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Grupo 3 - Estratégias nutricionais para maior eficiência reprodutiva em bovinos leiteiros

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Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” 
Engenharia Agronômica 
 
 
 
André Luiz El Faro Zadra 
Gustavo Uerlings 
Pedro Henrico Campos Viude Corrêa Fernandes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estratégias nutricionais para maior eficiência reprodutiva em bovinos 
leiteiros 
Revisão Bibliográfica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Piracicaba (SP) 
2023 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO................................................................................................1 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................1 
2.1 TERMOS ZOOTÉCNICOS E FATORES QUE INFLUENCIAM NA 
REPRODUÇÃO DE FÊMEAS LEITEIRAS................................................1 
2.2 O ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL E A FERTILIDADE.............4 
2.3 A RELAÇÃO DO BALANÇO ENERGÉTICO E A CICLICIDADE DE 
FÊMEAS............................................................................................................5 
2.4 A RELAÇÃO ENTRE OS TEORES DE GORDURAS, PROTEÍNAS, 
VITAMINAS E MINERAIS COM OS TEORES HORMONAIS...............6 
3. CONCLUSÃO..................................................................................................8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A produtividade e a lucratividade das vacas de leite podem ser determinadas por 
diversos fatores, sendo o manejo alimentar de bovinos um dos mais importantes. Em uma 
fazenda leiteira, aproximadamente 75% das diferenças na produção de leite entre os 
animais têm influência dos fatores ambientais, dos quais a alimentação representa a maior 
parte. 
Mas, em paralelo ao impacto sobre a produtividade das vacas em lactação, a 
alimentação do rebanho tem um custo efetivo significante, responsável por 40 a 60% dos 
custos variáveis, o que pode comprometer o planejamento financeiro do sistema como 
um todo, além de ser um dos principais componentes de custo embarcado na produção 
diária também está ligada diretamente com aspectos fisiológicos, um desses aspectos é 
de suma importância é na fertilidade e reprodução dos animais. Dessa forma, maximizar 
o consumo de alimentos de qualidade e que ofereçam vantagens para alguns mecanismos 
reprodutivos fazem da dieta uma das principais aliadas quando se trata de obter melhores 
índices e vantagens econômicas. 
 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1. TERMOS ZOOTÉCNICOS E FATORES QUE INFLUENCIAM NA REPRODUÇÃO 
DE FÊMEAS LEITEIRAS 
A eficiência reprodutiva de um rebanho leiteiro, é determinada pela capacidade 
das vacas em produzir anualmente uma bezerra, e para atingir esse objetivo, a concepção 
deve acontecer no máximo até o 85º dia pós-parto. Isto implica na necessidade de as vacas 
retomar o mais rapidamente possível a atividade reprodutiva no pós-parto. No início da 
lactação, vacas de alta produção apresentam balanço energético negativo, e sua 
magnitude influencia o desenvolvimento folicular, o intervalo para a primeira ovulação e 
a taxa de concepção ao 1º serviço. 
Já o anestro pós-parto pode reduzir a eficiência reprodutiva por atrasar o 1º 
serviço, pois as vacas que não apresentam estro nos primeiros 30 dias pós-parto, requerem 
mais serviços por concepção, com maior risco de serem descartadas. O início da lactação 
cria um enorme dreno de nutrientes em vacas leiteiras de alta produção que, em muitos 
