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Lesão dos Nervos no Tronco Encefálico

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1 
Khilver Doanne Sousa Soares 
Lesões dos Nervos no Tronco Encefálico 
Problema 15; 5º período; “Dores ao vento”; 1. Revisar a anatomofisiologia do tronco encefálico e nervos cranianos; 2. Relembrar o exame físico dos nervos cranianos; 
3. Compreender as lesões dos pares de nervos cranianos (sinais e sintomas).
Bulbo 
O bulbo é contínuo com a parte superior da 
medula espinal; ele forma a parte inferior do 
tronco encefálico. O bulbo se inicia na altura do 
forame magno e se estende até a margem 
inferior da ponte por uma distância de 
aproximadamente 3 cm. 
A substância branca do bulbo contém todos 
os tratos sensitivos e motores que se projetam 
entre a medula espinal e outras partes do 
encéfalo. Parte da substância branca forma 
protrusões na parte anterior do bulbo. Estas 
protrusões, chamadas de pirâmides, são formadas 
pelos tratos corticospinais que passam do 
telencéfalo (cérebro) para a medula espinal. Os 
tratos corticospinais são responsáveis pelos 
movimentos voluntários dos quatro membros e do 
tronco. Logo acima da junção do bulbo com a 
medula espinal, 90% dos axônios da pirâmide 
esquerda cruzam para o lado direito, e 90% dos 
axônios da pirâmide direita cruzam para o lado 
esquerdo. Este cruzamento é conhecido como 
decussação das pirâmides e explica por que cada 
lado do encéfalo é responsável pelos movimentos 
voluntários do lado oposto do corpo. 
O bulbo também apresenta diversos 
núcleos. (Lembre-se de que núcleo é um 
agrupamento de corpos celulares neuronais no 
SNC.) Alguns destes núcleos controlam funções 
vitais, como o centro cardiovascular e a área 
respiratória rítmica. O centro cardiovascular 
regula a frequência e a intensidade do batimento 
cardíaco, bem como o diâmetro dos vasos 
sanguíneos. O centro respiratório bulbar ajusta o 
ritmo basal da respiração 
Além de regular os batimentos cardíacos, o 
diâmetro dos vasos sanguíneos e o ritmo 
respiratório, os núcleos bulbares também 
controlam os reflexos de vômito, da deglutição, 
do espirro, da tosse e do soluço. O centro do 
vômito é responsável pelo vômito, a expulsão 
forçada do conteúdo da parte alta do sistema 
digestório pela boca. O centro da deglutição 
controla a deglutição do bolo alimentar da 
cavidade oral em direção à faringe. O ato de 
espirrar envolve a contração espasmódica de 
músculos ventilatórios que expelem 
forçadamente o ar pelo nariz e pela boca. Tossir 
envolve inspiração longa e profunda sucedida por 
uma forte expiração que expele um jato de ar 
pelos orifícios respiratórios superiores. O soluço é 
causado por contrações espasmódicas do 
diafragma que geram um som agudo durante a 
inspiração. 
 
Fonte: Site Anatomia em Foco. Acesso em 20/09/2021. 
https://www.anatomiaemfoco.com.br/sistema-
nervoso/tronco-encefalico-cerebral/. 
Lateralmente a cada pirâmide encontrasse 
uma protuberância oval chamada de oliva. Na 
oliva se localiza o núcleo olivar inferior, que 
recebe eferências do córtex cerebral, do núcleo 
rubro do mesencéfalo e da medula espinal. 
Neurônios do núcleo olivar inferior projetam seus 
axônios para o cerebelo, onde regulam a atividade 
dos neurônios cerebelares. Ao influenciar a 
https://www.anatomiaemfoco.com.br/sistema-nervoso/tronco-encefalico-cerebral/
https://www.anatomiaemfoco.com.br/sistema-nervoso/tronco-encefalico-cerebral/
2 
Khilver Doanne Sousa Soares 
atividade neuronal cerebelar, o núcleo fornece 
instruções que o cerebelo utiliza para ajustar a 
atividade muscular, à medida que você aprende 
novas habilidades motoras. 
