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Nomenclatura gramatical espanhola: 
estrutura
Apresentação
Seja bem-vindo!
Toda ciência tem a sua linguagem própria e uma terminologia específica; o mesmo ocorre com os 
estudos linguísticos da língua espanhola. Saber o significado técnico que as palavras têm é um 
compromisso de todo profissional que atua no ensino e na pesquisa, pois as nomenclaturas auxiliam 
na compreensão dos fenômenos observados na estrutura da língua e além disso auxiliam em sua 
uniformização, contribuindo para as discussões da área.
Nesta Unidade de Aprendizagem você verá o quanto é importante saber a nomenclatura gramatical 
espanhola, pois ela não deve ser vista como um conjunto de termos vazios a serem decorados pelos 
alunos, mas como um recurso, um meio para se alcançar o aprendizado sobre regras que auxiliam 
na compreensão do sistema linguístico.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Analisar a estrutura da Nueva gramática de la lengua española da RAE (século XXI).•
Identificar as teorias gramaticais que fundamentam a gramática de acordo com a 
nomenclatura empregada na obra.
•
Avaliar a importância da nomenclatura atual para o ensino da língua espanhola.•
Infográfico
Confira no infográfico a classificação dos tipos de gramática conforme o seu fundamento e análise 
temporal.
Conteúdo do livro
A terminologia gramatical da língua espanhola não deve ser vista simplesmente como um 
conhecimento gratuito, pois conhecê-la auxilia no aprendizado das regras que contribuem para a 
compreensão do sistema linguístico.
No capítulo Nomenclatura gramatical espanhola: estrutura, do livro Gramática histórica da língua 
espanhola, você poderá entender o funcionamento gramatical e as divisões da Nueva gramática de la 
lengua española da Real Academia Española de la lengua (RAE) e academias associadas, obra 
considerada a "gramática oficial do idioma". Além disso, verá o quanto ela é um instrumento 
importante não somente para o ensino do idioma, mas também para os falantes da língua espanhola 
adquirirem uma consciência linguística.
Boa leitura.
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB -10/2147
G745 Gramática histórica da língua espanhola / Marina Leivas
 Waquil... [et al.] ; [revisão técnica: Adriana Carina 
 Camacho Álvarez]. – Porto Alegre: SAGAH, 2018. 
 134 p. : il. ; 22,5 cm.
 ISBN 978-85-9502-369-7
 1. Língua espanhola - Gramática. I. Waquil, Marina Leivas.
CDU 821.134.28(035)
Revisão técnica:
Adriana Carina Camacho Álvarez
Doutora e Mestra em Letras
Bacharel e Especialista em tradução Português/Espanhol
GHLE_Iniciais_Impressa.indd 2 14/03/2018 15:02:10
Nomenclatura gramatical 
espanhola: estrutura
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Analisar a estrutura da Nueva Gramática de la Lengua Española, da
RAE (século XXI).
 � Identificar as teorias gramaticais que fundamentam a gramática, de
acordo com a nomenclatura empregada na obra.
 � Avaliar a importância da nomenclatura atual para o ensino da língua 
espanhola.
Introdução
Toda ciência tem a sua linguagem própria e uma terminologia específica, 
e o mesmo ocorre com os estudos linguísticos da língua espanhola. Saber 
o significado técnico que as palavras possuem é um compromisso de
todo profissional que atua no ensino e na pesquisa, pois as nomenclaturas 
auxiliam na compreensão dos fenômenos observados na estrutura da
língua. Além disso, elas colaboram para a sua uniformização, contribuindo 
para as discussões da área.
Neste capítulo, você verá o quanto é importante saber a nomenclatura 
gramatical espanhola, pois ela não deve ser vista como um conjunto de 
termos vazios a serem decorados pelos alunos, mas como um recurso, 
um meio para se alcançar o aprendizado sobre regras que facilitam a 
compreensão do sistema linguístico.
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A organização da Nueva Gramática de la Lengua 
Española da RAE (século XXI)
A Nueva Gramática de la Lengua Española, da Real Academia Española de 
la Lengua ‒ RAE (2010) é a primeira gramática acadêmica desde 1931. Ignacio 
Bosque é o autor e coordenador de uma obra que é o resultado de onze anos de 
trabalho das 22 academias da língua, as quais representam os países cuja língua 
oficial é o espanhol. Ela oferece não apenas uma descrição detalhada da língua 
espanhola, mas também uma avaliação normativa de seus usos nas diferentes 
variedades linguísticas. Ressalta-se que mais de uma centena de consultores e 
especialistas americanos e europeus estiveram envolvidos na sua preparação.
