3°.
○ Simetria entre o art. 28 e 77 da CF.
■ Sistema eleitoral majoritário composto (2 turnos).
■ Não há alteração nas regras de candidatura e eleição.
■Muda a idade mínima: Governadores = 30 anos.
○ Estes mesmos dispositivos cuidam da perda do mandato, bem como dos
subsídios para o exercício do cargo.
○ § 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na
administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de
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concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V.
■ Não pode exercer outro cargo, exceto por concurso público.
○ Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por
lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e
aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos
os princípios estabelecidos nesta Constituição.
■ Aplica-se a regra dos Estados e do Presidente (arts. 28 e 77).
○ § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas
aos Estados e Municípios.
○ § 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do
art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e
Deputados Estaduais, para mandato de igual duração.
○ § 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no
art. 27.
Poder Executivo dos Municípios:
➢ É exercido pelo Prefeito e é empossado nos termos previstos no art. 29, I, II e III.
○ II - Nos municípios com menos de 200. 000 eleitores não há eleição por 2
turnos.
■ Sistema eleitoral majoritário simples(somente 1 turno).
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○ Os incisos X e XIV deste dispositivo tratam do julgamento e da perda do
mandato de Prefeito.
■ X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça;
Seminário 4: Advocacia e Defensoria Pública
➢ Advocacia Pública — defesa da União.
○ O MP é um órgão de defesa patrimonial.
➢ Advocacia — art 133.
○ Princípios:
■ Inviolabilidade: é inviolável a sua função, mas não a sua
responsabilização.
■ Indispensabilidade: um elemento de cidadania, busca justiça e para
isso ele tem a garantia de acesso aos documentos necessários (Súmula
Vinculante 14, STF), porém é relativo, pois em alguns casos a atuação
do advogado é dispensável.
○ Direitos dos advogados — art. 7° do Estatuto da OAB.
■ Regulamentação de direitos e honorários — art 22.
➢ Defensoria Pública — arts. 134 e 135.
○ Competências:
■ Instituição permanente: ninguém pode dissolvê-la.
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■ Caráter democrático.
■ Promoção dos direitos humanos e defesa dos direitos individuais e
coletivos.
■ Forma gratuita aos necessitados, no âmbito judicial e extrajudicial.
➢ Forma de remuneração: art 135 parágrafo 1°.
○ Subsídio - parcela única - é vedada pagamento adicional pelo cliente.
➢ Direitos:
○ Inamovibilidade - tem o direito de permanecer no cargo, não posso ser
transferido para outro lugar (ex: sair de SBC para Diadema).
○ Autonomia funcional e administrativa.
➢ Administração da DP - art 135, §§ 2 e 3.
○ Não é um órgão subordinado, ela se auto administra.
○ Garantias:
■ Unidade - nunca vai se dividir, é apenas uma unidade.
■ Independência Funcional - autonomia funcional, para não ser
subordinada a nenhum órgão.
○ EC 45/04.
○ EC 69/12.
○ EC 74/13.
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○ EC 80/14 - MAIS IMPORTANTE - trouxe as garantias dos advogados e etc.
○ Convênio da OAB com a Defensoria - a OAB pode designar um advogado para
atuar na Defensoria.
● Perguntas:
○ Relação com o art. 5°, incisos 35 (livre acesso ao judiciário), 55
(indispensabilidade do advogado) e 74.
○ Todos têm direito à justiça, não só o certo ou errado, mas todos têm direito à
defesa, à justiça.
○ A Defensoria Pública não supre toda a demanda por justiça?
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