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livro proGrAmAs pArA Grupos-páginas-195

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TÓPICO 4 | PRIMEIROS SOCORROS EM EMERGÊNCIAS TRAUMÁTICAS
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• Observe a respiração da vítima: é ruidosa por causa das secreções 
acumuladas na boca ou de um traumatismo cerebral? É rápida ou 
superficial? Retire da boca qualquer objeto causador de obstrução, 
incluindo dentes partidos ou próteses dentárias se estiverem a 
perturbar a respiração.
• Se houver parada respiratória, proceda a respiração artificial 
abrindo as vias respiratórias através do traço maxilar, sem inclinação 
da cabeça, se conhecer esta técnica específica.
• Observe também os sinais de circulação sanguínea, a reação à dor, 
qualquer subida da temperatura e qualquer alteração do estado 
neurológico.
• Não deixe a vítima sozinha.
• Tape-a para evitar o estado de choque e a perda de calor. Nunca 
lhe eleve as pernas. Esta manobra aumentará a pressão sanguínea na 
cabeça e provocará complicações em caso de hemorragia cerebral, de 
compressão cerebral e fratura craniana.
• Enquanto aguarda pelos Serviços de Emergência, vigie 
constantemente o estado da vítima. Volte a efetuar o exame primário 
e verifique regularmente o seu estado de consciência, continuando a 
falar sempre com ela.
• Se a vítima estiver consciente:
• Insista na importância de permanecer imóvel, para não agravar o 
seu estado.
• Proceda a um exame neurológico. Este exame é um bom indicador 
do funcionamento cerebral, uma vez que este pode ser afetado em caso 
de traumatismo na coluna vertebral. Verifique se a vítima apresenta 
entorpecimento, formigamento ou perda de sensibilidade ou de 
atividade muscular nas extremidades. Na sequência de uma ruptura 
da medula espinhal, a vítima poderá ter dificuldade ou ser incapaz 
de executar movimentos. Peça à vítima para mexer levemente os 
dedos das mãos e dos pés e toque neles para ver se ela sente. Em caso 
afirmativo, peça-lhe para apertar ligeiramente a sua mão. Verifique 
igualmente a orientação T-E-P (tempo, espaço, pessoas) e a dimensão 
das pupilas. A escala de coma de Glasgow pode fazer igualmente 
parte da avaliação neurológica do socorrista.
Se a vítima estiver usando capacete:
• Não tire o capacete se ela estiver respirando. Levante apenas a 
viseira. Se existir uma amarração no queixo, desaperte-a, retirar um 
capacete é uma manobra delicada. Quando um motociclista tem um 
acidente, apenas um socorrista com formação especializada poderá 
tirar-lhe o capacete, caso contrário este deve ser mantido na cabeça. Se 
a vítima não respirar e o socorrista tiver a formação necessária, pode 
tirar-lhe o capacete para efetuar as manobras de RCR. Caso não tenha 
formação especializada para retirar o capacete, limitar-se-á a fazer 
compressões torácicas.

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