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Fontes de campo magnético 359 33. Verifique se há atração ou repulsão entre os elemen- tos indicados em cada uma das situações a seguir: a) espiras em planos paralelos; b) ímã ortogonal ao plano da espira. i 1 i 2 i C S N Consequentemente, apenas o trecho semicircular YZW produz campo no ponto C. Esse campo é perpendi- cular ao plano da figura e, pela regra da mão direita, entra no plano do papel (fig. d). Como temos metade de uma circunferência, a intensidade do campo será metade da produzida por uma espira circular: B YZW i Z Y W Figura d. B YZW = 1 2 μ 0 i 2R = μ 0 i 4R = 4π · 10–7 ·(6,0) 4 · (0,30) B YZW = 2,0π · 10–6 B YZW = 2,0π · 10–6 T ≅ 6,3 · 10–6 T Portanto, como os trechos retos não produzem campo, teremos: B total = B YZW = 2π · 10–6 T IL u ST r A ç õ eS : ZA PT 34. Um fio conduzindo corrente i = 6 A foi dobrado conforme indica a figura a, no trecho YZW, que tem forma de uma semicircunferência com centro C e raio R = 0,30 m. i Y A 1 m 1 m Z D C R W Figura a. Calcule o campo magnético produzido no ponto C pelos trechos AY (B AY ), WD (B WD ) e pelo fio todo (B total ). Resolu•‹o: Vimos que, pela Lei de Biot-Savart, o campo magnético ΔB produzido por um elemento de corrente de comprimento ΔL (fig. b), num ponto P, tem módulo dado por: |ΔB| = μ 0 4π i(ΔL) sen α r2 α r P ΔL i Figura b. r ΔL α = 0 i P Figura c. Assim, quando o ponto P se encontra na mesma reta determinada pelo trecho de comprimento ΔL (fig. c), o ângulo θ será nulo. Dessa forma: |ΔB| = 0 Portanto, como o ponto C da figura dada está na mesma reta dos trechos AY e WD, esses dois trechos não produzem campo magnético nesse ponto: B AY = B WD = 0 35. Em cada um dos casos a seguir, fios conduzin- do corrente i = 12 A foram dobrados da forma indicada, de modo que os trechos curvos são circulares, sendo C o centro das circunferências. Em cada situação, calcule o módulo do campo magnético produzido em C. a) i i i i R 2 R 1 R 1 = 5π cm R 2 = 10π cm C b) 120º i ii C R R = 2π cm c) i R 1 R 2 i i i R 1 = 10π cm R 2 = 15π cm d) C R60º i i i i i R = 10π cm Capítulo 18360 Exercícios de reforço 36. (U. F. Uberlândia-MG) Considerando o elétron, em um átomo de hidrogênio, uma massa pontual, girando no plano da folha em uma órbita circular, como mostra a figura, o vetor campo magnético criado no centro do círculo por esse elétron é representado por: a) b) → c) d) ← e) ↑ 37. (UF-BA) Duas espiras circulares, concêntricas e coplanares, de raios R 1 e R 2 , sendo R 1 = 0,4 · R 2 , são percorridas, respectivamente, pelas correntes i 1 e i 2 ; o campo magnético resultante no centro da espira é nulo. A razão entre as correntes i 1 e i 2 é igual a: a) 0,4 c) 2,0 e) 4,0 b) 1,0 d) 2,5 38. (U. F. São Carlos-SP) Um fio condutor é dividido em dois, que logo se juntam novamente, for- mando uma espira circular de raio r, conforme a figura. i i Se uma corrente i circula pelo fio, o módulo do campo magnético B no centro da espira é: a) proporcional à corrente i. b) zero. c) proporcional a i r . d) proporcional a 1 r . e) proporcional a i r . 39. (Unicamp-SP) Um condutor homogêneo de resis- tência 8 Ω tem a forma de uma circunferência. Uma corrente i = 4 A chega por um fio retilíneo ao ponto A e sai pelo ponto B por outro fio retilíneo perpendicular, conforme a figura. As resistências dos fios retilíneos podem ser consi- deradas desprezíveis. 4 ABO i 1 i 2 A 4 A a) Calcule a intensidade das correntes nos dois arcos de circunferência compreendidos entre A e B. b) Calcule o valor da intensidade do campo mag- nético B no centro O da circunferência. 7. o campo magnético de um solenoide Chama-se solenoide ou bobina longa a um fio condutor enrolado na forma de hélice cilíndrica, como ilustra a figura 29a. A palavra solenoide deriva dos termos gregos sólen, que significa “tubo”, “canal”, e (o)eidés, que significa “em forma de”. A figura 29a mostra também as linhas do campo magnético produzido pelo solenoi- de quando é percorrido por corrente de intensidade i. Podemos observar que no interior do solenoide as linhas de campo são aproximadamente paralelas, o que significa que o campo é aproximadamente uniforme. O solenoide pode ser considerado um conjunto de espiras circulares que têm o mesmo eixo e, quando as espiras estão mais próximas (fig. 29b) e o solenoide tem comprimento bem maior que o diâmetro, aumenta o para- lelismo das linhas de campo no interior e nos aproximamos mais da condição de campo uniforme. IL u ST r A ç õ eS : ZA PT Fontes de campo magnético 361 i i (a) Figura 29. Campo magnético de um solenoide. i i (b) D L (a) (b) IL u ST r A ç õ eS : ZA PT O solenoide apresenta um campo semelhante ao de um ímã em forma de barra, de modo que a extremidade por onde “saem” as li- nhas é um polo norte, e a extremidade por onde as linhas “entram” é um polo sul. Para aumentar o grau de paralelismo das linhas no interior do solenoi- de, enrolamos o fio a fim de que as espiras encostem uma na outra (fig. 30a). Para que não haja curto-circuito, os fios recebem uma cobertura de verniz isolante. Para aumentar a intensidade do campo, damos várias voltas, superpondo as espiras, como ilustra a figura 30b. Num solenoide ideal, as espiras encostam uma na outra, e o com- primento L (fig. 30a) é bem maior do que o diâmetro D. Nesse caso, no interior do solenoide o campo é uniforme. A partir da Lei de Ampère pode-se mostrar que o campo magnético no interior do solenoide ideal tem intensidade dada por: B = μ 0 · N L · i em que N representa o número de espiras. O quociente N/L é o número de espiras por unidade de comprimento. Definindo n = N/L, a fórmula acima pode ser escrita: B = μ 0 · n · i Figura 30. Solenoide com espiras superpostas. 8. Eletroímã Na figura 31 apresentamos um solenoide percorrido por uma corrente de intensida- de i e que produz um campo B 0 . Ao colocarmos no interior do solenoide um núcleo de material ferromagnético (fig. 31b), este se magnetizará, tornando o campo resultante B muito mais intenso do que o campo original B 0 : |B| >> |B 0 | B 0 i i (a) i i B ferro (b) Figura 31. Ph O TO r eS eA r C h er S r M /g eT Ty IM A g eS