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UNIVERSIDADE LICUNGO 
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS 
LICENCIATURA EM ENSINO DE FÍSICA COM HABILITAÇÕES EM ENERGIAS 
RENOVÁVEIS 
4º Ano 
 
ÂNGELO JOSÉ GALAMUCHA 
 
 
 
 
 ETAPAS DE ELABORAÇÃO DO PROJECTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quelimane 
2022 
Índice 
1 Introdução ........................................................................................................................ 3 
1.1 Objectivos................................................................................................................. 4 
1.1.1 Geral .................................................................................................................. 4 
1.1.2 Específicos ........................................................................................................ 4 
1.2 Metodologias ............................................................................................................ 4 
2 Fundamentação teórica .................................................................................................... 5 
2.1 Fases de elaboração de projectos ............................................................................. 5 
2.1.1 Introdução ......................................................................................................... 5 
2.1.1.1. Delimitação do tema ..................................................................................... 5 
2.1.1.2. Problema de pesquisa.................................................................................... 5 
2.1.1.3. Hipóteses ou questões norteadoras ............................................................... 6 
2.1.1.3.1. Condições para elaboração de hipóteses ................................................... 7 
2.1.1.4. Justificativa ................................................................................................... 7 
2.1.1.5. Formulação dos objectivos ........................................................................... 8 
2.1.1.5.1. Objectivo geral .......................................................................................... 8 
2.1.1.5.2. Objectivos específicos ............................................................................... 8 
2.2 Referencial teórico ................................................................................................... 9 
2.3 Metodologia ............................................................................................................. 9 
2.3.1 Tipos de pesquisas ............................................................................................ 9 
2.3.1.1. Quanto à abordagem ..................................................................................... 9 
2.3.1.2. Quanto à natureza ....................................................................................... 10 
2.3.1.3. Quanto aos objectivos ................................................................................. 10 
2.3.1.4. Quanto aos procedimentos .......................................................................... 11 
2.3.2 Técnica de colecta ........................................................................................... 12 
2.3.3 Técnica de análise de dados ............................................................................ 12 
2.4 Cronograma ............................................................................................................ 14 
2.5 Referências bibliográficas ...................................................................................... 14 
2.6 Apêndices ............................................................................................................... 14 
2.7 Anexos .................................................................................................................... 15 
3. Conclusão ................................................................................................................... 16 
4. Referências bibliográficas .......................................................................................... 17 
 
 
 
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1 Introdução 
Durante muito tempo o homem iniciou uma jornada em busca do conhecimento para 
procurar possíveis respostas para questões relativas a problemas do seu dia-a-dia. Algumas 
destas respostas eram, muitas vezes, explicadas de forma mística à medida que utilizavam a 
mitologia para explicá-las. 
Quando o homem passou a questionar estas respostas e a buscar explicações mais 
aceitáveis, por meio da razão, excluindo suas emoções e suas crenças religiosas, passou-se a 
obter respostas mais realistas, se aproximavam mais da realidade das pessoas e por isto, 
talvez, passaram a ser mais bem aceitas pela sociedade. Pode-se dizer que essa nova forma de 
pensar do homem foi que criou a possibilidade do surgimento da ideia de ciência e que sua 
tentativa de explicar os fenómenos, por meio da razão, foi o primeiro passo para se fazer 
ciência. 
A ciência tem como base um corpo de princípios, de teorias organizadas metódica e 
sistematicamente, construindo uma área do saber humano, relativa a um fenómeno ou objecto 
de estudo. A ciência não é acumulação de “verdades”, mas um campo aberto onde há uma 
luta constante entre as teorias, os princípios e as concepções de mundo (Morin, 2001, p. 45). 
O presente trabalho enquadra-se no âmbito da cadeira de Trabalho de Culminação do 
Curso que aborda a respeito das etapas de um projecto científico. Normalmente um projecto 
cientifico apresenta as seguintes etapas: Introdução, problematização, objectivos, hipóteses e 
referencial teórico. 
 
