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Universidade Estácio Neuroanatomofisiologia Aula 4 Professora: Lorena Kawamura Brasília; Setembro de 2023 Meninges Dura Mater Aracnóide Pia Mater membranas conjuntivas envolvem o Sistema Nervoso Central frequentemente, acometidas por processos patológicos, como infecções, meningites Meninges e espaços há três espaços ou cavidades entre as meninges espaço epidural (dura-máter /calota craniana e dura-máter /periósteo do canal vertebral a nível da medula) espaço subaracnóideo espaço subdural (entre a dura-máter e a aracnoide) e os três espaços são interpostos por líquor e evitam o colabamento dessas membranas Meninges – Dura Máter formada por tecido conjuntivo rico em fibras colágenas contem vasos e nervos O folheto mais externo se adere intimamente à tábua óssea, e comporta como periósteo Sua principal vascularização se dá pela artéria meníngea média Após lesões traumáticas nessa região, possa ocorrer o acúmulo de sangue, com consequente formação de hematomas que se expandem rapidamente, podendo ser fatais Em algumas áreas mais internas, alguns folhetos formam pregas dividindo a cavidade craniana em compartimentos. 4 Meninges – Dura Máter Foice do cérebro: trata-se da maior invaginação da dura-máter. Situa-se na fissura longitudinal do cérebro que separa os hemisférios cerebrais direito e esquerdo. 5 Meninges – Dura Máter Tentório do cerebelo: a segunda maior invaginação da dura-máter, é um septo largo, em formato de meia-lua, que separa os lobos occipitais dos hemisférios cerebrais do cerebelo. Atua como uma faixa de tecido que cobre e reveste superiormente o cerebelo. A foice do cérebro fixa-se ao tentório do cerebelo e o mantém elevado, conferindo aparência semelhante à de uma tenda. Esta invaginação divide a cavidade do crânio em compartimentos supratentorial e infratentorial. O compartimento supratentorial é dividido em metades direita e esquerda pela foice do cérebro. Meninges - Dura Máter Foice do cerebelo: é uma invaginação vertical da dura-máter situada inferiormente ao tentório do cerebelo na parte posterior da fossa posterior do crânio. Está inserida na crista occipital interna e separa parcialmente os hemisférios do cerebelo. Meninges- Dura Máter Diafragma da sela: menor invaginação da dura-máter, é uma lâmina circular, que fica suspensa entre os processos clinoides, formando um teto parcial sobre a fossa hipofisial no esfenoide. O diafragma da sela cobre a hipófise nessa fossa e tem uma abertura para a passagem do infundíbulo e das veias hipofisiais. Meninges- Aracnóide Membrana com característica serosa, delgada e transparente, justaposta à dura-máter Apresenta delicadas trabéculas que se ligam à membrana mais interna (pia-máter) As trabéculas são chamadas de trabéculas aracnoides, pois lembram teias de aranha No espaço subaracnóideo há algumas dilatações, chamadas de cisternas Cisternas são compostas por grande quantidade de líquor A maior e mais importante cisterna é a cisterna Magna A cisterna Magna ocupa o espaço entre a face inferior do cerebelo e a face dorsal do bulbo e do teto do III ventrículo, ligando-se ao IV ventrículo através da abertura mediana A cisterna Magna é muitas vezes usada para a obtenção de líquor por meio de punções cisternas pontina, interpeduncular, superior e da fossa lateral do cérebro Meninges - Aracnóide Meninges - Aracnóide Granulações aracnoides levam pequenos prolongamentos do espaço subaracnóideo O líquor é separado do sangue apenas por um endotélio e uma fina camada de aracnoide. As granulações é importante estrutura adaptada à absorção do líquor, que, ao chegar a esse ponto, é absorvido para o sangue. Meninges – Pia máter Aderida à superfície encefálica e medular, na qual seus relevos e depressões acompanham até o fundo dos sulcos cerebrais Responsável por oferecer resistência aos tecidos nervosos, apresenta uma consistência mole A pia-máter acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo formando a parede externa dos espaços perivasculares Ventrículos Líqüor – Líquido cefalorraquidiano Fluido aquoso Ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares Cavidades ventriculares: ventrículos lateral direito e esquerdo (I eII) ventrículo III e IV Função: proteção mecânica do Sistema Nervoso Central líquor contribui para proteção biológica desse sistema contra agentes infecciosos É