Buscar

POP de FUNDAMENTOS TECNICOS DE ENFERMAGEM ATUALIZADO 2018 (1)

Prévia do material em texto

FUNDAMENTOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM
PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS
PADRONIZADOS
Organizadores: 
Maristela de Almeida Aragão 
Ednamare Pereira da Silva 
Giordana Gonzaga Andrade Batista 
Paula Elis Queiroz 
Renata Schulz 
Denise Mineiro 
Andréia Severo Cesarino 
Anne Jacob S. Araújo 
Mirthis Sento Sé P. Magalhães 
Waltamy Mota da Silva Junior 
Daiane Cristina S. Burgos 
Sebastião Oliveira Junior 
Salvador - 2018
APRESENTAÇÃO
O acesso a informações, de maneira prática e objetiva, é essencial para o desenvolvimento 
de uma boa assistência de enfermagem. A construção deste guia de protocolos tem como 
objetivo servir para consulta rápida dos discentes de enfermagem do Centro Universitário 
Jorge Amado, promovendo a uniformização e padronização dos procedimentos técnicos 
pertinentes à prática da enfermagem.
Constitui-se em um guia prático baseado em referências de autores renomados e na prática 
assistencial dos docentes envolvidos na elaboração destes protocolos. O conteúdo deste 
guia seguiu as normas de elaboração, revisão e validação exigidas pra construção de 
protocolos.
Portanto, com este guia espera-se a padronização dos procedimentos da disciplina 
Fundamentos Técnicos de Enfermagem, o que levará ao melhor entendimento para 
discentes de enfermagem e, consequentemente, irá refletir em sua prática assistencial.
Giordana Gonzaga
Docente da Disciplina Fundamentos Técnicos de Enfermagem -UNIJORGE
SUMÁRIO
Aspiração de secreções ................................................................................................................................. 04
Curativo contaminado/infectado ............................................................................................................... 14 
Curativo limpo ................................................................................................................................................. 18
Administração via Hipodermóclise ........................................................................................................... 21 
Irrigação vesical ............................................................................................................................................... 25
Lavagem intestinal ......................................................................................................................................... 29 
Administração de medicamento por via inalatória com dosímetro ............................................... 32
Administração de medicamento por via intradérmica ....................................................................... 36 
Administração de medicamento por via intramuscular ...................................................................... 39
Administração de medicamento por via nasal....................................................................................... 43 
Administração de medicamento por via oftalmológica .................................................................... 48
Administração de medicamento por via Otológica .............................................................................. 52 
Administração de medicamento por via retal ....................................................................................... 57
Administração de medicamento por via Subcutânea ......................................................................... 63 
Administração de medicamento por via Sublingual ............................................................................ 66
Administração de medicamnto por via Vaginal .................................................................................... 70
Administração de medicamento por via Oral/bucal ........................................................................... 74
Administração de medicamento por via Tópica/dermatológica ...................................................... 79 
Nebulização ...................................................................................................................................................... 83
Administração de Oxigênio ......................................................................................................................... 87
Sondagem enteral .......................................................................................................................................... 98
Sondagem gástrica ...................................................................................................................................... 102 
Administração de medicação por via Transdérmica ........................................................................ 106
Administração de medicação por via Endovenosa ............................................................................ 110
Punção venosa .............................................................................................................................................. 114
Cateterismo vesical de alivio feminino .................................................................................................. 118
Cateterismo vesical de alivio masculino ............................................................................................... 122 
Cateterismo vesical de demora feminino ............................................................................................. 127
Cateterismo vesical de demora masculino .......................................................................................... 132 
Banho de leito e cuidados higiênicos ..................................................................................................... 137
4
Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE
Curso de Graduação em Enfermagem
Disciplina: Fundamentos Técnicos de Enfermagem
Procedimento: Nº
ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES (OROFARINGE, NASOFARINGE, 001
TRAQUEAL (TOT, TRAQUEOSTOMIA)
Elaborado por: Revisado por: Validado por:
Waltamy Mota da Silva Junior Sebastião Oliveira Junior Ednamare Pereira
Ednamare Pereira da Silva
1. Definição
- Consiste na remoção de secreções das vias aéreas superiores e inferiores com objetivo de
facilitar a oxigenação e prevenir broncoaspiração. 
2. Objetivos
- Prevenir complicações respiratórias;
- Remover secreções brônquicas;
- Manter a permeabilidade das vias aéreas;
- Aumentar a eficiência respiratória.
3. Profissional envolvido
- Enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem.
4. Material utilizado

Bandeja;

Luva de procedimento estéril;
5

Luva de procedimento não estéril;

Pacote de gaze estéril;

Álcool 70%;

Algodão em bolas;

Cateteres de aspiração em tamanho adequado;

Ampolas de água destilada ou Soro Fisiológico 0,9% de 250 ml para lavar o 
circuito de aspiração;


Equipamentos de proteção individual (EPI): gorro, máscara cirúrgica, óculos 
de proteção, avental;


Compressa ou toalha de rosto, ou toalha de papel;

Biombo;

Aparelho de aspiração portátil ou fonte de vácuo em rede;

Frasco de vidro de aspiração (anexo 1);

Válvula redutora de pressão para rede de vácuo (anexo 1)

Extensão para aspiração de borracha ou silicone - anexo 3;

Oxímetro de pulso (se disponível);

Estetoscópio;
5. Descrição do Procedimento

Higienizar as mãos;

Explicar todo o procedimento ao paciente (respeite o direito de recusa do paciente – 
indague e registre os motivos);


Realizar desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
6 
 
 Reunir todo o material;
 Promover privacidade, utilizando biombos, se necessário;

 Posicionar adequadamente o paciente para o procedimento com cabeceira da cama 
30º a 45º;



 Colocar equipamentos de proteção individual: gorro, máscara cirúrgica descartável, 
óculos de proteção e avental/capote não estéril;


 Abrir o pacote com o frasco de aspiração e conecta-lo na rede de vácuo;

 Abrir o pacote da extensão de borracha ou silicone com técnica asséptica e conectar 
uma extremidade no frasco de vácuo, e manter a outra extremidade dentro do


invólucro paranão contaminar (não tocar essa extremidade com as mãos);


 Abrir e colocar com técnica asséptica o cateter de aspiração dentro do invólucro da 
extensão de borracha ou silicone;


 Abrir e colocar dentro do invólucro da extensão o pacote de gaze;
 Instalar oxímetro de pulso, quando disponível;

 Colocar a compressa ou toalha de rosto ou de papel sobre o tórax do paciente (esta 
compressa vai receber o circuito do ventilador mecânico, caso o paciente esteja em


uso)



 Calçar a luva de procedimento não estéril somente não mão dominante e a luva de 
procedimento estéril não duas mãos, inclusive por sobre a outra luva que foi calçada


na mão dominante;


 Conectar com a mão dominante a extremidade do cateter de aspiração à 
extremidade da extensão de borracha ou silicone;



 Com a mão não dominante abrir a válvula redutora de pressão do vácuo e manter a 
pressão entre 80 e 120 mmHg (essa mão não poderá tocar no cateter de aspiração,


pois este deve ser mantido estéril);

7

A sequencia de aspiração caso o paciente esteja entubado (uso de tubo orotraqueal 
(TOT), ou com cânula de traqueostomia (TQT), deve ser tubo, nariz, boca ao final;


Com a mão não dominante desconectar a cânula de traqueostomia ou tubo 
orotraqueal do ventilador mecânico e apoiar a extremidade do circuito do respirador
na compressa ou toalha de rosto ou de papel, caso esteja realizando o procedimento 
sozinho;

Com a mão dominante, introduzir o cateter no TOT ou TQT com o extensor do 
sistema de aspiração pinçado, introduzi-lo até sentir resistência ou o paciente tossir,
neste momento recuar 1 cm;

Despinçar o extensor do sistema e aspirar as secreções com movimentos suaves, 
circulares e regulares, em movimento de dentro para fora;


Não exceder cada período de aspiração por mais de 15 segundos, para não provocar 
hipóxia;


Após este período conectar o ventilador ao paciente (caso esteja em ventilação 
mecânica) e observar os valores de saturação de oxigênio, padrão respiratório e

sinais de hipoxia;

Após o procedimento realizar lavagem do sistema de aspiração com 20 ml de água 
destilada ou soro fisiológico a 0,9%;


Utilizando o mesmo cateter de aspiração realizar a aspiração de nasofaringe;

Medir a distancia com o cateter do lóbulo da orelha a ponta do nariz (essa será a 
medida do cateter a ser introduzido);


Com a mão dominante, introduzir o cateter do sistema de aspiração pinçado, 
introduzi-lo até a medida realizada;


Despinçar o extensor do sistema e aspirar as secreções com movimentos suaves, 
circulares e regulares em movimento de dentro para fora;


Não exceder cada período de aspiração por mais de 15 segundos, para não provocar 
hipóxia;

8 
 
 
 Repetir esse procedimento nos dois lados do nariz, ou quantas vezes for necessário 
de acordo o volume de secreção aspirado;


 Lavar o circuito de aspiração com +/- 20 ml de água destilada ou soro fisiológico;
 Realizar agora a aspiração da cavidade oral;

 Com a mão dominante, introduzir o cateter do sistema de aspiração pinçado na 
cavidade oral, introduzi-lo até próximo a orofaringe;


 Despinçar o extensor do sistema e aspirar as secreções com movimentos suaves, 
circulares e regulares em movimento de dentro para fora;



 Repetir o procedimento na cavidade oral quantas vezes for necessário para remoção 
da secreção;


 Lavar o circuito de aspiração com +/- 20 ml de água destilada ou soro fisiológico;
 Após o termino, fechar a fonte de vácuo ;

 Desconectar o cateter da extensão de aspiração mantendo-a protegida com gaze ou 
o invólucro da própria extensão ou do cateter;



 Retirar a luva estéril enrolando-a sobre o cateter de aspiração e desprezando. Ao 
retirar as luvas estéreis, a luva não estéril deve ser mantida nas mãos para proteção


do profissional;


 Deixar o paciente confortável;
 Verificar fixação do TOT ou TQT;
 Manter a organização da unidade do paciente;

 Desprezar o material utilizado nos locais apropriados, inclusive a secreção do frasco 
coletor da aspiração que deve ser desprezada no expurgo;



 Em alguns serviços todo o circuito de aspiração é trocado a cada aspiração, porém 
na maioria dos serviços, o kit do circuito só é trocado a cada 24 horas, porem o


cateter de aspiração em todo e qualquer serviço deve ser trocado a cada aspiração;

9

Realizar higienização das mãos;

Realizar as anotações necessárias de enfermagem, incluindo a descrição do aspecto, 
características, coloração, quantidade da secreção e possíveis intercorrências.