Com essa obra, visa-se apresentar ao mundo a gramática da língua espa-
nhola como um trabalho coletivo. Além disso, busca-se descrever as constru-
ções gramaticais típicas do espanhol e refletir adequadamente sobre as suas 
variantes fônicas, morfológicas e sintáticas, bem como oferecer recomendações 
de natureza normativa e apresentar-se como um trabalho de referência para 
o conhecimento e ensino da língua espanhola.
A Nueva Gramática de la Lengua Española possui um caráter social, uma 
vez que reflete a unidade e a diversidade do espanhol, e mostra a língua espa-
nhola a partir de todas as áreas linguísticas, com as suas variantes geográficas 
e sociais. Ainda, tem um caráter descritivo, porque expõe as diretrizes que 
compõem a estrutura da língua e analisa detalhadamente as propriedades 
de cada construção. Além disso, possui um caráter normativo, uma vez que 
recomenda alguns usos e desencoraja outros. O seu caráter sintético fica 
por conta da apresentação de uma síntese de estudos clássicos e modernos 
sobre a gramática do espanhol, combinando tradição e novidade. Por fim, 
da perspectiva prática, estabelece um ponto de referência para estudantes e 
professores de espanhol em vários níveis acadêmicos.
Acesse no link a seguir e leia a coluna de José Antonio 
 Millán para o jornal El País, sobre a publicação da 
Nueva Gramática de la Lengua Espanhola. 
https://goo.gl/uDHC9H
Nomenclatura gramatical espanhola: estrutura122
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A divisão interna da Nueva Gramática de la Lengua Española (REAL 
ACADEMIA ESPAÑOLA, 2010) é paradoxal, pois aparentemente é simples, 
se for analisada nas suas três subdivisões internas. Todavia, é extremamente 
complexa, considerando a quantidade de capítulos e subdivisões que compõem 
cada parte. A primeira parte, Cuestiones Generales, possui um capítulo cha-
mado Partes de la gramática: Unidades fundamentales del análisis gramatical, 
o qual conta com sete subcapítulos. A segunda parte, Morfología, é composta 
por dez capítulos, os quais apresentam, no mínimo, três subcapítulos cada.
A terceira parte, Sintaxis, possui 37 capítulos, compostos por, no mínimo,
cinco subcapítulos.
Segundo a Nueva Gramática de la Lengua Española, a gramática estuda 
a estrutura das palavras e a forma como elas se relacionam. Nesse sentido, 
ela compreende que a morfologia se ocupa da estrutura interna das palavras, 
da sua constituição interna e das suas variações; já a sintaxe corresponde 
à análise da forma como as palavras se combinam e se organizam linear-
mente, assim como os grupos que elas formam. A gramática é, portanto, 
uma disciplina combinatória, centrada fundamentalmente na constituição 
interna das mensagens e no sistema que permite criá-las e interpretá-las. No 
entanto, não se constata na gramática a semântica (que cuida do significado 
linguístico), nem a pragmática (que analisa o uso que os falantes fazem dos 
recursos idiomáticos). Em um sentido mais amplo, a gramática compreende 
ainda a análise dos sons da fala, que compete à fonética, e a sua organização, 
que corresponde à fonologia.
Cada parte da gramática pertence a várias unidades fundamentais e as 
suas diversas relações. Dessa maneira, na fonologia, os traços distintivos 
se agrupam em fonemas, os quais constituem as sílabas. Os segmentos damorfologia são os morfemas, os quais se agrupam em palavras; enquanto 
isso, o vocábulo constitui a unidade máxima da morfologia e a unidade 
mínima da sintaxe.
As palavras pertencem a determinada categoria ou classe, em função de 
suas propriedades morfológicas ou sintáticas, formando grupos sintáticos; 
por exemplo, mi bufanda (minha manta) é um grupo nominal, e beber 
leche (beber leite) é um grupo verbal. A combinação de determinados 
grupos sintáticos forma as orações, as quais relacionam um sujeito com um 
predicado. As funções sintáticas, como el sujeto (o sujeito), são unidades 
relacionais.
123Nomenclatura gramatical espanhola: estrutura
GHLE_U4_C08.indd 123 14/03/2018 15:33:40
A Nueva Gramática de la Lengua Española (REAL ACADEMIA ESPAÑOLA, 2010) foi 
desenvolvida coletivamente por 22 academias. No entanto, a sua publicação tem 
um caráter vanguardista, já que não traz nenhuma bibliografia de referência, mas 
baseou-se em importantes estudos anteriores até então listados. Em essência, muitas 
gramáticas anteriores foram levadas em conta para a sua elaboração, mas nenhuma foi 
enfaticamente citada, pois trata-se de uma obra feita com múltiplas mãos e inúmeros 
autores.