Os núcleos associados a tato, pressão, 
vibração e propriocepção consciente estão 
localizados na região posterior do bulbo: são os 
núcleos grácil e cuneiforme. Os axônios sensitivos 
ascendentes dos fascículos grácil e cuneiforme, 
que são dois tratos localizados nas colunas 
posteriores da medula espinal, fazem sinapses 
nestes núcleos. Na sequência, os neurônios pós-
sinápticos transmitem as informações sensitivas 
para o tálamo do lado oposto. Os axônios 
ascendem até o tálamo em uma faixa de 
substância branca chamada de lemnisco medial, 
que se estende por todo o tronco encefálico. Os 
tratos das colunas posteriores e os axônios do 
lemnisco medial são chamados conjuntamente de 
via do funículo posterior e do lemnisco medial. 
O bulbo também apresenta núcleos que 
compõem as vias sensitivas responsáveis pela 
gustação, pela audição e pelo equilíbrio. O núcleo 
gustativo faz parte da via gustativa, que se 
estende da língua até o encéfalo; ela recebe 
aferências dos calículos gustatórios da língua. Os 
núcleos cocleares pertencem à via auditiva, que 
se estende da orelha interna até o encéfalo; eles 
recebem aferências da cóclea, situada na orelha 
interna. Os núcleos vestibulares do bulbo e da 
ponte fazem parte das vias do equilíbrio, que se 
estendem da orelha interna para o encéfalo; eles 
recebem informações sensitivas de 
proprioceptores do aparelho vestibular da orelha 
interna. 
 
Fonte: TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2016. Anatomia interna do bulbo. As pirâmides bulbares contêm os grandes tratos motores que saem do 
telencéfalo (cérebro) em direção à medula espinal.
Por fim, o bulbo contém núcleos associados 
aos cinco pares de nervos cranianos a seguir: 
a. Nervos vestibulococleares (NC 8). Vários 
núcleos bulbares recebem aferências 
sensitivas e enviam eferências motoras 
para a cóclea pelos nervos 
vestibulococleares. Estes nervos 
transmitem impulsos relacionados com a 
audição; 
b. Nervos glossofaríngeos (NC 9). Núcleos 
bulbares transmitem, pelos nervos 
glossofaríngeos, impulsos sensitivos e 
3 
Khilver Doanne Sousa Soares 
motores relacionados com a gustação, a 
deglutição e a salivação. 
c. Nervos vagos (NC 10). Núcleos bulbares 
recebem impulsos sensitivos e enviam 
impulsos motores, pelos nervos vagos, para 
a faringe, a laringe e várias vísceras 
torácicas e abdominais. 
d. Nervos acessórios (NC 11; porção craniana). 
Na verdade, estas fibras fazem parte dos 
nervos vagos (X). Núcleos bulbares dão 
origem a impulsos nervosos que controlam, 
por meio dos nervos vagos (porção 
craniana dos nervos acessórios), a 
deglutição. 
e. Nervos hipoglossos (NC 12). Núcleos 
bulbares são a origem de impulsos 
nervosos que controlam, por meio dos 
nervos hipoglossos, os movimentos da 
língua durante a fala e a deglutição. 
Ponte 
A ponte está logo acima do bulbo e anterior 
ao cerebelo, com cerca de 2,5 cm de 
comprimento. Assim como o bulbo, a ponte é 
formada por núcleos e tratos. Como diz o próprio 
nome, a ponte liga partes do encéfalo entre si. 
Estas conexões são possíveis graças a feixes de 
axônios. Alguns axônios pontinos conectam os 
lados direito e esquerdo do cerebelo. Outros 
fazem parte de tratos sensitivos ascendentes e 
de tratos motores descendentes. 
