Sexologia Forense

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Medicina Legal- M5 Ana Laura Coradi T.XXII 
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Sexologia Forense 
Em 2009 a Lei n° 12.015, Título IV, Parte 
especial do Código Penal, estabeleceu os crimes 
contra a dignidade sexual. 
Crime de estupro: Artigo 213 do Código Penal: 
constranger alguém (sexo do ofendido é 
indiferente para a caracterização do delito), 
mediante violência ou grave ameaça, a ter 
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que 
com ele se pratique outro ato libidinoso. 
É classificado como um crime hediondo, cuja 
pena é: 
• vítima maior de 8 anos – reclusão de 6-10 
anos 
• vítima maior de 18 anos com lesão grave 
– reclusão de 8-12 anos 
• vítima de 14-18 anos – reclusão de 8-12 
anos 
• vítima menor de 14 anos – reclusão de 8-
15 anos 
• vítima menor de 14 anos com lesão grave 
– reclusão de 10-20 anos 
• morte da vítima – reclusão de 20-30 anos. 
Evidências: 
Em mulheres virgens, temos a rotura himeal 
recente ou antiga 
presença de esperma na cavidade vaginal 
gravidez 
contaminação venérea profunda 
Sinais de violência ou de luta 
Lesões perineias. 
Acidentes geralmente levam a lesões em áreas 
de proeminencias ósseas (nariz, joelho, cotovelo) 
Já as lesões decorrentes de violência geralmente 
são em locais diferentes como: abdome, parte 
interna da coxa, órgãos sexuais. 
Ato libidinoso: aquele destinado a satisfazer a 
lascívia, o apetite sexual. pode ser: masturbação 
na vitima, introduz o dedo em seu órgão sexual, 
introduz instrumento postiço em seu órgão 
genital, sexo oral. 
Contravenção penal: pena menor, é 
caracterizado por apalpadas, amassos e beijos 
lascivos. 
Estupro 
1- Violencia efetiva: físico ou psiquico 
Violencia efetiva física: a lei exige que o agressor 
tenha agido de forma violenta anulando ou 
enfraqueendo a oposição/resisência da viima 
Violencia efetiva psíquica: ao agente conduz a 
vitima a uma forma de não resistencia por 
enfraquecimento ou inibição das faculdadees 
mentais. pode ser drogas alucinógenas, 
anestesia, estados hipnóticos e embriaguez 
completa. 
2- Violencia presumida 
Envolve vítimas menores de 14 anos, vítima 
alienada ou débil mental, devido a qualquer 
causa que impeça a vítima de resistir. 
 
3- Grave ameaça 
Forma de violência moral. A vítima fica 
impossibilitada pelo medo, chantagem, angústia, 
pavor de esboçar uma resistência. 
 
Objetos periciais do estupro 
É possível comprovar a cópula vaginal, em casos 
de mulher vítima ou mulher com vida sexual 
pregressa. 
Caso a mulher seja virgem: Fazer o exame do 
hímen: 
• íntegro 
• com rotura completa 
• com rotura incompleta (rompimento em 
somente metade da membrana, é linar ou 
agudo). 
• com agenesia 
• complacente 
• reduzido as carúnculas mirtiformes: 
mulheres múltiplas. 
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Ainda pode-se observar se a rotura foi recente: < 
20 dias com sangramento e resposta 
inflamatória. Já uma rotura antiga > 20 dias, 
dessa forma são observadas bordas cicatrizadas. 
Em casos de mulheres com vida sexual 
pregressa: buscar provas de ejaculação – semen 
e esperma. 
Procurar a presença de espermatozóides, liquido 
seminal e proteinas, além de realizar a dosagem 
de fosfatase ácida, glicoproteínas P30 (PSA), e 
cristalização do sêmen – prova de cristalização 
de Florence Baecchi e Barbério. 
Além disso pode ser feita a identificação do 
agressor, uma vez que o sêmen e os espermas 
contém DNA. 
 Outros elementos de provas que fundamentam a 
conjunção carnal e violência corporal: 
1- gravidez 
2- estado emocional da vitima 
3- lesões traumáticas e perineais 
4- sinais e violência, luta e resistencia 
5- contaminação venérea 
6- pelos pubianos no corpo da vítima, roupas 
e no local 
7- Manchas de sêmen 
Lesões genitais: contusões, abrasão e 
lacerações. Fundamentam o diagnóstico de 
conjunção carnal e ato libidinoso. 
 
Doenças sexualmente transmissíveis: crianças 
só podem apresentar HIV e sífilis congênita, as 
outras doenças são impossíveis de se adquirir. 
 
Exame de ânus: deve ser analisado a sua forma, 
se apresenta contusões, escoriações ou ainda 
lacerações. 
Pessoas que praticam o sexo anal, apresentam a 
prega sentinela. 
O objetivo pericial é caracterizar o ato libidinoso, 
comprovar a violencia efetiva ou presumida e 
ainda obter uma relação de provas biológicas que 
permitam identificar o agente. 
Além disso deve-se identificar o autor, com testes 
de DNA. A coleta de Sêmen pode ser da 
cavidade vaginal oral, pele de ambos , em 
vestes, local dos fatos, pênis do criminoso . 
Os pelos corporais podem estar presentes no 
corpo da vitima, roupas ou locais e a saliva 
também pode estar presente no corpo da vitima. 
Obrigatoriamente se faz também o SWAB da 
região uretral do criminoso para identificação de 
DNA também. 
Segundo o art.3 parágrafo único da Lei 
10.778/03: o estupro é de notificação 
compulsória, caráter sigiloso e só é permitida 
fazer a identificação da vitima de violencia fora do 
ambito dos serviços de saude, somente poderá 
ocorrer, em caráter excepcional, nos casos de 
risco a comunidade ou a vitima. 
 