Real Academia Española: origem e 
nomenclatura
A Nueva Gramática de la Lengua Española, como já referido, é uma obra 
coletiva. Na sua elaboração, não foram ignoradas as obras de seus antepassados; 
pelo contrário, a ideia do seu nascimento se deu em onze anos de pesquisa e 
de estudo, em que as principais gramáticas vistas até então auxiliaram na sua 
formação, combinando-se aos atuais estudos da área.
A última edição de uma gramática da Real Academia Española foi publicada 
em 1931. No entanto, em 1973, a RAE publicou uma nova gramática chamada 
Esbozo de una Nueva Gramática de la Lengua Española, que se apresentava 
como uma nova gramática acadêmica, desenvolvida com aspectos da linguística 
estruturalista. Porém, essa obra não teve a sua continuidade concretizada.
As gramáticas publicadas nos últimos 30 anos possuem uma análise con-
sideravelmente mais detalhada que as gramáticas clássicas, e é essa linha que 
a Nueva Gramática de la Lengua Española segue. Ela busca unir a tradição 
com a novidade; dessa forma, “asume, por lo tanto, las mejores aportaciones 
de la tradición gramatical hispánica y las completa con las procedentes de la 
bibliografía gramatical contemporánea.” (REAL ACADEMIA ESPAÑOLA, 
2010). Em essência, a Nueva Gramática de la Lengua Española inspirou-se 
nas gramáticas mais importantes da história da língua espanhola.
Até a publicação da gramática da RAE (2010), a Gramática de la Lengua 
Española (1994), de Emilio Alarcos Alarcos, juntamente com o Esbozo (REAL 
ACADEMIA ESPAÑOLA, 1973), eram consideradas pela Real Academia 
Española as gramáticas de referência do século XX. Inclusive, ambas as 
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publicações foram produzidas no âmbito desse órgão institucional. Alarcos 
foi o primeiro e maior representante da corrente estruturalista no campo 
da linguística na Espanha, e a sua gramática, mesmo após a publicação da 
gramática oficial da RAE, continua sendo uma das principais referências 
mundiais do espanhol. Como Alarcos (1994) reconhece, a sua gramática 
possui uma análise e uma linguagem bastante aprofundadas e se direciona 
a estudiosos do idioma. O autor utiliza a terminologia gramatical da tradi-
ção linguística espanhola, em termos de classificação morfológica e função 
sintática (substantivo, adjetivo, artigo, sujeito, predicado, objeto direto, etc.), 
embora incorpore contribuições conceituais do estruturalismo (morfema, 
suplemento, adjacente, etc.); contudo, ele também mantém as nomenclaturas 
mais específicas. Essa mescla acaba tornando a sua gramática pouco acessível 
a um público não especializado. No entanto, a nomenclatura utilizada para a 
descrição dos tempos verbais é a mesma que foi introduzida por Andrés Bello 
(1847), há mais de um século, e que permanece com a Nueva Gramática de 
la Lengua Española da RAE.
Alarcos (1994) divide a sua gramática em três partes. A primeira é a fono-
logia, em que os problemas básicos (fonemas, sílabas, acento e entonação) são 
expostos com simplicidade. A segunda se chama Las unidades en el enunciado: 
forma y función, em que a análise passa a ser morfológica; nessa parte, inclui-
-se a descrição morfossintática dos diferentes tipos de palavras (substantivos, 
adjetivos, demonstrativos, possessivos, relativos, interrogativos, indefinidos, 
números, advérbios, verbos, pronomes, preposições, conjunções e interjeições). 
A terceira parte, apresentada como Estructura de los enunciados: oraciones y 
frases, inclui a descrição sintática das diferentes funções de sentença (núcleo 
verbal e adjacente: sujeito, objeto direto, objeto preposicionado, objeto indireto, 
adjacente e atributos circunstanciais), das orações complexas (coordenadas e 
subordinadas: de substantivo, de adjetivo, de comparativo, de consequência, 
de advérbio, de causa, de finalidade, de concessão e de condição) e de frases 
ou declarações sem núcleo verbal.
A Gramática Española, de Juan Alcina Franch e José Manuel Blecua, 
publicada em 1975, simultaneamente descreve de forma detalhada o sistema 
da língua espanhola e sintetiza os trabalhos gramaticais mais importantes 
publicados até a data da sua redação. Sua descrição abrange a fonética e a 
fonologia, a morfologia e a sintaxe. Essa obra não tem pretensões normati-
vas — apesar de sua época de publicação — e é vista como um importante 
material de consulta sobre a estrutura do espanhol. Destaca-se o fato de que 
a linguagem tomada como modelo é a da península espanhola culta, mas são 
125Nomenclatura gramatical espanhola: estrutura
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apresentados também registros e frequências na fala, o que provavelmente 
inspirou a Nueva Gramática de la Lengua Española.
