Prévia do material em texto
1 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2 REVISÃO NEUROANATÔMICA SISTEMA NERVOSO ............................. 5 2.1 Divisão do Sistema Nervoso ................................................................ 5 2.2 Principais funções ................................................................................ 6 2.3 Sintomas Neurológicos comuns ........................................................... 6 3 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL ..................... 7 4 DOENÇAS CEREBROVASCULARES ....................................................... 9 4.1 AVC Isquêmico ..................................................................................... 9 4.2 Hemorragia Intraparenquimatosa Cerebral (HIP) ............................... 10 4.3 Hemorragia Subaracnóidea (HSA) ..................................................... 10 5 DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS DO SNC ..................................... 12 5.1 Atrofia Muscular Espinhal ................................................................... 12 5.2 Doença de Parkinson ......................................................................... 13 5.3 Doença de Alzheimer ......................................................................... 15 5.4 Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) ................................................... 16 5.5 Doença de Huntington (DH) ............................................................... 17 5.6 Epilepsia ............................................................................................. 19 5.7 Acidente Vascular Cerebral (AVC) ..................................................... 19 5.8 Esclerose múltipla (EM) ...................................................................... 20 6 TRAUMATISMOS ..................................................................................... 22 6.1 Traumatismo Raquimedular ............................................................... 22 6.2 Traumatismo Cranioencefálico ........................................................... 23 7 DISTROFIAS NEUROMUSCULARES ...................................................... 24 7.1 Distrofia muscular de Becker (DMB) .................................................. 24 3 7.2 Distrofia muscular de Duchenne ........................................................ 25 7.3 Distrofia muscular de Emery- Dreifuss (DMED) ................................. 25 7.4 Distrofia muscular Facioescapuloumeral ............................................ 26 7.5 Distrofia muscular Oculofaríngea (DMO) ............................................ 27 8 NEUROPATIAS PERIFÉRICAS ............................................................... 28 8.1 Classificação ...................................................................................... 29 8.2 Fisiopatologia da lesão ....................................................................... 30 8.3 Alterações histológicas após lesões dos nervos periféricos ............... 30 8.4 Etiologia .............................................................................................. 31 9 DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO ............................................................... 32 9.1 Tremores ............................................................................................ 33 10 TRANSTORNO DO SONO .................................................................... 34 11 CEFALEIAS ........................................................................................... 36 11.1 Cefaleias primárias ......................................................................... 37 11.2 Cefaleias secundárias ..................................................................... 37 12 ADRENOLEUCODISTROFIA ................................................................ 38 13 DEMÊNCIAS ......................................................................................... 39 13.1 Demência da Doença de Pick ......................................................... 39 13.2 Demência na doença de Creutzfeldt-Jakob .................................... 40 14 CONCLUSÃO ........................................................................................ 41 15 BIBLIOGRAFIAS ................................................................................... 42 16 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS ............................................................. 47 4 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 5 2 REVISÃO NEUROANATÔMICA SISTEMA NERVOSO Fonte: planetabiologia.com 2.1 Divisão do Sistema Nervoso Sistema Nervoso Central- Encéfalo-Cérebro =Telencéfalo =Diencéfalo -Cerebelo -Troco Encefálico =Mesencéfalo =Ponte =Bulbo -Medula Espinhal Sistema Nervoso Periférico - Nervos= Espinhais = Cranianos -Gânglios -Terminações Nervosas Divisão funcional do Sistema Nervoso: Aferente Eferente Sistema Nervoso Visceral: Aferente Eferente: Sistema Nervoso Autônomo= Simpático = Parassimpático 6 2.2 Principais funções Cérebro: Pensamento; Movimento voluntário; Linguagem; Julgamento; Percepção; Cerebelo: Manutenção do equilíbrio e da postura; Controle do tônus muscular; Controle dos movimentos voluntário; Tronco Encefálico: O Tronco Encefálico é uma área do encéfalo que fica entre o tálamo e a medula espinhal. Possui várias estruturas como o bulbo, o mesencéfalo e a ponte. Algumas destas áreas são responsáveis pelas funções básicas para a manutenção da vida como a respiração, o batimento cardíaco e a pressão arterial; Medula Espinhal: Os circuitos neuronais medulares são importantes na produção dos movimentos musculares, pois eles exercem o controle direto sobre os músculos. A medula espinhal tem a função de conduzir impulsos nervosos das regiões do corpo até o encéfalo, produzir impulsos e coordenar atividades musculares e reflexos. FUNÇÕES ÁREAS Fonte: ebah.com.br 2.3 SintomasNeurológicos comuns Quadro álgico em membros inferiores; Cefaleia, Disfunção muscular; Fraqueza; Paralisia; Parestesia; Disfagia; Espasmos musculares; Rigidez, espasticidade e inflexibilidade; Déficit motor; Lentidão nos movimentos; Alterações na sensibilidade; 7 Alterações de sentidos específicos, como olfato e paladar; Alucinações visuais; Diplopia; Vertigem; Disartria, Déficit no sono; Afasia; Apraxia. O sistema nervoso pode ser acometido por várias doenças incapacitantes, tais como as doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, tumores e outras desordens neurológicas. Essas doenças acabam prejudicando diretamente a qualidade de vida desses indivíduos, assim como também, acarretam em altos gastos financeiros para a saúde pública. (PALLOTA, 2012, apud, PINHEIRO, 2019). 3 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL Fonte: scielo.br O desenvolvimento do SNC inicia-se na vida intrauterina e sofre influências de fatores genéticos e ambientais. As pré-condições cognitivas são dadas pela herança biológica, que define a macroestrutura sob a forma de potencial. Sobre ela agem os processos de aprendizado e memória, modelando o cérebro (microestrutura) dotado de sinapses. Este desenvolvimento inicia-se de poucas células do embrião, denominadas células-tronco neurais, e sofre, ainda no útero, um explosivo crescimento chegando a atingir, a partir de sucessivas, rápidas e precisas divisões mitóticas, centenas de bilhões de células. 8 As células-tronco neurais são células com grande capacidade de auto renovação, capazes de se dividir milhares de vezes, e multipotentes, pois geram as células-mãe (precursoras) que, por sua vez originam todos os tipos de neurônios e de gliócitos (células gliais) do sistema nervoso. Os gliócitos formam a maior parte das células do SNC, sendo muito mais numerosos que os neurônios. O cérebro em desenvolvimento é plástico, ou seja, capaz de reorganização de padrões e sistemas de conexões sinápticas com vistas a readequação do crescimento do organismo às novas capacidades intelectuais e comportamentais da criança. As células em desenvolvimento têm maior capacidade de adaptação do que as maduras. Os neurônios organizam-se em circuitos locais e constituem regiões corticais ou núcleos. Estes, por sua vez, interligam-se de modo a formar sistemas e sistemas de sistemas, com níveis de complexidade progressivamente mais elevados. As principais consequências desse arranjo são: o que um neurônio faz depende do conjunto de outros neurônios no qual o primeiro se insere; o que os sistemas fazem depende de como os conjuntos se influenciam mutuamente, numa arquitetura de conjuntos interligados; a contribuição e cada um dos conjuntos para o funcionamento do sistema a que pertence depende da sua localização nesse sistema. Desse modo, a especialização cerebral é conseqüência do lugar ocupado por conjuntos de neurônios no seio de um macro sistema. Uma das maiores razões de lesão no SNC são as doenças neurodegenerativas, que interrompem funções fisiológicas importantes e, por isso, a lesão e a reparação deste sistema têm sido a chave da pesquisa neurobiológica. A maioria das doenças neurodegenerativas desenvolve-se em idades mais avançadas, tendo como característica progressão lenta e de difícil diagnóstico, e não possui terapia efetiva. Na década de 90, descobriu-se que as células-tronco neurais continuam capazes de produzir neurônios e gliócitos na fase adulta e também no envelhecimento. No cérebro adulto, neurônios recém-formados foram encontrados no hipocampo e nos bulbos olfatórios. (GAGE, 2003, apud PINHEIRO, 2007). 