6. Recomendações

A frequência da aspiração é determinada pelo acúmulo de secreções sendo 
dependente da avaliação do profissional de saúde a partir da identificação de

alterações no padrão respiratório;

O calibre do cateter é definido de acordo como calibre do tubo orotraqueal e o 
tipo de secreção presente. O cateter deve ter a metade do diâmetro interno do

TOT ou TQT. Para paciente adulto é indicado os cateteres de nº12 a 14 e para 
crianças cateteres de nº8 a 10, conforme diâmetro do tubo orotraqueal. O 
tamanho correto do cateter minimiza a chance de criar uma pressão negativa, o 
que pode levar atelectasia.

Para lactentes ou criança traqueostomizados deve-se posicionar em decúbito 
dorsal com o pescoço levemente estendido, o que permite que o cateter de

aspiração siga mais facilmente a curvatura natural da traqueia;

O cateter deve ser inserida para aspiração durante a inspiração do paciente, 
sempre que possível;


É recomendado que a interrupção da infusão de dieta enteral durante a 
aspiração, pois o paciente pode ficar agitado e acarretar intercorrências, como

regurgitação da dieta;

O sistema de aspiração precisa ser conectado a uma fonte de vácuo em rede ou 
aspirador portátil de secreções para o seu funcionamento;


O sistema de aspiração compreende a válvula redutora de pressão para rede de 
vácuo e o frasco de vidro de aspiração (anexo 1) conectados a extensão

aspiração. Quando não estiverem em uso devem ter sua extremidade protegida;
10

Em alguns serviços o frasco de vidro é substituído pelo frasco de aspiração 
descartável;


O sistema de aspiração deve ser trocado a cada 24 horas de uso ou quando 
persistir secreções que obstruam e impeçam o seu funcionamento adequado;


O frasco coletor de secreção de vias aéreas deve ser trocado sempre que atingir 
dois terços de sua capacidade e/ou junto com o sistema de aspiração;


Atentar durante a troca do sistema de aspiração, para o uso do equipamento de 
proteção (luva de procedimento não estéril, máscara cirúrgica, óculos de

proteção e avental não- estéril) a fim de evitar contaminação do profissional;

Atenção especial para a pressão adequada do vacuômetro entre 80 e 120 mmHg. 
Para crianças recomenda-se que o calibração do aparelho de aspiração ou

manômetro esteja ajustada entre 80 a 100 mmHg, pois uma pressão excessiva 
pode causar mudança na pressão negativa para os pulmões e promover um 
pneumotórax;

Não é indicada a instilação de solução salina no TOT ou TQT antes da aspiração 
para fluidificar as secreções, porque pode deslocar as bactérias para as vias

respiratórias inferiores, favorecendo infecções pulmonares;

No caso de PEEP (Pressão expiratória final positiva) elevada (acima do fisiológico 
maior que 5 cm de H2O) regredi-lo até o fisiológico antes de desconectar a

prótese ventilatória do ventilado, pois caso contrário pode ocorrer complicações 
pulmonares;

Antes e durante o procedimento de aspiração, deve-se aumentar a FiO2 do 
ventilador mecânico para 100% para hiper oxigenar ou para o dobro do valor

inicial por cerca de três minutos conforme prescrição médica, e após o término 
do procedimento retornar ao valor inicial gradativamente ;

Realizar a ausculta pulmonar antes e após o procedimento para avaliar os ruídos 
adventícios (roncos);
11

Manter a bolsa ventilatória manual (AMBÚ) com bolsa reservatória de oxigênio, 
conectada ao sistema de oxigênio umidificado (12 a 15 litros/min em adultos) e,

utilizá-la caso o cliente apresente desconforto respiratório e permanência da 
hipóxia entre as aspirações, mesmo após a conexão da cânula ao ventilador;

Monitorar os sinais vitais e a saturação de O2 durante o procedimento de 
aspiração, atentando para alterações da frequência cardíaca de 20 batimentos

por minuto para mais ou menos e a saturação de oxigênio menor que 90%.
7. Referências
DOCHTERMAN, Joanne McCloskey e BULECHEK, Gloria M. Classificação das
intervenções de enfermagem. 4ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2008.
KNOBEL, Elias. Condutas no paciente grave. 3ª ed. V.1. São Paulo: Atheneu, 2006.
LECH, Joana (org.). Manual de procedimentos de enfermagem. São Paulo: Livraria e
Editora Martinari, 2006.
MORTON, Portaria G; FONTAINE, Dorrie K; GALLO Bárbara M. Cuidados de
enfermagem: uma abordagem holística, 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2007.
SILVA Maria Virgínia Godoy da e OLIVEIRA, Avany Maura Gonçalves de. Plantão de
Enfermagem: o cotidiano da assistência de enfermagem numa unidade hospitalar.
Rio de Janeiro: Nogueira Rio : Rovelle, 2009.
Anexos:
Imagem 1- Frasco de vidro de aspiração e válvula redutora de pressão para rede de vácuo. 
Fonte: Google imagens <frasco de vidro de aspiração e válvula para vácuo> acesso Jan/2015.
12 
 
 
Imagem 2- Frasco de aspiração de vias aéreas descartável. Fonte: Google imagens <frasco de 
aspiração de vias aérea descartável > acesso Jan/2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 3- Extensão (borracha) descartável para aspiração. Fonte: Google imagens < 
extensão para aspiração > acesso Jan/2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem 4- cateter para aspiração traqueal descartável. Fonte: Google imagens<cateter para 
aspiração traqueal>acesso Jan/2015. 
13
Imagem 5-Cateter para aspiração traqueal sistema fechado trachcare. Fonte: Google 
imagens<trachcare>acessoJan/2015.
14
Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE
Curso de Graduação em Enfermagem
Disciplina: Fundamentos Técnicos de Enfermagem
Procedimento: Nº
Curativo Contaminado/infectado 002
Elaborado por: Revisado por: Validado por:
Denise Mineiro
Giordana Gonzaga e Paula Elis 
Queiroz Maristela de A.
Aragão
1. Definição
- Procedimento realizado em lesões crônicas que apresentam exsudato
purulento, tecido necrosado ou desvitalizado. 
2. Objetivos
- Reduzir a infecção em lesões contaminadas;
- Absorver e facilitar a drenagem de exsudato;
- Favorecer a eliminação de tecido necrosado ou desvitalizado, uma vez que, o
processo de cicatrização só será iniciado quando o agente agressor for 
eliminado e o exsudato e os tecidos desvitalizados retirados. A presença desses 
componentes pode retardar o crescimento celular e prolongar a fase 
inflamatória, o que prejudica a formação do tecido de granulação. 
3. Profissional envolvido
Enfermeiro
4. Material utilizado



Bandeja; 
Pacote de curativo estéril ou luva de procedimento estéril (também pode ser 
utilizada a Técnica Limpa, com o uso de luvas de procedimento, de acordo com 
as recomendações*);
Pacote de gaze estéril;







Esparadrapo ou fita adesiva hipoalergênica;
Soro Fisiológico 0,9% 10 ml ou 250 ml (dependendo do diâmetro da ferida)*;
Seringa de 20ml; 
Agulha 40X12; 
Luva de procedimento não estéril;
EPI -máscara cirúrgica e óculos ( estes se houverem na unidade);
Saco de lixo;


Cuba rim;
Atadura (caso seja necessário).
4. Descrição do Procedimento








Higienização das mãos; 
Arrumação de materiais; 
Orientar o paciente quanto ao procedimento;
Posicionar o paciente, expondo apenas a área a ser tratada;
Colocar sob a roupa de cama impermeável ou forro para proteger a roupa 
de cama;
Abrir o pacote de curativo com técnica asséptica, expor as pinças com os 
cabos voltados para a borda do campo (se for utilizado pacote de curativo)*; 
Abrir no campo estéril: pacote de gaze, seringa de 20ml, agulha 40X12;
Calçar luva de procedimento não estéril (evitar exposição aos fluídos corporais);
Se utilizar pacote de curativo , fazer “bonecas ou trouxinhas” com a gaze , 
utilizando a pinça anatômica sem dente e a pinça forte (pinça Pean ou Kelly) 
e umedecer com álcool ou soro fisiológico a 0,9% para retirar o penso sujo;



