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8_-_Curvas_Horizontais_com_Transicao

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CURVAS HORIZONTAIS
COM TRANSIÇÃO
ECI 010
A definição do traçado de uma estrada através de
linhas retas concordando diretamente com curvas
circulares cria descontinuidade nos pontos de
concordância (PC e PT) – não pode ser aceita em
um traçado racional
Quando um veículo passa do trecho em tangente
para o trecho em curva, surge a aceleração
centrífuga que tende a desviá-lo da trajetória
üPassando pelo PC, o veículo segue uma
trajetória de transição intermediária entre a
tangente e a curva, que varia com a
velocidade, o raio e a superelevação
üO problema é maior quanto maior a
velocidade e menor o raio da curva, já que a
transição ocorre numa distância maior
podendo o veículo invadir a faixa adjacente
Do ponto de vista teórico, deseja-se limitar a
ação da força centrífuga sobre o veículo, para
que sua intensidade não ultrapasse um
determinado valor
Isso se consegue através da utilização de uma
curva de transição intercalada entre o
alinhamento reto (trecho em tangente) e a
curva circular, permitindo distribuir
gradativamente o aumento da aceleração
centrífuga
A curva de transição tem raio de curvatura que
passa gradativamente do valor infinito (no
ponto de contato com a tangente) ao valor
do raio da curva circular
Curvas de transição
Uma curva de transição exerce 3 funções:
1) Proporciona um crescimento gradual da
aceleração centrífuga que surge na passagem
do trecho reto para o trecho curvo
2) Promove uma adequada extensão de via para
se fazer o giro da pista até a posição
superelevada em curva
3) Faz a transição gradual da trajetória do veículo
e conduz a um traçado fluente e visualmente
satisfatório sob vários aspectos (confiança do
motorista, raio de giro do veículo)
Existem vários critérios visando orientar o
estabelecimento de curvas de transição. Para
projetos rodoviários convencionais, DNIT recomenda
o critério associado à velocidade diretriz resumido
pelos valores da Tabela a seguir
Segundo esse critério, permite-se dispensar o uso da
curva de transição quando a aceleração
centrífuga a que o veículo é submetido na curva for
igual ou menor que 0,4 m/s2
Qualquer curva que varie gradativamente seu 
raio de curvatura pode ser usada como 
transição
As mais usadas são:
a) Clotóide è 𝑹 . 𝑳 = 𝑲
R = raio da curva circular
L = comprimento da transição
b) Leminiscata
c) Parábola cúbica
Curvas de transição
Considerando a maior conveniência técnica do uso da clotóide, estudaremos apenas esse 
tipo de curva que também é conhecida como espiral de transição ou simplesmente espiral. 
Cada curva atinge o valor Rc após percorrer um determinado comprimento Ls durante um 
tempo ts. Esse tempo será usado como um dos critérios para estabelecer o comprimento mínimo. 
Supondo as tangentes concordadas por uma curva
circular simples de centro O e raio R, cujos pontos de
contato com as tangentes são PC e PT:
Para inserir a transição em espiral, a curva circular
original sofre uma translação t, deslocando o centro
O para O1
A transição se faz suprimindo parte das tangentes e
parte da curva circular. Este método é denominado
RAIO CONSERVADO, com a transição feita pelo eixo
da estrada porque mantém os elementos da curva
(raio, G etc.)
Curvas de transição

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