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a consciência de que todos na empresa têm a capacidade e a responsabilidade de zelar pelo avanço contínuo da organização. Quanto às etapas, a primeira deles, antes mesmo de traçar objetivos e metas, consiste no alinhamento da equipe: para que se possa atingir o resul- tado esperado, é essencial que todos os envolvidos, direta ou indiretamente, entendam a metodologia, para que possam perceber valor no tempo e nos esforços exigidos pelo projeto. Após o estudo aprofundado do método, é feito um diagnóstico inicial, tendo como parâmetro o cenário vigente da empresa, e são traçados objetivos e metas. Neste ponto, é preciso lembrar que a empresa é um organismo, e assim tanto o diagnóstico quanto a implementação do lean Six Sigma deve percorrer todos os seus setores. Com base nesse panorama é que são aplicados os conhecimentos do lean e do Seis Sigma, tomando o cuidado de escolher as técnicas apropriadas para cada necessidade, evitando retrabalho ou até a inadequada interpretação de um problema. Afinal, certos problemas serão mais eficientemente resolvidos com as técnicas de algum dos métodos: em situações menos complexas onde há menor número de variáveis envolvidas, é apropriado um conhecimento mais lean que Seis Sigma, por exemplo. Por fim, com as mudanças já em ação, deve-se proceder com a constante revisão do projeto: esse é o caminho para garantir o sucesso não só no curto como também no longo prazo. Além disso, cabe comentar que a implementação do lean Seis Sigma cos- tuma demandar a utilização combinada de uma série de ferramentas, que formam um conjunto denominado ferramentas da qualidade. Elas consistem em técnicas gráficas específicas bastante úteis na resolução de problemas relativos à qualidade, entre as quais estão fluxograma, cartas de controle, diagrama de causa-efeito (espinha de peixe, ou diagrama de Ishikawa), folhas de verificação, histogramas, gráficos de dispersão e diagrama de Pareto. Para oportunizar a melhor compreensão da metodologia do lean Seis Sigma, nada melhor que a verificação de um caso prático. No artigo “Implantação do lean Seis Sigma em uma indústria de fios têxteis”, publicado na revista digital GEPROS, você pode acompanhar, em detalhes, um exemplo da implantação do lean Seis Sigma em uma organização industrial. 19Manufatura enxuta (lean manufacturing) Manufatura integrada por computador (CIM) Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever o surgimento e a de� nição da manufatura integrada por computador (CIM). Identi� car os elementos que compõem a CIM. Explicar a evolução e as limitações da CIM. Introdução Sistemas de produção, de uma forma geral, são classificados em dois tipos: manufatura ou serviços. A sua intenção central é transformar ideias e materiais em produtos ou soluções de valor agregado, que permitam a geração de lucro e o atendimento às necessidades e expectativas dos clientes. Para tanto, as empresas necessitam promover e ampliar o seu desem- penho operacional por meio do alinhamento entre diversos aspectos, como processo produtivo e negócio, operações e objetivos organizacio- nais. Isso depende, em muito, da integração entre as diversas funções que compõem a organização, por meio das quais são desempenhados processos e atividades, ligados direta ou indiretamente à produção. Com o objetivo de resolver esse desafio Nesse contexto, diversos conceitos, filosofias e ferramentas foram desenvolvidos, com o objetivo de atender este desafio. Neste capítulo, você vai estudar uma delas: a manufatura integrada por computador (CIM — computer integrated manufacturing), aprendendo sobre o seu surgimento e definição, elementos componentes e a sua evolução e limitações. U N I D A D E 3 Planejamento da Producao_U3C6.indd 111 29/09/2017 08:34:08