Remover o curativo anterior com a pinça anatômica tipo dente de rato (após o
uso desta não colocar dentro do pacote de curativo, desprezando na cuba rim),
com auxilio da pinça forte montada com a gaze;
Acondicionar o penso retirado no saco plástico;
Limpar ao redor da ferida com soro fisiológico a 0,9% (caso a lesão seja em
membros inferiores, é de extrema importância realizar a limpeza da área
perilesional com água e sabão neutro, pois diminui a carga bacteriana);
 Lavar o leito da ferida com soro fisiológico a 0,9% morno (aproximadamente
35ºC) em jatos, utilizando seringa de 20ml + agulha 40X12 ou solução de PHMB
(a limpeza da ferida é importante para remoção física de microorganismos e seus
produtos provenientes do leito da lesão, reduzindo a carga bacteriana); Ou
utilizar frasco de soro fisiológico perfurado com uma agulha 40x12, realizar
apenas um furo, fazendo a desinfecção do frasco com algodão embebido em
álcool antes de perfurar.
15
 Secar área ao redor da lesão e a sua borda, porém manter o leito da lesão úmido 
para promover a cicatrização (avaliar a condição da borda, se macerada ou não, 
para ser protegida com um creme de barreira);
 Cobrir lesão com cobertura primária selecionada de acordo com tipo da lesão 
(vide anexo) com objetivo de estimular o processo cicatricial;
 Ocluir a lesão com cobertura secundária (se necessário) e fixar com fita adesiva 
hipoalergênica ou esparadrapo;
 Colocar data no curativo realizado;
 Recolher material e encaminhar para local adequado (expurgo);
 Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem; 
 Higienizar as mãos; 
 Registrar o procedimento executado em prontuário, anotando as características 
da ferida. 
5. Recomendações
* Em casos de feridas crônicas colonizadas e infectadas, existe a opção do curativo ser
realizado utilizando a Técnica Limpa ou Técnica Não Estéril, na qual é recomendado o
uso de luvas de procedimento e a água como solução de irrigação no leito da ferida.
Essa técnica NÃO deverá ser utilizada em pacientes com exposições de tecidos nobres
(ex. tendão) ou pacientes imunossuprimidos.
OBS: uma luva deverá ser utilizada para a retirada do curativo e limpeza da área
perilesional, e depois deverá ser trocada por outra luva de procedimento para a
manipulação da lesão.
 A utilização de EPI (máscara cirúrgica, óculos e luva de procedimento não estéril)
é importante para proteger o profissional da exposição aos fluídos corpóreos
(exsudato);
Preferencialmente utiliza-se soro fisiológico 0,9% morno a 35ºC, pois evita queda
da temperatura da ferida;
 Não é recomendado secar o leito da ferida, nem friccionar o tecido de
granulação, pois além da umidade favorecer o processo de cicatrização, a gaze
pode lesionar as fibras dos tecidos, impedindo a cicatrização adequada;
 No processo de limpeza, a ferida aberta é irrigada com jatos de soro fisiológico
0,9% (ou água) com pressão dentro dos padrões para que não haja lesão do
tecido. Não é recomendada limpeza direta com a trouxinha de gaze pelo mesmo
motivo;
 A cobertura primária é a que permanece em contato com o leito da lesão
(vide anexo). A utilização da cobertura está atrelada à avaliação da lesão
(tipo e aspecto da ferida, presença de exsudato ou tecido necrosado).
Cabe ao enfermeiro conhecer estas cobertura e suas finalidades para que
ocorra a escolha ideal para cada tipo de ferida;


A cobertura secundária é a cobertura seca colocada sobre a cobertura primária
(para proteger a lesão);
A troca do curativo da ferida contaminada é realizada de acordo com 
as recomendaçõesda cobertura primária utilizada.
16
6. Referências
CARMAGNANI,Maria Isabel Sampaio et al - Procedimentos de Enfermagem: guia
prático, Rio de Janeiro:Guanabara Koogan,2013.
CARVALHO,Evanilda Souza de Santana - Como cuidar de pessoas com feridas:
desafios para a prática multiprofissional, Salvador: Atualiza Editora,2012
KAWAMOTO ,Emilia Emi , Fortes ,Julia Ikedo - Fundamentos de enfermagem ,
enfermagem essencial - 3ª edição ,Rio de Janeiro: Guanabara Koogan , 2011.
SANTOS, Nívea Cristina Moreira - Enfermagem na prevenção e controle de 
infecção hospitalar - 4ª edição , São Paulo: Iátria,2010. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. MANUAL DO PÉ DIABÉTICO: estratégias para 
o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília, 2016.
FERREIRA, Adriano Menis; ANDRADE, Denise de. Revisão integrativa da técnica 
limpa e estéril: consensos e controvérsias na realização de curativos. Acta paul. 
enferm., São Paulo , v. 21, n. 1, p. 117-121, Mar. 2008 . 
Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0103-21002008000100019&lng=en&nrm=iso>. 
access on 27 Jan. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/
S0103-21002008000100019. 
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002008000100019
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-21002008000100019
18
Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE
Curso de Graduação em Enfermagem
Disciplina: Fundamentos de Enfermagem
Procedimento: Nº
Curativo Limpo 003
Elaborado por: Revisado por: Validado por:
Giordana Gonzaga Denise Mineiro
Maristela de
Almeida Aragão
1. Definição
- Procedimento realizado em lesões com a finalidade de limpar a ferida, proteger o
tecido do agente agressor, absorver exsudato e diminuir acúmulo de fluidos .
2. Objetivos
- Prevenir infecção no local da ferida;
- Proteger a ferida;
- Promover a cicatrização adequada.
3. Profissional envolvido
- Enfermeiro
4. Material utilizado







Bandeja
Álcool a 70% para higienização da bandeja
Pacote de curativo com pinças estéreis ou luva de 
procedimento estéril; Luva de procedimento não estéril;
Pacote de gaze estéril;
Esparadrapo ou fita adesiva hipoalergênica;
Soro fisiológico a 0,9%;
19

Saco de lixo

Cuba rim
5. Descrição do Procedimento


















Fazer desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
Higienização das mãos;
Arrumação dos materiais;
Orientar o paciente quanto ao procedimento;
Posicionar o paciente, expondo apenas a área a ser tratada;
Abrir pacote de curativo com técnica asséptica, expor pinças (se for utilizado pacote 
de curativo);
Se utilizar pacote de curativo , fazer “bonecas ou trouxinhas” com a gaze , 
utilizando a pinça anatômica sem dente e a pinça forte (pinça Pean ou Kelly) e 
umedecer com álcool ou soro fisiológico a 0,9% para retirar o penso sujo;
 Retirar curativo anterior com pinça anatômica tipo dente de rato (após o uso 
desta, não colocar dentro do pacote de curativo, desprezando na cuba rim), com 
auxilio da pinça forte montada com a gaze;
Desengordurar área com soro fisiológico ou álcool a 70%;
Realizar limpeza da ferida cirúrgica com soro fisiológico, obedecendo a técnica da
área mais limpa para mais suja com movimentos únicos e utilizando os quatro lados 
da gaze montada na pinça ;
Secar incisão cirúrgica com a gaze seca montada na pinça forte;
Cobrir com gaze;
Fixar com fita adesiva hipoalergênica ou esparadrapo;
Colocar data no curativo realizado;
Recolher material e encaminhar para local adequado (expurgo);
Deixar paciente confortável e a unidade em ordem;
Higienizar as mãos;
Registrar em prontuário (características da ferida).
20
6. Recomendações

Se não tiver disponibilidade de pacote de curativo, retirar penso sujo com a luva de 
procedimento não estéril e realizar o curativo com luva de procedimento estéril com 
auxilio de outro profissional da enfermagem.


Manter incisão oclusiva somente quando apresentar exsudato, realizando troca de curativo 
sempre que for necessário ;


Após 48 horas a incisão deve ser mantida sem penso ;

Se no período de 24 a 48 horas não ocorrer nenhuma complicação visível no local
da incisão, ela pode ser lavada com água corrente e sabão durante o banho 
tomando cuidado de secar com uma toalha limpa após o banho;

Em curativo de drenos e cateteres deve-se realizar a limpeza no local de inserção do 
cateter, secar, aplicar antisséptico (clorexidina alcoólica ou PVPI) na inserção e 
extensão do cateter, depois secar com gaze e fixar curativo;


O curativo de cateter venoso central deve ser trocado a cada 48 horas (se não
estiver úmido ou sujo ) se utilizado gaze no penso, esparadrapo ou fita adesiva 
hipoalergênica, e a cada 3 dias se utilizado películas de poliuretano (ex: 
tegaderm) não deixando de observar local de inserção cateter.
7. Referências
CARMAGNANI, Maria Isabel Sampaio et al - Procedimentos de Enfermagem: guia 
prático, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2013.
KAWAMOTO, Emilia Emi, Fortes ,Julia Ikedo - Fundamentos de enfermagem ,
enfermagem essencial 3ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan , 2011.
SANTOS, Nívea Cristina Moreira - Enfermagem na prevenção e controle de 
infecção hospitalar, 4ª edição , São Paulo: Iátria, 2010.
21
Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE
Curso de Graduação em Enfermagem
Disciplina: Fundamentos Técnicos de Enfermagem
Procedimento: Nº
Administração Via Hipodermóclise 004
Elaborado por: Revisado por: Validado por:
Mirthis Sento Sé Pimentel Ednamare Pereira da Silva Maristela de A.
Magalhães Aragão
1. Definição
- Método de infusão de fluidos no tecido subcutâneo, cujo mecanismo consiste, a partir da
administração lenta de soluções no espaço subcutâneo, em uma ação combinada entre 
difusão de fluidos, perfusão tecidual, pressão osmótica e pressão hidrostática, possibilitando 
a passagem das soluções para a circulação sanguínea. 
- Consiste em uma prática que, em algumas situações clínicas específicas, demonstra ser
uma via segura, eficaz e, sobretudo, confortável para o paciente. 
2. Objetivos
- Repor eletrólitos, infundir líquidos e administrar medicações quando a aceitação oral está
comprometida e/ou na ausência de acesso venoso; 
- Reduzir custos, pois consiste em técnica simples, de rápido manuseio e que dispensa
menor tempo em sua execução; 
- Garantir acesso para líquidos e administração de medicação em pacientes com veias
colapsadas, finas, frágeis, que se rompem facilmente, como idosos, pacientes em cuidados 
paliativos, crianças, entre outros. 
3. Profissional envolvido
- Enfermeiro habilitado para o procedimento
- Técnico de enfermagem habilitado para o procedimento. 
22
4. Material utilizado









Bandeja;
Álcool a 70% para desinfecção da bandeja;
Bolas de algodão
Seringa de 5ml ou de 10ml;
Agulha para aspiração: 40x12;
Cateter periférico agulhado (Scalp® número 25 ou 27); 
Equipo gotas; 
Uma ampola de 10ml de SF 0,9%;
Luva de procedimento não estéril.
5. Descrição do Procedimento












Higienizar as mãos;
Explicar todo o procedimento ao paciente;
Realizar desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
Reunir todo o material;
Preparar o material necessário: solução, equipo gotas, cateter periférico agulhado 
(scalp®).
Escolher o local da infusão, sendo possíveis a parede abdominal, as faces anterior 
e lateral da coxa, a região escapular ou a face anterior do tórax, região do deltóide;
Calçar luva de procedimento;
Fazer a antissepsia do local com álcool a 70%;
Escovar o cateter periférico agulhado (scalp ®) com SF a 0,9% para retirada do ar;
Pinçar a pele do local selecionado com os dedos indicadores e polegar da mão 
oposta à que segura o cateter periférico;
Introduzir o cateter periférico agulhado (scalp ®) em ângulo de 45° abaixo da 
pele pinçada e com o bisel para cima. A agulha deve ter movimentos livres no 
espaço subcutâneo;
Aspirar para certificar-se que a agulha não atingiu algum vaso sanguíneo;

Colocar um curativo estérilcom gaze no local de inserção, ou uma película 
semipermeável estéril;
23

Ajustar o fluxo da infusão, conforme a prescrição médica ou protocolo;

Colocar data no curativo da punção;

Retirar o material do quarto e encaminhar para o expurgo;

Retirar as luvas e higienizar as mãos;

Fazer os registros de enfermagem.
6. Recomendações

Os locais preferenciais para punção são a região do deltóide, região anterior 
do tórax, região escapular, região abdominal e face lateral da coxa.