A ponte é dividida em duas estruturas 
principais: uma região ventral e outra dorsal. A 
região ventral da ponte forma uma grande 
estação de transmissão sináptica composta por 
centros dispersos de substância cinzenta 
conhecidos como núcleos pontinos. Vários tratos 
de substância branca entram e saem destes 
núcleos, e cada um deles conecta o córtex de um 
hemisfério cerebral com o córtex do hemisfério 
do cerebelo contralateral. Este complexo conjunto 
de circuitos tem um papel essencial na 
coordenação e na otimização da eficiência da 
atividade motora voluntária em todo o corpo. A 
região dorsal da ponte é semelhante às demais 
regiões do tronco encefálico – bulbo e 
mesencéfalo. Ela contém tratos ascendentes e 
descendentes e núcleos de nervos cranianos. 
Também na ponte está localizado o centro 
respiratório pontino. Junto com o centro 
respiratório bulbar, ele auxilia no controle da 
respiração. 
Além disso, a ponte contém núcleos 
associados aos seguintes pares de nervos 
cranianos: 
a. Nervos trigêmeos (NC 5). Por meio destes 
nervos, núcleos pontinos recebem 
impulsos sensitivos somáticos da cabeça e 
da face e enviam impulsos motoresresponsáveis pela mastigação. 
b. Nervos abducentes (NC 6). Os nervos 
abducentes transmitem impulsos motores, 
gerados em núcleos pontinos, que 
controlam certos movimentos oculares. 
c. Nervos faciais (NC 7). Por meio dos nervos 
faciais, núcleos da ponte recebem 
impulsos sensitivos gustativos e geram 
impulsos motores que regulam a secreção 
de saliva e lágrimas e a contração de 
músculos da mímica facial. 
d. Nervos vestibulococleares (NC 8). Por 
meio destes nervos, núcleos pontinos 
recebem impulsos sensitivos e enviam 
impulsos nervosos para o aparelho 
vestibular. Estes nervos transmitem 
impulsos relacionados com o equilíbrio. 
Mesencéfalo 
O mesencéfalo se estende da ponte ao 
diencéfalo e tem cerca de 2,5 cm de 
comprimento. O aqueduto do mesencéfalo 
(aqueduto de Silvio) passa pelo mesencéfalo, 
conectando o terceiro ventrículo (acima) com o 
quarto ventrículo (abaixo). Da mesma forma que 
o bulbo e a ponte, o mesencéfalo contém núcleos 
e tratos. 
A parte anterior do mesencéfalo apresenta 
feixes pareados de axônios conhecidos como 
pedúnculos cerebrais. Os pedúnculos cerebrais 
4 
Khilver Doanne Sousa Soares 
são compostos por axônios dos tratos 
corticospinal, corticobulbar e corticopontino, que 
conduzem impulsos nervosos de áreas motoras 
do córtex cerebral para a medula espinal, o bulbo 
e a ponte, respectivamente. 
A parte posterior do mesencéfalo, chamada 
de teto, contém quatro projeções arredondadas. 
As duas projeções superiores, conhecidas como 
colículos superiores, funcionam como centros 
reflexos para certas atividades visuais. Por meio 
de circuitos neurais que partem da retina, se 
dirigem aos colículos superiores e posteriormente 
voltam para a musculatura extrínseca do bulbo 
do olho, os estímulos visuais desencadeiam 
movimentos oculares de perseguição de objetos 
em movimento (como um carro em 
deslocamento) e de imagens estacionárias (como 
você está fazendo ao ler esta frase). Os colículos 
superiores também são responsáveis por reflexos 
que controlam os movimentos da cabeça, dos 
olhos e do tronco em resposta a estímulos visuais. 
As duas projeções inferiores, chamadas de 
colículos inferiores, fazem parte da via auditiva, 
transmitindo impulsos dos receptores auditivos 
da orelha interna para o encéfalo. Estes dois 
núcleos também são responsáveis pelo reflexo de 
susto – movimentos súbitos da cabeça, dos olhos 
e do tronco que ocorrem quando você é 
surpreendido pelo barulho muito alto, como o de 
um disparo de arma de fogo. 
