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9 Retratamento Endodôntico

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Retratamento Endodôntico
Sucesso ou insucesso do tratamento
| insucesso: surgimento ou manutenção da lesão periapical após 18 meses do tratamento
| diagnóstico: anamnese + exame clínico + exame radiográfico
| principal causa de insucesso
- persistência/reintrodução de microrganismos no sistema de canais radiculares e/ou na área perirradicular
| falhas na abertura coronária
- deixar “restos” de teto da câmara pulpar
- não remover ombro de dentina
- áreas não tocadas
- canais não localizados
- não respeitar/não realizar odontometria
- canal parcialmente tratado e obturado
| erros no preparo biomecânico
* batente apical (limpar a dentina e sustentar o cone principal)
* escalonamento (escoamento de cimento)
- acidentes durante o PBM
* instrumentos fraturados
- canal obstruído por raspas de dentina
| erros na obturação
- não selamento do canal radicular
- erro na seleção do cone principal
- extravasamento de material obturador
* 68% de sucesso em caso de obturação com mais de 2mm aquém do ápice radiográfico
* 76% de sucesso em casos de sobre obturação
* 94% de sucesso em casos de obturação entre 0-2 mm do ápice radiográfico
| falhas no selamento coronário
* restauração coronária de boa qualidade aumenta significativamente a probabilidade de sucesso
| fatores microbianos
- selamento coronário inadequado
- extravasamento de material
- canais pobremente acessados, instrumentados e obturados
- acidentes
| diferenças na microbiota
- primária x secundária
* menos espécies de bactérias mais resistentes
-> necessidade de ampliação do preparo, medicação intracanal combinada
- bactérias resistentes ex.: Enterococcus faecalis
Isso quer dizer que canais bem tratados não falham?
| infecção extrarradicular - 4% dos casos
- negligencia na irrigação
| reação de corpo estranho
- talco, guta-percha, celulose, cristais de colesterol
| cisto periapical
Opções de tratamento
| retratamento não cirúrgico
| retratamento cirúrgico
Retratamento não cirúrgico
| procedimento para remover materiais obturadores de canais e novamente modelar, limpar e obturar os canais, usualmente realizado devido ao tratamento inicial parecer inadequado, ter falhado ou haver exposição do canal ao meio oral por tempo prolongado
Critérios para escolha do tratamento
- acesso ao canal
- localização e situação anatômica do dente
- envolvimento com peças protéticas
- qualidade e tempo do tratamento anterior
- envolvimento periodontal
Casos especiais
| canais expostos ao meio oral por mais de 3 meses
| obturação inadequada mesmo sem lesão
| dentes com indicação protética e obturação inadequada
| dentes com indicação de troca de restauração e obturação inadequada
Retratamento na prática
1º PASSO: RX
- raio X
- estabelecer diagnóstico e plano de tratamento
- definir CAD
2º PASSO: ACESSO
- feito da mesma forma e com os mesmo princípios de um primeiro tratamento
3º PASSO: ISOLAMENTO
- isolamento do campo operatório
4º PASSO: INÍCIO DA DESOBTURAÇÃO
- uso de brocas Gates-Glidden
5º PASSO: SOLVENTE
- líquido incolor
- não carcinogênico
- antibacteriano
- anti-inflamatório
* geralmente é usado eucaliptol para dissolver os cones de guta percha
6º PASSO: DESOBTURAÇÃO COM LIMA
- limas K ou Hedtröen
- realizar tomadas radiográficas durante a desobturação
- gota de eucaliptol, instrumentação, irrigação, aspiração, lavagem com soro, nova gota de eucaliptol
- não utilizar solvente na região apical
7º PASSO: REPREPRO DO CANAL
- simular necropulpectomia
* recapitulação com IAF até CD
- refazer o batente apical
* o preparo ficará mais amplo, pois é iniciado com o instrumento memória do preparo anterior
- escalonamento
- medicação intracanal: Ca(OH)2+CHX
* selar o canal com cotossol e CIV
- retorno após 14 dias, se não houver dor, edema ou fístula, o canal estiver seco, sem sangramento e/ou supuração e sem odor -> pode ser feita a obturação
8° PASSO: OBTURAÇÃO