Não há necessidade de internação hospitalar em caso de paciente hipo 
hidratado ou desidratado.


Apesar de ser uma técnica de fácil administração, com baixa incidência de 
infecção é necessário capacitação do profissional de enfermagem.


Não há necessidade de imobilização do membro do paciente.

A enfermagem deve ficar atenta a queixas do paciente, apesar de ser uma 
técnica que causa pouca dor ou desconforto, porém atentar para sinais

flogísticos (edema, calor, rubor e dor local), hematoma, área de tumefação. 
Manter atenção pra complicações como necrose do tecido (complicação 
tardia).

Se for observado edema local, recomenda-se diminuir o gotejamento ou 
suspender a infusão temporariamente.


A infusão pode ser interrompida a qualquer hora, sem risco de trombose.

A infusão pode ser mantida por semanas, embora seja recomendável trocar o 
local da punção a cada 72 horas, ou antes, se surgirem sinais de infecção local
ou outras complicações;

Não é recomendada para administração de suplementos nutricionais e 
soluções hipertônicas;


O paciente pode ter alta hospitalar prematura, quando o motivo da 
internação for desidratação ou uso de medicação analgésica;


Pode ser empregado o uso de equipos de controle de infusão gravitacional 
(equipo gotas) e bombas de infusão nessa terapia .

24

É necessário que sejam obedecidas as normas de administração, volume 
(máximo de 1.500ml) e qualidade dos fluidos e medicamentos (os viáveis:

morfina, dexametasona, metoclopramida, haloperidol, midazolam, tramadol, 
atropina), velocidade de infusão de 1ml/min.

Monitorar o paciente quanto a sinais de infecção (presença de febre, calafrio, 
dor), queixa de cefaleia, ansiedade.


Após a administração de medicação, injetar 1 ml de soro fisiológico a 0,9% 
para garantir a introdução de todo o conteúdo do dispositivo no sítio de

punção.
7. Referências
Alberta Palliative Care Handbook. Hydration [Citado em: 28 fev. 2002]. Disponível
em: http://www.albertapalliative.net/APN/PCHB/, acesso em 06 de fevereiro de
2015.
BRASIL Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Cuidados Paliativos
Oncológicos. Rio de Janeiro: INCA; 2001.
KAWAMOTO, Emilia Emi; FORTES, Julia Ikeda. Fundamentos de enfermagem.
3ªedição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
http://www.albertapalliative.net/APN/PCHB/
25
Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE
Curso de Graduação em Enfermagem
Disciplina: Fundamentos Técnicos de Enfermagem
Procedimento: Nº
IRRIGAÇÃO VESICAL 005
Elaborado por: Revisado por: Validado por:
Ednamare Pereira da Silva Andréia Severo Cesarino Maristela de A.
Aragão
1. Definição
- Método de irrigação contínua da bexiga, com o objetivo de lavar a mucosa vesical para
fins terapêuticos e visando remover sedimentos, coágulos e microorganismos.
2. Objetivos
- Manter a permeabilidade da sonda vesical de demora; -
Promover a remoção de sedimentos, coágulos e microorganimos; 
- Auxiliar no tratamento de infecções;
3. Profissional envolvido
- Enfermeiro
4. Material utilizado
0bs. Paciente deve estar em uso de sonda ou cateter vesical de foley de 3 vias, caso 
contrário a mesma deve ser instalada.







Bandeja;
Almotolia de álcool a 70%;
Material de higiene íntima (toalha de banho, luva de procedimento não 
estéril, sabão líquido, jarra com água morna, aparadeira (comadre);
Cuba rim e cuba redonda;
Almotolia de solução antisséptica aquosa com 100 ml (clorexidina);
Luva de procedimento estéril;
Soro Fisiológico a 0,9% 500 ml;
26











Equipo de soro;
Suporte de Soro;
Pacotes de gaze estéril;
Um campo cirúrgico estéril ou uma compressa 
estéril;
Pinça Cheron;
Biombo;
Máscara descartável;
Óculos protetores;
Avental descartável;
Touca protetora;
Um saco plástico de lixo.
5. Descrição do Procedimento










Explique todo o procedimento ao paciente;
Realizar desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
Reunir todo o material;
Colocar o biombo, fechar portas e janelas;
Se o paciente já estiver em uso de sonda ou cateter foley de 3 vias, colocar o 
paciente em decúbito dorsal;
Se o paciente não estiver em uso de sonda ou cateter foley de 3 vias deve ser 
realizada a instalação (Ver POP de instalação de cateter vesical de demora)
Higienizar as mãos, colocar gorro, avental, óculos protetores, máscara 
descartável e calçar as luvas de procedimento não estéril;
Colocar aparadeira e realizar higiene íntima; (Ver POP de cuidados higiênicos) Se 
for paciente masculino manter posição dorsal, se for feminino colocar em 
posição litotômica;
Após a higiene íntima, retirar as luvas de procedimento não estéril e lavar as 
mãos;
Manter a paciente na posição dorsal com as pernas entreabertas;
Abrir o invólucro do campo estéril com técnica asséptica, sobre a mesa 
de cabeceira ou ao lado do paciente. Este invólucro será utilizado como 
campo estéril para receber todo o material estéril do procedimento.

27

















Abrir todo o material estéril (cubas, gaze estéril, pinça) com técnica 
asséptica sobre o campo estéril;
Colocar a solução antisséptica na cuba redonda, na ausência desta 
desprezar a solução antisséptica na gaze contida dentro do campo estéril;
Conectar o equipo de soro à ampola do soro fisiológico a 0,9%, tendo 
cuidado para não tocar na extremidade do equ ipo, sendo que esta deve 
ser colocada dentro do campo estéril com cuidado;
Colocar o frasco do soro fisiológico no suporte de soro a uma altura de 
50 cm do paciente, e escovar o equipo;
Calçar as luvas estéreis;
Colocar a gaze embebida na solução antisséptica na extremidade da pinça;
Realizar a antissepsia da genitália do paciente utilizando a pinça de Cheron 
montada com gaze embebida com solução antisséptica;
Aplicar o antisséptico em toda extensão do cateter vesical de foley no sentido 
do meato para extremidade do cateter, atentando para fazer fricção do 
antisséptico na extremidade;
Durante a aplicação do antisséptico, o cateter vesical deve ser segurado com 
a gaze para que a mão enluvada não toque neste;
Atenção para que durante a aplicação do antisséptico, devem ser utilizados 
os quatro lados da gaze na pinça e trocar a gaze a cada etapa;
Desprezar a pinça;
Após a antissepsia, colocar uma gaze na extremidade do cateter e segurá-
lo, colocando o campo estéril sob o mesmo e a cuba rim no campo. 
Depositar a extremidade do cateter na cuba rim (pois, caso ocorra saída 
de urina não contaminará o campo estéril);
Estando o paciente já em uso de cateter vesical de foley de 3 vias, a via da 
irrigação deve estar com um dispositivo de proteção que deve ser retirado.
Caso a sonda tenha sido instalada 

no momento da realização da irrigação, 
esta via estará sem esse dispositivo.
Conectar a extremidade do equipo de soro na via da irrigação do cateter 
vesical e abrir o equipo para que o soro possa fluir;
Observar o retorno da irrigação na bolsa coletora;
Manter o cateter fixo na região da face interna da coxa com a fita 
hipoalergênica;
Retirar as luvas estéreis;

Deixar o paciente confortável;
28



Organizar a unidade do paciente, retirando e desprezando o material 
utilizado no expurgo;
Higienizar as mãos;
Realizar os devidos registros no prontuário do paciente (principalmente as 
características do líquido drenado, quanto ao volume, coloração).
6. Recomendações