A referida obra trata de quatro aspectos da gramática (introdução histórica 
e teórica, fonética e fonologia, morfologia e sintaxe), que são desenvolvidos 
em 10 capítulos de comprimento variável. A introdução histórica apresenta 
uma imagem bastante sucinta e resumida das principais questões teóricas que 
surgiram ao longo da história da linguística e suas repercussões nos estudos 
sobre a língua espanhola, estendendo-se até o ano de 1973. A fonética e a 
fonologia são trabalhadas de uma forma ampla e detalhada. Já as exposições 
dedicadas à morfologia são divididas em cinco capítulos: no primeiro, são 
expostas as bases teóricas do estudo e, nos quatro seguintes, são analisadas 
as classes de palavras (substantivo, adjetivo, categorizadores nominais de 
gênero, número, artigo, pronome, advérbio, verbo e interjeição). A sintaxe 
é descrita nos quatro capítulos finais do trabalho e, após expor algumas 
noções sintáticas, como os conceitos de enunciação e frase, são definidos e 
classificados os elementos da sentença, de maneira bastante aprofundada. 
Essa gramática espanhola realiza uma descrição meticulosa e exaustiva do 
sistema da língua espanhola em seus três níveis: fonológico, morfológico 
e sintático.
Publicada há mais de 150 anos, a Gramática de la lengua castellana des-
tinada al uso de los americanos, de Andrés Bello (1847), em suas próprias 
palavras: 
[...] se dirigen a mis hermanos, los habitantes de Hispanoamérica. Juzgo 
importante la conservación de la lengua de nuestros padres en su posible 
pureza, como un medio providencial de comunicación y un vínculo de 
fraternidad entre las varias naciones de origen español derramadas sobre 
los dos continentes.
Constata-se, por meio da citação, o principal objetivo da gramática: fornecer 
uma manutenção da unidade de linguagem, mas sem tomar a norma peninsular 
como referência exclusiva. Essa ideia, embora exposta por Bello há mais de 
100 anos, é a fundamentadora da Nueva Gramática de la Lengua Española 
(REAL ACADEMIA ESPAÑOLA, 2010). Apesar de a antiguidade eos seus 
destinatários serem os falantes hispano-americanos, a gramática de Bello 
continua sendo um dos principais manuais de gramática do espanhol, devido 
à correção de sua análise e à profundidade de suas intuições. Bello, como já 
foi dito, tinha a intenção de preservar a união linguística contra os neologis-
mos lexicais, por medo de desintegrar o espanhol. Embora os seus medos se 
Nomenclatura gramatical espanhola: estrutura126
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baseassem apenas na intuição (ou seja, não houvesse um aprofundamento 
sobre questões sociolinguísticas e de cunho da evolução da língua), isso não 
impediu que o manual trouxesse análises altamente atuais, que continuam 
sendo usadas por pesquisadores da linguagem de perspectivas muito diversas 
e, inclusive, diacrônicas. 
A gramática de Bello (1847) tem uma clara intenção prescritiva em seu 
título. Sua concepção de gramática, altamente relevante, consiste em ensinar 
os significados e usos de cada forma, como se não houvesse outro idioma no 
mundo, além do castelhano. Essa perspectiva radicalmente sincrônica, em 
conjunto com a combinação de significados e de usos de cada forma, é hoje 
o objetivo descritivo da gramática da língua espanhola. 
Mesmo não podendo renunciar ao instrumental explicativo gramatical no 
qual estava inserido, Bello tem um caráter vanguardista, pois conseguiu ver 
as limitações descritivas das grandes correntes da análise gramatical de seu 
tempo. A grande originalidade de Bello, no entanto, reside no uso lúcido que 
ele fez desse instrumento para a descrição de fenômenos gramaticais funda-
mentais do espanhol, como modos e tempos verbais ou artigos. Obviamente, 
as gramáticas evoluíram muito desde lá, mas é impossível negar todo o legado 
gramatical que Andrés Bello nos deixou para a formação da Nueva Gramática 
de la Lengua Española da RAE.
A palavra término, no sentido da linguística ou da gramática, no dicionário da Real 
Academia Española, tem os seguintes significados:
 � m. palabra (II unidad lingüística)
 � m. Fil. Cada una de las palabras que sustancialmente integran una proposición o 
un silogismo. Los términos de una proposición son dos: sujeto y predicado; los de 
un silogismo son tres: mayor, menor y medio.