Aborto 
É a interrupção dolorosa da gravidez com 
expulsão do feto ou sem ela. 
O codigo penal diz que é a expulsão prematura e 
violenta provocada do produto da concepção 
independente de todas as circunstancias de 
idade, viabilidade e mesmo da formação regular. 
Pena de 1-3 anos. 
Tipos de aborto: 
• Aborto natual 
• Aborto acidental 
• Aborto terapêutico 
• Aborto sentimental, piedoso e moral 
• Antecipação terap~eutica do parto em 
casos de anencefalia 
• Por motivo de honra 
• Aborto eugenésico 
• Aborto social 
Interesse jurídico: provocar aborto em si mesma 
– auto aborto, provocar aborto sem o 
consentimento da gestante, provocar o aborto 
com o consentimento da gestante, provocar 
aborto, lesões graves na gestante e morte. 
Abortos permitidos: aborto terapéutico – 
necessário, aborto sentimental, piedoso ou moral, 
antecipação terapeutica do parto em casos de 
anencefalia, nunca se pune o medico. 
Aborto terapêutico 
Perigo vital a paciente, dependencia direta da 
gravidez para a morte, interrupção da gravidez 
fará cessar esse perigo de vida, único meio 
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capaz de salvar a vida da gestante. 
Concordância de outros dois ou mais colegas de 
equipe médica. 
Aborto sentimental, piedoso, humanitário ou 
moral 
Indicado nos casos de estupro, consentimento da 
vitima ou representante legal, documentos 
necessários e obrigatórios assinados pela vitima 
ou com representante legal. 
Todos devem ter 2 vias: 1 via para a vitima e 
representante legal e 2 vias anexas ao 
promtuario medico 
O primeiro documento é o term de relato 
circunstanciado do evento realizado pela prorpio 
gestant ou representante legal, e dois 
profissionais do serviço, agentes de conduta, 
testemunhas se houver. 
O segundo documento é um parecer tecnico que 
conterá anamnese exame fisico geral, exame 
fisico ginecologico obstetrico, laudo US e exames 
compleentares. Deve se corresponder a idade 
gestaconal, com a data do esupro e com o laudo 
do USG. 
O terceiro documento é o termo de aprovação de 
procedimento da interrupção da gravidez 
decorrente do estupro – assinado por 3 
integrantes da equipe médica. 
O termo de responsabilidade assinado pela 
gestante, onde constará advertencia expressa 
sobre crimes de falsidade ideologica 
Termo de consentimento de livre esclarecido, 
desconfoto, risco e procediemntos. 
Sehouver processo criminal em andamento, é 
necessário autorização do juiz e representantes 
do Ministério Publico. 
 
Antecipação terapeutica do parto em casos de 
anencefalia 
Anencefalia é da resolução de 2012, o 
diagnóstico de anomalia deverá ser 
inquestionável. O laudo técnico deve ser 
assinado por dois medicos, sendo um deles por 
um ginecologista-obstetra. Além disso é 
necesssário o laudo psicológico da gestante e 
não se pune o medico. 
Infanticídio 
Segundo o codigo penal brasileiro art. 123, 
significar matar sob influencia do estado 
puerperal – mae o proprio filho durante o parto ou 
logo após o parto. 
Logo após o parto: imediatametne depois do 
parto. Período que vai desde a expulsão do feto e 
seus enexos ate os primerios cuidados ao infante 
nascido. 
É um crime contra a vida e e um crime de 2- 6 
anos, classificado como doloso. 
É classificado como crime de mão própria, 
somente a mãe parturiente comete esse crime. 
Tem carater intencional. 
O seito ativo é sempre a mae e o objetividade 
material é o nascente ou recem nascido 
Estado puerperal 
A parturiente para ser classificada como 
infanticida, não pode apresentar algum problema 
psiquiatrico anterior. Sem disturbio mental previo. 
Essa mulher ao entrar em trabalho de parto: fica 
em grave perturbação psicológica, devido ao 
desequilibrio fisiopsiquico oriundo do processo do 
parto, é um quadro agudo e transitório que ocorre 
no parto ou logo após o parto. 
 
EXAMES E PARTO PREGRESSO: para o 
diagnostico de infanticideo 
Provas de parto recente, estado geral, aspecto 
dos orgãos genitais externos, presença de 
corrimento genital e exame dos orgãos genitais 
internas – exame de toque vaginal. 
Exame pericial do estado mental da infanticida: 
parto angustiante ou doloroso, parturiente tratou 
ou não de esconder o cadaver do filho, se ela 
lembra ou não do ocorrido ou se ela simula, 
antecedentes psiquiatricos ou eclosão surgiram 
no decorrer do parto, durante o parto ou logo 
após o puerpério. 
Exame do feto 
Docimesia pulmonar hidrostatica de Galeno no 
neonato. Comprovar a vida extra-uterina do 
neonato. 
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Provas que dizem que ao nascer estava vivo. 
Prova Hidrostatica de Galeno: coloca o pulmão 
do neonato em um recipiente com agua e ele 
boisa, pois ele foi insufado ao nascer para o bebe 
respirar. Se nasceu morot ele afunda. 
Faz-se tambem a prova de Balthazard: prva 
histologica que observa os espaços abertos entre 
os alveolos, ou seja ele respirou ao nascer. 
No estômago, pode ser realizada a prova de 
Breslau, entrou ar nas vias respiratorias, ele boia 
na água, caso não ele afunda.