9 4 DOENÇAS CEREBROVASCULARES Fonte: daiichisankyo.com.br A doença cerebrovascular pode ser classificada em três grandes grupos: Isquêmico (AVCI), Hemorragia Cerebral Intraparenquimatosa (HIP) e Hemorragia Subaracnóidea (HSA) ou meníngea. 4.1 AVC Isquêmico O AVC é caracterizado como um distúrbio vascular que compromete a função cerebral, gerando principalmente sequelas motoras como a hemiparesia, que em sua maioria compromete o hemicorpo e a realização de atividades funcionais. O AVC é definido clinicamente como uma síndrome de início rápido e abrupto, que leva a uma perturbação de origem vascular a nível focal ou difundido da função cerebral. Diante da quantidade elevada de condições crônicas de saúde, o AVC é considerado a segunda doença mais incapacitante do mundo, podendo causar alterações na função motora grossa e fina, linguagem, marcha, humor, percepção, cognição e realização de atividades de vida diária. 10 4.2 Hemorragia Intraparenquimatosa Cerebral (HIP) A HIP ou Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH) é uma situação clínica na qual ocorre uma lesão vascular seguida de hemorragia cerebral, que normalmente possui elevada morbimortalidade. Um dos fatores que predispõe à HIP são as diáteses hemorrágicas (tendência para sangramento sem causa aparente (hemorragias espontâneas) ou hemorragia mais intensa ou prolongada após um traumatismo), como hemofilia. O HIP de localização profunda é o mais comum, seguido pelos hematomas lobares. O local de sangramento profundo mais frequente é divergente, o lobar ocorrendo no lobo parietal com maior incidência. Pode-se observar na literatura que a HIP é altamente incapacitante, portanto a associação entre diagnóstico rápido e tratamento adequado é crucial na recuperação dos pacientes, diminuindo assim os índices de morbimortalidade de pessoas acometidas por ela. (MARTINS, 2013, apud BERNARDO, 2017). O sangramento dentro do parênquima cerebral é indolor. Portanto, a HIP usualmente se apresenta como surgimento rápido de um déficit neurológico focal (hemiparesia, hipoestesia unilateral, hemianopsia, afasia, entre outros) de início brusco e que progride nos minutos a horas seguintes. Os sintomas dependem da região cerebral acometida. Os fatores de risco não modificáveis mais conhecidos para HIP são: idade avançada, raça negra, orientais e gênero masculino. Os fatores de risco modificados são: Hipertensão arterial, Angiopatia amiloide, tabagismo, álcool, coagulopatias, uso de fármacos ou drogas sintéticas (simpaticomiméticos). Dentre as doenças cerebrovasculares, o AVC hemorrágico é causado pela ruptura espontânea (não traumática) de um vaso, com extravasamento de sangue para o interior do cérebro (hemorragia Intraparenquimatosa), para o sistema ventricular (hemorragia intraventricular) e/ou espaço subaracnóideo (hemorragia subaracnóidea). A hemorragia Intraparenquimatosa cerebral (HIC) é o subtipo de AVC de pior prognóstico, com até 65% de mortalidade em 1 ano. (Flaherty, 2006, apud, PONTES-NETO, 2009). 4.3 Hemorragia Subaracnóidea (HSA) A HSA consiste numa hemorragia dentro do espaço subaracnóideo compreendido entre a camada interna (pia-máter) e a camada intermediária 11 (aracnoide) dos tecidos que envolvem o cérebro (meninges). A causa mais comum desta hemorragia é a ruptura de uma dilatação (aneurisma) em uma artéria. Aneurismas: São dilatações em uma área enfraquecida da parede de uma artéria. Ocorrem tipicamente onde uma artéria se ramifica, podendo estar presentes no nascimento (congênitos) ou se desenvolvem posteriormente (após de anos de pressão alta enfraquecer as paredes das artérias). A maioria dos episódios de hemorragia subaracnóidea espontânea resulta de aneurismas congênitos. A HSA é considerada um AVC, apenas quando ocorre espontaneamente, isto é, quando a hemorragia não resulta de forças externas, tal como um acidente ou de uma queda. Uma hemorragia espontânea geralmente resulta de uma ruptura súbita de um aneurisma em uma artéria do cérebro. Esta ruptura pode provocar cefaleia repentina e intensa, seguida de uma perda de consciência de curta duração. As taxas de HSA são mais altas para mulheres do que para homens em todas as idades. Estudopublicado no ano de 1997 encontrou um total de 14.145 mulheres e 8.995 homens durante os 10 anos de estudo. As taxas de HSA eram de 11,2 por 100.000 mulheres e de 8,0 por 100.000 homens. (GREENBERG, 2003, apud TURCATO, 2006). A hemorragia subaracnóidea é um quadro potencialmente fatal que pode resultar rapidamente em deficiências graves e permanentes. Mais frequente entre as mulheres, ocorre em qualquer idade, sendo, contudo, mais comum entre pessoas com 40 a 65 anos de idade. Causas: A hemorragia subaracnóidea geralmente resulta de traumatismos cranianos. No entanto, a hemorragia subaracnóidea devido a uma lesão na cabeça que provoca sintomas diferentes é diagnosticada e tratada diferentemente, e não é considerada um AVC. Quando um aneurisma se rompe, ele causa os seguintes sintomas: Cefaleia, (que pode ser extraordinariamente súbita e grave), Quadro álgico na região da face ou apenas nos olhos, Diplopia, Visão embaçada; Rigidez da nucal; Perda de consciência. A tomografia computadorizada ou imagem por ressonância magnética e, por vezes, uma punção lombar e angiografia são feitas para confirmar o diagnóstico. Os https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/doen%C3%A7a-arterial-perif%C3%A9rica/aneurismas-das-art%C3%A9rias-dos-bra%C3%A7os,-pernas,-cora%C3%A7%C3%A3o-e-c%C3%A9rebro#v26285886_pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/traumatismos-cranianos/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-traumatismos-cranianos https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/traumatismos-cranianos/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-traumatismos-cranianos 12 medicamentos são usados para aliviar a cefaleia e para controlar a pressão arterial, e a cirurgia é realizada para interromper o sangramento. 5 DOENÇAS NEURODEGENERATIVAS DO SNC Fonte: drauziovarella.uol.com.br Entre as doenças Neurodegenerativas podemos citar: Atrofia Muscular Espinhal, Parkinson, Alzheimer, Esclerose Lateral Amiotrófica, Doença de Huntington, Epilepsia, AVC e Esclerose Múltipla. 5.1 Atrofia Muscular Espinhal Doença degenerativa do SNC, de origem genética caracterizada por fraqueza e atrofia muscular progressiva. Existem quatro subtipos da doença, com base na idade de aparecimento dos sintomas: Tipo I: Aguda infantil ou Werdnig Hoffman (até os seis meses de idade); Tipo II: Crônica Infantil (entre os seis aos dezoito meses); Tipo III: Crônica Juvenil: Após os dezoito meses e antes da idade adulta; Tipo IV: Idade adulta. 13 Os sintomas mais frequentes são: Fraqueza muscular generalizada, dificuldade respiratória, dificuldade na deglutição e escoliose. 5.2 Doença de Parkinson A doença de Parkinson caracteriza-se, entre outros sintomas, por bradicinesia, rigidez, tremores a nível postural e também em repouso. Além disto, possui vários sintomas a nível mental e sensorial. É de difícil diagnóstico mas verifica- se que os doentes têm uma perda progressiva de neurónios a nível da substância nigra, acompanhados por acumulação de uma proteína (α-sinucleína) a nível da medula, tronco e córtex cerebral. A doença provoca alterações em vários sistemas de neurotransmissores, entre eles, a nível serotoninérgico, noradrenérgico, colinérgico e especialmente, dopaminérgico. Nas fases iniciais da doença ocorre perda da substância nigra no bulbo olfativo e na medula oblongata e os doentes não apresentam sintomas. Conforme a progressão da doença para a fase tardia, verifica-se que as áreas afetadas englobam também as áreas do cérebro localizadas na zona frontal e média a nível basal. Sinais e sintomas: A nível do sistema motor, os sintomas mais característicos são os tremores. Estes tremores podem ser tanto posturais como em repouso. Ocorrem especialmente a nível dos membros superiores. Geralmente, os tremores posturais não ocorrem isoladamente, no entanto, nestes casos, este tipo de tremor são indistinguíveis dos essenciais. Existe também a situação da não presença de tremores, sendo que nestes casos o doente em causa seja classificado como acinético-rígido. Por sua vez, a bradicinesia é também bastante característica, sendo ela a responsável pela diminuição da frequência em que o doente pestaneja, fala e ainda os movimentos arrastados em marcha acompanhados por desequilíbrio a nível postural e hipomimia facial. A rigidez característica também constitui um dos principais sintomas, sendo problemática especialmente a nível da deglutição, ficando o doente bastante comprometido, em especial em estados mais avançados desta patologia. 