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ÉTICA ORIGENS Com os filósofos gregos, especificamente a par�r das reflexões dos sofistas e de Sócrates, são lançadas as interrogações fundamentais acerca da moral, inaugurando-se o que denominamos de é�ca ou filosofia moral. • Filosofia moral; • Reflete sobre as noções, os princípios e os fins que fundamentam a vida moral; • O que são o bem e o mal, a liberdade. ÉTICA (do grego ethos , “costume”) • A é�ca não é atributo exclusivo dos indivíduos nas suas relações sociais; • A é�ca não é predicado que se deva cobrar apenas dos poderes públicos. POR QUÊ? Porque a é�ca permeia todas as relações sociais, polí�cas, econômicas e culturais, e abarca todas as ins�tuições, do estado aos governos, as organizações públicas e privadas com caráter comercial. Segundo V alls (1986, p.7), a ética pode ser entendida: [...] como um estudo ou uma reflexão, científica ou filosófica, e eventualmente até teológica, sobre os costumes ou sobre as ações humanas. Mas também chamamos de ética a própria vida, quando conforme os costumes considerados corretos. A ética pode ser o estudo das ações ou dos costumes, e pode ser a própria realização de um tipo de comportamento. • A ética seria apenas um comportamento adequado aos costumes e valores de determinada época, determinada região e determinado contexto. • A ética é a parte da filosofia que estuda a moralidade dos humanos, ou a ciência dos atos que analisa a moral. • O que se considera ético entre os índios, por exemplo, devido aos seus costumes e a sua realidade, muitas vezes pode não ser considerado ético na sociedade capitalista contemporânea. Ao falar de ética, Vásquez (2002) define dois planos : • Normativo : constituído pelas normas ou regras de ação e pelos imperativos, que enunciam algo que deve ser; é o plano “ideal”; • Factual : que é o plano dos fatos morais, constituído por certos atos humanos que se realizam efetivamente; é o plano “real”, “prático” ou “efetivo”. Conceitos Básicos Você certamente já ouviu falar do conceito de ética e dos chamados Códigos de ética profissional. Já dever ter aprendido algo ou pelo menos ouvido falar sobre o que é ética e de onde veio esse conceito. Já pensou se você mesmo, ou alguém que você conhece, em determinadas situações da vida diária pessoal, social ou profissional, se comporta, ou não, de forma ética? E se deparou, talvez mais de uma vez, pensando que existem líderes políticos, religiosos e empresariais que não agem de forma ética e moral ao governar, ao pregar suas verdades e ao exercer as suas atividades no mercado? Nesta primeira rota de aprendizagem da disciplina Ética trataremos sobre as “origens e a evolução” histórica do conceito de ética. ÉTICA E MORAL CONCEITOS ÉTICOS • Os fundamentos da ética, desde a antiguidade, têm participado da construção do nosso sistema de valores, destacando-se filósofos como Aristóteles, Kant e Hegel, entre outros, em períodos distintos da história. • Segundo Moreira (1999), há pelo menos cinco teorias a respeito da formação dos conceitos éticos. TEORIA FUNDAMENTALISTA • Propõe que os conceitos éticos sejam obtidos de uma fonte externa ao ser humano, a qual pode ser um livro (como a Bíblia), um conjunto de regras ou até mesmo outro ser humano. TEORIA UTILITARISTA ● Sustentada nas ideias de Jeremy Bentham e John Stuart Mill, para os quais o conceito ético deve ser elaborado “no critério do maior bem para a sociedade como um todo”. TEORIA KANTIANA ● Defendida por Emanuel Kant, propõe que o conceito ético seja extraído do fato de que cada um deve se comportar de acordo com princípios universais. TEORIA CONTRATUALISTA • Baseada nas ideias de John Locke e Jean Jacques Rousseau, parte do pressuposto de que o ser humano assumiu com seus semelhantes a obrigação de se comportar de acordo com as regras morais, para poder conviver em sociedade. • Os conceitos éticos seriam extraídos, portanto, das regras morais que conduzissem à perpetuação da sociedade, da paz e da harmonia do grupo social. TEORIA RELATIVISTA ● Segundo a teoria, cada pessoa deveria decidir sobre o que é ou não ético, com base nas suas próprias convicções e na sua própria concepção sobre o bem e o mal. Sendo assim, o que é ético para um, pode não ser para outro. MORAL E ÉTICA ● Os conceitos de moral e ética têm muitos pontos em comum, embora tenham recebido sentidos diferentes ao longo da história. ● Diversos autores diferenciam ética e moral de vários modos, mas, na verdade, uma completa a outra MORAL E ÉTICA • Moral vem do latim mos ou mores , que significa “costume” ou “costumes”, no sentido de conjunto de normas adquiridas por hábito. • A moral pode ser definida como um sistema de normas, princípios e valores, que regulamentam as relações entre os indivíduos ou entre esses e a comunidade, de forma livre e consciente. MORAL E ÉTICA Diversos autores diferenciam ética e moral de vários modos: • Ética é princípio, e moral são aspectos de condutas específicas; • Ética é permanente, e moral é temporal; • Ética é universal, e moral é cultural; • Ética é regra, e moral é conduta da regra; • Ética é teoria, e moral é prática. MORALIDADE ● A moralidade é o conjunto de práticas morais objetivas, concretas e reais, manifestadas pelos indivíduos na sociedade. ● A moralidade pode ser descrita como a moral em ação. ● A moral poderia ser descrita como o modelo que deveria ser