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MÓDULO 05 Protocolo de Identificação do Paciente PROFESSOR (A) Silvio Cesar da Conceição OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 1. Princípios e práticas do protocolo de identificação do paciente. 2. Prevenção de erros relacionados à identificação inadequada. 3. Implementação e monitoramento do processo de identificação. Introdução O protocolo tem como objetivo garantir a correta identificação do paciente, a fim de reduzir a ocorrência de incidentes. O processo de identificação do paciente deve assegurar que o cuidado seja prestado à pessoa para a qual se destina. A identificação correta do paciente é essencial para prevenir erros e enganos que possam lesar o paciente. Justificativa 1 Erros Comuns Erros de identificação do paciente podem ocorrer ocorrer desde a admissão até a alta do serviço, em em todas as fases do diagnóstico e do tratamento tratamento . . Fatores como estado de consciência do do paciente, mudanças de leito, setor ou profissional profissional dentro da instituição podem potencializar potencializar os riscos. 2 Impacto Significativo Entre 2003 e 2005, o Reino Unido registrou 236 incidentes relacionados a pulseiras com informações informações incorretas. Nos Estados Unidos, cerca cerca de de 850 pacientes por ano são transfundidos transfundidos com com sangue destinado a outros pacientes, com 3% evoluindo a óbito. 3 Consenso de Especialistas Consensos e relatórios de especialistas indicam reduções significativas na ocorrência de erros após a implementação de implementação de processos de identificação do paciente. Abrangência Todos os Ambientes O protocolo deverá ser aplicado em todos os ambientes de prestação prestação do cuidado de saúde, como unidades de internação, internação, ambulatório, salas de emergência e centro cirúrgico, cirúrgico, onde onde sejam realizados procedimentos terapêuticos ou ou diagnósticos. Procedimento operacional Identificação do Paciente A identificação deve ser realizada na admissão através de pulseira com no mínimo dois identificadores, como nome completo, nome da mãe e data de nascimento. Casos especiais, como pacientes sem condições de usar a pulseira, devem ser definidos pela instituição. Transferência de Pacientes Na transferência para outro serviço, um identificador adicional pode ser o endereço. Quando não houver identificadores disponíveis, devem ser registrados detalhes como local de resgate e descrição física. Confirmação da Identificação A confirmação da identificação deve ser realizada antes de qualquer cuidado, com o paciente/familiar declarando o nome e conferindo com a pulseira. Essa verificação deve ocorrer continuamente durante a permanência do paciente. Especificações da pulseira Cor Branca A pulseira deve ser de cor branca, evitando o uso de cores que possam aumentar o risco de erros. Tamanho Adequado As pulseiras devem se adequar ao perfil dos pacientes, sendo longas o suficiente para pacientes obesos e curtas o suficiente para recém-nascidos. Conforto As pulseiras devem ser flexíveis, lisas, impermeáveis e não- alergênicas, evitando cantos ou bordas afiadas. Durabilidade As informações impressas ou manuscritas devem ser duráveis, impermeáveis e de fácil leitura, mesmo após exposição a líquidos. Monitoramento de indicadores Notificação de Incidentes Todos os casos de identificação errada devem ser notificados e investigados, com implementação de recomendações. Indicadores de Monitoramento Devem ser monitorados o número de eventos adversos por falhas na identificação e a proporção de pacientes com pulseiras padronizadas. Auditorias Regulares Mecanismos de monitoramento e auditorias rotineiras devem ser realizados para verificar o cumprimento do protocolo. Importância da identificação correta Prevenção de Erros A correta identificação do paciente é essencial para prevenir erros e enganos que possam lesar o paciente durante os cuidados de saúde. Segurança do Paciente Processos eficazes de identificação do paciente contribuem significativamente para a segurança do paciente e a qualidade do cuidado prestado. Confiança do Paciente Estudos mostram que a maioria dos pacientes considera importante a utilização de métodos de identificação pelos hospitais, aumentando a confiança no cuidado. Redução de Incidentes A implementação de protocolos de identificação do paciente tem demonstrado reduções significativas na ocorrência de erros e incidentes. Benefícios da identificação correta Prevenção de Erros A correta identificação do paciente é essencial para evitar erros e enganos que possam lesar o paciente. Segurança do Paciente Processos eficazes de identificação contribuem significativamente para a segurança e qualidade do cuidado. Confiança do Paciente A maioria dos pacientes considera importante a utilização de métodos de identificação, aumentando a confiança no cuidado. Redução de Incidentes A implementação de protocolos de identificação tem demonstrado reduções significativas na ocorrência de erros e incidentes. Desafios na implementação Estigma do Uso de Pulseira Superar o estigma associado ao uso de pulseira de identificação, que pode ser visto como