14 Entre os sintomas sensitivos a dormência e a dor (que podem ser tanto a nível local, como generalizados) são os principais sintomas. A depressão tem um lugar de destaque, seguindo-se, as alucinações e a ansiedade, a apatia e a agitação, desinibição e a euforia. Entre os distúrbios a nível do sono podemos citar a insônia, sonhos atípicos, ataques narcolépticos durante o dia e ainda alterações funcionais a nível do sono REM (Rapid Eye Movement). A demência considera-se relacionada com a depressão, visto que está bem estabelecido que a depressão é mais intensa no caso de doentes cuja função cognitiva se encontra comprometida. Tabela - Tratamento na doença de Parkinson consoante certos sintomas (psiquiátricos e autonómicos) Sintoma Tratamento Insónia Ajuste na posologia, clonazepam, técnicas de higiene no sono Depressão Amitriptilina, inibidores da recaptação da serotonina e noradrenalina Fadiga Selegelina ou amantadina Sonolência diurna Modafilina Alucinações Recurso a antipsicóticos (quetiapina, clozapina), ajuste na posologia Obstipação Laxantes osmóticos (macrogol) Incontinência Estabilizadores anticolinérgicos urinários, desmopressina para casos noturnos, verificação da medicação Impotência Sildenafil, vardenafil, tadalafil Dor Relaxantes musculares, ajuste na posologia Hipotensão ortostática Aumentar o influxo de sal e água, fludrocortisona, midrodina, epinefrina, ajuste na posologia Salivação Injeções de toxina botulínica linguais, aplicação sublingual de gotas oculares de 0,5% de atropina Sudorese Propranolol, propantelina, aplicação tópica de cremes com alumínio, ajuste na posologia Existem fases durante o período de síntese, liberação e metabolismo da dopamina dentro do sistema nervoso central, cuja intervenção medicamentosa é aumentando os níveis de dopamina, que podem influenciar as manifestações clínicas da doença de Parkinson. (PERKIN, 1998, apud VARA, 2011). 15 5.3 Doença de Alzheimer Fonte: institutoisads.org Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que se manifesta apresentando deterioração cognitiva e da memória de curto prazo e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais que se agravam ao longo do tempo. A doença de Alzheimer evolui geralmente para vários estágios de forma lenta e inexorável, ou seja, não há o que possa ser feito para barrar o avanço da doença. A partir do diagnóstico, a sobrevida média das pessoas acometidas por Alzheimer oscila entre oito e dez anos. Os principais fatores de risco da doença de Alzheimer são idade e história família para a doença de Alzheimer. Essa patologia irreversível compromete o sistema nervoso central, causando a destruição progressiva dos neurônios, resultando em danos cognitivos e comportamentais em seu portador (POLTRONIERE, 2011, apud, CAETANO, 2017). Estágios da doença: O quadro clínico pode ser dividido em quatro estágios: Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais. 16 Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia. Estágio 3 (forma grave):resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva. Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes. O primeiro sintoma, e o mais característico, do Mal de Alzheimer é a perda de memória recente. Com a progressão da doença, vão aparecendo sintomas mais graves como, a perda de memória remota (ou seja, dos fatos mais antigos), bem como irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo, repetição de falas, entre outras dificuldades em realizar as atividades de vida diária. 5.4 Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) A ELA é uma patologia do Neurônio Motor que traz um grande grau de incapacidade. A forma mais prevalente é conhecida como forma clássica e se caracteriza por apresentar sinais referentes à lesão de neurônio motor inferior (amiotrofia), neurônio motor superior (espasticidade) e bulbo (disartria/disfagia). É uma doença neurodegenerativa progressiva do SNC, que evolui causando atrofia progressiva da musculatura respiratória e dos membros além de sintomas de origem bulbar como disartria e disfagia, resultando em morte ou ventilação mecânica permanente. As mãos e os pés podem ser afetados primeiro causando dificuldades em se levantar, deambular ou usar as mãos para as atividades diárias (AVDs) como se vestir, lavar e abotoar roupas. Pesquisas mostram que a incidência aumenta após os 40 anos, alcançando um pico entre 60 e 75 anos, seguido por um rápido declínio. Os indivíduos do sexo masculino são levemente mais afetados que os do sexo feminino, em uma proporção em torno de 1.5:1. (AMATO, 2008, apud JUNIOR, 2013). Os sintomas e sinais de ELA podem ser divididos em dois grupos: 17 Sinais e sintomas resultantes diretos da degeneração motoneuronal: fraqueza e atrofia, fasciculações e cãibras musculares, espasticidade, disartria, disfagia, dispneia e labilidade emocional. Sinais e sintomas resultantes indiretos dos sintomas primários: distúrbios psicológicos, distúrbios de sono, constipação, sialorreia, espessamento de secreções mucosas, sintomas de hipoventilação crônica e dor. 5.5 Doença de Huntington (DH) A DH é uma patologia neurodegenerativa, autossômica dominante, classicamente descrita como Coreia de Huntington. A patologia transmite-se de forma autossômica dominante. O alelo normal transmite-se de geração em geração segundo as regras de hereditariedade. Apesar dos mecanismos responsáveis pela neurodegeneração observada na DH não se encontrarem completamente esclarecidos. Estudos recentes sugerem que a disfunção mitocondrial e metabólica, o estresse oxidativo, a apoptose e a alteração do processo autofágico desempenham um papel crucial na disfunção e morte neuronais na DH. Esta disfunção neuronal tem como resultado a disfunção dos circuitos cortico-estriatais e nigro-estriatais, levando assim à neurodegeneração progressiva do estriado e ao desenvolvimento dos défices motores característicos desta doença neurodegenerativa. A doença tem como características a coreia progressiva, declínio cognitivo e perturbações psiquiátricas. Os primeiros sinais da patologia são subtis. Na fase precoce podem ser observadas alterações moderadas na execução dos movimentos, dificuldades na resolução de problemas, irritabilidade e depressão. As alterações motoras, associadas à perda de coordenação dos movimentos voluntários, progridem de forma lenta. Os movimentos involuntários dos músculos tornam-se mais graves e os pacientes perdem gradualmente a capacidade para se moverem e, eventualmente, de se comunicarem. 18 Nos estágios mais avançados da doença, são caracterizados também por bradicinesia (lentidão anormal dos movimentos voluntários) e rigidez severa, e demência. A doença costuma se iniciar na idade adulta, sendo entre a terceira e a quarta década de vida a idade de pico da doença e progride por 15-20 anos. (ZINZI, 2007 apud, VIEIRA 2011) A DH pode ser dividida basicamente em três estágios: Estágio inicial: os pacientes podem trabalhar, dirigir e viver independentemente. Entre as manifestações estão incluídos, pequenos movimentos involuntários, mudanças sutis na coordenação, dificuldade de pensar sobre problemas complexos, e, eventualmente, humor depressivo ou irritável. Estágio intermediário: os pacientes provavelmente não poderão trabalhar, dirigir, como também não conseguirão cuidar de suas finanças e das tarefas domésticas, mas serão capazes de comer, vestir-se e cuidar da higiene pessoal com assistência. A coréia pode tornar-se mais pronunciada e os pacientes terão maiores dificuldades com os movimentos motores voluntários. Podem haver problemas para deglutir, problemas com o equilíbrio, quedas e perda de peso. Estágio avançado: os pacientes ficam totalmente dependentes para todas as atividades da vida diária. Apesar de no estágio avançado estarem frequentemente incapacitados de falar e acamados, é importante notar que eles parecem ter boa compreensão. A coréia pode ser severa, no entanto está cada vez mais sendo substituída pela rigidez, pela distonia e pela bradicinesia. As manifestações psiquiátricas podem ocorrer em qualquer ponto do cérebro, todavia, quanto mais avançado o estágio da doença, mais difícil de reconhecer e tratá-la. Na infância ocorre sinais e sintomas diferente da fase adulta. Esta fase é caracterizada por déficit de atenção, desordens comportamentais, deficiência escolar, distonia, bradicinesia e alguns tremores. A aparição repentina da doença, raramente encontrada na fase adulta, pode ocorrer na DH juvenil, e, quando diagnosticada, tende a seguir um curso rápido com tempo de vida menor do que 15 anos. A grande maioria dos pacientes com a forma juvenil herdou o gene da DH de um dos pais afetados. 