seguido (ideal), e a moralidade é o que efetivamente acontece (real). ● Quando estudamos os planos normativo e factual que compõem a ética, podemos identificar suas relações com moral e moralidade. ● A moral , dentro do plano normativo, designaria o conjunto dos princípios, normas ou ideias morais de uma época ou sociedade determinadas, e a moralidade , dentro do plano factual, estaria relacionada às relações humanas concretas que contêm um significado moral em relação à moral vigente (VAZQUEZ, 2002). Ética e Moral Os conceitos de moral e de ética têm muitos pontos em comum, emboratenham recebido sentidos diferentes ao longo da história. Diversos autores diferenciam ética e moral de vários modos, mas na verdade uma completa a outra. Segundo Sánchez Vázquez (2002), moral vem do latim mos ou mores , que significa “costume” ou “costumes”, no sentido de conjunto de normas adquiridas por hábito. Segundo o mesmo autor, a moral pode ser definida como um sistema de normas, princípios e valores, que regulamentam as relações entre os indivíduos ou entre esses e a comunidade, de forma livre e consciente. Diversos autores diferenciam ética e moral de vários modos. Vejamos, então, um breve resumo dessas visões: ● Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas; ● Ética é permanente, moral é temporal; ● Ética é universal, moral é cultural; ● Ética é regra, moral é conduta da regra; ● Ética é teoria, moral é prática. Já a moralidade é o conjunto de práticas morais objetivas, concretas e reais, manifestadas pelos indivíduos na sociedade. Portanto, a moralidade pode ser descrita como a moral em ação. Quando descrevemos no item anterior os planos normativo e factual que compõem a ética, podemos identificar suas relações com moral e moralidade. A moral , dentro do plano normativo, designaria o conjunto dos princípios, normas, ou ideias morais de uma época ou sociedade determinada, e a moralidade , dentro do plano factual, estaria relacionada às relações humanas concretas que contêm um significado moral em relação à moral vigente (VAZQUEZ, 2002). Sintetizando, a moral poderia ser descrita como o modelo que deveria ser seguido (ideal) e a moralidade é o que efetivamente acontece (real). ÉTICA EMPRESARIAL Para entender melhor como se chegou ao que temos hoje na sociedade em termos de ética empresarial, vamos conhecer como evoluiu o conceito de ética nas empresas e nos negócios. DÉCADA DE 60 • Uma das primeiras preocupações éticas no âmbito empresarial de que se tem conhecimento formou-se pelos debates que ocorreram especialmente nos países de origem germânica, na década de 60. • Pretendia-se elevar o trabalhador à condição de participante dos conselhos de administração das organizações. DÉCADA DE 70 ● Os Estados Unidos deram início ao ensino da ética em faculdades de administração e negócios , com a contribuição de alguns filósofos. ● Foi possível somar a filosofia conceitual de ética com a vivência empresarial, aplicando os conceitos de ética à realidade dos negócios, fazendo surgir uma nova dimensão: a ética empresarial . ● Foram realizados os primeiros estudos de ética nos negócios, com o desenvolvimento da primeira pesquisa sobre o tema junto a empresários, pelo Prof. Raymond Baumhart, nos Estados Unidos. ● Nessa época, o enfoque dado à ética nos negócios se restringia à conduta ética pessoal e profissional. DÉCADA DE 80/90 ● Nesse período foram notados, ainda, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, esforços isolados, principalmente de professores universitários, que se dedicaram ao ensino da ética nos negócios em faculdades de administração e em programas de MBA – Master of Business Administration . ● ● É dessa época a primeira revista científica específica na área de administração, que foi denominada " Journal of Business Ethics " (Revista de Ética Empresarial). ● Foram formadas redes acadêmicas no início da década de 90, como a Society for Business Ethics nos EUA, e a EBEN – European Business Ethics Network na Europa, as quais deram origem a outras revistas especializadas, a Business Ethics Quarterly , em 1991, e a Business Ethics: a European Review , em 1992. ● ● Foram possíveis grandes avanços no estudo da ética com as reuniões anuais dessas associações, de forma conceitual, bem como prática, com a sua aplicação nas empresas. ● Alguns temas específicos se transformaram em foco de preocupação internacional: corrupção, liderança e as responsabilidades corporativas. ● ● Ressaltou-se, a partir daí, a existência de três modos inter- relacionados de abordagem da ética no âmbito das empresas. Ética nos Negócios Para entender melhor como se chegou ao que temos hoje na sociedade em termos de ética empresarial, vamos conhecer como evoluiu o conceito de ética nas empresas e nos negócios. As informações a seguir são oriundas de Arruda, Whitaker e Ramos (2007). Década de 60 ― Uma das primeiras preocupações éticas no âmbito empresarial de que se tem conhecimento formou-se pelos debates que ocorreram especialmente nos países de origem alemã, na década de 60. Com eles, pretendia-se elevar o trabalhador à condição de participante dos conselhos de administração das organizações. Década de 60/70 ― Os Estados Unidos deram início ao ensino da Ética em Faculdades de Administração e Negócios , com a contribuição de alguns filósofos. Foi possível somar a filosofia conceitual de ética com a vivência