casos, antagoniza a retomada do ciclo de ovulação. Durante o pós-parto inicial, a 
reprodução é diferida em favor da sobrevivência individual. Portanto, no caso da vaca 
leiteira, a lactação torna-se prioridade em detrimento das funções reprodutivas. E por isso, 
o manejo nutricional e reprodutivo é parte importante em um sistema de produção de leite 
do rebanho. Deficiências nutricionais na dieta pré-parto podem afetar negativamente a 
reprodução. Por exemplo, a deficiência de Vitamina E, e Selênio implica em maior 
incidência de retenção de placenta e natimortos, podendo afetar a fertilidade e a 
performance reprodutiva. 
O mesmo se enquadra no pós parto, no caso de deficiências nutricionais nos 
primeiros 21 dias pós-parto, especialmente energia, podem ocasionar efeitos adversos 
significativos sobre a eficiência reprodutiva subsequente. Estudos indicam que alterações 
no escore de condição corporal (perda de peso), estão associados a redução na eficiência 
reprodutiva. A magnitude da perda de escore de condição corporal (ECC) depois do parto, 
pode aumentar a porcentagem de vacas que não estão ciclando ao final do período 
voluntário de espera (PEV). 
A correlação entre ingestão de energia e energia na dieta (carboidratos) exerce 
profundos efeitos sobre o desempenho produtivo e reprodutivo da vaca, como por 
exemplo o atraso no retorno à ciclicidade. O balanço negativo de energia reduz o 
crescimento do folículo dominante e a produção de estradiol. 
Desta forma, é necessário buscar alternativas para composição da fração 
energética da dieta, como por exemplo a gordura protegida para melhorar a reprodução. 
(gordura protegida da ação ruminal são todas as gorduras que são inertes durante sua 
passagem pelo rúmen e são absorvidas apenas no intestino do ruminante). A gordura 
contém 2,5 a 3 vezes mais calorias que carboidrato, e tem a vantagem de não ser 
fermentada no rúmen, ou seja, não gera calor para digestão. O uso de gordura em dietas 
de gado leiteiro geralmente aumenta a densidade de energia e melhora a lactação e a 
reprodução. 
A composição da fração proteica também poderá contribuir para o sucesso do 
programa reprodutivo, especialmente os aminoácidos. Em pesquisa recente foi 
demonstrado que a suplementação de metionina protegida da ação ruminal altera a 
expressão gênica em embriões em fase de pré-implantação e reduz perdas gestacionais 
subsequentes em vacas leiteiras em lactação. 
O excesso de Proteína Degradada no Rúmen (PDR) pode contribuir para redução 
na fertilidade em vacas leiteiras, e que o excesso de PDR também pode exacerbar o 
balanço energético negativo durante o início da lactação. Dessa forma, o excesso na 
ingestão de PDR provoca uma elevação nos níveis plasmáticos e teciduais de amônia 
(NH3), ureia e outros compostos não nitrogenados. A ureia plasmática quando maiores 
que 20 mg/dl é tóxica aos espermatozoides e ao óvulo, podendo provocar redução nas 
taxas de concepção. Uma maneira de monitorarmos é através da análise do nitrogênio 
ureico do leite, onde se espera um resultado entre 10 a 14 mg/dl, ou 10 a 16 mg/dl para 
rebanhos de maior produtividade. Para minimizar os efeitos negativos de dietas com alta 
densidade proteica, deve-se sempre observar a sincronia energia: proteína no 
balanceamento de dietas de vacas em lactação. 
A fertilidade pode ser influenciada de maneira positiva ou negativa por 
deficiências ou excessos de energia/carboidratos e proteína/aminoácidos. Em um sistema 
de produção de leite, idealmente, busca-se alcançar intervalos entre partos curtos (12 a 
13 meses) pois aumentam a produção de leite por dia de vida útil da vaca e resultam em 