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1.1 Objectivos 
1.1.1 Geral 
 Conhecer as etapas de Elaboração do Projecto. 
1.1.2 Específicos 
 Compreender as fases de elaboração de um projecto; 
 Caracterizar os tipos de pesquisa; 
 Descrever as técnicas de recolha de dados. 
1.2 Metodologias 
Segundo Marconi e Lakatos (1992,p. 44), “método é o caminho pelo qual se chega a 
determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão de modo 
reflectido e deliberado”. 
A pesquisa bibliográfica é um procedimento exclusivamente teórico, compreendida como a 
junção, ou reunião, do que se tem falado sobre determinado tema. 
Como ensina Fonseca (2002, p. 32), a pesquisa bibliográfica é feita a partir do 
levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e 
electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de Web sites. 
Nesta pesquisa será aplicada a pesquisa bibliográfica de modo a garantir o suporte 
científico mediante o comentário ou estudos que anteriormente forma desenvolvidos por 
diversos autores em torno do tema em estudo. Igualmente, a pesquisa bibliográfica será 
aplicada de modo a ajudar na triangulação dos dados que são colhidos durante a pesquisa e, 
observados pelo autor do trabalho no decurso desta. 
 
 
5 
 
 
2 Fundamentação teórica 
2.1 Fases de elaboração de projectos 
2.1.1 Introdução 
Deve constar uma parte introdutória, onde o autor expõe o tema do projecto, a justificativa, 
o problema a ser abordado, a hipótese, os objectivos gerais e específicos a serem atingidos. 
2.1.1.1. Delimitação do tema 
Segundo os autores Cervo e Bervian (2002, p. 81), a escolha do tema é o primeiro passo 
em um trabalho científico e um dos mais difíceis. Isso porque existem muitos temas para a 
pesquisa e a escolha pode ser decisiva para a carreira profissional. Assim, o tema de uma 
pesquisa é qualquer assunto que necessite melhores definições, melhor precisão e clareza do 
que já existe sobre o mesmo. 
O tema deve ser especializado para que possa ser tratado em profundidade. No entanto, as 
autoras alertam para os perigos da excessiva especialização, que impede a síntese do trabalho, 
a correlação entre as ciências e pode dar uma visão unilateral do tema (Lakatos & Marconi, 
1992). 
Conforme Cervo e Bervian (2002, p. 83), a delimitação do tema pode ser feita pela suadecomposição em partes. Essa decomposição possibilita definir a compreensão dos termos, o 
que implica na explicação dos conceitos. Ela também poder ser feita por meio da definição 
das circunstâncias, de tempo e de espaço. Além disso, o pesquisador pode definir sob que 
ponto de vista irá focalizá-lo. 
2.1.1.2. Problema de pesquisa 
Após a escolha e a delimitação do tema, o próximo passo é a transformação do tema em 
problema. Conforme (Rudio, 1980, p. 75): 
Formular o problema consiste em dizer, de maneira explícita, clara, compreensível e 
operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e que pretendemos 
resolver, limitando o seu campo e apresentando suas características. Desta forma, o 
objectivo da formulação do problema é torná-lo individualizado, específico, 
inconfundível. 
6 
 
 
Na perspectiva de Lakatos e Marconi (1992), para ser considerado apropriado, o problema 
deve ser analisado sobre os seguintes aspectos de valoração: viabilidade, relevância, 
novidade, possibilidade e oportunidade. 
O problema de pesquisa é uma pergunta que deve ser redigida de forma clara, precisa e 
objectiva, cuja solução seja viável pela pesquisa. Geralmente, a elaboração clara do problema 
é fruto da revisão de literatura e da reflexão pessoal (Cervo & Bervian, 2002). 
Problematizar o tema, segundo Quivy e Campenhoudt (1992), é procurar enunciá-lo na 
forma de uma pergunta de partida, mediante a qual o investigador tenta exprimir o que 
procura saber, elucidar e compreender. 
Na concepção de Luckesi et al. (1986, p. 178), problematizar o tema “é sempre uma 
pergunta, uma curiosidade, um desafio que move o homem a investigar, a procurar saber, a 
desvendar os mistérios, a superar interrogações, a vencer desafios.” 
2.1.1.3. Hipóteses ou questões norteadoras 
Após a problematização do tema, surge a definição das hipóteses do estudo. Triviños 
(1987) diz que as hipóteses pertencem aos estudos experimentais e que, nos estudos 
descritivos e exploratórios, são mais utilizadas questões de pesquisa. No entanto, podemos 
encontrar estudos descritivos e exploratórios que determinam as questões de pesquisa e 
hipóteses. 
Para Rudio (1980), hipótese é uma suposição que se faz na tentativa de explicar o que se 
desconhece. Esta suposição tem por característica o fato de ser provisória, devendo, portanto, 
ser testada para a verificação de sua validade. Trata-se de antecipar um conhecimento na 
expectativa de que possa ser comprovado. 
Neste sentido, hipótese é uma suposta resposta ao problema a ser investigado. A origem 
das hipóteses poderia estar na observação assistemática dos fatos, nos resultados de outras 
pesquisas, nas teorias existentes, ou na simples intuição (Gil, 1999). 
O papel fundamental das hipóteses na pesquisa é sugerir explicações para os factos. Podem 
ser verdadeiras ou falsas, mas, sempre que bem elaboradas, conduzem à verificação empírica 
- que é o propósito da pesquisa científica. Entretanto, para Gil (1999), o modelo de explicação 
causal não é adequado às ciências sociais, em virtude do grande número e da complexidade 
das variáveis que interferem na produção desses fenómenos. 
7 
 