empresarial, aplicando os conceitos de ética à realidade dos negócios, fazendo surgir uma nova dimensão: a ética empresarial. Década de 70 ― Foram realizados os primeiros estudos de ética nos negócios, com o desenvolvimento da primeira pesquisa sobre o tema junto a empresários, pelo Prof. Raymond Baumhart, nos Estados Unidos. Nessa época, o enfoque dado à ética nos negócios se restringia à conduta ética pessoal e profissional. Também nesse período, ocorreu a expansão das multinacionais oriundas principalmente dos Estados Unidos e da Europa e a abertura de subsidiárias em todos os continentes. Com a entrada de novos países nas operações, ocorreram choques culturais e conflitos com outras formas de fazer negócios, ocorrendo divergências nos padrões de ética com suas matrizes, o que incentivou a criação de códigos de ética corporativos. Década de 80 ― Nesse período, foram notados, ainda, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, esforços isolados, principalmente de professores universitários, que se dedicaram ao ensino da ética nos negócios em faculdades de Administração e em programas de MBA ― Master of Business Administration . É dessa época a primeira revista científica específica na área de administração,que foi denominada " Journal of Business Ethics " (Revista de Ética Empresarial). Década de 80/90 ― Foram formadas redes acadêmicas no início da década de 90, como a Society for Business Ethics nos EUA, e a EBEN ― European Business Ethics Network, na Europa, as quais deram origem a outras revistas especializadas, a Business Ethics Quarterly , em 1991, e a Business Ethics: a European Review , em 1992. Foram possíveis grandes avanços no estudo da ética com as reuniões anuais dessas associações, de forma conceitual, bem como prática, com a sua aplicação nas empresas. Também houve a publicação de duas enciclopédias, uma nos Estados Unidos e outra na Alemanha: Encyclopedic Dictionary of Business Ethics e Lexikoin der Wirtschaftsethik . Dessa forma, ampliou-se o escopo da ética empresarial, universalizando o conceito. Para se conseguir um fórum adequado para essa discussão, foi fundada a ISBEE ― International Society for Business, Economics, and Ethics . A primeira pesquisa em âmbito global foi realizada pelo Prof. Georges Enderle, então na Universidade de St. Gallen, na Suíça, sendo apresentada no 1º Congresso Mundial da ISBEE, no Japão, em 1996. Diversas outras publicações foram feitas a partir dessa rica contribuição de todos os continentes, regiões ou países, que puderam esclarecer, informar e trazer profundidade científica. Alguns temas específicos se transformaram em foco de preocupação internacional: corrupção, liderança e as responsabilidades corporativas. Ressaltou-se, a partir daí, a existência de três modos inter-relacionados de abordagem da ética no âmbito das empresas. Fim do Milênio ― Houve a criação e organização, pelas forças e movimentos sociais, das Organizações Não Governamentais (ONGs), com importante papel na mudança e no desenvolvimento econômico, social e cultural de muitos países. Dessa forma, a abordagem aristotélica dos negócios vem sendo recuperada. A definição de boa empresa não se restringe apenas àquela que gera lucro, mas a que consegue oferecer um bom ambiente de trabalho, que seja moralmente gratificante. América Latina ― O Brasil sediou o I Congresso Latino Americano de Ética, Negócios e Economia, em julho de 1998, em uma época em que se constataram diversos esforços isolados de pesquisadores e professores universitários, ao lado de subsidiárias de empresas multinacionais em toda a América Latina. Tornaram-se conhecidas as iniciativas no campo da ética nos negócios, bem como as semelhanças e diferenças entre os vários países, especialmente da América do Sul. Diversos fatores levaram à fundação de uma rede, a ALENE ― Associação Latino-americana de Ética, Negócios e Economia, como a troca de experiências acadêmicas e empresariais durante o congresso, a identificação criada entre os vários representantes de países latinos presentes, a possibilidade de se dar continuidade aos contatos para continuidade das pesquisas e sedimentação dos conhecimentos específicos da região em matéria de ética empresarial e econômica. Brasil ― A primeira Faculdade de Administração do Brasil, a ESAN ― Escola Superior de Administração de Negócios, fundada em 1941 em São Paulo, inseriu o ensino da ética em seus cursos de graduação desde seu início. O Ministério da Educação e Cultura (MEC), em 1992, sugeriu formalmente que todos os cursos de administração, seja graduação ou pós-graduação, incluíssem a disciplina de ética nos currículos. Dessa forma, o Conselho Regional de Administração (CRA) e a Fundação FIDES reuniram em São Paulo mais de cem representantes de faculdades de administração, que se comprometeram a seguir essa sugestão. Em 1992, dois fatos foram relevantes ocorreram: a Fundação FIDES desenvolveu uma sólida pesquisa sobre a ética nas empresas brasileiras e a Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, criou o Centro de Estudos de Ética nos Negócios (CENE). A partir de 1997, o CENE passou a se chamar Centro de Estudos de Ética nas Organizações, para abarcar organizações do governo e não governamentais. Atualmente, há várias faculdades de administração de empresas e economia que incluíram o ensino da ética em seus currículos. Para sintetizar essas