produzido nos plexos coroides a partir das células ependimárias localizadas nas paredes ventriculares, principalmente, dos ventrículos laterais, que passa ao III ventrículo por meio dos forames interventriculares e através do aqueduto central chega até o IV ventrículo. O líqüor passa para o espaço subaracnóideo, sendo então reabsorvido pelas granulações aracnoides que se projetam para o interior da dura-máter. Líqüor Hidrocefalia Hipertensão craniana O aumento do volume de qualquer componente dentro dessa calota, tais como líquor, sangue ou massa tumoral, pode gerar aumento interno da pressão e comprimir todas as estruturas ali presentes. Dessa forma, resultando em hérnias cerebrais que podem causar a protrusão do tecido nervoso a nível do forame magno, comprimindo estruturas importantes (bulbo, por exemplo, onde habita o centro cardiorrespiratório), levando o indivíduo a óbito. Vacularização Células nervosas precisam de glicose e oxigênio o tempo todo O encéfalo depende do processo de oxidação de carboidratos e não pode, nem por um segundo, ser sustentado por metabolismo anaeróbio. A ausência da circulação cerebral por mais de 7seg causa à perda da consciência Após cerca de 5 minutos sem esse aporte aparecem lesões irreversíveis Processos patológicos influenciam na vascularização do Sistema Nervoso Central A resistência cerebrovascular depende de alguns fatores: A pressão intracrania As condições da parede dos vasos A viscosidade do sangue Vacularização A vascularização arterial encefálica é irrigada pelas artérias Na base do crânio essas artéria se juntam e formam o polígono de Willis Vascularização Vascularização Vascularização Na vascularização venosa do encéfalo, as veias não acompanham as artérias As veias do cérebro drenam o sangue para os seios da dura-máter, de onde o sangue converge para as veias jugulares internas. Artérias são grande e calibrosas, As veias são finas com pouca musculatura. Sua ação se faz, por 3 forças: aspiração da cavidade torácica (determinada pelas pressões subatmosféricas, evidentes no início da inspiração), força da gravidade e pulsação das artérias. O leito venoso é muito maior que o arterial, sendo a circulação venosa muito mais lenta, o que confere baixa pressão e pouca variação. As veias do encéfalo se dispõe em dois sistemas: Sistema venoso superficial (cortex e toda substância branca) Sistema venoso profundo (regiões profundas do cérebro) Vascularização A médula também tem sua vascularização A médula é irrigada três artérias : subclávia, aorta e ilíaca interna Por meio de dois sistemas, um vertical e um horizontal. Vascularização Vascularização sistema horizontal: artérias radiculares, ramos das artérias vertebrais, ramo anterior e posterior, os quais penetram na medula com as raízes dos nervos espinhais. distribuição anterior: medula cervical e dorsal entre 1 e 2, e medula lombo-sacral entre 1 e 3 artérias. distribuição posterior, podem existir entre 10 e 20 artérias. Universidade Estácio Neuroanatomofisiologia Aula 4 Sistema Nervoso Periférico Professora: Lorena Kawamura Brasília; Setembro de 2023 Nervos espinhais Cordões esbranquiçados compostos por feixes de fibras nervosas, envoltos por tec. conjuntivo Função de conduzir impulsos aferentes e eferentes a partir do SNC a estruturas periféricas Apresentam três bainhas conjuntivas: epineuro, perineuro e endoneuro Nervos Espinhais O que determina que o nervo seja chamado de espinhal é a sua união com a medula espinhal. Responsáveispela inervação do tronco, dos membros e partes da cabeça São 31 pares, que correspondem aos segmentos medulares existentes Nervos Espinhais Cada nervo que emerge da medula é formado pela união da raiz dorsal e raiz ventral Nervos Espinhais Gânglios a raiz ventral é formada por axônios que são originados a partir dos neurônios motores situados nas colunas anterior e lateral da medula e, por esse motivo, não apresentam gânglios. onde estão os corpos dos neurônios sensitivos, os prolongamentos central e periférico formam a raiz Aferente e Eferente Nervos Espinhais Dermátomos inervado por fibras de uma única raiz dorsal, e recebe o nome da raiz que o inerva Miótomo relação entre as raízes ventrais e os territórios de inervação motora Entender sobre dermátomo e mioto ajuda a identificar exato local de lesão Dermátomo é a parte sensitiva e miótomo é a motora Issos falando em termo de