 
2.1.1.3.1. Condições para elaboração de hipóteses 
Triviños (1987) expõe algumas condições para a correcta formulação das hipóteses: 
 Devem ser expressas com clareza e simplicidade; 
 Devem ter a qualidade de poder ser verificadas empiricamente; 
 Devem ser específicas; 
 Devem ter apoio na teoria; 
 Devem ter relação com o problema de pesquisa (questão ou pergunta norteadora da 
pesquisa). 
2.1.1.4. Justificativa 
Para os autores Cervo e Bervian (2002, p. 127), a justificativa compreende a apresentação 
de forma clara e objectiva das razões de ordem teórica e ou prática que fundamentam a 
pesquisa. Justificam-se a escolha do tema, a delimitação realizada e a relação que o 
pesquisador possui com ele. “Procura-se aqui demonstrar a legitimidade, a pertinência, o 
interesse e a capacidade do aluno em lidar com o referido tema”. 
Na concepção de Lakatos e Marconi (1992), justificativa é a parte do trabalho que 
apresenta respostas à questão do porquê da realização da pesquisa. É de suma importância 
para conseguir financiamento para a pesquisa e para demonstrar a relevância da mesma. Deve 
enfatizar: 
 O estágio em que se encontra a teoria respeitante ao tema; 
 As contribuições teóricas que a pesquisa pode trazer; 
 Importância do tema do ponto de vista geral; 
 Importância do tema para os casos particulares em questão; 
 Possibilidade de se sugerir modificações no âmbito da realidade abarcada pelo tema 
proposto; 
 Descoberta de soluções para casos gerais e/ou particulares etc. 
Assim, quando se analisam as razões de ordem teórica ou o estágio de desenvolvimento da 
teoria, o objectivo não é explicar o referencial que será adoptado, mas apenas ressaltar a 
importância da pesquisa no campo teórico. Por esse motivo não apresenta citações de outros 
autores. O importante é o conhecimento científico do pesquisador, somado à criatividade e à 
capacidade de convencimento (Lakatos & Marconi, 1992). 
8 
 
 
2.1.1.5. Formulação dos objectivos 
A especificação do objectivo de uma pesquisa responde às questões para que? E para 
quem? (Lakatos & Marconi, 1992, p. 102). 
Na concepção dos autores Cervo e Bervian (2002), os objectivos definem a natureza do 
trabalho, o tipo de problema, o material a colectar, etc. 
2.1.1.5.1. Objectivo geral 
O objectivo geral refere-se a uma visão global e abrangente do tema de pesquisa. Ele está 
relacionado com o conteúdo intrínseco dos fenómenos, dos eventos ou das ideias estudadas 
(Lakatos & Marconi, 1992). Cervo e Bervian (2002, p. 83), complementam afirmando que, no 
objectivo geral, “[...] procura-se com clareza e objectividade, o propósito da realização da 
pesquisa”. 
2.1.1.5.2. Objectivos específicos 
De acordo com Lakatos e Marconi (1992), os objectivos específicos apresentam um 
carácter mais concreto. A sua função é intermediária e instrumental porque auxilia no alcance 
do objectivo geral e, ainda, permite aplicá-lo em situações particulares. Para Cervo e Bervian 
(2002, p. 83), definir objectivos específicos significa aprofundar as intenções expressas nos 
objectivos gerais, as quais podem ser: mostrar novas relações para o mesmo problema e 
identificar novos aspectos ou utilizar os conhecimentos adquiridos para intervir em 
determinada realidade. 
 
