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Estudo Dirigido - Gênero, raça e sexualidade

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1- O que é gênero? Discorra sobre a construção social de Gênero e a constituição dos sujeitos (análise histórica, cultural e psicossocial)
Gênero: Construções sociais sobre a diferença entre mulher e homens baseadas no sexo biológico.
O gênero é construído culturalmente porque nascemos num mundo simbolicamente estruturado que nos ensina quais os comportamentos, sentimentos, práticas e artefatos que pertencem ao masculino e ao feminino. Ou seja, um jeito certo de ser homem e mulher. O que podemos dizer é que nem todas as sociedades subalternizaram as mulheres; há diversas mulheres que rompem com papeis sociais impostos pela sua
cultura e história.
Gênero é um conceito elaborado no interior do movimento feminista, que diz respeito a construção sócio-histórica de gênero a partir do sexo biológico. Elaborada a partir de uma estruturação histórico-cultural e psicossocial porque nascemos num mundo simbolicamente estruturado que nos ensina quais os comportamentos, sentimentos, práticas e artefatos que pertencem ao masculino e ao feminino. Entretanto esses simbolismos sofrem atravessamentos conforme os interpretamos sob a óptica histórica, cultural e psicossocial. Exemplificativamente, numa perspectiva histórica, houve um tempo em que as mulheres governavam a vida em sociedade, em virtude do poder que tinham sobre a procriação, o que mudou com a ascensão do patriarcado e do capitalismo, onde o homem adquiriu um papel social mais forte na esfera pública sendo mais valorizado socialmente. Culturalmente, estudos como o de Margareth Mead (2000), apontaram que inexiste relação entre o sexo biológico e o temperamento do indivíduo a partir d
2- Quais as principais contribuições dos movimentos feministas para a equidade de gênero?
As principais contribuições podemos citar as três ondas do feminismo sendo a primeiro, Direitos civis e políticos, com a contribuição da frase da Simone de Beauvoir, “Ninguém nasce mulher, torna se mulher”. A segunda onda, Direito ao próprio corpo e à sexualidade, com a contribuição de Joan Scott, “O gênero é uma construção social e histórica, portanto, mutável.” A terceira onda com o rompimento com a perspectiva essencialista de gênero, Destaque para as interseccionalidades e uma interpretação pós estruturalista do gênero e da sexualidade torna se central e por fim, a quarta onda, pautada na horizontalização e construção política de forma mais coletiva conta com a participativa das mulheres de forma mais representativa, tanto na sociedade quanto nos espaços de poder e lideranças Intensificação. Seria alguns exemplos. 
* Lei maria da penha, visibilidade trans, 1980 delegacia da mulher, a criação das casas de acolhimento as mulheres (seus filhos também) que são vítimas de violência gênero, métodos contraceptivos.
3- O que são direitos sexuais e reprodutivos, qual a importância desse debate no campo da saúde pública, da saúde mental e da dignidade humana da mulher?
São direitos que garantem que as mulheres possam exercer com liberdade e a sua própria sexualidade, é o direito de decidir sobre o próprio corpo, sem censura descriminação ou constrangimento. Preservar os direitos sexuais e reprodutivos contribui para a promoção
da saúde mental da mulher e para a sua dignidade humana. A importância disso é a mulher ter cada vez mais a sua liberdade pessoal, do seu corpo e de suas decisões, trazendo assim mais autonomia para si própria. Como por exemplo, a repressão ao aborto causa muito sofrimento mental a muitas mulheres.
4- A partir de uma análise crítica sobre as relações de gênero, apresente o conceito de masculinidades.
Patriarcado, machismo, sexismo 
É a estrutura de poder social centralizada no homem ou no masculino, preconceito, expresso por opiniões e atitudes, um sistema de opressão das mulheres, nas duas diversas formas, feita pelos homens demonstração do poder dos homens sobre as mulheres e, geralmente, são justificadas por argumentos relacionados ao que deveria ser o "jeito certo" de as mulheres se comportarem.
5- Discorra sobre a hermenêutica da suspeita, como a parcialidade de gênero se apresenta na ciência, e quais os avanços da ciência a partir das contribuições dos estudos feministas.
Hermenêutica da suspeita: desconfiança sobre uma igualdade, apresentada pela ciência definindo o que é correto ou não. A ciência não é neutra.