informações e facilitar os seus estudos, veja o quadro, que resume as principais ideias presentes nessa evolução: Período/Local Fatos Finalidade/Consequência DÉCADA DE 60 Debates ocorridos especialmente nos países de origem alemã. Elevar o trabalhador à condição de participante dos conselhos de administração das organizações. DÉCADA DE 60/70 EUA-Ensino da ética nas faculdades de administração e negócios. Contribuição dos filósofos. Nova dimensão na realidade dos negócios: ética empresarial. DÉCADA DE 70 Primeira pesquisa junto a empresários. Expansão das multinacionais oriundas dos EUA e Europa. Conflito entre os padrões éticos de diversas culturas incentiva a criação de códigos de ética corporativos. DÉCADA DE 80 Esforços isolados de professores universitários nos EUA e Europa ― faculdades de administração e programas de MBA. Surge a primeira revista científica: " Journal of Business Ethics ". DÉCADA DE 80/90 Formam-se redes acadêmicas de estudo (ISBEE e EBEN) nos EUA e Europa, universalizando o conceito de ética . Especialistas sistematizaram os enfoques perseguidos nos estudos de ética nos negócios nos cinco continentes. FIM DO MILÊNIO Criaram-se as ONGs (Organizações Não Governamentais) que desempenharam importante papel no desenvolvimento econômico, social e cultural de muitos países. A boa empresa não é apenas aquela que apresenta lucro, mas a que também oferece um ambiente moralmente gratificante. A EMPRESA E A ÉTICA ● Da mesma forma que a ética precisa estar presente nas atividades e relações de cada um de nós na sociedade, as empresas precisam trabalhar com ética em todas as relações com os seus públicos. ● Neste momento, estudaremos como as empresas devem agir com condutas práticas que estejam de acordo com os valores moralmente aceitos. ● Ao se analisar a ética nos negócios, é importante salientar a mudança do conceito devalorização do s hareholder (são os acionistas) para a valorização dos stakeholders (abrange todas as pessoas e públicos envolvidos com a empresa), principalmente frisado nos conceitos de governança corporativa. ● A governança corporativa (GC) é uma forma de gestão que busca atender aos interesses de todos, interna e externamente à organização. STAKEHOLDERS ● Já no modelo dos stakeholders , de origem nipo-germânica, há ampliação de interesses, com uma visão de geração mais abrangente de valor. ● ● Os indicadores de desempenho não se restringem apenas aos financeiros, sendo incluídos, também, a sustentabilidade e a função social. Para a divulgação do desempenho, são elaborados balanços social e ambiental, demonstrando os resultados da organização com transparência para todos os acionistas majoritários/minoritários e seu público em geral. ● ● Pode ser definida como “um conjunto de princípios e padrões morais que orientam o comportamento no mundo dos negócios”; ● Engloba valores e princípios que nortearão as suas ações e poderão levar a organização à aceitação plena perante a opinião pública ou a seu fracasso e fechamento. ● As empresas consideradas éticas são geralmente aquelas cuja conduta é socialmente valorizada e cujas políticas estão sintonizadas com a moral vigente, subordinando as suas atividades e estratégias a uma reflexão ética prévia e agindo posteriormente de forma socialmente responsável. Razões para a empresa ser ética ● Diversas instituições e organizações não governamentais tem se voltado para a definição de regras de conduta para que as empresas ajustem seus modelos de gestão e, em contrapartida, possam receber certificações que as consagrem como empresas diferenciadas em termos de responsabilidade social, qualidade, ética, compromisso ambiental e governança corporativa. Razões para a empresa ser ética: Internacionalmente, a International Organization for Standardization (ISO) é responsável pelo desenvolvimento de diversas normas relacionadas a esses aspectos. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) se responsabiliza por essas normas da ISO. Para a Governança Corporativa há o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Razões para a empresa ser ética: ● Na área de responsabilidade social,há o Instituto Ethos de Responsabilidade Social e o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE), que confere o Selo do Betinho à empresas que publicam seu balanço social. ● ● Em termos de qualidade,além da ISO/ABNT,há no Brasil a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ),que confere o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ). ● A empresa que tem sua atuação pautada na ética tem maiores chances de prosperar e atingir a sustentabilidade, além de manter seus clientes, ser valorizada pela sociedade, atrair e manter bons funcionários e gerar lucros para seus proprietários/acionistas. ● Na área de responsabilidade social,há o Instituto Ethos de Responsabilidade Social e o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE), que confere o Selo do Betinho à sem presas que publicarem seu balanço social. ● ● Em termos de qualidade,além da ISO/ABNT,há no Brasil a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ),que confere o Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ). ● A empresa que tem sua atuação pautada na ética tem maiores chances de prosperar e atingir a sustentabilidade, além de manter seus clientes, ser valorizada pela sociedade, atrair e manter bons funcionários e gerar lucros para