9 
 
 
2.2 Referencial teórico 
O referencial teórico é o produto da revisão de literatura sobre determinado tema de 
pesquisa. Por outro lado, a revisão de literatura compõe-se da evolução do tema e ideias de 
diferentes autores sobre o assunto. Onde deve conter citações textuais ou livres. 
Segundo Maxwell (2011), o referencial procura dar início à construção da moldura 
conceitual sobre o tema que será pesquisado, mostrando ligações entre a bibliografia a ser 
pesquisada e o problema de pesquisa que se pretende solucionar. Mencione, com citações 
directas ou indirectas, e discuta pelo menos um estudo que tenha relação com o tema que você 
pretende desenvolver. 
2.3 Metodologia 
Conforme Marconi e Lakatos (2004), a metodologia é o estudo dos métodos. Isto é, o 
estudo dos caminhos para se chegar a um determinado fim, a metodologia é também 
considerada uma forma de conduzir a pesquisa. 
Entretanto, a metodologia descreve como o autor pretende realizar a investigação. O autor 
deverá descrever a classificação quanto aos objectivos da pesquisa, a natureza da pesquisa, a 
escolha do objecto de estudo, a técnica de colecta e a técnica de análise de dados. 
2.3.1 Tipos de pesquisas 
Existem diferentes tipos de pesquisa é aplicada de acordo com o objectivo e abordagem 
que o pesquisador deseja utilizar como método científico do seu estudo. 
2.3.1.1. Quanto à abordagem 
Inicialmente, ainda na fase de escrita do projecto de pesquisa, a primeira classificação de 
uma pesquisa feitaé fundamental para estabelecer outras questões, como, por exemplo, a 
metodologia. 
Em relação à abordagem, na perspectiva de Gil (2007), as pesquisas científicas sempre 
podem ser qualitativas ou quantitativas, ou ainda, agregar as duas classificações. A escolha 
vai depender da área, do objecto e dos objectivos. 
 Pesquisa qualitativa 
10 
 
 
A pesquisa qualitativa considera que existe uma relação entre o mundo e o sujeito além 
daquela traduzida em números. Segundo Alves e Gewandsznajder (1998), essa modalidade de 
pesquisa é descritiva, e o pesquisador tende a analisar seus dados indutivamente. 
Para essa abordagem de pesquisa, há subjectividades e os dados não são quantificáveis por 
si só. 
 Pesquisa quantitativa 
Já, a pesquisa quantitativa considera que tudo é quantificável, ou, que quantificar os 
fenómenos possibilita uma melhor análise, de forma mais imparcial. Isso significa traduzir 
opiniões e números em informações utilizadas para a sua classificação e posterior análise 
(Alves e Gewandsznajder, 1998). 
2.3.1.2. Quanto à natureza 
 Pesquisa básica 
De forma directa, a pesquisa básica objectiva gera conhecimentos novos para avanço da 
ciência sem aplicação prática prevista. 
 Pesquisa aplicada 
Por sua vez, a pesquisa aplicada objectiva gera conhecimentos para aplicações práticas 
dirigidos à solução de problemas específicos. 
2.3.1.3. Quanto aos objectivos 
 Pesquisa exploratória 
A pesquisa exploratória objectiva-se em proporcionar maior familiaridade com um 
problema. Para tanto, envolve levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que 
tiveram experiências práticas com o problema, além da análise de exemplos. 
 Pesquisa descritiva 
A pesquisa descritiva objectiva-se em caracterizar certo fenómeno, como, por exemplo 
descrever as características de certa população. 
Assim, estabelecendo relações entre variáveis, o que envolve técnicas de colecta de dados 
padronizados, como questionários e técnicas de observação. 
11 
 