Caso não se disponha de umapinça Cheron, pode ser utilizada outra pinça de 
preensão como Pean, Kelly montadas com um chumaço de gaze, ou uma luva 
estéril para realizar a antissepsia da genitália, porém deve ser trocada por 
outra na realização da instalação da irrigação;
Caso não se disponha da cuba redonda, é recomendado aplicar o antisséptico 
na gaze que foi colocada dentro do campo para realizar a antissepsia, ou 
mesmo na própria cuba rim;
Controlar a quantidade de líquido infundido com o drenado. Deve-se 
subtrair o volume infundido do drenado para que se tenha controle real 
do volume de urina.
Trocar o frasco de soro sempre que o anterior acabar (imediatamente), 
para evitar complicações como obstrução do cateter, principalmente 
quando há presença de coágulos;
Esvaziar a bolsa coletora sempre que a mesma estiver cheia, do contrário, 
o paciente terá muita cólica e náuseas ou vômitos.
7. Referências
CARMAGNANI, Maria Isabel et al; Procedimentos de enfermagem guia prático. Rio de 
Janeiro: Ed Guanabara Koogan, 2013.
CHEREGATTI, Aline; JERONIMO, Rosangela .Enfermagem; técnicas e procedimentos. São
Paulo: Ed. Rideel, 2011.
CRAVEN, R.F e HIRNLE,C.J. Fundamentos de Enfermagem: saúde e funções humanas, 
Trad. Isabel Cristina Fonseca da Cruze José Eduardo Ferreira de Figueiredo, 7ª ed, Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
POTTER, Patricia ;PERRY,Anne Griffin. Fundamentos de Enfermagem. 8ª edição.Rio de 
Janeiro: Ed Elsevier, 2013.
29
Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE
Curso de Graduação em Enfermagem
Disciplina: Fundamentos Técnicos de Enfermagem
Procedimento: Nº 
LAVAGEM INTESTINAL 006 
Elaborado por: Revisado por: Validado por:
Andréia Severo Cesarino Ednamare Pereira da Silva Maristela de A.
Aragão
1. Definição
- Método de introdução de solução no intestino, via retal com o auxilio de sonda ou
cateter para eliminação de resíduo fecal ou toxinas. Também chamada de clister ou 
enema. 
2. Objetivos
- Estimular o esvaziamento do colón quando o organismo não consegue eliminar o
conteúdo; 
- Promover alívio de distensão abdominal e flatulência;
- Preparar o paciente para cirurgias, tratamentos e exames;
- Remoção de melena ou enterorragia.
3. Profissional envolvido
- Enfermeiro,Técnico e auxiliar de Enfermagem.
4. Material utilizado









 Luvas de procedimento não estéril;
Bandeja;
Bolas de algodão
Álcool a 70%
Ampola de solução glicerinada padronizada, conforme prescrição médica; 
Sonda retal em número adequado ao paciente;
Lubrificante em gel;
Pacotes de gaze;
Aparadeira (Comadre);
30




 Papel higiênico;
Biombo;
Impermeável;
Gorro, máscara descartável, óculos protetores, avental;
Em caso de paciente acamado: Jarra com água morna, bacia, toalha, sabão líquido, 
para higienização após o procedimento;
fralda descartável ( em caso de paciente acamado)
5. Descrição do Procedimento









Higienizar as mãos;
Certificar-se da solução prescrita e volume;
Realizar a desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
Reunir todo o material necessário;
Explicar ao paciente o procedimento;
Proteger a unidade com biombo ou fechar a porta;
Colocar gorro, avental, máscara e óculos protetores
Calçar as luvas de procedimento não estéril;
Proteger o colchão embaixo do paciente com lençol impermeável;
Colocar o paciente na posição Sims (decúbito lateral esquerdo com a perna direita
fletida por cima da perna esquerda) e cobrir o paciente com lençol, expondo apenas, o
sulco interglúteo ou prega interglútea e a área retal;
Colocar um pouco do gel lubrificante em uma gaze e aplicar na ponta da sonda (cerca de 5 
cm), ou na ausência deste usar a própria solução glicerinada para lubrificar a sonda;




 Conectar o frasco de solução à sonda retal;
Com a mão não dominante afastar o sulco interglúteo ou prega interglútea;
Com a mão dominante introduzir a sonda cuidadosamente no reto;
Com a mão não dominante fechar a prega intraglútea;
Apertar o frasco até que permita entrada de todo o líquido prescrito pela sonda retal;
 Após administrado todo o líquido prescrito, manter a prega intraglútea fechada e 
retirar cuidadosamente a sonda retal;


 Deixar o cliente na posição por 05 a 15 minutos se possível ou pelo tempo máximo 
que conseguir;

 Colocar a comadre ou encaminhá-lo ao banheiro;
31
 Higienizar o paciente após a eliminação fecal e colocar fralda descartável, em caso de 
acamado, ou fornecer o material para que ele faça a higienização íntima;





Recolher todo o material e levar ao expurgo;
Organizar a unidade do paciente e o mesmo confortável; Retirar as luvas de 
procedimento e demais EPIs;
Higienizar as mãos;
 Realizar as anotações necessárias (se houve retorno ou não de fezes, e 
características)


6. Recomendações
 Algumas soluções prescritas já contêm aplicador e são embaladas em quantidades 
prefixadas (Enema, Solução Glicerinada);

 Em caso de pacientes neurológicos ou não lúcidos, manter ou colocar um fralda 
descartável ao iniciar o procedimento (sem controle esfincteriano);

 Nos casos de pacientes em pós-operatório de cirurgias anorretais ou com alguma 
disfunção, do tipo fissuras ou fístulas; de pacientes recém ostomizados; de crianças

pequenas; de pacientes com distúrbios cardiovasculares e ou renais; e de pacientes 
com fecaloma; considera-se que o procedimento deva ser realizado pelo enfermeiro, 
de forma exclusiva dentro da equipe de enfermagem.
7. Referências
CARMAGNANI, Maria Isabel et al; Procedimentos de enfermagem guia prático. Rio
de Janeiro: Ed Guanabara Koogan, 2013.
CHEREGATTI, Aline; JERONIMO, Rosangela. Enfermagem; técnicas e procedimentos. 
São Paulo: Ed Rideel, 2011. 
CRAVEN, R.F, HIRNLE,C.J. Fundamentos de Enfermagem: saúde e funções humanas, 
Trad. Isabel Cristina Fonseca da Cruze José Eduardo Ferreira de Figueiredo, 7ª ed, Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 
POTTER , Patricia ; PERRY, Anne Griffin. Fundamentos de Enfermagem.8ª edição .Rio 
de Janeiro : Ed Elsevier, 2013. 
32
Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE
Curso de Graduação em Enfermagem
Disciplina: Fundamentos Técnicos de Enfermagem
Procedimento: Nº
007
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO POR VIA INALATÓRIA COM
DOSÍMETRO
Elaborado por: Revisado por: Validado por:
Maristela de Almeida Aragão – Anne Jacob de Souza Araújo- Maristela de A.
Aragão
1. Definição
- Consiste na aplicação de medicação com inaladores seguros pela mão que dispersam spray,
névoa ou pó em aerossol, e agem penetrando nas vias aéreas pulmonares, sendo absorvido 
rapidamente pela rede alvéolo capilar.
2. Objetivo
- São destinados a produzir efeitos locais, como broncodilatação;
- Controlar a obstrução das vias aéreas;
- Liberar uma dose pré-medida para as vias aéreas brônquicas e os pulmões.
3. Profissionais envolvidos
- Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.
4. Material utilizado:

Bandeja;

Álcool a 70%;

Algodão em bolas;

Medicamento prescrito – inalador com dosímetro;

Bocal do inalador;
33



Espaçador – opcional;
Lenços de papel ou toalha de papel; 
Luva de procedimento não estéril.
5. Descrição do procedimento
- No preparo do medicamento:







Conferir as prescrições médica e de enfermagem, conforme os CERTOS 
de administração de medicação;
Fazer a etiqueta de identificação, contendo as informações do medicamento (n ome, 
dosagem, horário e a via de administração) além do nome e o leito do paciente.
Reunir todo o material na bandeja após a desinfecção da mesma com álcool a 70%;
Higienizar as mãos;
Avaliar a capacidade do paciente para segurar, manipular e apertar o frasco inalador
Colocar a etiqueta de identificação do medicamento;
Levar a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a sobre a mesa auxiliar.
- Na administração do medicamento:

Explicar o procedimento ao paciente (respeitar o direito de recusa do paciente – 
indague e registre os motivos);


Dar ao paciente a oportunidade de manipularo inalador, frasco e espaçador. Explicar 
e demonstrar como o frasco se encaixa no inalador;


Remover a tampa do bocal do inalador;

Agitar bem o inalador;

Fazer com que o paciente empreenda uma inspiração profunda e expire;

Instruir o paciente a posicionar o inalador de uma das duas maneiras: abrir os lábios 
e colocar o inalador na boca com a abertura no sentido da parte posterior da faringe,
ou posicionar o aparelho 2,5 a 5,0cm afastado da boca;

Com o inalador adequadamente posicionado, fazer com que o paciente segure o 
inalador com o polegar no bocal e os dedos indicador e médio no ápice;


Instruir o paciente a inclinar um pouco a cabeça para trás, inspirar lenta e 
profundamente através da boca, bem como baixar por completo o frasco do

medicamento;
34












Solicitar ao paciente que prenda a respiração aproximadamente por 10 segundos, e 
expirar através dos lábios semiabertos;
Instruir o paciente a aguardar por dois a cinco minutos entre as inalações, ou 
conforme prescrição médica;
Instruir o paciente contra a repetição das inalações antes da próxima dose agendada;
Explicar ao paciente que ele pode ter a sensação de engasgo na garganta, provocada pelas 
gotículas do medicamento sobre a faringe ou a língua;
Instruir sobre a remoção do frasco do medicamento e na limpeza do inalador em 
água morna;
Deixar a paciente confortável;
Recolher o material na bandeja;
Retirar e descartar as luvas de procedimentos;
Encaminhar os resíduos ao expurgo;
Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e realizar desinfecção com 
álcool a 70%;
Higienizar as mãos;
Realizar os registros de enfermagem e checar a medicação na prescrição médica.
6. Recomendações

Todos os medicamentos devem ser checados após a sua administração e, se não foi 
dado, deve-se circular o horário e anotar o motivo, no espaço reservado para as

anotações de enfermagem. Se o medicamento tiver sido dado fora do horário 
determinado, deve-se colocar o horário administrado e checar, circulando o horário 
aprazado anteriormente;

O medicamento deve ser mantido com a identificação e em local adequado 
protegido da luz, calor, umidade e sujidade;


Verificar e respeitar a validade do medicamento, isto faz parte dos CERTOS de 
administração de medicação;


O aprazamento (horários da administração) deve ser realizado pelo enfermeiro, 
considerando-se a interação medicamentosa e as necessidades individuais do

paciente;

Anotar a resposta do paciente a medicação;
35

Registrar o horário, quando o cliente usar o inalador com a quantidade de 
borrifações.