maior número de bezerras nascidas. Isto mostra a importância do bom manejo nutricional, 
visando minimizar perda de peso, associado ao bom manejo reprodutivo, principalmente 
boa detecção de cio, visando manter boa eficiência reprodutiva do rebanho. 
No período pré-puberal, baixos níveis de estrógenos secretados pelos folículos 
ovarianos podem inibir a secreção de hormônio luteinizante (LH). O estabelecimento da 
puberdade ocorre de forma gradual e o aumento no consumo de energia pode alterar os 
mecanismos inibitórios da secreção de LH. Schillo (1992) citou que o aparecimento 
precoce da puberdade associado à maior ingestão de energia ocorre pelo aumento da 
pulsatibilidade da secreção do LH. Algumas propostas têm surgido para explicar como a 
nutrição pode diminuir os efeitos negativos dos estrógenos sobre a pulsatibilidade do LH. 
Uma delas é queum acréscimo na ingestão de alimento aumenta a concentração 
de ácidos graxos voláteis (AGV) no rúmen. O ácido propiônico é capaz de estimular a 
secreção de insulina, além de ser o principal precursor de glicose em ruminantes. 
Segundo Santos e Amstalden (1998), a situação metabólica favorável em animais 
com maior consumo de energia aumenta os níveis de glicose, insulina e fator decréscimo 
semelhante à insulina (IGF-I). Estes metabólitos parecem influenciar a atividade 
secretória hipotalâmica-hipofisária (Schillo, 1992; Butler e Smith, 1989), potencializando 
o efeito das gonadotrofinas nas células ovarianas (Spicer e Echternakamp, 1995). 
A leptina, uma proteína secretada pelo tecido adiposo, que participa no processo 
da regulação da ingestão, tem sido relacionada como um dos fatores que fazem a ligação 
entre a nutrição, a reprodução e a fertilidade. Os receptores para leptinas encontram-se no 
hipotálamo juntamente neuropeptídeos, opióides endógenos e o neuropeptídeo Y (NPY). 
Estes peptídeos regulam o apetite e a secreção de LH e, poderiam mediar os efeitos da 
leptina sobre a secreção de hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) relativa ao 
balanço de energia (Smith et al., 2002). 
A leptina pode diminuir a produção de estradiol por células da granulosa. Considerando 
esta informação em conjunto com as anteriores poderia ser sugerido que a leptina 
participe no início da puberdade diminuindo os efeitos negativos do estradiol sobre os 
pulsos de LH. Entretanto, maiores estudos são necessários para determinar o papel da 
leptina na antecipação da puberdade de animais domésticos (Smith et al., 2002). Além de 
garantir desenvolvimento ponderal adequado com uma nutrição balanceada, estratégias 
de sincronização podem ser utilizadas como ferramentas para controlar o tempo à 
primeira inseminação de novilhas. No entanto, cabe salientar que programas de 
sincronização não revertem o atraso na puberdade, causado por deficiência nutricional. 
2.2. O ESCORE DE CONDIÇÃO CORPORAL E A FERTILIDADE 
Com o primeiro parto, inicia-se a vida produtiva da vaca e a meta de produzir um 
terneiro e uma lactação a cada ano. Como o período de gestação é de nove meses, restam 
três meses para que ocorra a involução uterina, reinício da atividade ovariana e nova 
concepção. Uma das características importantes do período inicial da lactação é a 
diminuição nas reservas corporais que ocorre devido à insuficiência no consumo 
de matéria seca. 
Perdas maiores do que 1.0 na escala de condição corporal nas primeiras semanas 
pós parto podem ocorrer causando alterações na taxa de concepção ao primeiro serviço, 
além de alteração no número de dias para a primeira ovulação e para o primeiro serviço 
(FIGURA 2). 
 