O mesencéfalo contém vários outros 
núcleos, incluindo a substância negra esquerda e 
direita, que é grande e apresenta pigmentação 
escura. Neurônios que liberam dopamina e se 
estendem da substância negra para os núcleos 
da base auxiliam no controle da atividade motora 
subconsciente. A perda destes neurônios está 
associada à doença de Parkinson. Os núcleos 
rubros esquerdo e direito também se encontram 
no mesencéfalo e parecem avermelhados devido 
a sua farta irrigação sanguínea e à pigmentação 
rica em ferro presente em seus corpos celulares 
neuronais. Axônios do cerebelo e do córtex 
cerebral fazem sinapses nos núcleos rubros, que 
ajudam no controle dos movimentos musculares. 
Outros núcleos mesencefálicos ainda estão 
associados a dois pares de nervos cranianos: 
Nervos oculomotores (3). Por meio destes nervos, 
núcleos mesencefálicos geram impulsos nervosos 
que controlam movimentos do bulbo do olho, 
enquanto núcleos oculomotores acessórios 
controlam a movimentação de músculos lisos que 
regulam a contração pupilar e mudanças no 
formato da lente. 
Nervos trocleares (4). Por meio dos nervos 
trocleares, núcleos mesencefálicos geram 
impulsos nervosos que controlam certos 
movimentos oculares. 
NERVO NOME TIPO FUNÇÃO 
1 Olfatório Sensitivo Sensação olfativa 
2 Óptico Sensitivo Percebe todas as imagens do campo visual; recebe o estímulo 
de luz; campimetria, fundo de olho, acuidade visual 
3 Oculomotor Motor Todos os movimentos oculares que não são cuidados pelo n. 4 
e 6 + levantamento das pálpebras 
4 Troclear Motor Movimenta o músc. oblíquo superior – movimenta olhos para 
região da ponta do nariz 
5 Trigêmeo Misto Três ramos: oftálmico, maxilar e mandibular – SENSITIVOS + 
Cuida da mastigação; sensibilidade geral dos 2/3 iniciais língua; 
sensibilidade da córnea 
5 
Khilver Doanne Sousa Soares 
6 Abducente Motor Movimento do músc. reto lateral – movimenta cada olho para 
região contrária à nasal – maior dentro do espaço 
subaracnoide 
7 Facial Misto Movimentos da mímica facial + fecha a pálpebra + sensação 
gustativa dos dois terços anteriores da língua 
8 Vestibulococlear Sensitivo Responsável pelo equilíbrio e audição: o ramo vestibular é 
responsável pelo equilíbrio, coordenação e orientação espacial, 
enquanto o coclear, pela audição. 
9 Glossofaríngeo Misto Movimento da úvula, sensação gustativa do terço posterior da 
língua, sensibilidade geral de toda a língua, salivação, 
deglutição, receptores de pressão do seio carótico (monitoram 
a PA), 
10 Vago Misto Inerva músc. da faringe, cricotireóideo; Inervação 
parassimpática dos ÁTRIOS cardíacos, plexo pulmonar e 
esofágico, vísceras da região superior do abdome e do trato 
gastrointestinal. 
11 Acessório Motor Inerva músc. esternocleidomastóideos e trapézio 
12 Hipoglosso Motor Responsável pela movimentação da língua 
Obs.: nervos 1 e 2 não são de dentro do tronco encefálico, saem do telencéfalo. 
N. SENSITIVOS N. MOTORES N. MISTOS 
1 Olfatório; telencéfalo 3 Oculomotor; mesencéfalo 5 Trigêmeo; ponte 
2 Óptico; diencéfalo 4 Troclear; mesencéfalo 7 Facial; ponte 
8 Vestíbulo coclear; ponte 6 Abducente; ponte 9 Glossofaríngeo; bulbo 
 11 Acessório; bulbo 10 Vago; bulbo 
 12 Hipoglosso; bulbo 
1 telencéfalo; 2 diencéfalo; 3, 4 mesencéfalo; 5 a 8 ponte; 9 a 12 bulbo 
Respirações de lesões no(a): Ponte Kussmaul ou “apneutica”; Bulbo  Biot; Diencéfalo  Cheyne-
Stokes 
 
1. Olfatório 
Se apresentar; Explicar o exame; Pedir 
permissão ao paciente; Lavar as mãos. 