7. Referências
CARMAGNANI, Maria Isabel et al; Procedimentos de enfermagem guia prático. Rio de
Janeiro: Ed Guanabara Koogan, 2013.
CRAVEN, R.F, HIRNLE,C.J. Fundamentos de Enfermagem: saúde e funções humanas,
Trad. Isabel Cristina Fonseca da Cruze José Eduardo Ferreira de Figueiredo, 7ª ed, Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
POTTER, Patricia; PERRY , Anne Griffin .Fundamentos de Enfermagem. 8ª edição .Rio de
Janeiro : Ed Elsevier, 2013.
SWEARINGEN, P. L.; HOWARD, C. A Atlas Fotográfico de Procedimentos de Enfermagem.
Trad. Isabel Borduchi Ohl. 3 ed. Porto Alegre: ARTMED, 2001.
1. Definição
- Método de administração de fármacos na camada dérmica da pele. Frequentemente é 
usada como medida diagnóstica como nos testes tuberculínicos e de alergias. 
2. Objetivos
- Permitir a exposição do paciente a pequenas quantidades de toxinas ou
medicamentos depositados abaixo da pele para absorção; 
- Servir como método de teste diagnóstico quanto a alergênicos ou quanto à
exposição a doenças específicas. 
3. Profissional envolvido
- Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.
4. Material Utilizado

Bandeja;





Álcool a 70% para desinfecção da bandeja; Bolas 
de algodão;
Seringa de 1ml ou de insulina;
Agulha para aspiração 40x12;
Agulha para administrar 13 x 4,5;
luva de procedimento não estéril
medicação prescrita
36
CeCntrCurso de Graduação em Enfermagem
DDisciplina: Fundamentos Técnicos de Enfermagemciplina: 
Fundamentos Técnicos de EFundamennfermagem 
PProcedimento:e 
AAAdministração de Medicação por via intradérmica (ID)
Elaborado por: Revisado por: Validado por: 
Mirthis Sento Sé Pimentel Ednamare Pereira da Silva Maristela de A. 
Magalhães Aragão 
CcCCentro Universitário Jorge Amado - Unijorge
NºNº 008 
 
37
5. Descrição do Procedimento


















Higienizar as mãos;
Explicar todo o procedimento ao paciente (respeite o direito de recusa do 
paciente – indague e registre os motivos);
Realizar desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
Reunir todo o material;
Preparar a medicação seguindo a regra dos CERTOS;
Aspirar o medicamento com a agulha 40x12, desprezando-a depois em caixa 
coletora específica para pérfurocortantes;
Trocar a agulha de aspiração pela agulha que será administrada a medicação;
Fazer a etiqueta de identificação, com as informações do medicamento (nome, 
leito, dosagem, horário, e via de administração) e fixar na seringa com a medicação;
Escolher o local apropriado (preferencialmente face interna do antebraço, região 
escapular e inserção inferior do deltóide);
Calçar luva de procedimento não estéril;
NÃO se faz antissepsia com álcool a 70% no local, pois pode interferir na resposta da 
medicação. Caso o local esteja com sujidade, lavar com água e sabão
previamente e secar.
Introduzir a 1/3 da agulha com bisel para cima e em ângulo de 10 a 15º;
Injetar lentamente a medicação e no local deverá ocorrer a formação de uma 
pápula;
Retirar lentamente a agulha, não comprimir e não massagear o local;
Se ocorrer extravasamento discreto de líquido na retirada da agulha secar 
delicadamente com algodão seco;
Deixar o paciente confortável;
Retirar o material do quarto e encaminhar para o expurgo, desprezando os 
perfurocortantes em local apropriado;
Retirar as luvas e higienizar as mãos;

Fazer os registros de enfermagem.
38
6. Recomendações





É recomendado o volume entre 0,1 ml a 0,5 ml;
Utilizar agulhas 13x4,5 em ângulo de 10 a 15 graus, com bisel voltado para cima;
Não se deve massagear, comprimir e não fazer antissepsia, para não interferir no 
tempo do medicamento e/ou reação local;
Via recomendada para casos de teste alérgicos, vacinas e doses pequenas de 
fármacos como adrenalina;
Em caso de vacinas e testes alérgicos, recomendar ao paciente para não friccionar o 
local, pois poderá interferir na resposta esperada do medicamento.
7. Referências
CARMAGNANI, Maria Isabel et al; Procedimentos de enfermagem guia prático. Rio 
de Janeiro:Ed Guanabara Koogan, 2013.
CHEREGATTI, Aline; JERONIMO, Rosangela.Enfermagem; técnicas e procedimentos. 
São Paulo: Ed Rideel, 2011.
CRAVEN, R.F, HIRNLE, C.J. Fundamentos de Enfermagem: saúde e funções humanas,
Trad. Isabel Cristina Fonseca da Cruze José Eduardo Ferreira de Figueiredo, 7ª ed, Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
POTTER , Patricia; PERRY ,Anne Griffin .Fundamentos de Enfermagem .8ª edição .Rio 
de Janeiro : Ed Elsevier, 2013.
39
Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE
Curso de Graduação em Enfermagem
Disciplina: Fundamentos Técnicos de Enfermagem 
Nº
009
Validado por:
Maristela A. Aragão
1. Definição
- Método de administração de droga diretamente no músculo, fornecendo uma absorção
mais rápida, devido a maior vascularização do músculo. 
2. Objetivos
- Administrar por via IM, medicamentos que não podem ser absorvidos diretamente pela
mucosa gástrica; 
- Obter ação mais rápida do que por via oral;
- Possibilitar menor custo, comparando-se à via endovenosa.
3. Profissional envolvido
- Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.
4. Material utilizado









Bandeja;
Álcool a 70%;
Bolas de algodão;
Seringade 3 ou 5 ml;
Agulha para aspirar 40x12;
Agulha para administrar o medicamento que pode ser 30x7, 30x8, 25x7, 25x8, 
escolhida de acordo o tamanho do músculo e o tipo da medicação a ser
administrada;
Luva de procedimento não estéril;
Curativo adesivo (para caso de sangramento local após a aplicação IM)
Medicamento prescrito.
Procedi
mento 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO INTRAMUSCULAR - IM 
Elaborado por : Revisado por:
 Ednamare Pereira da SilvaMirthis Sento Sé Pimentel 
Magalhães 
40
5. Descrição do Procedimento

















- Higienizar as mãos;
Explicar todo o procedimento ao paciente (respeite o direito de recusa do 
paciente – indague e registre os motivos);
Realizar desinfecção da bandeja com álcool a 70%;
Reunir todo o material;
Preparar a medicação seguindo a regra dos CERTOS;
Atenção para a diluição correta, em caso de medicação que exige diluente;
Aspirar o medicamento com a agulha 40x12, desprezando-a depois em caixa 
coletora para materiais perfurocortantes;
Trocar a agulha de aspiração pela agulha que será administrada a medicação;
Fazer a etiqueta de identificação, com as informações do medicamento 
(nome, leito, dosagem, horário, e via de administração) e fixar na seringa com
a medicação;
Escolher o local apropriado (os músculos preferenciais são vasto lateral, 
dorso-glúteo, ventro-glúteo, reto-femoral, deltóide), colocando o paciente em
posição confortável com exposição da área escolhida;
Fazer antissepsia do local escolhido com álcool a 70%, com movimentos 
circulares, do centro para as extremidades ou de baixo para cima, trocando os
lados do algodão;
Calçar luvas de procedimento não estéril é opcional, ficando a critério do 
profissional;
Pinçar a pele e o músculo do local selecionado com os dedos indicadores e 
polegar da mão oposta à que segura a seringa;
Introduzir a agulha com o bisel lateralizado no sentido das fibras musculares 
em ângulo de 90º;
Aspirar para certificar-se que não há refluxo de sangue. Em caso de refluxo, 
retirar a agulha e reiniciar todo o preparo do medicamento;
Injetar o medicamento em velocidade constante;
Terminada a administração, retirar rapidamente e com cuidado a agulha e 
seringa, mantendo o ângulo de 90°;
41





Fazer leve compressão no local. Em caso de sangramento, colocar curativo;
Deixar o paciente confortável;
Retirar o material do quarto e encaminhar para o expurgo, desprezando os 
perfurocortantes em local apropriado;
Retirar as luvas (se fez uso) e higienizar as mãos;
Fazer os registros de enfermagem.
6. Recomendações

O medicamento administrado por via IM, não deve ser reconstituído em soluções 
que não são indicadas, nem misturado com qualquer outro medicamento na mesma
seringa;

Os locais de aplicação (músculos) deverão ser alternados durante o tratamento;

Se o volume a ser administrado ultrapassar a capacidade do músculo, a dose deverá 
ser fracionada e aplicada em mais de um local.


O volume máximo de cada músculo deve ser considerado na administração do 
medicamento. Assim, os principais músculos utilizados são Vasto lateral localizado

no terço médio lateral da coxa (volume máximo de 4ml); Ventroglúteo (volume 
máximo de 4 ml), Aplicado no centro do V formado pelos seguintes vértices: palma 
da mão na porção do trocânter maior, o dedo indicador na espinha ilíaca ântero-
superior e o dedo médio estendendo-se até a crista ilíaca (também chamada de 
técnica de Hochstetter); dorso glúteo (volume máximo de 5 ml), localizado no 
quadrante superior externo, porém contra indicado em crianças menores de 02 anos 
pela indefinição na posição do nervo ciático; deltóide (volume máximo de 2ml); reto 
femoral, localizado no terço médio do dorso da coxa (volume máximo de 4ml)

O músculo vasto lateral é indicado para crianças menores de 12 meses, apresenta 
menores riscos, pois não possui a maior parte dos nervos e vasos sanguíneos, e tem

absorção rápida do fármaco;

Em caso de medicações dolorosas, antibiótico e drogas em meio oleoso indica-se o 
músculo ventroglúteo, pois localiza-se em região profunda, longe da maior parte dos
nervos e vasos sanguíneos;
42

O deltóide apesar de fácil acesso, nem sempre é muito utilizado, pois em muitos 
pacientes não é bem desenvolvido, não devendo ser usado em bebes e crianças por

este motivo; deve ser usado somente para medicações em pequenas quantidades, e 
para imunização em crianças maiores de 10 anos e adultos;

Recomenda-se que, ao administrar injeções IM, utilize-se a técnica em Z, para 
minimizar a irritação local da pele, vedando o medicamento no tecido muscular. A

técnica em Z consiste em: Escolha um músculo largo, de preferência ventroglúteo; a 
enfermeira deve puxar a pele lateralmente, mantendo a pele firme com a mão não 
dominante; Introduza a agulha profundamente e injete a medicação lentamente, se 
não houver nenhum retorno sanguíneo na aspiração; permanecer com a agulha 
inserida por 10 segundos, para permitir que o medicamento se disperse de maneira 
uniforme; em seguida, liberar a pele, após retirar a agulha, o que deixa um trajeto em 
zigue - zague; injeções que utilizam essa técnica levam a um menor desconforto e 
diminuem a ocorrência de lesões na região injetada.