19 5.6 Epilepsia A epilepsia é uma alteração na atividade elétrica do cérebro, temporária e reversível, que produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurovegetativas. Os ataques epilépticos aparecem, na maioria dos casos, antes dos 18 anos de idade e podem ter várias causas, tais como: anomalias congénitas, doenças degenerativas do sistema nervoso, infecções, lesões decorrentes de traumatismo craniano, tumores cerebrais, entre outras. Atualmente, o tratamento da epilepsia é realizado através de medicações que possam controlar a atividade normal dos neurônios, diminuindo as cargas cerebrais anormais. Mesmo com o uso de múltiplas medicações, pode não haver controlo satisfatório da doença. Neste caso, pode haver indicação de cirurgia. Ela consiste na extração da parte lesionada ou das conexões cerebrais que levam à propagação das descargas anormais. O procedimento cirúrgico pode levar à cura, ao controlo das crises ou à diminuição da frequência e intensidade das mesmas. A epilepsia é uma doença cerebral crônica causada por diversas etiologias e caracterizada pela recorrência de crises epilépticas não provocadas. Esta condição tem consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais e prejudica diretamente a qualidade de vida do indivíduo afetado. (FISHER, 2005, apud BRASIL, 2013). 5.7 Acidente Vascular Cerebral (AVC) O AVC ocorre quando vasos que carream sangue ao cérebro bloqueiam (obstrução) ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. É uma doença que acomete mais os homens. Existem dois tipos de AVC, que ocorrem por motivos diferentes: AVC hemorrágico: O AVC hemorrágico ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia. Esta hemorragia pode acontecer dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. AVC isquêmico: O AVC isquêmico ocorre quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para célulascerebrais, que acabam morrendo. 20 Essa obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia). Entre os fatores de risco para o AVC, podemos citar: Hipertensão; Diabetes tipo 2; Colesterol alto; Sobrepeso; Obesidade; Tabagismo; Etilista crônico; Idade avançada; Sedentarismo; Uso de drogas ilícitas; Histórico familiar. O diagnóstico do AVC deverá ser realizado através de exames de imagem, que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do derrame cerebral. Tomografia computadorizada de crânio é o método de imagem mais utilizado para a avaliação, demonstrando sinais precoces de isquemia. 5.8 ESCLEROSE MÚLTIPLA (EM) A causa envolve predisposição genética (com alguns genes já identificados que regulam o sistema imunológico) e fatores ambientais, como infecções virais (vírus Epstein Barr), exposição ao sol e consequente níveis baixos de vitamina D prolongadamente, exposição ao tabagismo e obesidade, principalmente na fase da adolescência. A EM corre devido a inversão de papel das células imunológicas, ou seja, ao invés de protegerem o sistema de defesa do indivíduo, passam a agredi-lo, produzindo inflamações. Estas inflamações afetam particularmente a bainha de mielina (uma capa protetora que reveste os prolongamentos dos neurônios), denominados axônios (responsáveis por conduzir os impulsos elétricos do sistema nervoso central para o corpo e vice-versa). Com a mielina e os axônios lesionados pelas inflamações, as funções coordenadas pelo cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal ficam comprometidas. Desta forma surgem os sintomas típicos da doença, como alterações na visão, na sensibilidade do corpo, no equilíbrio no controle esfincteriano e na força muscular dos membros com consequentemente redução da na mobilidade ou locomoção. Esta desmielinização ocorrem a partir do surgimento de um novo sintoma neurológico ou piora significativa de um sintoma antigo, com duração mínima de 24 http://www.saude.gov.br/sifilis http://www.saude.gov.br/diabetes http://www.saude.gov.br/diabetes 21 horas. Para ser considerado um novo surto é necessário que ocorra um intervalo mínimo de 30 dias entre eles, caso contrário, considera-se o sintoma dentro do mesmo surto em andamento. O quadro clínico de cada surto é variável e pode associar-se a mais de um sintoma. Alguns pacientes apresentam piora dos sintomas na ocorrência de febre ou infecções, frio extremo, calor, fadiga, exercício físico, desidratação, variações hormonais e estresse emocional, sendo no geral situações transitórias. A primeira forma de esclerose múltipla chamada surto-remissão ou remitente- recorrente é caracterizada pela ocorrência dos surtos e melhora após o tratamento (ou espontaneamente). Geralmente ocorre nos primeiros anos da doença com recuperação completa e sem sequelas. Os surtos duram dias ou semanas. Em média os surtos se repetem uma vez por ano caso não inicie o tratamento adequado. O mais comum é a esclerose múltipla recorrente-remitente, caracterizado por exacerbações claramente definidas, com recuperação completa ou com sequela e déficit residual. Os outros três tipos - esclerose múltipla primariamente progressiva, secundariamente progressiva e progressiva- recorrente - apresentam períodos marcados de progressão da doença. (LUBLIN, 1996 apud, FURTADO, 2005). Entre os sintomas mais comuns podemos citar: Fadiga (fraqueza ou cansaço); Sensitivas: parestesias (dormências ou formigamentos); nevralgia do trigêmeo (dor ou queimação na face); Visuais: neurite óptica (visão borrada, mancha escura no centro da visão de um olho, escotoma, embaçamento ou perda visual), diplopia (visão dupla); Motoras: perda da força muscular, dificuldade para deambular, espasmos e rigidez muscular (espasticidade); Ataxia: falta de coordenação dos movimentos ou para andar, tonturas e desequilíbrios; Esfincterianas: dificuldade de controle da bexiga (retenção ou perda de urina) ou intestino; Cognitivas: problemas de memória, de atenção, do processamento de informações (lentificação); Mentais: alterações de humor, depressão e ansiedade. 22 6 TRAUMATISMOS Fonte: saberatualizado.com.br 6.1 Traumatismo Raquimedular Trauma raquimedular (TRM) é a lesão da medula espinhal que provoca alterações, temporárias ou permanentes, na função motora, sensibilidade ou função autonômica. Dentre as causas mais frequentes estão os acidentes automobilísticos, quedas, mergulhos e ferimentos por arma de fogo. O traumatismo da coluna vertebral com lesão irreversível da medula é agudo e inesperado que altera drasticamente a vida do indivíduo acometido, gerando desastrosas consequências ao lesado, à família e à sociedade. O trauma raquimedular compreende as lesões dos componentes da coluna vertebral em quaisquer porções: óssea, ligamentar, medular, discal, vascular ou radicular. A lesão medular pode ser: Primária: lesão imediata ao trauma devido a contusão mecânica e hemorragia. Secundária: sequência de eventos bioquímicos autodestrutivos que podem durar horas ou dias que levam a disfunção e morte celular. Os mecanismos que provocam a lesão medular aguda podem ser separados em primários e secundários. (RODRIGUES, 1999, apud MARCON, 2010). 23 Classificação da lesão medular segundo Frankel. Frankel (1969) desenvolveu um método de classificação simples, sendo os níveis de lesão os seguintes: Frankel A: Ausência de sensibilidade e motricidade distal ao nível da lesão; Frankel B: paralisia motora completa, com alguma sensibilidade preservada distal ao nível da lesão; Frankel C: presença de alguma força motora, porém sem função prática; Frankel D: força motora efetiva distal ao nível de lesão, porém com algum grau de deficiência. Frankel E: o paciente não tem alterações neurológicas. 6.2 Traumatismo Cranioencefálico O trauma craniano é conceituado como uma agressão ao couro cabeludo, crânio, meninges, encéfalo ou seus vasos, causado por uma força física externa, podendo produzir uma alteração ou diminuição do nível de consciência, resultando em deficiência das habilidades cognitivas ou no funcionamento físico, além de distúrbios emocionais e comportamentais, temporários ou permanentes, parciais ou totais. Em pacientes politraumatizados, o crânio é o segmento corpóreo mais frequentemente envolvido, além de ser um fator agravante no prognóstico dessas vítimas. Este tipo de trauma é a causa mais comum de morte em adultos jovens, sendo responsável por 2/3 das mortes intra-hospitalares A gravidade das lesões está relacionada com a intensidade do trauma e a recuperação dos sobreviventes é marcada, na maioria das vezes, por sequelas neurológicas graves e a qualidade de vida prejudicada. O traumatismo crânio encefálico (TCE) é definido como qualquer agressão traumática gerada por forças externas capazes de ocasionar lesão anatômica ou comprometimento funcional de estruturas do crânio ou do encéfalo, resultando em alterações cerebrais, momentâneas ou permanentes, de natureza cognitiva ou funcional. Quanto ao tipo de lesões no TCE as mesmas podem ter duas origens, primária e secundária. (MAGALHÃES, 2017, apud SANTANA, 2018). 24 7 DISTROFIAS NEUROMUSCULARES Fonte: sinapseneuro.com O termo distrofia (do gr. dys, ‘mal’, ‘anormal’; trophen, ‘nutrição’) refere-se a anomalia do desenvolvimento por formação imperfeita de certos tecidos e, consequentemente, dos órgãos por ele formados. (DICIONARIO DE BIOLOGIA, 1993, apud FREZZA, 2005). 