 � m. Gram. Cada uno de los dos elementos necesarios en la relación gramatical.
 � m. Gram. Función sintáctica desempeñada por el sintagma introducido por la 
preposición.
 � m. Gram. Segmento sintáctico que desempeña la función de término.
127Nomenclatura gramatical espanhola: estrutura
GHLE_U4_C08.indd 127 14/03/2018 15:33:40
A nomenclatura da língua espanhola e a sua 
importância para o ensino
Todos os recursos da língua, em todos os seus planos (fonológico, morfológico, 
sintático, semântico e pragmático) e níveis (lexical, frasal e textual-discursivo), 
em termos de unidades e estruturas (fonológicas, morfológicas ou sintáticas), 
estruturam-se seguindo a lógica, mas de forma inconsciente, pois a criança 
nasce com uma predisposição natural para a aprendizagem da sua língua 
 materna. Essa predisposição natural é exatamente o que chamamos de gramá-
tica universal: um conjunto de princípios (responsáveis pelos aspectos comuns 
a todas as línguas humanas) e parâmetros (explicam a variação encontrada 
entre as línguas) que permitem a uma criança normal o desenvolvimento da 
linguagem, durante os seus primeiros anos de vida, a partir da exposição à 
sua língua materna. Todavia, essa gramática não deve ser confundida com a 
gramática que estudamos nos manuais. 
Pensar sobre a sua estrutura gramatical é uma atividade indispensável 
para o amadurecimento das competências linguísticas e culturais de qualquer 
idioma. Sabe-se que a língua espanhola é um sistema complexo; compreender 
a sua nomenclatura e referenciá-la com os seus significados faz com que o 
estudante também consiga analisar as relações entre os seus subgrupos, o que 
resulta num domínio maior do idioma.
Provavelmente, você já se perguntou o porquê de estudar a nomenclatura 
gramatical, ou mesmo o porquê de estudar gramática. Essa questão perpassa 
séculos, mas foi justificada ainda na primeira gramática acadêmica da língua 
espanhola (da RAE), em 1771, em seu prólogo:
“La Gramática [...] nos hace ver el maravilloso artificio de la lengua, en-
señandonos de qué partes consta, sus nombres, definiciones, y oficios, y 
como se juntan y enlazan para formar el texido de la oración”. 
A Nueva Gramática de la Lengua Española (REAL ACADEMIA ES-
PAÑOLA, 2010) visa demonstrar o espanhol como uma unidade, porém com 
suas diversidades. Em outras palavras, ela não possui um caráter autoritário: 
não preconiza uma única forma apresentada como correta da língua espa-
nhola. A normatização se apresenta nela como uma variável da descrição das 
construções gramaticais, em que algumas são comuns a todos os falantes de 
espanhol, enquanto outras não. Além disso, ela agrega a ideia de ausência ou 
presença de prestígio social.
Nomenclatura gramatical espanhola: estrutura128
GHLE_U4_C08.indd 128 14/03/2018 15:33:40
Leia mais sobre a abordagem das estruturas prono-
minais presente na Nueva Gramática de la Lengua 
Española no artigo “La Nueva gramática de la lengua 
española y las estructuras pronominales”, disponível 
no link ou código a seguir:
https://goo.gl/tyqNWU
Portanto, cabe ressaltar que a nomenclatura gramatical atual na língua 
espanhola é um meio de leitura de mundo e de compreensão do funcionamento 
do idioma. Sua importância se deve, principalmente, ao fato de ter como 
objetivo trazer aos falantes de espanhol espalhados pelo mundo a reflexão da 
língua espanhola como conscientizadora das suas inúmeras possibilidades. 
Trata-se não apenas de um idioma que possui uma unidade, mas uma riqueza 
patrimonial que leva em consideração as suas mudanças e variações.
[...] la nueva gramática académica quiere contribuir a que los hispano-
hablantes reflexionen sobre su propia lengua, tomen conciencia de sus 
posibilidades expresivas, de las estructuras lingüísticas que la caracterizan 
y de la enorme riqueza patrimonial que suponen su unidad y su variedad. 
La nueva gramática pretende ayudar, asimismo, a que los hablantes 
conserven este patrimonio, amplíen su dominio del idioma, y ensanchen 
con ello su propia cultura y su formación integral (Prólogo da Nueva 
Gramática de la Lengua Española).