FIGURA 2. Relação entre perda de condição corporal nas primeiras semanas pós-parto e o 
desempenho reprodutivo (STAPLES et al., 1990). 
 
Por outro lado, Sartori & Guardieiro (2010) mencionam as diversas influências 
em que o escore de condição corporal da fêmea leiteira pode influenciar no atraso ou 
adiantamento do retorno à ciclicidade da matriz em condição pós-parto, entre elas: raça, 
produção leiteira, presença ou ausência do bezerro, nutrição e, por fim, a manutenção da 
condição corporal da fêmea no pós-parto. Tendo isso em vista, o balanço energético 
negativo (BEN) da fêmea leiteira está altamente relacionado ao retorno à ciclicidade, 
visto que, regularmente, vacas de alta produção leiteira apresentam seu pico de lactação 
pouco antes do seu pico de ingestão de matéria seca (IMS). 
2.3. A RELAÇÃO DO BALANÇO ENERGÉTICO E A CICLICIDADE DE 
FÊMEAS 
Paralelamente a isso, a ingestão de matéria seca em déficit está intimamente ligada 
ao aumento de produção de certos metabólitos, bem como o decréscimo no teor de outras 
fontes energéticas, regularmente utilizadas na síntese do leite da fêmea em lactação. 
Assim, no momento de BEN, existe um aumento na concentração de ácidos graxos não 
esterificados (AGNEs), ureia e beta-hidroxibutirato, bem como a redução na 
concentração de glicose, insulina e IGF-I, utilizados para produção de leite, teores esses 
que estão estritamente relacionados com o comprometimento da função folicular e 
ovariana (SARTORI & GUARDIEIRO, 2010). 
Conhecer o ciclo estral e como o mesmo funciona é de suma importância para 
alinhar o manejo nutricional. Quatro fases são relatadas didaticamente para sua divisão: 
proestro, estro, metaestro e diestro. O conhecimento destas fases e das modificações 
fisiológicas que as acompanham é importante para permitir ao profissional e/ou produtor 
a utilização de tecnologias como sincronização de estro e/ou ovulação, superovulação, 
entre outras. Além disso, o estado nutricional dos animais deve ser acompanhado, quando 
se deseja avaliar a eficiência reprodutiva do rebanho. Este parâmetro influencia 
diretamente os resultados de taxa de prenhez. Desequilíbrio nutricional pode levar a 
modificações no ciclo estral dos animais, decorrendo em anestro, ciclos irregulares, além 
de abortos, nascimento de terneiros debilitados, distocias, baixas taxas de prenhez, etc. 
 
 
 
2.4. A RELAÇÃO ENTRE OS TEORES DE GORDURAS, PROTEÍNAS, 
VITAMINAS E MINERAIS COM OS TEORES HORMONAIS 
Vacas de alta produtividade requerem suplementação das dietas para suprir as 
necessidades. As fontes variam e podem ser utilizadas gorduras basicamente insaturadas 
como as provenientes de óleos vegetais (óleo de soja, farelo de arroz) ou saturadas, de 
origem animal (sebo, graxa amarela, farinha de peixe). Os efeitos da gordura sobre a 
reprodução de bovinos envolvem um aumento do número de folículos (Thomas & 
Williams, 1996; Thomas et al., 1997; De Fries et al., 1998) ou ainda aumento do tamanho 
do maior folículo (Beam & Butler, 1997; Oldick et al., 1997; De Fries et al., 1998; 
Moallen et al., 1999). Entretanto, foram relatados efeitos divergentes com a adição de 
gordura: aumento (Ferguson et al., 1990) e diminuição da taxa de concepção (Lucy et 
al., 1992) assim como a inibição da secreção da prostaglandina ou metabólito (Oldick et 
al., 1997; Burke et al., 1997; Coelho et al., 1997; Mattos et al., 2002) e o aumento da 
capacidade de produzir prostaglandina (Filley et al., 1999). Os efeitos da nutrição sobre 
a resposta superovulatória e qualidade embrionária em bovinos e ovinos foram relatados 
em uma série de estudos (McEvoy et al., 1995; Humblot et al., 1998; Nolan et al., 1998; 
O’Callaghan & Boland, 1999; O’Callaghan et al., 2000; Boland et al., 2001; Gong et al., 
2002; Negrão et al., 2003). Alguns dos efeitos incluem alteração na quantidade de 
progesterona plasmática produzida, menor número de embriões em relação à quantidade 
de proteína e energia das dietas, aumento no recrutamento folicular concomitante ao 
aumento do consumo, etc. Diante dos efeitos do aumento no número de folículos 
provocado em animais que receberam dietas com gordura, como evidenciado em outros 
trabalhos, realizou-se um experimento (Coscioni et al., 2005), no qual foram avaliados os 
efeitos de níveis de extrato etéreo na dieta (4, 6 e 8% da matéria seca) sobre a resposta 
superovulatória de vacas lactantes. O grupo de animais que recebeu dieta com mais alto 
nível de gordura respondeu com maior número de embriões de grau três. Estes embriões 
são de qualidade inferior e não são utilizados para congelamento. A adição de gordura na 
dieta não melhorou a resposta superovulatória e a qualidade embrionária. 
Adicionalmente, existem trabalhos que observaram um aumento na quantidade de 
progesterona produzida por animais recebendo dietas com gordura. 
Uma dieta com quantidade inadequada de proteína provoca redução na produção 
de leite e modificações no desempenho reprodutivo. Quantidades excessivas de proteína 
na dieta provocam aumento da ureia sanguínea podem provocar efeito tóxico sobre 
espermatozoides e óvulos. Segundo Wattiaux (2004), a alta quantidade de ureia no sangueprovoca diminuição na progesterona e uma exacerbação do balanço energético negativo. 
Animais com nitrogênio úrico maior que 19 mg/dl tem uma taxa probabilidade de prenhez 
de 0,82 a qual aumenta para 1,01 em animais com nitrogênio úrico menor que 0,19 mg/dl 
(Butler et al., 1996; Ferguson et al., 1993). Diminuição na taxa de concepção (TC) foi 
encontrada em alguns trabalhos que testaram quantidades de proteína nas dietas 
(FIGURA 3). 
 