7.1 Distrofia muscular de Becker (DMB) A Distrofia muscular de Becker é um distúrbio neuromuscular miotônico recessivo, ligada ao cromossomo X. Esta forma de distrofia se parece muito com a distrofia muscular pseudo-hipertrófica, mas com início tardio e curso lentamente progressivo. Na DMB, os miócitos possuem distrofina(glicoproteínas que liga o citoesqueleto da fibra muscular à matriz extracelular, através da membrana celular) em quantidade normal, porém com estrutura anormal. As alterações cromossômicas permitem a ancoragem do músculo à membrana basal, enquanto ocorre prevalência das fibras musculares tipo I, as fibras do tipo IIB se mantêm normais. 25 Os primeiros sinais de DMB ocorrem após os dez anos de vida da criança e sua evolução é mais lenta. A perda da capacidade de deambular ocorre após os vinte e cinco anos. As alterações respiratórias são discretas, mas o acometimento cardíaco é mais sério (hipertrofia ventricular direita e/ou esquerda). 7.2 Distrofia muscular de Duchenne A distrofia muscular de Duchenne é a mais frequente da infância. É um distúrbio de caráter hereditário recessivo ligado ao cromossomo X, caracterizado por fraqueza muscular rápida e progressiva, que inicia- se com os músculos da pelve e proximal dos membros inferiores, afetando após todo o corpo. Os sintomas geralmente aparecem antes dos seis anos de idade. Ocorre fraqueza muscular progressiva da pelve e membros inferiores, associados à perda de massa muscular. Ocorre também fraqueza muscular nos membros superiores, pescoço, fazendo com que o paciente tenha dificuldade na mastigação, deglutição e problemas respiratórios graves. Inicialmente os músculos da panturrilha aumentam, que é finalmente substituído por gordura e tecido conjuntivo, fenômeno este conhecido como Distrofia pseudo-hipertrófica de Duchenne. O sinal de Gower (escalada) aparece quando o paciente apóia suas mãos nas coxas para se levantar. Ocorre aumento interticial do tecido conjuntivo e aumento significativo de tecido adiposo. 7.3 Distrofia muscular de Emery- Dreifuss (DMED) A distrofia muscular de Emery - Dreifuss é uma forma de distrofia muscular frequentemente associada a contraturas articulares e defeitos de condução cardíaca, que pode ser causada pela deficiência da proteína emerina na membrana nuclear interna das fibras musculares. Distrofia autossômica herança ligada ao cromossomo X, destacando atrofia e fraqueza muscular úmero - peroneal associada à contratura articular e defeitos da condução cardíaca. 26 Em 1962, Emery e Dreifuss relataram as principais manifestações clínicas desta doença em uma forma com herança ligada ao X, destacando atrofia e fraqueza muscular úmero-peroneal associada à contratura articular e defeitos da condução cardíaca. (COLOMER, 2002, apud CARSTEN, 2006). A DMED ocorre com maior frequência na infância ou adolescência, tendo curso benigno, sendo caracterizada principalmente por: atrofia, hipotonia e fraqueza muscular de distribuição úmero - peroneal; contraturas precoces, especialmente em pescoço, cotovelos e joelhos; defeitos de condução cardíacos. A fraqueza muscular é predominante nas porções proximais dos membros. O diagnóstico é confirmado pela biópsia muscular e estudo genético, porém o quadro clínico associado a contraturas articulares e as alterações do estudo eletrocardiográfico, fazem a suspeita diagnóstica. O prognóstico depende do grau do comprometimento da musculatura respiratória e do desenvolvimento de deformidades da coluna vertebral. (MERCURI, 2002, apud ROCCO, 2005). 7.4 Distrofia muscular facioescapuloumeral A doença é de base genética e a modalidade de transmissão é do tipo autossômico dominante, não havendo, portanto, predileção por sexo. Habitualmente tem seu início na adolescência, e é compatível com uma longevidade normal. Pode se tornar estacionária a qualquer estágio e não encurta a expectativa de vida do paciente. O início ocorre entre os três aos quarenta anos, com fraqueza dos músculos da face, cujo envolvimento pode ser assimétrico e subclínico. A hipertrofia muscular ocorre muito raramente assim como as contraturas musculares e deformidades esqueléticas também. O aspecto clínico mais característico é a debilidade facial bilateral com apagamento do sulco nasogeniano, dificuldade de protrair os lábios e fechar os olhos, em virtude do comprometimento da musculatura facial, o paciente não consegue assobiar, estalar os lábios e ocluir completamente as pálpebras (estes doentes dormem com as pálpebras semicerradas). Alguns pacientes apresentam eversão do lábio inferior ao lado do lábio superior saliente (lábio de tapir), comumente o riso é 27 transversal e ocorre desaparecimento das rugas e dos sulcos faciais, fatores que contribuem para diminuição da mímica facial. A miopatia estende-se, igualmente, aos músculos cervicais, ao trapézio, ao esternocleidomastóideo e aos músculos da cintura escapular. A atrofia da musculatura da cintura escapular tem como corolário déficit dos segmentos proximais dos membros superiores, é comum o sinal de escápula alada, sendo habitual o relato de que a criança não consegue se pentear ou alcançar objetos em prateleiras mais altas. Como a fraqueza dos músculos fixadores da escápula, ao elevar os membros superiores, existe deslocamento da escápula para cima, bloqueando a elevação até certo ponto, posteriormente existe atrofia e fraqueza dos músculos do braço, com relativa preservação dos deltoides, que com o tempo também irão atrofiar. Com a progressão da doença, geralmente na época em que os músculos do braço estão muito fracos, surge redução da força e sinais de envolvimento dos músculos do compartimento anterior das pernas. 7.5 Distrofia muscular oculofaríngea (DMO) A DMO é uma doença miopática hereditária com transmissão autossômica dominante, embora em casos raros também possa ocorrer recessivamente. Apresenta ptose palpebral de início tardio, disfagia orofaríngea e pode ser acompanhada de fraqueza proximal dos membros. Dentre as alterações musculares detectadas, a disfagia é o sintoma que mais preocupa, pois é evidência do progressivo enfraquecimento da musculatura esofagiana e faríngea, as quais são responsáveis pelo processo deglutitório. O grau de disfagia apresentado pelo paciente é um importante fator prognóstico da doença, uma vez que esses pacientes evoluem para a desnutrição. (PELLERIN, 2007, apud MAEDA, 2017). A distrofia muscular (DM) é considerada um distúrbio muscular progressivo sem anormalidade do sistema nervoso central ou periférico, que causa uma dependência clínica e funcional para o portador. Os primeiros sinais apresentados são queda progressiva das pálpebras (ptose), disfagia, que pode levar a pneumonia de origem aspirativa, e a fraqueza dos músculos proximais dos membros e da musculatura respiratória. 28 Não existe um tratamento medicamentoso para a DMO, mas sim, tratamentos que podem contribuir para a melhora da qualidade de vida do paciente portador dessa distrofia, como a fisioterapia respiratória, além de um tratamento cirúrgico para a ptose palpebral e a disfagia. 8 NEUROPATIAS PERIFÉRICAS Fonte: augustobene.com O SNP refere-se a partes do sistema nervoso fora do cérebro e da coluna vertebral. Inclui os nervos cranianos e os nervos espinais, desde a origem até sua terminação. As células do corno anterior, apesar de tecnicamente serem partes do SNC, algumas vezes são discutidas junto com o sistema nervoso periférico, por serem partes da unidade motora. A neuropatia periférica é uma condição comum que afeta os nervos periféricos, responsáveis por encaminhar informações do cérebro e da medula espinhal para o restante do corpo. Um nervo periférico é um conjunto de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo. Cada fibra nervosa é revestida por uma camada de mielina, conhecida como bainha de mielina, produzida pelas células de Schwann. Centenas a milhares de fibras nervosas formam um nervo periférico. 29 As neuropatias periféricas se dividem em duas amplas categorias: adquiridas e hereditárias. As neuropatias adquiridas podem ser classificadas de acordo comcausas: metabólica, diabética, doença renal, alcoolismo, entre outras. As neuropatias hereditárias se desdobram de duas formas: motoras e sensitivas. Com relação às sensitivas há uma classificação desta, que ocorre de acordo com o seu modo de transmissão, idade de início, quadro clínico predominante, evolução da doença, e aspectos neuromiográficos. Os achados clínicos mais comuns das neuropatias periféricas são: distúrbios sensoriais, déficit motor, comprometimento ou ausência dos reflexos tendíneos, distúrbios autonômicos, e espessamento dos nervos periféricos. O envolvimento de fibras sensoriais pode levar a dormência e ao comprometimento da sensibilidade. Também pode gerar situações espontâneas anormais, como dor e parestesias. As neuropatias são desordens comuns relacionadas a muitas enfermidades sistêmicas ou próprias do Sistema Nervoso Periférico (SNP), que podem associar-se a disfunções do Sistema Nervoso Central (SNC). (VALLAT, 2005, apud FELIX, 2008). 