Pedir para paciente fechar os olhos, aproximar 
das suas narinas um cheiro CONHECIDO (café, 
6 
Khilver Doanne Sousa Soares 
canela, etc.) e perguntar se o mesmo sente algo 
e o que é. 
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____________________________________________________________ 
2. Óptico 
Se apresentar; Explicar o exame; Pedir 
permissão ao paciente; Lavar as mãos. 
De frente ao paciente, de preferência sentados, 
ambos com a cabeça na mesma altura, um metro 
de distância entre si. Eu e o paciente devemos 
tapar um dos olhos com as mãos (que seja do 
mesmo lado estando um de frente para o outro), 
nos olhar fixamente (não devemos desviar o olhar 
um do outro em nenhum momento) e devo traçar 
mentalmente um quadrado com 9 divisões (#): 
retiro a mão para fora do meu campo visual, trago 
para dentro, movo ou não o dedo indicador e 
pergunto ao paciente se meu dedo está se 
movendo ou não. Repito o processo 9 vezes até 
todo o campo visual do olho em questão ser 
testado. Após isso repetir no olho contralateral. 
____________________________________________________________
____________________________________________________________
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3. Oculomotor 
Se apresentar; Explicar o exame; Pedir 
permissão ao paciente; Lavar as mãos. 
Por ser responsável pela miose, levantamento de 
pálpebra e todos os movimentos oculares que não 
são comandados pelo troclear e abducente: 
Pedir para o paciente fechar os olhos; Realizar o 
estímulo luminoso e verificar se AMBOS os olhos 
tem contração pupilar (miose) – OBS: se o nervo 
óptico estiver lesionado a contração não ocorrerá, 
mas não por lesão no oculomotor. Testar 
movimentos dos olhos para todas as direções 
responsáveispelo oculomotor. 
____________________________________________________________
____________________________________________________________
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4. Troclear 
Se apresentar; Explicar o exame; Pedir 
permissão ao paciente; Lavar as mãos. 
Responsável pelo movimento dos olhos em 
direção à ponta do nariz: pedir para o paciente 
realizar esse movimento ocular. 
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________ 
5. Trigêmeo 
Se apresentar; Explicar o exame; Pedir 
permissão ao paciente; Lavar as mãos. 
 
7 
Khilver Doanne Sousa Soares 
Testar sensibilidade ao calor, tato e dor dos três 
ramos. Com o paciente de olhos fechados após 
explicar o que vou fazer. 
Testar a mastigação do paciente: pôr dois palitos 
em cada lado das fileiras dentárias, pedir para o 
paciente morder com força, quando eu tentar 
puxar os palitos aquele que ficou do lado afetado 
vai sair com facilidade OU/E palpar região da 
musculatura masseter e verificar hipotonia. 
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____________________________________________________________
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6. Abducente 
Se apresentar; Explicar o exame; Pedir 
permissão ao paciente; Lavar as mãos. 
Como esse nervo é responsável pela abdução do 
olho em direção contralateral à nasal pedir para 
o paciente olhar “para fora”, um olho de cada vez. 
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7. Facial 
Se apresentar; Explicar o exame; Pedir 
permissão ao paciente; Lavar as mãos 
Pedir para o paciente realizar caretas e observar 
alguma assimetria. 
Testar a gustação dos 2/3 anteriores da língua 
com sabores conhecidos – água adocicada, água 
salgada, etc. 
 
8. Vestibulococlear 
Se apresentar; Explicar o exame; Pedir 
permissão ao paciente; Lavar as mãos 
Teste de ROMBERG  Consiste em pedir que o 
paciente fique de pé, com os pés juntos e os 
braços ao lado do corpo, o examinador se 
posiciona ao lado do paciente com os braços ao 
redor do mesmo de modo a evitar quedas, e 
então pede ao paciente que feche os olhos. Se 
o nervo estiver lesado, ele cairá para o lado da 
lesão. 