 
 Pesquisa explicativa 
A pesquisa explicativa, visa identificar os factores que determinam fenómenos e explica o 
porquê das coisas. 
De acordo com Gil (2007, p. 43), uma pesquisa explicativa pode ser a continuação de outra 
descritiva, posto que a identificação de factores que determinam um fenómeno exige que este 
esteja suficientemente descrito e detalhado. 
2.3.1.4. Quanto aos procedimentos 
 Pesquisa experimental 
Conforme Gil (2007), a pesquisa experimental objectiva-se em seleccionar as variáveis que 
seriam capazes de influenciar o objecto de estudo. Além disso deve-se definir as formas de 
controlo e de observação dos efeitos que a variável produz no objecto. 
 Pesquisa bibliográfica 
A pesquisa bibliográfica é elaborada a partir de material já publicado, como livros, artigos, 
periódicos, Internet, etc. Pode dizer que essa categoria de pesquisa é um tipo de revisão 
bibliográfica, ou levantamento bibliográfico. 
Nesta mesma perspectiva, Gil (2007, p. 44) explica que os exemplos mais característicos 
desse tipo de pesquisa são investigações sobre ideologias ou aquelas que se propõem à análise 
das diversas posições acerca de um problema. 
 Pesquisa documental 
Para os autores Cervo e Bervian (2002), a pesquisa documental é elaborada a partir de 
material que não recebeu tratamento analítico. Assim, a diferença entre ela e a anterior é que 
as pesquisas bibliográficas são feitas a partir de materiais já publicados. 
 Pesquisa de campo 
A pesquisa de campo se caracteriza pelas investigações realizadas por meio da colecta de 
dados junto às pessoas, somando à pesquisa bibliográfica e/ou documental (Gil, 2007). 
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2.3.2 Técnica de colecta 
Severino (2011), organiza as principais técnicas e instrumentos de recolha de dados nas 
pesquisas científicas, a saber: a entrevista, a observação e o questionário. Sendo assim a 
escolha de cada um dos instrumentos ou técnicas depende o tipo e da finalidade da 
investigação a ser realizada, das abordagens, das fontes de informações, entre outros factores. 
 Observação 
Para Lakatos e Marconi (2003), a observação utiliza os sentidos na obtenção de 
determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em 
examinar factos ou fenómenos que se deseja estudar. Pode ser: Sistemática, Assistemática; 
Participante, Não-participante. 
 Entrevista 
É uma conversação efectuada face a face, de maneira arranjada, este método proporciona 
ao entrevistador, verbalmente, a informação necessária. Tipos: Padronizada ou Estruturada, 
Despadronizada ou Não-Estruturada, Painel. 
 Questionário 
Constituído por uma série de perguntas que devem ser respondidas por escrito e sem a 
presença do pesquisador. 
 Formulário 
É composto por guia de perguntas enunciadas pelo entrevistador e preenchidas por ele com 
as respostas do pesquisado. 
2.3.3 Técnica de análise de dados 
A análise dos dados é uma das fases mais importantes da pesquisa, pois, a partir dela, é que 
serão apresentados os resultados e a conclusão da pesquisa, conclusão essa que poderá ser 
final ou apenas parcial, deixando margem para pesquisas posteriores (Marconi & Lakatos, 
1996). 
 
 
13 
 
 
 Análise de conteúdo 
A análise de conteúdo é um “[...] conjunto de técnicas de análise das comunicações [...]” 
que tem por objectivo enriquecer a leitura e ultrapassar as incertezas, extraindo conteúdos por 
trás da mensagem analisada. Segundo Trivinõs (1987, p. 158), “a análise de conteúdo é um 
método que pode ser aplicado tanto na pesquisa quantitativa, como na investigação qualitativa 
[...]”. 
 Estatística descritiva 
Para Mattar (2001, p.62), “os métodos descritivos têm o objectivo de proporcionar 
informações sumarizadas dos dados contidos no total de elementos da(s) amostra(s) 
estudada(s)”. As estatísticas descritivas utilizam as medidas de posição, que servem para 
caracterizar o que é “típico” no grupo e de dispersão, que servem para medir como os 
elementos estão distribuídos no grupo. 
Na concepção de Marconi & Lakatos (1996), o objectivo da estatística descritiva é o de 
representar, de forma concisa, sintética e compreensível, a informação contida num conjunto 
de dados. Esta tarefa, que adquire grande importância quando o volume de dados for grande, 
concretiza-se na elaboração de tabelas e de gráficos, e no cálculo de medidas ou indicadores 
que representam convenientemente a informação contida nos dados. 
 Estatística multivariada 
Para Stevenson (1971), a análise multivariada é uma ferramenta estatística que processa as 
informações de modo a simplificar a estrutura dos dados e a sintetizar as informações quando 
o número de variáveis envolvidas é muito grande, facilitando o entendimento do 
relacionamento existente entre as variáveis do processo. 
 Triangulação na análise 
Segundo Creswell (2003), a técnica de triangulação pode ser usada para validar os dados 
por meio da comparação entre fontes de dados distintas, examinando-se a evidência dos dados 
e usando-os para construir uma justificativa para os temas. 
14 
 
 
2.4 Cronograma 
No cronograma, o pesquisador deverá descrever todas as etapas do trabalho, assim como o 
período de realização de cada uma delas. A tabela abaixo mostra exemplo de um cronograma 
de actividades. 
 