8.1 Classificação As lesões nervosas são classificadas em três grupos, que indicam seu nível de gravidade: Neuropraxia, axoniotmese e neurotmese. Neuropraxia: Lesão onde ocorre alteração da bainha de mielina, sem perda da continuidade do nervo, não ocorrendo à degeneração deste, onde seu mecanismo de lesão pode ocorrer por contusão ou compressão. Axoniotmese: Neuropraxia grave, onde este já apresenta interrupções tanto na bainha de mielina quanto no axônio. Basicamente, ocorre a interrupção dos axônios, permanecendo intacto o tecido conectivo que o rodeia e, portanto, sem perda da continuidade no nervo. Clinicamente, existe uma perda completa da função nervosa, tanto motora como sensitiva. Neurotmese: Caracteriza-se pela perda da continuidade anatômica do nervo produzida geralmente por secção do nervo, sendo a mais frequente e a mais grave das lesões nervosas. 30 8.2 Fisiopatologia da lesão A Neuropraxia resulta da compressão desde o axoplasma (citoplasma do axônio) ao axônio distal, promovendo uma anóxia local dos axônios por compressão dos vasos sanguíneos. Ocorre um fenômeno de adelgaçamento da fibra nervosa com desmielinização focal (diminuição axoplasmática intensa e localizada). A condução nervosa se mantém preservada acima e abaixo do local de lesão, não ocorrendo degeneração Walleriana (decomposição química da bainha de mielina em material lipídico e fragmentação das neurofibrilas). Uma vez removido o processo compressivo, ocorre remielinização, reaparecendo a condução em dias ou semanas, com função nervosa condutiva normal. A forma mais comum de acometimento das neuropatias é a de predomínio distal, ascendente (distal para proximal) simétrica. (BAROHN, 1998, apud FELIX, 2008). Na neuropraxia as lesões traumáticas do nervo são mais leves. A alteração patológica presente é a desmielinização das fibras nervosas. Este fenômeno leva à perda da condutividade, mas sem qualquer degeneração de axônios. Clinicamente, pode haver paralisia motora completa na região do nervo atingida com perda de sensibilidade ou não. 8.3 Alterações histológicas após lesões dos nervos periféricos Nas lesões nervosas onde a continuidade dos axônios é interrompida parcial ou totalmente, ocorre degeneração axonal distal à lesão, pois a comunicação com o corpo celular é interrompida. Isto inicia nos primeiros minutos após a lesão. Após as primeiras 24 horas, esta degeneração já é evidente e a destruição das bainhas de mielina se inicia. Após o terceiro dia inicia-se a quebra da bainha de mielina que se torna mais evidente a partir do quinto dia. Histologicamente, esse fenômeno é conhecido como câmaras de digestão de mielina. Após lesão axonal ter ocorrido, inicia-se o processo de regeneração do nervo. Esta regeneração se dará pelo menos após três semanas da lesão. 31 Nas lesões axonais parciais ocorre um processo conhecido como brotamento axonal, onde axônios vizinhos intatos passam a inervar a área desnervada pela injúria. Este fenômeno demora de dois a seis meses para ocorrer. Após uma lesão completa de um nervo periférico, a regeneração das fibras proximais somente ocorre se houver preservação do corpo celular, presente no corno anterior da medula para os axônios motores e no gânglio da raiz dorsal para os axônios sensoriais. Esse processo ocorre numa velocidade de aproximadamente um mm por dia e pode levar até 18 meses para se completar. A regeneração da lesão da porção superior do plexo pode completar-se no prazo de quatro a cinco meses e entre sete a nove meses nas lesões da porção inferior do plexo. 8.4 Etiologia Existem várias causas que podem provocar lesões traumáticas nos nervos periféricos. Entre elas podemos citar: Incisão traumática (corte): A lesão do nervo pode ser parcial ou total e é provocada por instrumento cortante; Compressão: Quando se associa a isquemia, tem sido uma das etiologias frequentes; Tração: Frequentes nas lesões do plexo braquial (pior prognóstico); Lesão Química: Ocorre devido a ação de alguns ácidos; Lesão Térmica: Frio ou calor. Os sinais e sintomas da neuropatia periférica dependem principalmente do nervo lesionado e também se a lesão afeta apenas um nervo, vários nervos ou o corpo todo. Inicia- se geralmente com parestesia nos pés ou nas mãos, que variam de acordo com o nervo afetado. A intensidade dos sintomas também está diretamente relacionada ao tipo e à própria gravidade e extensão da lesão. Os principais sintomas aos quais o paciente deve ficar atento são: Quadro álgico agudo nas costas, membros inferiores, mãos, ou na face; Parestesia nas mãos e pés, além de queimação; 32 Dificuldades para deambular e déficit motor; Sensibilidade e redução no tato; Fraqueza muscular e perda de massa magra; Azia, cólicas, vômitos, náuseas e tontura; Problemas sexuais e na bexiga; Surgimento de bolhas e calos; Reflexos lentos. A produzem vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, contribuindo também para a manutenção do processo inflamatório. (MCMAHON, 2002, apud ROCHA, 2007). 9 DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO Fonte: eephcfmusp.org.br As desordens do movimento (DM) são síndromes em que pode ocorrer tanto excesso quanto carência de movimentos voluntários ou automáticos não relacionados à espasticidade ou fraqueza. O diagnóstico diferencial dos DM depende primariamente dos aspectos clínicos, sendo, portanto, fundamental observar, especificar e descrever a natureza dos movimentos anormais, assim como as alterações posturais e do tono muscular, a perda dos reflexos posturais e a impersistência motora. O Parkinsonismo é uma síndrome neurológica que se expressa pela combinação de seis manifestações motoras cardinais: tremor de repouso, 33 bradicinesia, rigidez, postura em flexão, congelamento e perda dos reflexos posturais. A bradicinesia e o tremor são aspectos essenciais. 9.1 Tremores Tremor é uma manifestação clínica caracterizada por oscilação involuntária e rítmica de qualquer parte do corpo decorrente de contrações de músculos antagonistas e podem ser síncronas ou alternantes. Nos Salmos da Bíblia o tremor está relacionado ao medo. Durante muitos séculos vários autores tentaram distinguir os diversos tipos de tremor especialmente de ação e de repouso. James Parkinson (1817) definiu e descreveu as características do tremor de repouso separando-o das outras formas. O primeiro relato de tremor familiar foi feito por Most em 1836, segundo Critcley. (PARKINSON, 1938, apud BORGES, 2006). Os tremores podem ter origem patológica ou fisiológica, sendo que o tremor fisiológico, geralmente são quase imperceptíveis, tornando-se visível em muitas pessoas durante estresse físico ou mental. Classificação dos tremores: Tremores em repouso: são visíveis em repouso e ocorrem quando uma parte do corpo é completamente suportada contra a gravidade. Tremoresem repouso são mínimos ou ausentes durante atividades; Tremores de ação: são visualmente perceptíveis quando uma parte do corpo é movida voluntariamente. Tremores de ação podem ou não mudar em termos da gravidade à medida que um alvo é alcançado; eles podem ocorrer em frequências muito diferentes; Tremores cinéticos: aparecem na última parte de um movimento em direção a um alvo; Tremores intencionais: ocorrem durante o movimento voluntário para um alvo, mas a amplitude é elevada e a frequência é baixa durante o movimento completo, enquanto o tremor piora à medida que o alvo é alcançado; 34 Tremores posturais alcançam o pico quando um membro é mantido em uma posição fixa contra a gravidade (p. ex., manter os braços estendidos). Às vezes são modificados por posições ou tarefas específicas, o que pode indicar sua origem; por exemplo, distonia pode desencadear um tremor (tremor distônico). Miscelânea: São exemplos a mioclonia (que por vezes pode ser rítmica), o tremor distônico (de negação), a epilepsia parcial continua, o nistagmo, o clono, as miofasciculacões, os calafrios, o head bobbing e o sinal de Musset da insuficiência aórtica. 10 TRANSTORNO DO SONO Fonte: vix.com O sono é algo necessário para sobreviver e gozar de boa saúde. Ele pode ser restaurador uma vez que durante o mesmo o corpo remove do cérebro proteínas tóxicas chamadas beta-amiloides (um resíduo a partir da atividade normal do cérebro). Quando essas proteínas se acumulam, elas interferem com o funcionamento do cérebro. Os sintomas relacionados aos transtornos do sono (TS) são frequentes em crianças e adultos, como insônia, sonolência excessiva diurna (SED), incapacidade de dormir no momento desejado e eventos anormais durante o sono. 35 As necessidades individuais do sono variam muito, geralmente entre seis e dez horas por dia. A maioria das pessoas dorme de noite. No entanto, muitas precisam dormir de dia para conciliarem o descanso com os seus horários de trabalho (uma situação que pode provocar distúrbios do sono). O sono é ativamente gerado a partir de dois mecanismos que regulam o ciclo sono-vigília: o impulso homeostático pelo sono, ou seja, substâncias que promovem o sono; o ciclo circadiano, regulado pelo núcleo supraquiasmático do hipotálamo, que promove o despertar. (ALÓE, 2010, apud NEVES, 2013). O estímulo e o controle do sono NREM estão associados à ativação de neurônios gabaenérgicos localizados no núcleo pré-óptico ventrolateral do hipotálamo anterior. Esses neurônios inibem os centros ativadores