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1 @eai.fisio Iliofemoral: limita a extensão, fica mais esticado na abdução e rotação externa; Pubofemoral: limita abdução; Ligamento redondo: fica em cima da cabeça femoral e encaixa a cabeça do fêmur dentro do acetábulo, protege a artéria obturatória do quadril. Com o joelho estendido: retofemoral realizando suas duas funções (extensão de joelho e flexão de quadril), isquiotibiais no seu alongamento máximo, e braço de alavanca muito mais longo, dificultando a ação do ilipsoas que é um músculo curto. Com o joelho fletido: com o joelho fletido não há o grau máximo de encurtamento do retofemoral e nem de alongamento dos isquiotibiais, porque o retofemoral está fazendo só a flexão do quadril e os isquiotibiais a flexão do joelho. Portando, a amplitude de movimento é maior. Com o joelho estendido: o retofemoral está desempenhando só a sua função de extensão de joelho. Os IT também estão desempenhando apenas a sua função de extensão de quadril, nenhum dos dois músculos estão no encurtamento ou alongamento máximo, pois estão realizando apenas uma ação e em uma articulação, por isso ADM é maior. Com o joelho fletido: aqui os IT estão estendendo o quadril e fletindo o joelho, desempenhando o máximo de seu encurtamento, fornecendo uma amplitude menor, o retofemoral é alongado ao máximo porque está ocorrendo a ação inversa da sua função. 2 @eai.fisio Movimentos em torno de 30° Abdução: movimentos compostos do quadril, como por exemplo abdução + rotação externa; Adução: não existe movimento de adução “pura”, pois é o retorno da abdução, ela está sempre combinada com outro movimento. 3 @eai.fisio Substituição da articulação do quadril. Promover qualidade de vida, recuperar função e melhorar dor. • Osteoartrite severa (75%); • Fraturas proximais de fêmur; • Necrose avascular da cabeça do fêmur. Normalmente os médicos demoram bastante para indicar a prótese, isto porque futuramente deverá ser feita a revisão da prótese e trocá-la por uma mais nova. Recomendado com maior prevalência para pacientes de 50 a 80 anos. Dor limitante nas AVD, ao caminhar e flexionar o quadril, dor ao repouso, dia ou noite, rigidez que limita o movimento. Dor que não melhora com fisioterapia, antinflamatório ou muletas. Total: substituição do acetábulo e componente femoral. Parcial: substituição somente do componente femoral, preservando o acetábulo. Cimentada: cimento ósseo colocado em volta da prótese para estabilizá-la. Porém, na hora de fazer a revisão da prótese será mais complicado, aumenta o risco de fratura e danificação da fratura óssea. Mais indicado para idosos. Não-cimentada: a prótese é fixada diretamente no osso sem a utilização do cimento. É porosa para o osso ir se ramificando e aderindo na prótese. Mais recomendada para pacientes mais jovens e com boa qualidade óssea, em idosos com baixa qualidade óssea a prótese não adere corretamente. Estudos recentes demonstram que não há diferença na descarga de peso de prótese cimentada ou não-cimentada, mas antigamente se tinha mais cuidado em relação a descarga de peso na não cimentada, em qualquer caso é necessário realizar a descarga de peso de forma gradativa. Na não cimentada o cuidado é maior pois é necessário esperar que o osso se consolide na porosidade da prótese. Híbrida: quando um componente tem cimento e o outro não, geralmente o acetábulo não tem e o componente femoral sim. 4 @eai.fisio • Rosqueado: a prótese é rosqueada; • Parafusado: é fixado com parafusos; • Impactado: é empurrado para dentro sob pressão. Anterior: menos dolorosa, reduz risco de luxação, mas exige muita experiência médica, pois o acesso é difícil e aumenta o risco de lesão do n. cutâneo femoral lateral (meralgia parestésica). Lateral: fácil acesso, mas será necessário desinserir o glúteo médio, lesão do mecanismo abdutor e demora 4 a 6 semanas para cicatrizar, então pode gerar uma fraqueza muscular e causar marcha claudicante. Posterior: é a frequente, acesso de fácil visualização, mas aumenta o risco de luxação posterior. TVP e TEP: a prevalência é bem baixa com profilaxia, sem profilaxia aumentaria para 50% dos casos. Profilaxia: medicamento, movimentos (mobilizações, deambulação), bota pneumática e meias elásticas. Consenso: deambulação precoce e movimento ativo precoce. Iniciar a fisioterapia no primeiro dia de P.O. Luxação do quadril: 1,9% no 1° ano de P.O. Após revisões 28%. Há uns anos atrás estudos defendiam que flexionar mais que 90°, fazer adução e RI aumentava o risco de luxação, a explicação seria que os ligamentos ficariam mais frouxos nessa posição. Paciente sai da cirurgia com um triângulo entre as pernas para evitar adução e RI. É recomendado não levantar de uma cama muito baixa, não cruzar as pernas, sentar em cadeiras altas, não curvar muito o corpo para frente, ao deitar do lado oposto colocar um travesseiro entre as pernas para evitar adução, e não deitar no lado da prótese. Se ocorrer a luxação da prótese é feita uma tração para reduzir e recolocar a prótese no 5 @eai.fisio local, se não resolver é necessário um procedimento invasivo. Descarga de peso permitida, principalmente na cimentada. Na não-cimentada a descarga é feita gradativamente. Mas, estudos recentes demonstram que protocolo sem restrições não predispõe à luxação, ainda parecem diminuir o tempo de internação e aumentar a função e satisfação do paciente. Tudo depende das condições de saúde dele. É importante orientar sobre evitação a esportes de impacto, mas não limitar os movimentos das AVDs. Pacientes que na avaliação do anestesiologista tinham ASA lll (doenças sistêmicas grave, que envolve limitações, mas não incapacita o paciente) e cabeça do fêmur menor que 28mm tem risco maior de luxação, devido a questões de cicatrização. Ocorre em volta da prótese, é necessário trocar toda a prótese. Iniciar no 1° dia com mobilização e deambulação precoce. Diminuem o tempo de internação, melhoram a função articular e qualidade de vida, diminui o risco de complicações. Entre 0-8 semanas, é recomendado bicicleta ergométrica, fortalecimento de abdutores (glúteo médio). Recomenda-se o exercício de ostra e SLR de abdução para recrutar o glúteo médio e rotadores externos. ➢ Atendimento fisioterapêutico precoce. ➢ Foco em descarga de peso precoce, se a prótese não for cimentada realizar gradativamente. ➢ Exercícios aeróbicos e fortalecimento de abdutores e rotadores externos. ➢ Avaliar cada caso para elaborar orientações, pacientes sem fatores de risco, como doenças sistêmicas, podem ter mais liberdade para realizar as atividades do cotidiano, sem muitas restrições. ➢ Exercícios em clínicas ou domiciliares parecem ter o mesmo resultado. ➢ Cirurgia e tratamento P.O contribui para melhora da dor, função e qualidade de vida. Entretanto, não melhora o nível de atividade física, pois depende também do nível de motivação do paciente, algo individual.