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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL Sangramento Uterino É uma descamação do endométrio - É considerado anormal quando há perda excessiva de sangue que interfere na qualidade de vida – atividade física, social, emocional - Se caracteriza por alteração para mais de um dos parâmetros quantidade ou volume, duração ou frequência - Responsável por 1/3 das consultas, 2/3 das indicações de histerectomia e afetam 40% das mulheres em alguma fase de vida SUA AGUDO: - Um episódio de sangramento uterino intenso que necessite de intervenção imediata - Se instabilidade hemodinâmica critério de internação SUA CRÔNICO: - Alteração no padrão de sangramento menstrual que persistem por pelo menos 6 meses CATEGORIA: FREQUÊNCIA: Ausente = amenorreia Frequente < 24 dias Normal 24 a 38 dias Infrequente > 38 dias DURAÇÃO: Prolongada > 8 dias Normal até 8 dias REGULARIDADE: Normal ciclo mais longo – ciclo mais curto = até 9 dias (variação entre o mais curto e o mais longo dos ciclos 7 a 9 dias) Irregular ciclos mais longos – ciclo mais curto = 10 ou mais dias (variação entre o mais curto e o mais longo dos ciclos > ou = 8 a 10 dias VOLUME DO CICLO: - Referido pela mulher Aumentado/intenso Normal Diminuído/leve - Perguntar qual método utilizado para contenção da menstruação e se há incomodo SUA: - Determinar a provável etiologia do sangramento - Para o raciocínio etiológico e considerando afastadas as causas gestacionais de sangramento: Detalhar a história clínica. Considerar o sistema PALM-COEIN para facilitar o direcionamento, embora nem sempre seja possível investigação etiológica completa Realizar exame clínico geral, especular e toque bimanual, estes últimos nas não virgens Solicitar ultrassonografia pélvica transvaginal ou por via abdominal para investigar presença de alterações estruturais Solicitar coagulograma na suspeita de distúrbio da coagulação PALM- COEIN – CLASSIFICAÇÃO DO SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 - O termo iatrogênico se refere ao uso de anticoagulantes, contraceptivos hormonais, dispositivo intrauterino - No item não-classificado, encontram-se doenças benignas do colo uterino (como ectopia), endometrites, malformações arteriovenosas, defeitos na cicatriz da cesariana, entre outras - Malignidade lesões precursoras e malignas do corpo uterino - Sangramento uterino disfuncional (SUD) engloba sangramento por causas ovulatórias e endometriais. Ciclos menstruais regulares estão associados com ovulação, enquanto ciclos irregulares intercalados com períodos de amenorreia sugerem ciclos anovulatórios. Alterações primárias arquiteturais do endométrio também podem causar sangramento disfuncional CAUSA CONFORME IDADE: INFÂNCIA: - Vulvovaginite é a causa mais comum má higiene é a principal causa de vulvovaginite na criança - Alterações dermatológicas e trauma (acidente, abuso ou corpo estranho) também devem ser considerados ADOLESCÊNCIA: - Predominam o sangramento uterino disfuncional (anovulação) e as coagulopatias - Não ignorar gravidez, abuso sexual e ISTs nessa população IDADE REPRODUTIVA: - Prevalecem sangramentos relacionados à gravidez e às ISTs - Com o avanço da idade, aumenta a chance de neoplasias benignas (leiomiomas e pólipos endometriais) PERIMENOPAUSA: - O sangramento uterino disfuncional se torna o achado mais prevalente, seguido das neoplasias benignas e malignas MENOPAUSA: - Atrofia endometrial é a causa mais prevalente, seguido dos pólipos endometriais e neoplasia maligna do endométrio - Uso de TRH que causa hiperplasia endometrial pode ser causa de SUA na menopausa pacientes que usam TRH com ciclo intermitente só de estrogênio OBSERVAÇÕES: COAGULOPATIAS: MAIOR RISCO DE APRESENTAR COAGULOPATIAS: SUA presente desde menarca – fluxo intenso UMA DAS SEGUINTES: Hemorragia pós-parto Hemorragia relacionado a