responsáveis pela vigília, como o sistema reticular ativador ascendente e o prosencéfalo basal. Os mecanismos da vigília estão localizados no hipotálamo posterior/lateral e no prosencéfalo basal. A regulação do sono REM é feita a partir de núcleos pontinos. Alterações no ciclo sono-vigília trazem, além de consequências de ordem social, outras sérias consequências de ordem fisiológica e ou emocional. Além disso, o sono tem papel decisivo na consolidação da memória, sugerindo dessa forma, que o mesmo facilita o processamento de novas informações, de modo que a privação do sono, mesmo que parcial, pode ter efeito negativo na aprendizagem. Outros fatores que recebem influência da qualidade do sono são: a visão binocular, a termorregulação, a conservação e restauração da energia, a restauração do metabolismo energético cerebral, entre outros. Devido a essas importantes funções, as perturbações do sono podem acarretar alterações significativas no funcionamento físico, ocupacional, cognitivo e social do indivíduo, além de comprometer substancialmente a qualidade de vida. O que pode trazer consigo diversas repercussões para os seres humanos, como disfunção autonômica, diminuição do desempenho profissional ou acadêmico, aumento na incidência de transtornos psiquiátricos e diminuição da vigilância, com prejuízos na segurança pessoal e consequente aumento do número de acidentes. 36 Transtorno de insônia: Transtorno de insônia crônica; Transtorno de insônia de curto prazo; Sintomas isolados e variantes da normalidade; Tempo excessivo na cama; dormidor curto. Condições médicas e neurológicas relacionadas ao sono: Insônia Familiar fatal; Epilepsia relacionada ao sono; Cefaleia relacionada ao sono; Laringoespasmo relacionado ao sono; Refluxo gastresofágico relacionado ao sono; Isquemia miocárdica relacionada ao sono. 11 CEFALEIAS Fonte: buskakinews.com.br A cefaleia é o termo usado para descrever qualquer dor que ocorra numa ou mais áreas do crânio (face, boca ou pescoço). A cefaleia pode ser crônica, recorrente ou ocasional. A dor pode ser leve ou intensa, o suficiente para afetar as atividades diárias. A dor é causada por estímulos na rede de fibras nervosas dos tecidos, músculos e vasos sanguíneos da cabeça e da base do crânio. A maioria das cefaleias são diagnosticadas através de uma anamnese detalhada, cuja função principal é a caracterização da cefaleia e a localização de eventuais sinais e sintomas de alarme. No entanto, é fundamental que seja realizado um exame físico e neurológico para avaliar a necessidade de uma investigação 37 complementar como, por exemplo, exames de neuroimagem e de Líquido Cefalorraquidiano (LCR). A Sociedade Internacional de Cefaleias (IHS), em 1988, classificou a cefaleia em primária e secundária de acordo com a sua causa. Pode ser primária quando a dor por si só é o sintoma principal, e secundária, quando ela é secundária a uma doença, como por exemplo, a cefaleia associada à sinusite (MORAIS, 2009 apud, SILVA, 2011). Atualmente, o tratamento das dores de cabeça é feito com analgésicos comuns de uso diário, dosados pelo médico de acordo com a gravidade dos sintomas. Nas cefaleias emocionais, pode ser indicada a psicoterapia e a fisioterapia. 11.1 Cefaleias primárias O tratamento das cefaleias primárias tem por objetivo reduzir a frequência e a intensidade da dor. Cefaleia é uma das queixas mais frequentes na prática clínica. Estima-se que 2% a 4% de todas as consultas em pronto-socorro se devam a cefaleia. (MARTINS, 2014, apud PORTAL, 2016). 11.2 Cefaleias secundárias A cefaleia secundária é caracterizada por quadro álgico de alta intensidade, iniciada subitamente sugerindo sangramento intra-cranial. Pode estar associada a febre, sinais meníngeos, traumatismo craniano. O tratamento será realizado de acordo com a origem base da cefaleia. 38 12 ADRENOLEUCODISTROFIA Fonte: prezi.com A Adrenoleucodistrofia (ALD), também conhecida como Doença de Lorenzo, acomete o SNC e as glândulas adrenais (suprarrenais). A ALD é uma doença da substância branca, que afeta em sua maioria os homens e possui níveis de gravidade diferentes, de acordo com a idade em que se manifesta. Doença genética hereditária recessiva, ligada ao cromossomo X (feminino). A mãe que é portadora da doença tem 50% de chance de ter um filho que desenvolva os sintomas. O paciente de ALD começa a manifestar os sintomas da doença ao perder a capacidade de realizar movimentos, falar, e se alimentar. Surgem ainda problemas de visão, como o estrabismo. Na ALD neonatal, tanto meninos quanto meninas podem ser afetados. A doença ocorre nos primeiros meses de vida e pode provocar convulsões, deformações faciais e retardo mental. Já a ALD clássica ou infantil é considerada a forma mais grave da doença. Tal modalidade da doença surge entre os 4 e os 10 anos, 39 provocando demência severa, perda de visão, da audição e da fala. A ALD adulta surge no final da adolescência ou início da vida adulta e pode ser controlada por décadas. Ela provoca, entre outros sintomas, disfunção erétil e incontinência urinária. Ainda não existe cura para a Adrenoleucodistrofia. O tratamento usado para amenizar os efeitos da doença é a administraçãodo Óleo de Lorenzo. Este óleo é composto de azeites introduzido na dieta. A administração de hormônios também é usada para amenizar o avanço e o transplante de medula óssea pode ser indicado em alguns casos. 13 DEMÊNCIAS Fonte: clinicaneuron.com 13.1 Demência da Doença de Pick A Doença de Pick envolve a deterioração da função mental, que é causada por alterações no tecido cerebral, e que está relacionada a doenças, incluindo a atrofia dos tecidos e a presença de corpos anormais (corpos de Pick) nas células nervosas das áreas afetadas do cérebro. 40 Afeta pessoas de ambos os sexos, porém é mais comum nas mulheres, podendo ocorrer prematuramente aos 20 anos de idade, mas geralmente aparece entre os 40 e 60 anos. A idade média de instalação é aos 54 anos. Seu início geralmente é vagaroso e insidioso. Esta condição envolve a retração dos tecidos (atrofia) dos lóbulos frontal e temporal do cérebro. Os neurônios (células nervosas) das áreas afetadas contêm material anormal (corpos de Pick). Não há plaquetas ou fibras intracelulares. A causa exata é desconhecida. Se teoriza que a doença de Pick é um distúrbio hereditário dominante. Os sintomas são similares aos da demência senil/tipo de Alzheimer, com afasia (perda da capacidade de falar), agnosia (perda da capacidade de reconhecer objetos ou pessoas) e apraxia (perda da capacidade de movimentos). As alterações de comportamento podem ocorrer antes da perda de memória. Ocorre também alterações de humor, alterações de personalidade, despreocupação surpreendente e ausência de ansiedade, perda da iniciativa própria, falta de interesse (a pessoa não manifesta nenhum tipo de emoção), indecisão, humor inadequado, falta de espontaneidade, redução do interesse pelas atividades cotidianas, prejuízo da capacidade de julgamento. 13.2 Demência na doença de Creutzfeldt-Jakob A doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) recebeu esse nome por causa de dois neurologistas que a descreveram no início do século passado: Hans Creutzfeldt e Alfons Maria Jakob. Ela é uma condição que afeta o cérebro, ocasionando extensas lesões que ocasionam a rápida instalação de demência e distúrbios do movimento. Ocorre uma alteração na conformação da proteína priônica pode ocorrer de forma espontânea, ser determinada por uma mutação no gene que a codifica ou ser causada pela ingestão ou inoculação acidental de partícula de príon que tenha conformação anômala. Há muitos anos, já era conhecida uma doença neurodegenerativa com características muito similares, denominada scrapie, que afetava carneiros. Essa doença era endêmica entre os ovinos e permaneceu assim por muitos anos. 41 Este tipo de demência é caracterizada por demência rapidamente progressiva, com perda de memória, confusão mental, visão alterada, incoordenação motora, tremores, distúrbio na marcha, rigidez na postura e contrações musculares involuntárias (mioclonias). Nos estágios finais, os portadores não conseguem se mexer. 