algo negativo pelos pacientes. Inconsistências nos Dados Lidar com inconsistências e falsificação de dados de nascimento e planos de saúde, que dificultam a identificação correta. Diversidade Cultural Familiarizar-se com nomes de indivíduos de diferentes culturas, facilitando a pronúncia e a checagem do paciente. Avaliação da qualidade dos serviços Estrutura Avaliar os aspectos de estrutura dos serviços, como recursos materiais e tecnológicos, para a implementação efetiva dos protocolos de identificação do paciente. Processos Avaliar os processos de trabalho relacionados à identificação do paciente, como a padronização de ações e a adesão dos profissionais. Resultados Mensurar e divulgar os resultados da identificação correta do paciente, minimizando os riscos advindos de erros, que podem culminar em agravos à saúde. Situação-problema Em um grande hospital urbano, durante o turno da noite, uma paciente de 45 anos é admitida na emergência com suspeita de apendicite aguda. Ela é recebida pela equipe de enfermagem, composta por profissionais experientes e também por alguns residentes em treinamento. Devido à urgência do caso e à falta de informações completas sobre a paciente, surge uma série de complicações relacionadas à identificação e à prestação de cuidados. Reflexão 1. Identificação inicial: A paciente chega à emergência em estado de dor aguda, tornando difícil obter informações precisas sobre sua identidade. A equipe de enfermagem realiza uma identificação inicial com base nas informações fornecidas pela paciente, mas não verifica a sua pulseira de identificação. 2. Triagem e histórico clínico: Durante a triagem, a enfermeira responsável rapidamente avalia a paciente, priorizando o alívio da dor e a estabilização de seus sinais vitais. No entanto, devido à urgência do caso, não há tempo para coletar um histórico clínico completo, incluindo alergias a medicamentos ou condições médicas pré-existentes. 3. Erro na identificação: Durante a admissão da paciente, a enfermeira responsável atribui erroneamente um número de identificação a ela, confundindo-a com outra paciente com um nome semelhante que estava sendo tratada no mesmo turno. Como resultado, a equipe de enfermagem acessa o prontuário incorreto e administra tratamentos inadequados à paciente. 4. Descoberta do erro: Algumas horas após a admissão da paciente, um médico residente revisa o prontuário e percebe discrepâncias nos registros de tratamento e nos dados do paciente. Ele alerta a enfermeira responsável, que imediatamente verifica a pulseira de identificação da paciente e descobre o erro na identificação. Reflexão 5. Avaliação dos danos: A equipe de enfermagem realiza uma avaliação completa dosdanos causados pelo erro na identificação, incluindo quaisquer tratamentos inadequados administrados à paciente. Eles também avaliam o impacto emocional e psicológico do erro na paciente e em seus familiares. 6. Comunicação e notificação: A equipe de enfermagem comunica imediatamente o erro aos médicos responsáveis, à administração do hospital e à família da paciente. Eles explicam detalhadamente como o erro ocorreu, quais medidas estão sendo tomadas para corrigi-lo e quais são os próximos passos no tratamento da paciente. 7. Análise das causas: Após lidar com a situação imediata, a equipe de enfermagem realiza uma análise detalhada das causas subjacentes do erro na identificação do paciente. Isso inclui examinar os procedimentos de identificação utilizados, a carga de trabalho da equipe, a comunicação entre os profissionais os profissionais. Reflexão 8. Implementação de medidas preventivas: Com base na análise das causas, a equipe de enfermagem identifica e implementa medidas preventivas para evitar erros semelhantes no futuro. Isso pode incluir a revisão e aprimoramento dos procedimentos de identificação do paciente, a implementação de sistemas de verificação dupla e a realização de treinamento adicional para a equipe. 9. Apoio e acompanhamento: A equipe de enfermagem fornece apoio contínuo à paciente e à sua família, garantindo que eles estejam informados sobre o status do tratamento e quaisquer mudanças no plano de cuidados. Eles também oferecem recursos de apoio emocional, como aconselhamento psicológico, conforme necessário. 10. Aprendizado e melhoria contínua: Após resolver a situação imediata, a equipe de enfermagem realiza uma revisão abrangente do incidente, identificando lições aprendidas e oportunidades de melhoria contínua. Eles compartilham essas informações com outros profissionais de saúde do hospital e implementam mudanças no sistema para evitar erros semelhantes no futuro. REFERÊNCIAS ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Protocolo de Identificação do paciente. 2013. Tase TH, Lourenção DCA, Bianchini SM, Tronchin DMR. Identificação do paciente nas organizações de saúde: uma reflexão emergente. Rev Gaúcha Enferm. 2013;34(2):196-200. WHO. World health organization, the joint commission, joint commission international. WHO Collaborating Centre for Patient Safety Solutions. Aide Memoire. Patient Safety Solutions, vol1, solution 2, may 2007. 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