Assim, essa nomenclatura é importante para o ensino da língua espanhola, 
pois mostra o seu funcionamento, os seus usos nas suas diferentes modalidades 
escrita e oral e como ela se organiza. Dentro do campo de ensino de espanhol 
para estrangeiros, essa informação também é de grande relevância, uma vez 
que entender o funcionamento da gramática não apenas auxilia na resolução 
da questão da equivalência funcional com a língua materna, mas serve prin-
cipalmente como um recurso para se alcançar o aprendizado consciente sobre 
regras que contribuem para a compreensão do sistema linguístico. 
Portanto, para que você tenha domínio completo da língua espanhola, 
não basta saber se comunicar — afinal, o processo de comunicação abrange 
129Nomenclatura gramatical espanhola: estrutura
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muito mais do que a oralidade. Dominar o espanhol significa compreender a 
sua cultura, o seu sistema linguístico e a sua gramática.
Marcos se inscreveu para uma vaga de intercâmbio. Na seleção, era necessário que os 
candidatos escrevessem uma redação em espanhol. Marcos iniciou a sua redação com 
“Hubieron hechos en la historia de la humanidad...” e pensou que havia se destacado, pois 
seus argumentos eram excelentes. Entretanto, Ana também fez a seleção e escrevia 
muito bem. Dois dias se passaram, e o resultado do intercâmbio saiu: Ana conseguiu 
a vaga, Marcos não. 
Marcos não entendeu o resultado e foi questionar a banca examinadora, a qual 
respondeu que ele perdera pontos não pelos seus argumentos, que eram ótimos, e sim 
pelo seu erro gramatical. Todos escreviam muito bem,mas se tratava de uma seleção. 
Marcos havia ignorado a aula de espanhol, quando seu professor ensinou que o verbo 
haver poderia ser impessoal e, nesse caso, não concordaria em número com o sujeito. 
Se Marcos tivesse escrito “Hubo hechos en la...”, provavelmente teria sido escolhido 
para o intercâmbio. 
1. A Nueva Gramática de la Lengua 
Española da RAE (2010) possui 
um caráter prático, sintático, 
normativo, descritivo e social; para 
cada um existe uma explicação. 
Por exemplo, o caráter social não 
apenas reflete a unidade e a língua 
padrão, mas também: 
a) estabelece um ponto de 
referência para estudantes e 
professores de espanhol, em 
vários níveis acadêmicos.
b) apresenta uma síntese 
de estudos clássicos e 
modernos sobre a gramática 
do espanhol, combinando 
tradição e novidade.
c) recomenda alguns usos 
e desencoraja outros.
d) mostra o espanhol de todas 
as áreas linguísticas, com suas 
variantes geográficas e sociais.
e) expõe as diretrizes que 
compõem a estrutura 
da linguagem e analisa 
detalhadamente as propriedades
de cada construção.
2. Mesmo com a Nueva Gramática de 
la Lengua Española da RAE (2010), 
a Gramática de la Lengua Española 
(1994) de Emilio Alarcos não perdeu 
o seu valor, pois ainda é considerada 
pela Real Academia Española 
como uma gramática de referência 
Nomenclatura gramatical espanhola: estrutura130
GHLE_U4_C08.indd 130 14/03/2018 15:33:41
até os dias atuais. Contudo, o seu 
direcionamento e a sua linguagem 
são bastante singulares, e Alarcos 
(1994) reconhece que: 
a) a sua gramática contém 
uma linguagem acessível, 
direcionada ao ensino escolar.
b) a sua gramática se caracteriza 
como normativa e apresenta uma 
linguagem singela, direcionada 
ao ensino de graduação.
c) a sua gramática contém uma 
análise e uma linguagem 
bastante aprofundadas e se 
direciona a estudiosos do idioma.
d) a sua gramática se caracteriza 
por ser descritiva e por possuir 
uma linguagem retrógrada, 
que se direciona a gramáticos.
e) a sua gramática é bastante 
superficial, com uma 
linguagem simples e com um 
direcionamento linguístico.
3. Segundo a Nueva Gramática de la 
Lengua Española da RAE (2010), a 
gramática estuda a estrutura das 
palavras e a forma como elas se 
relacionam. Nesse sentido, para 
cada parte da gramática é atribuída 
alguma competência. Dessa 
forma, é possível afirmar: 
a) A análise dos sons da fala 
compete à fonética, e a sua 
organização corresponde à 
fonologia; a morfologia se 
ocupa da estrutura interna das 
palavras, da sua constituição 
interna e das suas variações; já 
a sintaxe corresponde à análise 
da forma como as palavras 
se combinam e se organizam 
linearmente, assim como os 
grupos que elas formam.
b) A morfologia se ocupa da 
estrutura interna das palavras, 
da sua constituição interna e 
das suas variações; a sintaxe 
corresponde à análise da forma 
como as palavras se combinam 
e se organizam linearmente, 
assim como os grupos que elas 
formam; já a semântica cuida 
do significado linguísticos das 
palavras e das sentenças.