Medicamentos em pó liofilizado ou preparadas em meio oleoso, exigem agulhas de 
calibre maiores como 30x8 e 25x8, pois evitam obstrução do lúmen.

7. Referências
CARMAGNANI, Maria Isabel et al; Procedimentos de enfermagem guia prático. Rio
de Janeiro:Ed Guanabara Koogan, 2013.
CHEREGATTI, Aline; JERONIMO, Rosangela .Enfermagem; técnicas e procedimentos.
São Paulo:Ed Rideel, 2011.
CRAVEN, R.F, HIRNLE,C.J. Fundamentos de Enfermagem: saúde e funções humanas,
Trad. Isabel Cristina Fonseca da Cruze José Eduardo Ferreira de Figueiredo, 7ª ed, Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
43
Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE
Curso de Graduação em Enfermagem
Disciplina: Fundamentos Técnicos de Enfermagem
Procedimento: Nº
010
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO NASAL
Elaborado por: Revisado por: Validado por:
Anne Jacob de Souza Araújo- Maristela de Almeida Aragão Maristela de A.
Aragão
1. Definição
- É a aplicação de medicação via orifício nasal, que podem ser usados para obtenção de
efeitos locais ou sistêmicos.
2. Objetivos
- Administrar medicamentos prescritos por via nasal a um paciente sob tratamento, para
tratar infecções e para alívio da congestão nasal, com o máximo de segurança e controle de 
riscos.
3. Profissionais envolvidos
- Enfermeiros(as), técnicos(as) de enfermagem, auxiliares de enfermagem.
4. Material utilizado:






Bandeja;
Álcool a 70%;
Algodão em bolas;
Ampola de soro fisiológico a 0,9%;
Pacote de gaze;
Medicamento preparado com conta-gotas ou borrifador limpo;
44




Pequeno travesseiro (opcional);
Luvas de procedimento não estéril ( se o paciente apresentar secreção nasal intensa); 
Lenço de papel, ou toalha de papel;
Lanterna (opcional)
5. Descrição do Procedimento
- No preparo do medicamento:






Conferir as prescrições médica e de enfermagem, conforme os CERTOS de 
administração de medicação;
Fazer a etiqueta de identificação, contendo as informações do medicamento (nome, 
dosagem, horário e a via de administração) além do nome e o leito do paciente.
Reunir todo o material na bandeja após a desinfecção da mesma com álcool a 70%;
Higienizar as mãos;
Colocar a etiqueta de identificação do medicamento;
Levar a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a sobre a mesa auxiliar
- Na Administração do medicamento:





Explicar o procedimento ao paciente em relação ao posicionamento e às sensações 
esperadas, como queimação ou ardência da mucosa ou sensação de sufocamento a
medida que a medicação desce pela garganta, (respeitar o direito de recusa do 
paciente – indague e registre os motivos);
Colocar as luvas de procedimento não estéril se o paciente apresentarsecreção 
nasal;
Agitar ou rolar gentilmente o frasco se for solicitado pelo fabricante;
Instruir o paciente a assoar o nariz gentilmente, a não ser que seja contraindicado.
Em caso de Administração de gotas nasais:
Colocar o paciente em posição supina com a cabeça posicionada 
adequadamente;
Para acessar a faringe posterior: inclinar a cabeça do paciente para trás;
45
Para acessar o seio etmoidal ou esfenoidal, inclinar a cabeça do paciente para 
a trás sobre a borda do leito ou colocar um travesseiro pequeno sobre os 
ombros do paciente e inclinar a cabeça para trás;
Para acessar o seio frontal ou maxilar, inclinar a cabeça do paciente para trás 
sobre a borda do leito do travesseiro, para a cabeça virada para o lado a ser 
tratado;
Apoiar a cabeça do paciente com a mão não dominante; Instruí-lo 
a respirar pela boca;
Segurar o conta-gotas a 1cm acima das narinas e instilar o número de gotas 
prescrito no sentido da linha média do osso etmoide;
Pedir ao paciente para permanecer em decúbito dorsal por 5 minutos.

Em caso de Administração de spray nasal:
Auxiliar o paciente na posição supina e com a cabeça inclinada para 
frente;
Ajudar o paciente a colocar o bico borrifador nas narinas 
adequadamente, apontando o bico para o lado e distante do nariz; 
Tem que haver medicação do spray no nariz do paciente durante a
inspiração;
Ajudar o paciente a aceitar o aplicador do nariz e instruí-lo a 
respirar pela boca;
Oferecer o lenço de papel para secar o nariz, mas orientar para não 
assoar o nariz por vários minutos;
Deixar a paciente confortável; 
Recolher o material na bandeja;
Retirar e descartar as luvas de procedimentos; 
Encaminhar os resíduos ao expurgo;
Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e 
realizar desinfecção com álcool a 70%;
Higienizar as mãos;
46
Realizar os registros de enfermagem e checar a medicação na 
prescrição médica.
Fonte: Potter; Perry , 2013
6. Recomendações

Todos os medicamentos devem ser checados após a sua administração e, se não foi 
dado, deve-se circular o horário e anotar o motivo, no espaço reservado para as

anotações de enfermagem. Se o medicamento tiver sido dado fora do horário 
determinado, deve-se colocar o horário administrado e checar, circulando o horário 
aprazado anteriormente;

O medicamento deve ser mantido com a identificação e em local adequado 
protegido da luz, calor, umidade e sujidade;


Verificar e respeitar a validade do medicamento, isto faz parte dos CERTOS de 
administração de medicação;


O aprazamento (horários da administração) deve ser realizado pelo enfermeiro, 
considerando-se a interação medicamentosa e as necessidades individuais do

paciente;

Observar o paciente durante 15 a 30 minutos quanto a qualquer efeito colateral após 
a administração. Perguntar ao paciente se ele é capaz de respirar pelo nariz após

solução descongestionante;

Anote a resposta do paciente a medicação.
47
7. Referências
CRAVEN, R.F, HIRNLE,C.J. Fundamentos de Enfermagem: saúde e funções humanas,
Trad. Isabel Cristina Fonseca da Cruze José Eduardo Ferreira de Figueiredo, 7ª ed, Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
POTTER , Patricia; PERRY ,Anne Griffin .Fundamentos de Enfermagem .8ª edição .Rio de
Janeiro : Ed Elsevier, 2013.
SMELTZER; S.C; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-
Cirúrgica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
- É destinado a maximizar a quantidade de medicamento que alcança o sítio ocular de ação,
na concentração suficiente para produzir um efeito terapêutico benéfico; 
- Dilatar ou contrair a pupila (midríase ou miose, respectivamente);
- Tratar processos irritativos, inflamatórios ou infecções;
- Anestesiar.
3. Profissionais envolvidos
- Enfermeiros (as), técnicos(as) de enfermagem, auxiliares de enfermagem.
4. Material utilizado:

Bandeja;


Álcool a 70%; 
Algodão em bolas;
1. Definição
- Consiste na aplicação de uma medicação por via ocular na forma de colírio ou pomada.
2. Objetivos
Validado por: 
Maristela de 
A. Aragão
Procedimento: 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA OFTÁLMICA 
Elaborado por: Revisado por: 
Anne Jacob de Souza Araújo- Maristela de Almeida Aragão 
Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE 
Curso de Graduação em Enfermagem 
Disciplina: Fundamentos Técnicos de Enfermagem 
N
º
0
1
1 
 
48
49





Frasco de medicamento prescrito com gotas oculares estéreis ou tubo de pomada ou 
disco intraocular;
Pacote de gaze;
Ampola de soro fisiológico a 0,9%;
Tampão e adesivo ocular (opcional);
Luvas de procedimentos não estéril
5. Descrição do procedimento
- No preparo do medicamento:






Conferir as prescrições médica e de enfermagem, conforme os CERTOS de 
administração de medicação;
Fazer a etiqueta de identificação, contendo as informações do medicamento (nome, 
dosagem, horário e a via de administração) além do nome e o leito do paciente.
Reunir todo o material na bandeja após a desinfecção da mesma com álcool a 70%;
Higienizar as mãos;
Colocar a etiqueta de identificação do medicamento;
Levar a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a sobre a mesa auxiliar.
- Na administração do medicamento:

Explicar o procedimento ao paciente; descrever o posicionamento e as sensações 
esperadas tais como queimação ou irritação nos olhos. Perguntar se o paciente tem

alguma dúvida (respeitar o direito de recusa do paciente – indague e registre os 
motivos);

Se as gotas oculares estiverem guardadas no refrigerador, deixar ficar em 
temperatura ambiente antes de administrar;


Rolar o frasco do colírio suavemente entre as suas mãos para homogeneizar a 
solução;


Colocar ao paciente em decúbito dorsal com cabeceira elevada, ou colocá-lo em uma 
cadeira com a cabeça ligeiramente hiperestendida;


Se as crostas ou secreções estiverem presentes ao longo das margens das pálpebras 
ou no canto interno, realizar higiene ocular (ver POP de cuidados higiênicos);

50




Segurar o algodão ou gaze limpa na mão não dominante sobre o malar do paciente, 
exatamente abaixo da pálpebra inferior;
Com o algodão ou gaze abaixo da pálpebra inferior, pressionar gentilmente para 
baixo com o polegar ou dedo indicador contra os ossos orbitais;
Pedir ao paciente para olhar para cima.
Em caso de Instilação de gotas oftálmicas (colírio):
Com a mão dominante repousando sobre a fronte do paciente, 
segurar a medicação oftálmica aproximadamente 1 a 2 cm 
acima do saco conjuntival;
Aplicar o número prescrito de gotas do medicamento dentro 
do saco conjuntival;
Se o paciente piscar ou fechar o olho, ou se as gotas caírem 
fora das margens das pálpebras, repetir o procedimento;
Após instilar as gotas pedir ao paciente para fechar os olhos 
gentilmente;
Golpeie delicadamente a pele, com gaze ou algodão, para 
absorver o excesso de colírio que corre sobre as bochechas;

Em caso de Instilação de creme oftálmico (pomada)
Segurar o aplicador da pomada acima da pálpebra inferior, 
aplicar uma camada fina de pomada de maneira uniforme ao 
longo do saco conjuntival, desde o canto interno até o canto 
externo;
Pedir ao paciente para fechar os olhos e esfregar ligeiramente 
a pálpebra em movimentos circulares com a bola de algodão 
ou o dedo delicadamente, quando o atrito não for 
contraindicado.