14 CONCLUSÃO Entende- se por Doenças Neurológicas as patologias que afetam o cérebro, a medula espinhal e os nervos. Os sintomas neurológicos podem incluir quadro álgico em membros superiores ou inferiores (ou em ambos), cefaleia, lombalgia, entre outros. Os músculos a sensibilidade da pele, os sentidos (visão, paladar, olfato e audição) dependem dos nervos para funcionarem normalmente. Assim, os sintomas neurológicos podem incluir também fraqueza muscular, déficit motor, deambulação incapacitada, perturbações da visão, paladar, olfato e audição. Os transtornos neurológicos podem interferir no sono, tornando o paciente ansioso ou agitado (ou ambos-transtorno bipolar) na hora de dormir. Alguns nervos periféricos (nervos sensoriais) transportam informações sensoriais (sobre coisas como dor, temperatura, vibração, odores e sons) até a medula espinhal e, então, ao cérebro. Outros (nervos motores) enviam impulsos que controlam o movimento muscular do cérebro através da medula espinhal para os músculos. Outros ainda (chamados nervos autônomos) enviam informações sobre o corpo e o ambiente externo para os órgãos internos, tais como vasos sanguíneos, estômago, intestino, fígado, rins e bexiga. Em resposta a esta informação, os nervos autônomos estimulam ou inibem os órgãos que abastecem. Esses nervos funcionam automaticamente (de forma autônoma), sem esforço consciente do paciente. Se os nervos motores forem lesionados, os músculos podem ficar fracos ou paralisados. Se os nervos sensitivos forem danificados, sensações anormais podem ser sentidas, (ou sensações), a visão ou outro sentido pode ser comprometido ou perdido. Se os nervos autônomos forem danificados, o órgão que os mesmos regulam podem apresentar mau funcionamento. https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/cefaleias/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-cefaleia https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/dist%C3%BArbios-do-sistema-nervoso-aut%C3%B4nomo/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-o-sistema-nervoso-aut%C3%B4nomo 42 15 BIBLIOGRAFIAS ALÓE, F., ALVES R.C., ARAÚJO, J.F., Diretrizes brasileiras para o tratamento da narcolepsia. Rev. Bras. Psiquiatr. 2010 AMATO, A.A, RUSSEL J.A. Desordens Neuromusculares, New York: McGraw-Hill; 2008, BAROHN, R.J. Abordagem à neuropatia periférica e neuronopatia. Semin Neurol, 1998. BERNARDO, T.T., FADLALLAH, A.D., CARVALHO, G.M., BORGES, C.F., FADLALLAH, J.D., Hemorragia cerebral intraparenquimatosa em paciente com Doença de Christmas: relato de caso, 2017. BORGES, V., FERRAZ, H.B., Artigo de Atualização Trabalho realizado: Disciplina de Neurologia da Universidade Federal da São Paulo, UNIFESP, 2006. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução – RDC Nº 68, de 10 de outubro de 2007. BRASIL, Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Epilepsia Portaria SAS/MS nº 1319, de 25 de novembro de 2013. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.271, de 06 de junho de 2014. CAETANO, L.A.O., SILVA, F. S., SILVEIRA, C.A.B., Alzheimer, sintomas e grupos: uma revisão integrativa, 2017. DICIONÁRIO DE BIOLOGIA: etimológico e circunstanciado. São Paulo: Scipione; 1993. EDUARDO, M. B. P.; KATSUYA, E. M; BASSIT, N. P. Vigilância da doença de Creutzfeldt-Jakob e outras doenças priônicas: normas e instruções. São Paulo: SES/SP, 2008. 43 FÉLIX, E.P.V., BULLE, A.S.O., Diretrizes para abordagem diagnóstica das neuropatias em serviço de referência em doenças neuromusculares, 2008. FISHER RS, VAN, E.M.D.E., BOAS W., BLUME, W., ELGER, C., GENTON, P., LEE, P., Crises epilépticas e epilepsia: definições propostas pela Liga Internacional Contra Epilepsia, (ILAE) and the International Bureau for Epilepsy (IBE). Epilepsia. 2005. FLAHERTY, M.L., HAVERBUSCH, M., SEKAR, P., Mortalidade a longo prazo após hemorragia intracerebral. Neurologia 2006. FRANKEL, Classificação trauma raquimedular, 1969. FREZZA, R.M., SILVA, S.R.N., FAGUNDES, S.L., Atualização do tratamento fisioterapêutico das distrofias musculares de Duchenne e de Becker, 2005. FURTADO, O.L.P.C., TAVARES, M.C.G.C.F. Esclerose Múltipla e Exercício Físico, Artigo de revisão, 2005. GAGE, F. H. A recuperação cerebral. Scientific American Brasil, São Paulo, ano2, 2003. GREENBERG, M.S., Manual de neurocirurgia. 5nd ed. Porto Alegre: Artmed; 2003. JUNIOR, E.L., Abordagem Fisioterapêutica na Esclerose Lateral Amiotrófica: Artigo de Atualização, 2013. LEITE, B., SILVA, E., CROZARA, M., Esclerose lateral amiotrófica e suas complicações, 2015. LUBLIN FD, REINGOLD, SC. Definindo o curso clínico da esclerose múltipla: resultados de uma pesquisa internacional. Neurologia, 1996. MAEDA, M.Y., HASHIMOTO, T.Y., NETO, I.C.O., NEVES, L.R., Distrofia muscular oculofaríngea ou miopatia oculofaríngeadistal: relato de caso, Jornal brasileiro de Otorrinolaringologia, 2017 44 MAGALHÃES, A. L. G., Epidemiologia do traumatismo Cranioencefálico no Brasil. Rev. Bras. Neurol., v.53, n. 2, p. 15, 2017. MARCON, R.M., FILHO, T.E.P.B., Estudo experimental da ação da metilprednisolona utilizada antes do traumatismo raquimedular em ratos Wistar, 2010. MCMAHON S.B., Mecanismos de dor neuropática, uma revisão atualizada, Giamberardino MA, Pain, 2002. MARTINS, M. DE A, CARRILHO, F.J., ALVES, V.A.F., Clínica médica: 2a edição: coleção completa. Editora Manole Ltda.; 2013. MARTINS, H.S., Emergências Clínicas: abordagem prática - USP. 9. ed. Barueri: Manole; 2014. MERCURI E, C SEWRY, BROWN SC, MUNTONI F. Distrofias musculares congênitas. Semin Pediatr Neurol 2002. MOHAPEL, J. M. G.; REGO, A. C.; Doença de Huntington: Uma Revisão dos Aspectos Fisiopatológicos. Rer. Neurocienc, 2011. MORAIS, M.S.B.B.F.; BESEÑOR, I.M. Cefaleias primárias. Rev Bras Med. v.66, n.6, p. 138-47, 2009. NEVES, G. S., MOURA L., GIORELLI, A.S., FLORIDO, P., GOMES, M.M, Transtornos do sono: visão geral, 2013. NASCIMENTO, H.S., RIBEIRO N.M.S., Efeito do atendimento em grupo na qualidade de vida e capacidade funcional de pacientes após AVC. Rev Pesq. Fisio. 2018. PALLOTTA, R., ANDRADE, A., & BISPO, O. C. M., A Esclerose Lateral Amiotrófica como Doença Autoimune. Revista Neurociências, 2012. PARKINSON, J., Um ensaio sobre a Paralisia Agitada. In: Sherwood, Neely, Jones. Londres, 1817. Ed. fac simile in Med. Class. 1938. https://www.redalyc.org/pdf/657/65713434005.pdf https://www.redalyc.org/pdf/657/65713434005.pdf https://www.redalyc.org/pdf/657/65713434005.pdf 45 PELLEGRINO, P., MARQUESI, E.C., Aspectos do trabalho e do sono associados à capacidade para o trabalho entre pilotos, 2019. PELLERIN HG, NICOTRÉPANIER CA, LESSARD MR. Complicações pós- operatórias em pacientes com distrofia muscular oculofaríngea: um estudo retrospectivo.Can J Anesth. 2007. PERKIN DG. Um Atlas da Doença de Parkinson e Distúrbios Relacionados. Londres: Parthenon Publishing Group, 1998. PINHEIRO, M., Fundamentos de neuropsicologia - o desenvolvimento cerebral da criança, 2007. POLTRONIERE, S., Doença de Alzheimer e demandas de cuidados: O que os enfermeiros sabem? Revista Gaúcha de Enfermagem. Porto Alegre, 2011. PONTES- NETO, O.M., FILHO, J.O., VALIENTE, R., FRIEDRICH, M., PEDREIRA, B., RODRIGUES, B.C.B., LIBERATO, B., FREITAS, G.R., Diretrizes para o manejo de pacientes com hemorragia Intraparenquimatosa cerebral espontânea, 2009. PORTAL, B.C.D., BUSATO, S.B., MARTINS, W.A., MARRONE, L.C., como identificar uma cefaleia secundária na emergência, 2016. ROCHA, A.P.C., KRAYCHETE, D.C., LEMONICA, L., CARVALHO, L.R. DE, BARROS, G.A.M., GARCIA, J.B.S.DOS, SAKATA, R.K., Dor: Aspectos Atuais da Sensibilização Periférica e Central, 2007. Rocco, F.M., GIANINI, F.H., LUZ, G., ROSSATO, A.J., FERNANDES, A.C., OLIVEIRA, A.S.B., BETETA, J.T., ZANOTELI, E., Avaliação da função motora em crianças com distrofia muscular congênita com deficiência da merosina, 2005. RODRIGUES, N.R., Padronização da lesão medular espinal em ratos Wistar [tese]. São Paulo: Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo; 1999 SANTANA, W.R.DE, SILVA, F. L.C., RODRIGUES, T.S., Intervenção fisioterapêutica no atendimento em domicilio de pacientes com traumatismo crânio encefálico: revisão integrativa, 2018. 46 SANTOS, M.N., Caracterização dos índices de internação e mortalidade por doenças neurológicas: uma relação entre Brasil, Nordeste e Sergipe, 2019. SILVA, R.M.R., JUNIOR, A.J.C., Os benefícios da fisioterapia manual na cefaleia tensional - Revisão de literatura, 2011. TEIXEIRA J.R., A. L.; CARDOSO, F., Tratamento inicial da doença de Parkinson. Revista de Neurociências, v. 12, n. 3, jul. /Set. 2004. TORTORA, G. J., FUNKE, B. R., CASE, C.L., Microbiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2012. TRABULSI, L. R. Microbiologia. 4 ed. Atheneu: Rio de Janeiro, 2008. TRIERS, A.C., DANTAS, A.B.M. GONDIN, A.E., COSTA, G.S., MOREIRA, H.J., SILVA, J.J.A., VENTO, D.A., COSTA, W.S.DOS, Tratamento fisioterapêutico de pacientes com AVC, 2018. TURCATO, C., PEREIRA, S.W., GHIZONI, M.F., Hemorragia subaracnóidea, 2006. VALLAT, J.M, MAGY, L. Generalidades das Neuropatias periféricas, Neurologia, 2005. VARA, A.C., MEDEIROS, R., STRIEBEL, V.L.W., O Tratamento Fisioterapêutico na Doença de Parkinson, 2011. VIEIRA, R.T., INÁCIO, D.M., FONSECA, L.P.S., CAIXETA, L., Atuação Fisioterapêutica na Doença de Huntington: Relatos de Casos, 2011. XIMENES, B. A. de A.; TEIXEIRA, E. H.; Doença de Huntington: aspectos diagnósticos e implicações éticas. Rev. Ciênc. Méd., Campinas, v. 18, n. 6, p. 287- 291, 2009. ZINZI P., SALMASO D., DE GRANDIS R., G. GRAZIANI, MACERONI S., BENTIVOGLIO A., Efeitos de um programa intensivo de reabilitação em pacientes com doença de Huntington: um estudo piloto. Clin Rehabil 2007. 47 16 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS MELO-SOUZA, S.E., Livro: Tratamento das Doenças Neurológicas, 3ª Edição, Editora Guanabara Koogan, 2013. SAMUELS, M.A., HOPPER, A.H., Manual de Neurologia: Diagnóstico e Tratamento, Editora Revinter, 2014. BEAR, M.F., CONNORS, B.W., PARADISO, M.A., Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso, Editora Artmed, 2017.