c) A organização sonora 
corresponde à fonética; 
a formação das palavras 
corresponde à morfologia,
e o sentido, à sintaxe.
d) A análise dos sons da fala 
compete à fonética e a sua 
organização corresponde à 
fonologia; a morfologia estuda 
somente a formação de palavras; 
e a sintaxe, a organização 
e o sentido das orações.
e) Os sons competem à 
fonética; a estrutura das 
palavras, à morfologia; a 
organização oracional, à 
sintaxe; e, por fim, os recursos 
idiomáticos, à semântica.
4. As palavras pertencem à 
determinada categoria ou classe, 
em função de suas propriedades 
morfológicas ou sintáticas, formando 
grupos sintáticos. Por exemplo, 
estos perros (estes cachorros) é um 
grupo nominal, e ir de vacaciones 
(tirar férias) é um grupo verbal. 
A combinação de determinados 
grupos sintáticos forma as orações, 
as quais relacionam um sujeito com 
um predicado. As funções sintáticas, 
como el sujeto (o sujeito), são 
conhecidas como: 
a) grupos gramaticais.
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ALARCOS LLORACH, E. Gramática de la lengua española. Madrid: Espasa Calpe, 1994.
ALCINA FRANCH, J.; BLECUA PERDICES, J. M. Gramática española. Barcelona: Ariel, 1975.
BELLO, A. Gramática de la lengua castellana destinada al uso de los americanos. Santiago 
de Chile: Imprenta del Progresso, 1847. 
REAL ACADEMIA ESPAÑOLA. Nueva gramática de la lengua española. Barcelona: Espasa 
Libros, 2010.
REAL ACADEMIA ESPAÑOLA. Esbozo de una nueva gramatica de la lengua española. 
Madrid: Espasa-Calpe, 1973.
Leitura recomendada
ALBA, J. M. de. Presentación de la Nueva gramática de la lengua española. [19--?]. Dis-
ponível em: <http://www.rae.es/sites/default/files/Intervencion_Jose_Moreno_de_
Alba_Presentacion_NGLE.pdf>. Acesso em: 2 mar. 2018.
b) partes derivativas.
c) unidades segmentais.
d) combinações morfossintáticas.
e) unidades relacionais.
5. Sabendo que existem diferentes 
tipos de gramática e que a sua 
classificação depende não só 
da análise temporal em que 
ela é analisada, mas também 
da abordagem linguística que 
ela possui, a Nueva Gramática 
de la Lengua Española (2010) é 
considerada uma gramática: 
a) sincrônica e normativa.
b) sincrônica e descritiva.
c) diacrônica e normativa.
d) diacrônica e descritiva.
e) diacrônica e teórica.
Nomenclatura gramatical espanhola: estrutura132
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133Gabaritos
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livro, acesse o link abaixo ou utilize o código QR 
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Gabaritos
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esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
Dica do professor
Este video apresenta uma breve análise da divisão da Nueva gramática de la lengua española, de la 
RAE.
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Exercícios
1) A nueva gramática de la lengua española, da RAE (2010), tem caráter prático, sintático, 
normativo, descritivo e social. Para cada um existe uma explicação; por exemplo, o caráter 
social social não apenas reflete a unidade e a língua padrão, mas também
A) estabelece um ponto de referência para estudantes e professores de Espanhol em vários 
níveis acadêmicos.
B) apresenta uma síntese de estudos clássicos e modernos sobre a gramática do espanhol, 
combinando tradição e novidade.
C) recomenda alguns usos e desencoraja os outros.
D) mostra o espanhol de todas as áreas linguísticas com suas variantes geográficas e sociais.
E) expõe as diretrizes que compõem a estrutura da linguagem e analisa detalhadamente as 
propriedades de cada construção.
2) Mesmo com a Nueva gramática de la lengua española da RAE (2010), a Gramática de la lengua 
española (1994) de Emilio Alarcos Llorach não perdeu seu valor, pois ainda é considerada 
pela Real Academia Espanhola uma gramática de referência até os dias atuais; contudo, seu 
direcionamento e sua linguagem é bastante singular, como o Alarcos (1994) reconhece que
A) a sua gramática contém uma linguagem acessível direcionada ao ensino escolar.
B) a sua gramática se caracteriza como normativa e apresenta uma linguagem singela 
direcionada ao ensino de graduação.
C) a sua gramática contém uma análise e uma linguagem bastante aprofundadas e se direciona a 
estudiosos do idioma.