médula Plexos Nervosos A palavra plexo significa trançado é a união das raízes nervosas para a então formação dos nervos terminais Existem 5 plexos Plexo cervical Plexo braquial Plexo Lombar Plexo sacral Plexo Coccígeo Na medula espinhal temos áreas mais grossas e desiguais do restante do segmento A intumescência cervical, que origina o plexo braquial A intumescência Lombosacral, que originam os plexos lombar e sacral, Na região torácica, não há a formação de plexos Plexo Cervical É formado pelas quatro primeiras raízes cervicais, responsável pela inervação da pele e dos músculos da cabeça, pescoço, cintura escapular e músculo diafragma. Seu nervo principal e terminal é o nervo frênico, que inerva o músculo diafragma, o qual exerce importante função no processo de respiração. 37 Plexo Braquial 38 Plexo Lombo sacral 39 Plexo Lombo sacral inerva pele e músculos do abdome, órgãos genitais, cintura pélvica e membro inferior O maior nervo do plexo lombar é o femoral 40 Lesões periféricas Existem 3 tipos de lesões nervosas periféricas 41 Desmielinização 42 Nervos Cranianos Nervos cranianos compostos de processos neurais associados a núcleos distintos no tronco encefálico e estruturas corticais. Nervos espinhais: raízes são fibras neurais da substância cinzenta espinhal os núcleos posteriores e laterais tendem a ser sensoriais; e os anteriores, motores. A maioria dos nervos encefálicos surge do tronco encefálico, com exceção do I olfatório e II óptico, que estão localizados no telencéfalo e ao diencéfalo, respectivamente. 44 Nervos cranianos 45 Nervos cranianos 46 Nervos Olfatório Lesões nesse nervo pode causar anosmia (falta de olfato) – exemplo atual: COVID 47 Nervos Óptico Lesões nesse nervo pode causar amaurose (cegueira) 48 Nervos III, IV, VI Os nervos III, IV e VI inervam os músculos extrínsecos dos olhos e são nervos motores O nervo oculomotor (III par) possui fibras responsáveis pela inervação pré-ganglionar da musculatura intrínseca do bulbo ocular, que são: o músculo ciliar, que regula a convergência do cristalino e o músculo esfíncter da pupila. 49 Nervos III, IV, VI 50 Nervos III, IV, VI 51 Nervos III, IV, VI 52 Nervos trigêmeo nervo misto, possui uma raiz sensitiva e outra motora, o componente sensitivo é maior Lesões nesse nervo causam crises de dor e só se resolve com cirurgia em casos extremos 53 Nervo Facial emerge do sulco bulbo-pontino através de uma raiz motora, o nervo facial, e uma raiz sensitiva e visceral, chamada de nervo intermédio. A parte motora é responsável pela mímica facial Lesões nesse nervo causa a paralisia facial 54 Nervo Vestíbulo-coclear Lesões: problemas auditivos e de equilíbrio 55 Nervo Glossofaríngeo 56 Nervo Vago 57 Nervo Acessório Apresenta duas raízes, uma chamada de raiz encefálica e outra de raiz espinhal Raiz espinhal: É formada por filamentos radiculares que emergem lateralmente dos cinco ou seis primeiros segmentos cervicais da medula espinhal, que juntos formam um tronco comum que entra no crânio por meio do forame magno. Esse tronco é formado por filamentos da raiz encefálica que emergem a partir do sulco lateral posterior do bulbo. 58 Nervo Acessório 59 Nervo Hipoglosso 60 Sistema Nervoso Visceral O sistema nervoso visceral (ou autônomo) controla as funções involuntárias O sistema compreende duas divisões principais, a simpática e o parassimpático Esta regulação neural contínua é a busca do equilíbrio fisiológico geral das funções corporais (homeostase) Sistema Nervoso Visceral Neurônios motores do sistema somato motor está localizado no SNC Neurônios motores do sistema autônomo estão localizados no SNP (ganglios) Por isso são chamados de pós ganglionares O comando do SNC chegam até os pós ganglionares por meio dos pré ganglionares Os pré localizam na médula o no tronco encefálico Os pre excitam os pós ganglionares que alteram o funcionamento do tecido alvo O sistema entérico formado por plexos localizados ao redor do trato gastroinstestinal SimpáticoXParassimpático Parassimpáticos ( diferenças anatômicas) Os neurônios pré ganglionares do parassimpático se localizam no tronco encefálico e na região sacral da médula Axônios são longos Os ganglios parassimpáticos costumam ficar proximo dos orgãos invervados Nesses gânglios os neurônios pré ganglionares fazem sinapse com os pos Os pós ganglionarios tem o axônio curto Simpático (diferenças anatômicas) Os