cirurgia Sangramento associado a tratamento dentário DUAS DAS SEGUINTES CONDIÇÕES: Hematoma pelo menos 1x/mês Epistaxe pelo menos 1x/mês Sangramento gengival frequente História familiar de sangramento QUANDO BIOPSIAR O ENDOMÉTRIO? Espessamento endometrial em USG endovaginal Fatores de risco para adenocarcinoma (> 45 anos ou peso ≥ 90kg) Estrogênio sem progesterona SUA persistente ao TTO Dúvida no diagnóstico NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 RELEVANTES: Valorize a queixa clínica Utilizar sistema PALM-COEIN USG primeira linha diagnóstica Investigar coagulopatias (Von Willebrand) Biopsia de endométrio (CA, hiperplasia) TTO individualizado 1. Tirar a causa 2. Anticoncepcional combinado 3. Histeroscopia cirúrgica 4. Anti-fibrinolítico transamin 5. AINE 6. DIU e SIU (implante de etonogestrel e levonogestrel) - Objetivos do tratamento do SUA agudo são controlar o episódio vigente de sangramento, estabilizar a mulher e reduzir o risco de perda sanguínea excessiva nos ciclos subsequentes - A escolha do tratamento depende da estabilidade hemodinâmica, do nível de hemoglobina, da suspeita da etiologia do sangramento, de comorbidades associadas e do desejo reprodutivo - Pólipos Histeroscopia cirúrgica - Miomas submucosos e intra com componentes sub histeroscopia cirúrgica (demais medicamentoso) - Em miomas muito grandes, pode ser utilizado análogo do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) previamente à cirurgia, por cerca de 3 meses, para redução do volume e recuperação de pacientes com anemia - Em alguns casos de miomas uterinos em que se deseja preservar a fertilidade e em casos de adenomiose grave pode ser empregada a embolização das artérias uterinas TTO NÃO ESTRUTURAIS: - O tratamento medicamentoso do SUA se baseia na ação dos esteroides sexuais e de outros mediadores inflamatórios sobre o endométrio, além do controle hemostático do sangramento. - Hormonal e não hormonal TTO HORMONAL: TTO NÃO HORMONAL: - Inclui o uso de antifibrinolíticos ou anti- inflamatórios não esteroidais (AINE) - São particularmente indicados a mulheres que não desejam usar hormônios ou tenham contraindicação ao seu uso, ou, ainda, pretendam engravidar - Antifibrinolíticos são medicações que reduzem a fibrinólise, podendo diminuir o volume de sangramento em até 50% CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS AO USO DE CO: Tromboflebites e história pregressa ou familiar de alterações tromboembólicas Alteração hepática grave Histórico de doença coronariana ou cerebrovascular Enxaquecas com aura Diabetes melito com doença vascular estabelecida Câncer de mama conhecido ou suspeitado Sangramento genital sem causa definida Gravidez conhecida ou suspeitada Fumantes com idade maior ou igual a 35 anos Hipercolesterolemia ou hipertrigliceridemia graves Hipertensão descontrolada CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS AO USO DE CO NA DEPENDÊNCIA DE AVALIAÇÃO CLÍNICA E NO CONSENTIMENTO INFORMADO: Enxaquecas sem aura Hipertensão controlada NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 Leiomiomas uterinos Diabetes gestacional Cirurgias eletivas Crises epileptiformes Icterícias obstrutivas ocorridas na gravidez Anemia falciforme Doença da vesícula biliar Prolapso da valva mitral Lúpus eritematoso sistêmico Hiperlipidemia Fumo Doença hepática RECOMENDAÇÕES FINAIS: - Na avaliação eCológica do SUA, seguir o acrômio PALM-COEIN - Para diagnósCco do SUA, inicialmente excluir gravidez em mulheres em idade férCl, avaliar parâmetros - O tratamento do SUA depende da eCologia. - O SUA agudo com repercussão hemodinâmica requer estabilizaçãoclínica da mulher antes da invesCgação eCológica. - Em geral, a primeira linha de tratamento do SUA é medicamentosa, desCnando-se o tratamento cirúrgico a falha ou contraindicação a tratamento clínico ou a casos de instabilidade hemodinâmica importante