D) a sua gramática se caracteriza por ser descritiva e por usar uma linguagem retrógrada que se 
direciona a gramáticos.
E) a sua gramática é superficial, com uma linguagem simples e com um direcionamento 
linguístico.
3) 
Segundo a Nueva gramática de la lengua española da RAE (2010), a gramática estuda a 
estrutura das palavras e a forma como elas se relacionam.Nesse sentido, para cada parte da 
gramática é atribuída alguma competência. Dessa forma, é possível afirmar que:
A) a análise dos sons da fala compete à fonética e sua organização, que corresponde à fonologia; 
a morfologia se ocupa da estrutura interna das palavras, da sua constituição interna e das 
suas variações; já a sintaxe corresponde à análise da forma como as palavras se combinam e 
se organizam linearmente, assim como os grupos que elas formam.
B) a morfologia se ocupa da estrutura interna das palavras, da sua constituição interna e das 
suas variações; a sintaxe, corresponde à análise da forma como as palavras se combinam e se 
organizam linearmente, assim como os grupos que elas formam; já a semântica cuida do 
significado linguísticos das palavras e das sentenças.
C) a organização sonora corresponde à fonética; a formação das palavras corresponde à 
morfologia e o sentido à sintaxe.
D) a análise dos sons da fala compete à fonética e sua organização, que corresponde à fonologia; 
a morfologia estuda somente a formação de palavras; e a sintaxe a organização e o sentido 
das orações.
E) os sons competem à fonética; a estrutura das palavras à morfologia; a organização oracional à 
sintaxe; e, por fim, os recursos idiomáticos à semântica.
4) As palavras pertencem a uma determinada categoria ou classe; em função de suas 
propriedades morfológicas ou sintáticas, formam grupos sintáticos; por exemplo, "estos 
perros" (estes cachorros) é um grupo nominal e "ir de vacaciones" (tirar férias) é um grupo 
verbal. A combinação de determinados grupos sintáticos forma as orações, as quais 
relacionam um sujeito com um predicado. As funções sintáticas, como, por exemplo, "el 
sujeto" (o sujeito), são conhecidas como:
A) grupos gramaticais.
B) partes derivativas.
C) unidades segmentais.
D) combinações morfossintáticas.
E) unidades relacionais.
5) 
Sabendo que existem diferentes tipos de gramática e que a sua classificação depende não só 
da análise temporal em que ela é analisada, mas também pela abordagem linguística que a 
mesma realiza, a Nueva gramática de la lengua española ( 2010) é considerada uma gramática:
A) sincrônica e normativa.
B) sincrônica e descritiva.
C) diacrônica e normativa.
D) diacrônica e descritiva.
E) diacrônica e teórica.
Na prática
A Gramática de la lengua castellana destinada al uso de los americanos (1947), de Andrés Bello, além 
de ser vanguardista para o seu tempo, tem características singulares, como a forma como o autor 
apresenta os tempos verbais.
Sua gramática estabelece a seguinte classificação: presente, antepresente, pretérito, copretérito, 
antepretérito, antecopretérito, futuro, antefuturo, pospretérito y antepospretérito. Esses tempos se 
baseiam nitidamente na idealização linear do tempo e a sua terminologia apresenta uma grande 
transparência com respeito ao momento da fala em relação ao momento referido. A nomenclatura 
vai evoluindo, mas, independentemente do autor ou etapa de evolução, os termos de uma 
nomenclatura não são vazios: eles remetem a conceitos gramaticais e funções, enfim às regras que 
regem determinada língua.
Analisando a nomenclatura como um recurso para se alcançar o aprendizado sobre regras que 
auxiliam na compreensão do sistema linguístico, observe a seguir um exemplo prático da 
nomenclatura gramatical e o seu significado, conforme estabelecido por Bello. 
 
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Nueva gramática. Morfología y sintaxis
Confira uma breve apresentação da Nueva gramática de la lengua española , elaborada pela Real 
Academia Española.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Nueva gramática de la lengua española - Manual
A Real Academia Española disponibilizou o manual com questões gerais sobre a Nueva gramática de 
la lengua española.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
Análise das funções sintáticas apresentadas na Nueva gramática 
de la lengua española
Este vídeo contém uma breve porém interessante análise das funções sintáticas apresentadas na 
Nueva gramática de la lengua española.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do vídeo ou clique no código para acessar.
http://www.rae.es/obras-academicas/gramatica/nueva-gramatica/nueva-gramatica-morfologia-y-sintaxis
http://www.ceip.edu.uy/IFS/documentos/2015/lengua/recursos/gramatica_raenueva.pdf
https://www.youtube.com/embed/s9BIFmeh4Tw