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Atividade 3 - A educação de crianças e jovens surdos é uma preocupação que permeia toda a 
história dessa população. Movida por experiências, tentativas de acerto e insucessos 
metodológicos, a educação especial tem, paulatinamente, alcançado visibilidade e espaço em 
meio às ideologias que insistem em normalizar e padronizar o ser humano, sobretudo na 
modernidade fragmentada por tantos discursos e pouca eficácia na compreensão sobre quem, 
de fato, é o homem. 
Dessa forma, tratar do cenário da educação especial, principalmente no que se refere à questão 
da pessoa surda, faz-se necessário enquanto projeto de oposição às narrativas que trazem, como 
arquétipos sociais, mentes, corpos e culturas uniformes. Não a favor de tal interpretação, as 
questões que envolvem a identidade e a cultura surda reivindicam o reconhecimento de seus 
artefatos - de modo especial, a Língua Brasileira de Sinais (Libras), considerada um marco nas 
políticas públicas - e evidenciam as características específicas da comunidade surda. A língua 
de sinais ocupa um espaço de destaque no seio dessa comunidade, sendo sinal de orgulho e 
ideário político. O processo de construção de uma língua passa, necessariamente, pela etapa de 
estruturação formal, dando-lhe forma escrita, regulando o significado de seus signos e 
justificando o porquê de seu uso. 
No caso da Libras, seria correto afirmar que ela se comporta estruturalmente da mesma forma 
que as demais línguas? Ou seja, há algo que diferencie a Libras das demais línguas faladas em 
sua transcrição? Detalhe quais são essas diferenças. 
Não se pode afirmar que a Libras se comporta estruturalmente da mesma forma que as demais, 
uma vez que ela não passa por uma estrutura formal ganhando forma escrita. A diferença é que 
LIBRAS tem uma modalidade visual-espacial, ou seja, se resume em sinais, símbolos e gestos 
feitos com as mãos - enquanto as outras são orais-auditivas. A expressão facial também pode 
influenciar na interpretação. Em LIBRAS, a oração é feita de forma "resumida e direta", tendo 
a concordância do verbo, no que tange a período temporal, com um adjunto adverbial. Exemplo: 
no pretérito, em português temos “eu trabalhei”, em LIBRAS, “ontem eu trabalhar”. 
Logo, conclui-se que existe uma diferença estrutural quando se compara Libras as outras 
línguas, mas não que afetará a semântica da oração.

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