Actividades Outubro Novembro 
1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 
Elaboração de 
tema e revisão 
bibliográfica 
 
Elaboração da 
1ª versão do 
projecto 
 
Apresentação 
da 2ª versão 
do projecto 
 
 
2.5 Referências bibliográficas 
Referências é o conjunto de elementos que identificam as obras consultadas e/ou citadas no 
texto. As referências devem ser apresentadas em uma única ordem alfabética, 
independentemente do suporte físico (livros, periódicos, publicações electrónicas ou materiais 
audiovisuais) alinhadas somente à esquerda, em espaço simples, e espaço duplo entre elas. 
2.6Apêndices 
Textos ou documentos elaborados pelo autor, que servem como comprovação de sua 
argumentação. Ex.: Questionário aplicado, roteiro de entrevista, etc. 
Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e seus títulos. 
Exemplo: APÊNDICE A – Questionário aplicado aos alunos; APÊNDICE B – Questionário 
aplicado aos professores. 
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Apresentando tabelas, quadros, gráficos e outras ilustrações que não figuram no texto; 
assim como o(s) instrumento(s) de pesquisa, o apêndice é composto de material trabalhado 
pelo próprio pesquisador. 
2.7 Anexos 
Textos ou documentos não elaborados pelo autor, que servem como comprovação de sua 
argumentação. Exemplos: Relatórios de circulação interna, folder institucional, etc. Os anexos 
são identificados por letras maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. 
Exemplo: ANEXO A – Relatório Interno da Polícia Militar. 
 
 
 
 
16 
 
 
3. Conclusão 
Diante dos aspectos abordados neste trabalho, podemos dizer que a primeira fase de um 
projecto é a introdução e onde o autor expõe o tema do projecto, a justificativa, o problema a 
ser abordado, a hipótese, os objectivos gerais e específicos a serem atingidos. 
Para formular um problema de uma pesquisa cientifica consiste em dizer, de maneira clara, 
compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos encaramos e que pretendemos 
resolver, limitando o seu campo e apresentando suas características. Desta forma, o objectivo 
da formulação do problema é torná-lo individualizado, específico, característico”. 
A justificativa é um dos elementos constituintes de um projecto cientifico que concebe a 
apresentação de forma clara e objectiva das razões de ordem teórica e ou prática que baseiam 
a pesquisa. Justificam-se a escolha do tema, a delimitação realizada e a relação que o 
pesquisador possui com ele. 
Já no referencial teórico, aqui se traz algumas abordagens sub-ponto de vários autores que 
falam do mesmo tema em questão. Em os conteúdos aqui tratados devem ser referenciados ou 
cidados e colocados nas referencias bibliográficas. Referências é o conjunto de elementos que 
identificam as obras consultadas e/ou citadas no texto. 
17 
 
 
4. Referências bibliográficas 
Bunge, M. (1976), La irwestigación cientfjica: su estrategia y su filosofia. 5ª Edição. 
Barcelona. 
Carvalho, R. B. (2013), Introdução ao Gerenciamento de Projetos. 3ª Edição, editora: 
Atlas. Brasil: São Paulo. 
Cervo, A. L & Bervian, P. A. (2002), Metodologia científica. 5ª Edição. Editora: Prentice 
Hall, São Paulo. 
Gil, A.C. (2007), Métodos e técnicas de pesquisa social. 4ª Edição. Editora: Atlas São 
Paulo. 
Kerlinger, F. N. (1980), Metodologia da pesquisa em ciências sociais: um tratamento 
conceitual. E.P.U./EDUSP, São Paulo. 
Lakatos, E. M. & Marconi, (2001), Fundamentos metodologia científica. 4ª Edição, Atlas. 
São Paulo. 
Lakatos, E. M. & Marconi, M. A. (1992), Metodologia do trabalho científico. 4ª Edição, 
Atlas. São Paulo. 
Marconi, M. A & Lakatos, E. V. (2004), Fundamentos Metodologia científica. Editora: 
Atlas, São Paulo. 
Rudio, F. V. (1980), Introdução ao projecto de pesquisa científica. 4.ed. Petrópolis: Vozes. 
Severino, A. J. (2001), Metodologia do trabalho científico. 22ª Edição. Editora: Cortez, 
São Paulo. 
Souza, A. J. M. (1976), Iniciação à lógica e à metodologia da ciência. Cultrix. São Paulo.

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