 
FIGURA 3. Relação entre a porcentagem de proteína na dieta e os parâmetros de taca de 
concepção (TC%) e a Uréia plasmática (mg/dl) (SANTOS & AMSTALDEN, 1998). 
Ademais, é possível observar na Figura 4, de que maneira o desequilíbrio de 
nutrientes na dieta, como energia, proteína, minerais e vitaminas, pode diminuir a 
eficiência reprodutiva de um rebanho. 
 
Figura 4. A relação entre os teores de energia, proteínas e minerais com o quadro clínico de 
fêmeas em reprodução (SANTOS, 2000). 
 
3. Conclusão 
 
Em suma, o manejo nutricional é a base para possibilitar que se atinja uma boa 
eficiência reprodutiva em vacas leiteiras, e assim possibilitando que o objetivo de atingir 
uma nova concepção acontecendo no máximo 85 dias após o parto. Isso é o principal 
para que seja possível a melhora das estratégias que possibilitam ganhos na produção, 
como a adoção do PEV por exemplo. O manejo nutricional da dieta é essencial para 
poder suprir ao animal a energia e nutrientes necessários em uma fase que consome 
suas reservas tendem a ser consumidas, apresentando um balanço energético 
negativo. 
A dieta deve ser formulada tendo em vista as estimativas de produção, 
estratégias que serão usadas, na etapa do processo produtivo e condição prévia dos 
animais. Assim, é possível buscar uma eficiência elevada nos processos fisiológicos, 
produção correta de hormônios e proporcionar ao animal a capacidade de recuperação 
de seus mecanismos reprodutivos, permitir a criação de reservas e outros processos 
que facilitarão que o ciclo seja mais eficiente. Além disso, a dieta deve considerar 
elementos importantes que são exigidos pelo animal à fim de evitar perdas relacionadas 
a deficiências, como minerais e vitaminas por exemplo. 
 Por fim, é possível notar que são diversos fatores para serem considerados ao 
se pensar na dieta, e são fundamentais para que a produção de leite seja o mais 
eficiente possível. E como esta produção é totalmente dependente do sucesso 
reprodutivo de suas matrizes, a dieta deve ser pensada para suprir as necessidades 
desses animais levando em consideração todos os processos fisiológicos relacionados 
com o processo reprodutivo. Além disso, a dieta deve possibilitar ganhos que serão 
essenciais para a continuidade dos ciclos, mantendo o ECC em valores aceitáveis já 
que é um fator importante para atingir bons índices de fertilidade. Os teores nutricionais 
devem levar em conta a necessidade de produção hormonal, possibilitando uma 
produção maior, e um ciclo mais eficiente. Levando em consideração estes fatores, é 
possível alcançar resultados melhores e mais constantemente.

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