O Teste de Weber, que tem como função avaliar 
a audição do paciente; é necessário utilizar 
um diapasão. Para realizá-lo deve estimular a 
vibração do diapasão e, então, colocar a haste 
única no topo do crânio do paciente (no centro), 
no meio da testa ou acima do lábio superior sobre 
os dentes. Feito isso, pergunte ao paciente em 
qual orelha o som é escutado melhor. O teste 
pode detectar uma perda auditiva de condução 
ou neurossensorial. Se de condução, o som será 
mais ouvido na orelha afetada, pois o som será 
transmitido diretamente pelos ossos do crânio e 
não pela orelha. E se a causa for neurossensorial 
o som será mais intenso na orelha não afetada, 
pois a orelha afetada absorve menos o som, ainda 
que o som seja transmitido diretamente. 
E o terceiro teste é o Teste de Rinne, também 
utilizado para testar a audição, por condução 
aérea e óssea. Juntamente com o teste de 
Weber, pode se chegar a um diagnóstico quanto 
às duas causas de perda auditiva. O teste 
também faz uso de diapasão, que deve ser 
estimulado a vibrar e então encostado 
perpendicularmente no processo mastoide e o 
paciente deve avisar quando deixar de ouvir o 
zumbido, e ainda com o diapasão vibrando 
aproxime-o (sem encostar) da orelha do paciente 
e pergunte se o paciente ainda ouve o zumbido. 
O normal é que o tempo de percepção aérea seja 
maior que a percepção óssea. Na perda auditiva 
condutiva o paciente apresenta condução óssea 
maior que a área e na perda auditiva 
neurossensorial as conduções óssea e aérea 
https://www.americanas.com.br/produto/9459794/diapasao-medico-128cps-com-fixador-md?WT.srch=1&acc=e789ea56094489dffd798f86ff51c7a9&epar=bp_pl_00_go_bs_todas_geral_gmv&gclid=CjwKCAjwvbLkBRBbEiwAChbckYDFHXyAPZgsfWHJLL1P_Z1B9ORfg1_sPIHAZKrsNHjTisn41ydgxhoCAVkQAvD_BwE&i=596ed1a8eec3dfb1f8cc8d73&o=5651f1ae26a311ff8bdac296&opn=YSMESP&sellerId=26107827000192
8 
Khilver Doanne Sousa Soares 
estão diminuídas, sendo que a condução aérea 
ainda se sobressai um pouco. 
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9. Glossofaríngeo 
Se apresentar; Explicar o exame; Pedir 
permissão ao paciente; Lavar as mãos 
Pedir para o paciente abrir a boca e falar Ahhh: 
úvula desvia para lado normal. 
Testar sensibilidade do terço final da língua. Ver 
se o paciente tem reflexo de ânsia de vômito 
tocando em cada lado posterior da faringe 
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10. Vago 
Se apresentar; Explicar o exame; Pedir 
permissão ao paciente; Lavar as mãos 
Pedir para o paciente falar Kaká: ele engasga e 
não consegue falar; pedir para paciente beber 
água: se houver lesão do nervo vai engasgar e 
ficará rouco. 
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11. Acessório 
Se apresentar; Explicar o exame; Pedir 
permissão ao paciente; Lavar as mãos 
Pedir para o paciente levantar os ombros e 
observar hipotonia. Pôr a mão contra um dos 
lados da face do paciente e pedir para que ele 
empurre o rosto contra: observar funcionalidade 
do músculo esternocleidomastóideo. 
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12. Hipoglosso 
Se apresentar; Explicar o exame; Pedir 
permissão ao paciente; Lavar as mãos 
Pedir para que o paciente abra a boca e avaliar 
fasciculações ou outras alterações na língua em 
repouso. Após isso, pedir para que o paciente 
coloque a língua para fora da boca: ela vai se 
desviar para o lado lesionado. Ao pedir para o 
paciente pôr a língua para dentro ela se desvia 
para o lado saudável. 
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REFERÊNCIAS 
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. 
Princípios de Anatomia e Fisiologia. 14. ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

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