Prévia do material em texto
CURVAS HORIZONTAIS COM TRANSIÇÃO ECI 010 A definição do traçado de uma estrada através de linhas retas concordando diretamente com curvas circulares cria descontinuidade nos pontos de concordância (PC e PT) – não pode ser aceita em um traçado racional Quando um veículo passa do trecho em tangente para o trecho em curva, surge a aceleração centrífuga que tende a desviá-lo da trajetória üPassando pelo PC, o veículo segue uma trajetória de transição intermediária entre a tangente e a curva, que varia com a velocidade, o raio e a superelevação üO problema é maior quanto maior a velocidade e menor o raio da curva, já que a transição ocorre numa distância maior podendo o veículo invadir a faixa adjacente Do ponto de vista teórico, deseja-se limitar a ação da força centrífuga sobre o veículo, para que sua intensidade não ultrapasse um determinado valor Isso se consegue através da utilização de uma curva de transição intercalada entre o alinhamento reto (trecho em tangente) e a curva circular, permitindo distribuir gradativamente o aumento da aceleração centrífuga A curva de transição tem raio de curvatura que passa gradativamente do valor infinito (no ponto de contato com a tangente) ao valor do raio da curva circular Curvas de transição Uma curva de transição exerce 3 funções: 1) Proporciona um crescimento gradual da aceleração centrífuga que surge na passagem do trecho reto para o trecho curvo 2) Promove uma adequada extensão de via para se fazer o giro da pista até a posição superelevada em curva 3) Faz a transição gradual da trajetória do veículo e conduz a um traçado fluente e visualmente satisfatório sob vários aspectos (confiança do motorista, raio de giro do veículo) Existem vários critérios visando orientar o estabelecimento de curvas de transição. Para projetos rodoviários convencionais, DNIT recomenda o critério associado à velocidade diretriz resumido pelos valores da Tabela a seguir Segundo esse critério, permite-se dispensar o uso da curva de transição quando a aceleração centrífuga a que o veículo é submetido na curva for igual ou menor que 0,4 m/s2 Qualquer curva que varie gradativamente seu raio de curvatura pode ser usada como transição As mais usadas são: a) Clotóide è 𝑹 . 𝑳 = 𝑲 R = raio da curva circular L = comprimento da transição b) Leminiscata c) Parábola cúbica Curvas de transição Considerando a maior conveniência técnica do uso da clotóide, estudaremos apenas esse tipo de curva que também é conhecida como espiral de transição ou simplesmente espiral. Cada curva atinge o valor Rc após percorrer um determinado comprimento Ls durante um tempo ts. Esse tempo será usado como um dos critérios para estabelecer o comprimento mínimo. Supondo as tangentes concordadas por uma curva circular simples de centro O e raio R, cujos pontos de contato com as tangentes são PC e PT: Para inserir a transição em espiral, a curva circular original sofre uma translação t, deslocando o centro O para O1 A transição se faz suprimindo parte das tangentes e parte da curva circular. Este método é denominado RAIO CONSERVADO, com a transição feita pelo eixo da estrada porque mantém os elementos da curva (raio, G etc.) Curvas de transição