Exemplo: pílula somente para a mulher, 
Hermenêutica da suspeita, epistemologias, feminista critica a biologia,
Grande contribuição, Feminismo critica, essencialismo do homem e da mulher, naturalização dos corpos, banalização da violência contra o LGBTQ+, negro, mulher
6- O que é violência de gênero e qual a nossa corresponsabilidade? 
A violência de gênero se define como qualquer tipo de agressão física, psicológica, sexual ou simbólica contra alguém em situação de vulnerabilidade devido a sua identidade de gênero ou orientação sexual. Uma das nossas corresponsabilidades poderia entrar nas formas de enfrentamento, como por exemplo, garantia de atendimento qualificado e humanizado àquelas em situação de violência. Promoção do empoderamento das mulheres. Ação conjunta de diversos setores envolvidos com a questão (saúde, educação, segurança pública, assistência social, justiça, entre outros).
A violência de gênero está presente quando há relações de poder entre gêneros, na qual ocorre dominação de um homem e submissão de uma mulher; não é fruto da natureza, mas do processo de socialização das pessoas (TELES E MELO, 2002). Além disso, é fruto de uma construção social que demarca espaços de poder privilegiando homens e oprimindo mulheres (BANDEIRA, 2014). Nesse sentido, percebe-se como reflexo dessas ações, diversas formas de violências contra as mulheres, dentre elas, destacamos a Violência Doméstica; Violência Sexual; Violência Física; Violência Psicológica; Violência Patrimonial e a Violência Moral. 
Diante disso, somos corresponsáveis pela violência de gênero, uma vez que, devemos assumir uma posição a favor da vida e da dignidade das mulheres. Isso se dá por meio de denúncias das diversas formas de violência contra a mulher; promoção e apoio às campanhas de conscientização que visam orientar a população a respeito da importância de oferecer suporte moral, financeiro e psicológico às mulher, financeiro e psicológico às mulheres que sofrem por violência de gênero; rompimento com os fatores que contribuem para manter a violência sexista, como: lutar para que os agressores sejam punidos, conscientizar as mulheres a respeito da violência, romper com os papéis sociais de gênero, não culpabilizar as vítimas e não buscar justificativa para os atos de violência.
Ademais, é necessário promover formas de prevenção à violência de gênero com ações educativas e culturais que interfiram nos padrões sexistas, além de trabalhar em prol do fortalecimento da Rede de Atendimento e capacitação de agentes públicos, de modo que eles saibam acolher e prestar o atendimento necessário às vítimas. Além disso, devemos apoiar e promover ações punitivas e o cumprimento da Lei Maria da Penha visando estabelecer uma sociedade livre das consequências advindas do machismo, do patriarcado e do sexismo.
7- O que é a sexualidade humana e quais os principais desafios para tratar de forma crítica e científica esse tema?
Conjunto de experiências e vivências que concernem à satisfação de necessidades básicas do ser humano, bem como do desejo sexual. A sexualidade não pode ser separada de outros
aspectos da vida humana ela influência pensamentos, sentimentos, ações e interações e,
portanto, a saúde física e mental.
Os principais desafios seriam ir contra ao pensamento dicotômico de oposição binária e essencialista. Entender que as diferenças sexuais, a princípio, são vistas apenas como físicas e as diferenças de gênero são socialmente construídas. Cientificamente dizendo, a ciência apresenta dados científicos sobre a importância da educação sexual para prevenção da violência e promoção da saúde mental.
*dispositivo de poder
8- A partir das perspectivas críticas e interdisciplinares,qual é o conceito de identidade? A partir desse conceito de identidade, qual a principal crítica ao termo “ideologia de gênero” e quais as principais contribuições dos estudos identitários e dos estudos queer.
A identidade é uma construção, um processo de produção de si na relação
com o outro. A identidade não é uma essência; não é fixa, coerente, unificada,
permanente, homogênea, acabada. A identidade é instável, contraditória, fragmentada e inacabada. A identidade é construída continuamente através da interação com o
outro. É um processo que tem íntima relação com a sociedade e a cultura na qual os sujeitos estão inseridos.
9- Qual o papel da psicologia na área da(s) sexualidades(s)?
Reconhecer que o objeto de estudo da psicologia abarca a pluralidade e a diversidade isso também pautado no código de Ética Profissional, resoluções e notas públicas, juntamente com isso visibilizar a pluralidade e fluidez das identidades. Questionar discursos, práticas, princípios e valores que reproduzem e legitimam as hierarquias sociais e invisibilizam outras possibilidades de vida. Pensar na LBTFOBIA como uma luta conjunta e não individual.
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