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Pergunta 9 0,5 em 0,5 pontos (Questão 28 - Enade 2016) “Segundo dados do IBGE, a desigualdade de rendimento entre homens e mulheres no caso brasileiro é resultado, em grande medida, de uma inserção, no mercado de trabalho, diferenciada por sexo, com uma maior presença feminina em ocupações precárias, de baixa qualificação, pouco formalizadas e predominantemente no setor de serviços como, por exemplo, o trabalho doméstico. Além da desigualdade de gênero, verificam-se ainda discriminações associadas à raça.” Fonte: adaptado de: BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Informação Demográfica e Socioeconômica número 33. Disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br. Acesso em: 09 jul. 2016. “Incorporar as dimensões de gênero e raça à análise do mercado de trabalho implica assumir que a posição das mulheres e dos negros é desigual em relação aos homens e aos brancos e que questões como emprego e desemprego, trabalho precário e remuneração, entre outras, manifestam-se e são vividas de forma desigual entre esses trabalhadores e trabalhadoras.” Fonte: adaptado de: ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO – OIT. Igualdade de gênero e raça no trabalho: avanços e desafios. Brasília, 2010. Disponível em: http://www.oitbrasil.org.br. Acesso em: 09 jul. 2016. Considerando a relação entre patriarcado, racismo e capitalismo, na perspectiva da sociedade brasileira, e os princípios fundamentais do Código de Ética dos Assistentes Sociais (1993), avalie as afirmativas a seguir: I. A relação capital/trabalho, como manifestação histórica concreta, mostra-se neutra em relação ao gênero/sexo e à raça. II. A formação do capitalismo no Brasil induziu a sociedade brasileira à superação do patriarcado e do racismo. III. Nas sociedades capitalistas, a preservação das relações desiguais de gênero e raça no mundo do trabalho constitui mecanismo orgânico-estrutural da dominação multifacetada do capital. IV. A exploração, a dominação e a opressão de gênero/sexo e raça se expressam como relações desiguais, hierarquizadas e contraditórias, sustentadas historicamente na divisão sexual e étnico-racial do trabalho. V. A mulher brasileira contemporânea é uma trabalhadora assalariada, insere-se em novos espaços de trabalho profissional, compartilha o sustento da família e, além disso, permanece como a principal responsável pelas atividades domésticas. Respostas: a. I, II e III. b. I, II e IV. c. I, IV e V. d. II, III e V. e. III, IV e V. Comentário da resposta: Resposta: E Comentário: I – Afirmativa incorreta. Justificativa. A relação capital/trabalho está fundamentada nas desigualdades entre o gênero masculino e feminino, como também nas questões raciais. II – Afirmativa incorreta. Justificativa. O capitalismo no Brasil se apoiou na hierarquia patriarcal. Ademais, o patriarcado e o racismo não foram integralmente superados. III – Afirmativa correta. Justificativa. O capitalismo articula a exploração do trabalho e a dominação ideológica e se apropria da lógica e dos valores do sistema patriarcal, caracterizado pela dominação masculina. Desse modo, representa a dominação multifacetada do capital na sociedade. IV – Afirmativa correta. Justificativa. As diversidades de gênero, raça e orientação sexual se inserem em um contexto de desigualdade, determinado pelas relações sociais historicamente construídas de opressão e de violação de direitos, o que se articula com o capitalismo, que representa a força de trabalho. V – Afirmativa correta. Justificativa. Nos dias atuais, a mulher desempenha diferentes papéis na sociedade, inserindo-se no mercado de trabalho e assumindo a responsabilidade de sustento da família e de execução de atividades domésticas, como esposa, dona de casa e mãe.