Deixar a paciente confortável;
Recolher o material na bandeja;
Retirar e descartar as luvas de procedimentos; 
Encaminhar os resíduos ao expurgo;
51



Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e realizar desinfecção 
com álcool a 70%;
Higienizar as mãos;
Realizar os registros de enfermagem e checar a medicação na prescrição médica.
Fonte: Potter; Perry , 2013
Fonte: Smeltzer; Bare, 2011
6. Recomendações

Todos os medicamentos devem ser checados após a sua administração e, se não foi 
dado, deve-se circular o horário e anotar o motivo, no espaço reservadopara as

anotações de enfermagem. Se o medicamento tiver sido dado fora do horário 
determinado, deve-se colocar o horário administrado e checar, circulando o horário 
aprazado anteriormente;

O medicamento deve ser mantido com a identificação e em local adequado 
protegido da luz, calor, umidade e sujidade;

52

Verificar e respeitar a validade do medicamento, isto faz parte dos CERTOS de 
administração de medicação;


O aprazamento (horários da administração) deve ser realizado pelo enfermeiro, 
considerando-se a interação medicamentosa e as necessidades individuais do

paciente;

Anotar a resposta do paciente após instilação; perguntar se sentiu algum 
desconforto;


Observar a resposta do medicamento avaliando as alterações visuais e observando 
quaisquer efeitos colaterais;


Se estiver prescrito o uso de colírio e pomada, instilar os colírios antes de aplicar as 
pomadas;


Quando administrar medicamentos que causem efeitos sistêmicos, aplicar pressão 
suave com seu dedo e gaze limpa sobre o ducto nasolacrimal por 30 a 60 segundos;


Se o paciente receber mais de uma medicação no mesmo olho ao mesmo tempo, 
espere pelo menos 5 minutos antes de administrar o próximo medicamento, e use

uma bola de algodão ou de gaze com cada um dos medicamentos.
7. Referências
CRAVEN, R.F, HIRNLE,C.J. Fundamentos de Enfermagem: saúde e funções humanas,
Trad. Isabel Cristina Fonseca da Cruze José Eduardo Ferreira de Figueiredo, 7ª ed, Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
POTTER, Patricia ;PERRY, Anne Griffin. Fundamentos de Enfermagem.8ª edição .Rio de 
Janeiro : Ed Elsevier, 2013.
SMELTZER; S.C; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-
Cirúrgica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
- Administrar medicamentos prescritos por via otológica (ou auricular), a um paciente sob
tratamento para afecção otológica, com o máximo de segurança e controle de riscos; 
- Umedecer o cerume para facilitar a sua saída;
- Facilitar a saída de corpos estranhos;
- Aliviar a dor;
- Prevenir ou tratar processos inflamatórios ou infecciosos do canal auditivo ou tímpanos.
3. Profissionais envolvidos
- Enfermeiros(as), técnicos(as) de enfermagem, auxiliares de enfermagem..
4. Material utilizado:




Bandeja;
Álcool a 70%,
Algodão em bolas;
Luvas de procedimento não estéreis (caso o paciente apresente alguma secreção);
1. Definição
- É a administração de medicação no canal auditivo externo para tratamento local.
2. Objetivos
Validado por: 
Maristela de 
A. Aragão
Procedimento: 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO POR VIA OTOLÓGICA 
Elaborado por: Revisado por: 
Anne Jacob de Souza Araújo- Maristela de Almeida Aragão 
Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE 
Curso de Graduação em Enfermagem 
Disciplina: Fundamentos Técnicos de Enfermagem 
Nº 012 
 
53
54




Frasco de medicação com conta-gotas;
Ampola de Soro fisiológico a 0.9%;
Pacote de gaze;
Toalha de rosto.
5. Descrição do procedimento
- No preparo do medicamento:






Conferir as prescrições médica e de enfermagem, conforme os CERTOS de 
administração de medicação;
Fazer a etiqueta de identificação, contendo as informações do medicamento (nome, 
dosagem, horário e a via de administração) além do nome e o leito do paciente.
Reunir todo o material na bandeja após a desinfecção da mesma com álcool a 70%;
Higienizar as mãos;
Colocar a etiqueta de identificação do medicamento;
Levar a bandeja para o quarto do paciente e coloque-a sobre a mesa auxiliar.
- Na Administração do medicamento:

Explicar o procedimento ao paciente como posicionamento e sensações esperadas, 
como ouvir bolhas ou sentir água no ouvido à medida que o medicamento adentra o
ducto auditivo. (respeitar o direito de recusa do paciente – indague e registre os 
motivos);

Colocar as luvas de procedimento não estéril e limpar o ouvido externo suavemente 
com a gaze embebida com soro fisiológico a 0,9% se houver secreção;


Colocar o paciente na posição de decúbito lateral (se não for contraindicado para as 
suas condições), com a orelha a ser tratada apontando para cima, ou fazer o paciente
se sentar em uma cadeira ou na ponta da cama. Se as gotas otológicas forem uma 
suspensão turva, sacudir por cerca de 10 segundos;

Expor o canal auditivo puxando a aurícula para baixo e para trás (crianças menores 
de 3 anos) ou para cima e para fora (crianças acima de 4 anos e adultos);

55











Instilar a medicação prescrita segurando o conta-gotas a 1 cm da entrada do canal 
auditivo;
Pedir ao paciente para permanecer na posição de decúbito lateral por 2 a 3 minutos;
Aplicar uma massagem ou pressão no pavilhão auditivo com os dedos, a não ser que 
seja contraindicado devido a dor;
Não é indicado colocar bolas de algodão após o uso da medicação, pois pode 
absorvê-la;
Deixar a paciente confortável;
Recolher o material na bandeja;
Retirar e descartar as luvas de procedimentos;
Encaminhar os resíduos ao expurgo;
Lavar a bandeja com água e sabão, secar com papel toalha e realizar desinfecção com 
álcool a 70%;
Higienizar as mãos;
Realizar os registros de enfermagem e checar a medicação na prescrição médica.
Fonte: Potter; Perry , 2013
6. Recomendações

Todos os medicamentos devem ser checados após a sua administração e, se não foi 
dado, deve-se circular o horário e anotar o motivo, no espaço reservado para as

anotações de enfermagem. Se o medicamento tiver sido dado fora do horário 
determinado, deve-se colocar o horário administrado e checar, circulando o horário 
aprazado anteriormente;
56

O medicamento deve ser mantido com a identificação e em local adequado 
protegido da luz, calor, umidade e sujidade;


Verificar e respeitar a validade do medicamento, isto faz parte dos CERTOS de 
administração de medicação;


O aprazamento (horários da administração) deve ser realizado pelo enfermeiro, 
considerando-se a interação medicamentosa e as necessidades individuais do

paciente;

Anotar a resposta do paciente a medicação;

Somente em caso de presença de secreção deve ser colocada bola de algodão. No 
entanto, se for necessária, colocá-la na região mais externa do canal. Não pressionar
dentro do canal.
7. Referências
CRAVEN, R.F, HIRNLE, C.J. Fundamentos de Enfermagem: saúde e funções humanas,
Trad. Isabel Cristina Fonseca da Cruze José Eduardo Ferreira de Figueiredo, 7ª ed, Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
POTTER , Patricia ;PERRY , Anne Griffin .Fundamentos de Enfermagem .8ª edição .Rio 
de Janeiro : Ed Elsevier, 2013.
SMELTZER; S.C; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico-
Cirúrgica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
- Método que consiste na utilização da mucosa retal para a absorção de medicamentos de
uso local. 
2. Objetivo:
- Auxiliar na promoção da defecação, aliviando a constipação;
- Controlar a temperatura corporal;
- Diminuir espasmo intestinal;
- Visualização do trato intestinal nos exames radiológicos, através da injeção de contrastes;
- Favorecer o controle de eletrólitos, através do uso de infusão com solução de resina de
troca. 
3. Profissionais envolvidos
- Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem
4. Material utilizado:

Bandeja;


Álcool a 70%;
Algodão em bolas;
57
Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE 
Curso de Graduação em Enfermagem 
Disciplina: Fundamentos Técnicos de Enfermagem
Procedimento:
Nº 013
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTO POR VIA RETAL
Elaborado por: Revisado por: Validado por:
Maristela de Almeida Aragão Anne Jacob de Souza Araújo Maristela de A Aragão
1. Definição:
58











Medicamento prescrito (supositório ou solução);
Luvas de procedimento não estéril;
Pacotes de gazes;
Biombo;
Nos casos de soluções: frasco da solução prescrita- fleet enema, solução glicerinada-
sonda retal;
Forro impermeável;
Lençol ou toalha de banho;
Papel

Mais conteúdos dessa disciplina