seus proprietários/acionistas. A empresa e a Ética O papel da empresa capitalista dentro da sociedade moderna e contemporânea tornou-se muito forte a partir do momento em que ela, além de gerar produtos e serviços, também gera empregos e interfere diretamente na qualidade de vida dos cidadãos e nas relações políticas e econômicas entre o estado e a sociedade como um todo. Dentro de uma perspectiva ética, os gestores das empresas precisam tomar suas decisões com critérios que vão além dos estritamente estabelecidos por parâmetros econômicos e comerciais, ou seja, precisam decidir e agir dentro das obrigações morais, éticas e sociais. A ética empresarial engloba valores e princípios que nortearão as suas ações e poderão levar a organização à aceitação plena perante a opinião pública ou a seu fracasso e fechamento. A percepção da ética empresarial pelos diversos stakeholders é cada vez mais acentuada, auxiliada pela democratização e globalização da informação, bem como do progressivo desenvolvimento moral dos indivíduos que a cercam. Mas, afinal, estamos falando de ética empresarial e ainda não comentamos como ela se inter-relaciona com a responsabilidade social. Vamos ver algumas definições para distinguir as características de cada uma. A ética empresarial pode ser definida como “um conjunto de princípios e padrões morais que orientam o comportamento no mundo dos negócios”, enquanto a responsabilidade social é concebida como “a obrigação que a empresa assume para maximizar os efeitos positivos e minimizar os negativos que ela produz sobre a sociedade” (FERREL et al ., 2001, p. 19). Em outras palavras, Ferrel et al. (2001) consideram a responsabilidade social como um contrato social, com os stakeholders da empresa, e a ética empresarial estaria relacionada aos princípios morais e às regras que orientam os gestores das organizações em suas decisões e ações. As empresas consideradas éticas são geralmente aquelas cuja conduta é socialmente valorizada e cujas políticas estão sintonizadas com a moral vigente, subordinando as suas atividades e estratégias a uma reflexão ética prévia e agindo posteriormente de forma socialmente responsável (ALMEIDA, 2007). Mas é preciso não esquecer que a ética empresarial está relacionada a diversas variáveis que ainda estudaremos nos próximos tópicos. Para poder alcançá-la com sucesso, essas variáveis precisam ser cuidadosamente trabalhadas e conhecidas. Lembrando o ditado antigo de que “uma laranja estragada pode comprometer todo o saco”, uma pessoa sem ética, inserida em um departamento da empresa ou na cúpula estratégica, pode “contaminar” a culturada empresa, levando-a agir com procedimentos não éticos. Algumas atitudes antiéticas que, um dia, começaram como um “quebra-galho” de situações difíceis de resolver podem se tornar rotina, fazendo com que elas sejam assumidas como procedimentos padrão. Um dos exemplos mais comuns dessa prática é o pagamento de propina para agentes públicos ou privados com a finalidade de facilitar certos percursos ou resolver problemas e obstáculos para a empresa. Ele pode se tornar um vício da organização, por aparentemente resolver rapidamente o problema e “economizar” tempo, trabalho, etc. Essa falsa economia pode levar a transtornos muito grandes, que certamente comprometerão toda a empresa, ou boa parte dela. ÉTICA E DIFERENÇAS CULTURAIS O contexto sociocultural no qual o indivíduo se insere interfere e define o comportamento social, os valores morais, a conduta individual e a reação perante o desconhecido nas manifestações humanas. Portanto, o conceito de cultura está associado a este contexto sociocultural (ALMEIDA, 2007). Da mesma forma, o ambiente moral em que se vive é resultado das ações individuais. Se há diferentes culturas, há também diferentes modelos de comportamento, com valores éticos distintos. Essas diferenças culturais, expressas em diferentes valores e comportamentos, vão interferir no modelo de ação das empresas, de forma interna – em relação a empregados, proprietários, acionistas – e de forma externa – fornecedores, clientes, governo, comunidade, etc. As diferenças culturais podem trazer transtornos aos envolvidos e precisam ser conhecidas antes de se travar relações mais estreitas. Ética e Diferenças Culturais O contexto sociocultural no qual o indivíduo se insere interfere e define o comportamento social, os valores morais, a conduta individual e a reação perante o desconhecido nas manifestações humanas. Sendo assim, o conceito de cultura está associado a esse contexto sociocultural (ALMEIDA, 2007). Da mesma forma, o ambiente moral em que se vive é resultado das ações individuais (ARRUDA; WHITAKER; RAMOS, 2007). Para você entender melhor essas relações, vamos começar pelo conceito de “cultura”. Vamos usar o conceito citado por Arruda, Whitaker e Ramos (2007): “cultura é um sistema integrado de padrões comportamentais aprendidos, compartilhados e transmitidos de geração em geração, que distinguem as características de determinada sociedade”. Na cultura, estão incluídos os conhecimentos, as crenças, as artes, os valores morais, as leis e os costumes de uma sociedade, local ou instituição. Dessa forma, diferentes conjuntos de pessoas apresentam, a princípio, diferentes culturas. Se há diferentes culturas, há também diferentes modelos de comportamento, com valores éticos distintos. Segundo Saldanha (2007), em cada contexto, composto por cultura, sociedade ou época, a ética é formada por um conjunto de estruturas e ideais de comportamento, relacionados a um ideal de ser humano. O autor coloca que a ética, no sentido histórico: “é um plano de relações entre aqueles ideais de comportamento e a avaliação efetiva dos comportamentos ocorridos” (SALDANHA, 2007, p. 9). Essas diferenças culturais, expressas em diferentes valores e comportamentos, vão interferir no modelo de ação das empresas, de forma interna ― em relação a empregados, proprietários, acionistas ―, e de forma externa ― fornecedores, clientes, governo, comunidade, etc. As diferenças culturais podem trazer transtornos aos envolvidos e precisam ser conhecidas antes de se travar relações mais estreitas. Em relação a negócios internacionais, os sentidos devem ser redobrados. Tanto a cultura empresarial como a cultura da sociedade na qual se insere a empresa precisa ser bem conhecida para não se ter surpresas. Conhecer os modos de se vestir, alimentar, cumprimentar, comportar, falar, entre outros, pode afetar definitivamente uma negociação. Nós brasileiros somos geralmente muito informais nas relações sociais, e isso pode ser entendido como desleixo em um país rígido como a Alemanha. Beijos e abraços podem ser altamente condenáveis em culturas mais impessoais. Outros povos estão acostumados com propina em qualquer tipo de relação comercial. Conhecer bem esses valores pode facilitar o conhecimento da cultura e clima de organizações, bem como minimizar o sofrimento durante uma negociação. Mas como é o processo para se entender como foi formada a cultura da empresa que levará ao clima organizacional ético (ou não!) da mesma? Vamos falar de mais alguns conceitos, como o de desenvolvimento moral e o de clima organizacional e, depois, somar tudo para fechar o pensamento. O desenvolvimento moral do indivíduo pode se realizar por diversos estágios, com uma evolução na sua forma de pensar. O primeiro estágio se refere a formas de aceitação por meio de coerção ou recompensas. O segundo se volta à importância dada à opinião do grupo social quanto ao comportamento do indivíduo em relação às normas estabelecidas: o grupo me vê como um indivíduo que segue as normas? No terceiro estágio, o indivíduo desenvolve padrões morais pessoais regulados por uma consciência crítica do mundo e independentes das normas estabelecidas, demonstrando a sua maturidade moral (ALMEIDA, 2007). Outro conceito que também deve ser considerado é o do clima organizacional. Almeida (2007) define o clima organizacional como a atmosfera psicológica, social e humana, que define a forma como as pessoas se relacionam entre si dentro da organização. Logo, sendo o clima organizacional definido pelos aspectos culturais da organização, o seu modelo ético será caracterizado pelos valores culturais aceitos, somados ao desenvolvimento moral de seus indivíduos com interferências dos fatores demográficos envolvidos, e do estilo de gestão utilizado, e vai retratar o desempenho social da organização. CÓDIGOS DE ÉTICA ● A empresa precisa estar quites com a legislação, mas apenas isso não a promove ao status de ser ética. ● Começamos a identificar que não há somente um tipo de norma, também o seu cumprimento tem um caráter distinto: as leis precisamser obrigatoriamente cumpridas, mas as normas de conduta têm um cumprimento facultativo: o indivíduo é que escolhe se quer ou não cumpri-las! Normal moral Tem caráter imperativo, ou seja, impõe um dever. Geralmente difunde costumes e é transmitida de forma oral, passando de geração a geração dentro do processo histórico. A família acaba sendo o centro primário de sua difusão, seguido pelos ambientes de trabalho. O seu conteúdo valoriza aquilo que deve ser, de acordo com princípios e valores aceitos pela sociedade, não prevendo qualquer tipo de sanção preestabelecida (VAZQUEZ, 2002). NORMA LEGAL Tem caráter coercitivo, ou seja, impõe uma penalidade para o não cumprimento. É produzida no universo das relações políticas, pelas instâncias governamentais, dentro do campo do Direito, sendo escrita e registrada ao longo da história. É composta por pressupostos sistêmicos e objetivos claros no campo da ordem social e do direito do indivíduo. Mostra claramente o que é aceito ou não juridicamente pela sociedade politicamente organizada, pela definição do que é crime e de como devem ser os contratos sociais. ANOMIA É o estado social em que não há definição prévia de normas, com desprezo pela norma moral. Inexistência de leis ou regras fixas. Pode estar relacionada a uma transição de costumes, o que acaba levando à falta de referências ética se ao individualismo. Esse modelo demonstra, também, que a sociedade se encontra em profunda descrença nas instituições sócio-políticas. Com essas definições podemos esclarecer melhor onde os códigos de ética podem ser classificados. Por eles possuírem caráter imperativo e não coercitivo, serem elaborados pela iniciativa privada e não pelo Estado e não estabelecerem sansões punitivas, embora possam prever restrições a quem não os pratica, os códigos de ética estão posicionados no conjunto das chamadas normas morais. Formalizar, por escrito, os padrões morais e valores considerados éticos por todos da organização. Definir “como” a empresa vai agir, e o que se espera dela perante a sociedade. O código de ética de uma