neurônios pré ganglionares se localizam todos na médula entre as regiões T e L Axônios curtos Fazem sinapse nas cadeiras ganglionares simpáticas que ficam próximas e em paralelo a médula Os axônios dos pós ganglionares são mais longos, percorrem uma distância maior até chegar no alvo Alguns neurônios pré sinápticos não fazem sinapse nessa cadeia ganglionar simpática, mas fazem sinapse em outros gânglios simpáticos Esses ganglios não ficam tão próximos assim dos orgãos Existe um orgão que só é inervado pelo simpático, suprarenal é inervada diretamente por neurônios pré ganglionares. Parassimpático e simpático (similaridade funcional) O neurotransmissor dos neurônios pré ganglionares que é liberado na sinapse com os pós é a acetilcolina (nos 2 sistemas) Acetilcolina é tida como excitatória (devido ao receptor em que se liga – nicotinicos) Isso causa aumento da permeabilidade da membrana aos sódio causando despolarização da membrana e por fim disparo de potencial de ação dos neurônios pós ganglionares que liberam os seus neurotransmissores nas células alvo. Parassimpático (diferença funcional) Neurônios pós ganglionares liberam acetilcolina Acetilcolina é tida como excitatória (devido ao receptor em que se liga – nicotinicos) Os receptore aqui são os muscarínios (não são ionotrópicos e sim metabotrópicos) Receptores metabotrópicos são acoplados a proteína G Os dois sistemas juntos (simpáticos e parassimpáticos) atuam de forma antagônicas e tentam o tempo todo reestabelecer o equilibrio Simpático (diferença funcional) Os neurônios pós ganglionares liberam noradrenalina Exceções? Glândulas sudoríparas é acetil colina Os receptores das celulas alvas são os receptores adrenérgicos (tbm acoplados a proteína G) Dependendo da proteína G respostas diferentes são desencadeadas Exemplo: No musculo cardiaco a acetil colina se liga ao receptor muscarinio tipo 2 causando uma diminuição dos batimentos cardíacos (mas esses batimentos ficam mais precisos), já na bexiga esse receptor se liga aos muscarinio tipo 3 causando a contração e esvaziamento da bexiga. Os vasos sanguíneos só tem interação com o simpático Divisão Plexos entéricos: plexo mioentérico de Auerbach e plexo submucoso de Meissner Plexos entéricos Controle autônomo Reflexos autônomos Cortex somatossensorial Regiões subcorticais Controle autônomo 3 componentes: núcleos solitários, que recebem informações sensoriais viscerais, o hipotálamo, que é o mais importante centro neural no controle geral de funções viscerais e endócrinas, e o núcleo rostralreticular ventrolateral, o principal núcleo motor que regula o sistema nervoso visceral. núcleos solitários: É o principal receptor de entrada de aferências, incluindo o sabor. A informação aferente é, por sua vez, utilizada para modular várias funções autonômicas, como reflexos cardiovasculares. hipotálamo: É o centro mestre de controle na regulação de muitas funções autônomas e respostas endócrinas e na homeostase. núcleo rostral reticular ventrolateral: O núcleo rostral reticular ventrolateral adrenérgico regula as respostas autonômicas via projeções, tanto para os neurônios pré-ganglionares do núcleo motor dorsal do nervo vago do sistema parassimpático quanto para os neurônios pré-ganglionares dos núcleos intermediolaterais do sistema simpático, e via projeções rostrais para centros superiores do cérebro através dos tratos periventricular e tegmental do tronco cerebral. amígdala do sistema límbico Agradecimento Obrigada pela presença e participação image1.png image2.png image3.png image4.jpeg image5.jpeg image6.jpeg image7.png image8.png image9.jpeg image10.jpeg image11.jpeg image12.jpeg image13.jpeg image14.jpeg image15.png image16.jpeg image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.jpeg image24.jpeg image25.png image26.png image27.png image28.png image29.png image30.png image31.png image32.png image33.png image34.png image35.png image36.png image37.png image38.png image39.png image40.png image41.png image42.png image43.png image44.png image45.png image46.png image47.png image48.png image49.png image50.png image51.png image52.png image53.png image54.png image55.jpeg image56.jpeg image57.png image58.png image59.png image60.png image61.png image62.png image63.png image64.png image65.png image66.png image67.png image68.png image69.png image70.png image71.png image72.png image73.png image74.jpeg