organização deve ser desenvolvido com o apoio coletivo e deve conter as diretrizes e normas que a levam a uma conduta ética. Além do mais, deve ser divulgado, conhecido e respeitado por todos, não importando quem ou que posição hierárquica tenha na estrutura da empresa. MAS O QUE ABORDA? Os códigos de ética geralmente abordam os seguintes tópicos: CONFLITOS DE INTERESSE - Conduta ilegal; - Segurança dos ativos da empresa; - Honestidade nas comunicações dos negócios da empresa; - Denúncias; - Suborno. ENTRETENIMENTO E VIAGEM - Propriedade de informação; - Contratos governamentais; - Responsabilidades de cada stakeholder; - Assédio profissional e sexual; - Uso de drogas e álcool. CÓDIGO DE ÉTICA - EFETIVIDADE Deve ser coerente com a missão, os objetivos, a estratégia e as políticas da empresa; Deve conter regras éticas claras e bem fundadas; Deve ser aceito por todos, respeitando-se a liberdade, sem doutrinações; CÓDIGO DE ÉTICA - EFETIVIDADE • Deve ter um conteúdo equilibrado, suficientemente abrangente, sem ser demasiado detalhista, porém contemplando as exceções; • Deve mostrar mecanismos de resolução de conflitos; • Sua aplicação deve ser simples e barata. OBJETIVOS AO IMPLANTAR UM CÓDIGO DE ÉTICA Comprometer a alta direção para o cumprimento das obrigações éticas da empresa, para um maior profissionalismo em sua atuação; Motivar os colaboradores da organização para um comportamento que possa trazer mais benefícios a eles e a toda a organização; Definir os deveres de forma concreta e precisa de critérios para julgar um comportamento ético; OBJETIVOS AO IMPLANTAR UM CÓDIGO DE ÉTICA Contribuir para a criação de uma cultura da empresa, integrando os trabalhadores na mesma; Criar uma imagem externa e valorizar a empresa perante a sociedade; Evitar conflitos e proporcionar procedimentos para que sejam solucionados. PRINCIPAIS EFEITOS ESPERADOS Melhoria da imagem da empresa perante a sociedade; Melhoria da imagem da empresa perante seus próprios funcionários; Aumento do nível de comprometimento dos funcionários; Elevação do nível ético dos funcionários; Prevenção de comportamentos antiéticos. Códigos de Ética Como já vimos anteriormente, a ética empresarial só poderá existir se estiverem definidos e aceitos os padrões morais e valores considerados éticos por todos da organização. Achar que fazer palestras ou falar pelos corredores que é importante a empresa definir e divulgar esses padrões nunca será suficiente para formar ou manter uma sólida consciência de sua importância para a organização e seus stakeholders . O que a empresa precisa fazer é formalizar, por escrito, essa intenção! Para isso são criados os códigos de ética. Neles é possível definir “como” a empresa vai agir, e o que se espera dela perante a sociedade. O código de ética de uma organização deve ser desenvolvido com o apoio coletivo e deve conter as diretrizes e normas que a levam a uma conduta ética. Além do mais, deve ser divulgado, conhecido e respeitado por todos, não importando quem ou que posição hierárquica tenha na estrutura da empresa. Os códigos de ética geralmente abordam os seguintes tópicos: conflitos de interesse, conduta ilegal, segurança dos ativos da empresa, honestidade nas comunicações dos negócios da empresa, denúncias, suborno, entretenimento e viagem, propriedade de informação, contratos governamentais, responsabilidades de cada stakeholder , assédio profissional, assédio sexual, uso de drogas e álcool (ARRUDA; WHITAKER; RAMOS, 2007). Para que o código de ética seja realmente efetivo, deve seguir algumas regras, como as citadas por Costa Filho (2002): ● Deve ser coerente com a missão, os objetivos, a estratégia e as políticas da empresa; ● Deve conter regras éticas claras e bem fundadas; ● Deve ser aceito por todos, respeitando-se a liberdade, sem doutrinações; ● Deve ter um conteúdo equilibrado, suficientemente abrangente, sem ser demasiado detalhista, porém contemplando as exceções; ● Deve mostrar mecanismosde resolução de conflitos; ● Sua aplicação deve ser simples e barata. Costa Filho (2002) apresenta alguns objetivos que a empresa geralmente persegue ao implantar um código de ética: ● Comprometer a alta direção para o cumprimento das obrigações éticas da empresa, para um maior profissionalismo em sua atuação; ● Motivar os colaboradores da organização para um comportamento que possa trazer mais benefícios a eles e a toda a organização; ● Definir os deveres de forma concreta e precisar critérios para julgar um comportamento ético; ● Contribuir para a criação de uma cultura da empresa, integrando os trabalhadores na mesma; ● Criar uma imagem externa e valorizar a empresa perante a sociedade; ● Evitar conflitos e proporcionar procedimentos para que sejam solucionados. É claro que a empresa espera retornos positivos com a implantação de um código de ética. Os principais efeitos esperados são o espelho do alcance dos objetivos traçados e estão relacionados a seguir (COSTA FILHO, 2002): ● Melhoria da imagem da empresa perante a sociedade; ● Melhoria da imagem da empresa perante seus próprios funcionários; ● Aumento do nível de comprometimento dos funcionários; ● Elevação do nível ético dos funcionários; ● Prevenção de comportamentos antiéticos. Mas, afinal, existe algum roteiro prático para elaborar um código de ética? Sim, o Instituto Ethos (2000) sugere os seguintes elementos: A) RELAÇÕES COM ACIONISTAS : estabelecer critérios para que haja oportunidades iguais a todos os acionistas, restando os acionistas minoritários; B) RELAÇÕES COM FUNCIONÁRIOS : valorizar a diversidade – gênero, raça, religião, cor, idade etc., durante processos de recrutamento e seleção; desenvolver relações hierárquicas sem arbitrariedade; manter a privacidade tanto da empresa em relação ao funcionário, quanto do funcionário em relação à empresa; incentivar o processo de avaliação e promoção por meio de plano de carreira explícito, respaldado por avaliações de desempenho realizadas periodicamente, com fatores mensuráveis, para uma boa política de valorização profissional; procurar atitudes que possam reduzir os custos antes de buscar eliminar postos de trabalho por demissões; C) RELAÇÕES COM OS CLIENTES : promover o objetivo da empresa, que é a maximização do lucro, sem ferir o objetivo do cliente, que é a obtenção do melhor produto ou serviço pelo menor preço; D) RELAÇÕES COM FORNECEDORES : cumprir as obrigações contratuais, em especial aquelas relacionadas a pagamentos, demonstrando o comportamento ético da empresa. E) RELAÇÕES COM CONCORRENTES : estimular a relação ética com o concorrente, o que pressupõe que a competência e a qualidade dos produtos e serviços sejam vetores soberanos para influenciar o mercado; F) RELAÇÕES COM A ESFERA PÚBLICA : não oferecer propinas ou estabelecer atos de corrupção com órgãos arrecadadores e de fiscalização, bem como a agentes públicos e políticos; cada transação financeira deve ser cuidadosamente avaliada, e as oportunidades escusas devem ser rejeitadas; agir com transparência na definição dos critérios de doações para candidatos em campanhas políticas; G) RELACIONAMENTO COM O MEIO AMBIENTE : estabelecer como prática a utilização sustentável dos recursos naturais, sejam eles renováveis ou não; H) RELACIONAMENTO COM A COMUNIDADE – AÇÕES FILANTRÓPICAS : conhecer as necessidades da comunidade dos locais e regiões onde está instalada a empresa, objetivando selecionar e desenvolver programas de abrangência social. Os códigos de ética empresarial, além de formalizarem os compromissos éticos da empresa, também constituem uma importante ferramenta de comunicação desses valores e práticas para seus stakeholders . Mas é só isso? Não! Só criar o código de ética é um primeiro passo. Agora a empresa deverá passar pelo processo de implantação que já comentamos. E para formalizar ainda mais o comprometimento da empresa com o estabelecimento efetivo de um sistema voltado para as atitudes éticas, é preciso criar um Comitê de Ética . Ao adotar um código de ética, a empresa deve formar um comitê de ética, que deve ter um número ímpar de integrantes, de diversos departamentos da empresa, e consideradas pessoas íntegras pelos demais. A sua direção deve se presidida pelo vice-presidente, ou o próprio presidente da empresa, para fortalecer a importância da ética dentro da organização (ARRUDA; WHITAKER; RAMOS, 2007). O monitoramento do clima ético da empresa também faz parte dos procedimentos necessários para a sua efetivação e manutenção. Para isso podem ser definidos indicadores que possam medir esse comprometimento. A consolidação da medição pode ser realizada por meio de auditorias, tanto internas quanto externas, promovendo ao máximo a imparcialidade na indicação de pontos fortes ou fracos. Arruda e Navran (2001) comentam diversos modelos de medição do clima ético nas empresas e focam como principais indicadores os elementos a seguir: ● Indicador 1: Sistemas formais ● Indicador 2: Mensuração ● Indicador 3: Liderança ● Indicador 4: Negociação ● Indicador 5: Expectativas ● Indicador 6: Consciência ● Indicador 7: Chaves para o sucesso ● Indicador 8: Serviço ao cliente ● Indicador 9: Comunicação ● Indicador 10: Influência dos pares ● Indicador 11: Consciência ética Os indicadores de gestão ambiental e de responsabilidade social referenciados por Tachizawa (2002), também podem somar itens importantes para consolidar as medidas do sistema de avaliação de desempenho ético. Esses indicadores trazem aspectos relacionados a questões demográficas, culturais, sociais, econômicas, de saúde e saneamento. Responsabilidade Social Ser socialmente responsável significa que as pessoas e as organizações devem comportar-se eticamente e com sensibilidade em relação a questões sociais. O esforço para agir com responsabilidade social ajuda indivíduos, organizações e governos a ter impacto positivo no desenvolvimento, nas empresas e na sociedade. O ideal é que seja um movimento de toda a sociedade em prol do bem comum. Seja a responsabilidade social voltada a projetos ambientais, educacionais ou de outra natureza, o fatoé que o conceito de responsabilidade social é abrangente, justamente pela diversidade de comportamentos e ações voltados a assegurar o bem-estar dos indivíduos ou dos grupos sociais. • Ainda não existe um conceito plenamente aceito sobre responsabilidade social. Confunde-se, muitas vezes, responsabilidade social com “ações sociais”, reduzindo o seu escopo com atividades de cunho filantrópico. As ações de filantropia, motivadas por razões humanitárias, são isoladas e reativas, enquanto o conceito de responsabilidade social possui uma amplitude muito maior, por fazer parte do próprio planejamento estratégico da empresa. FILANTROPIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL A filantropia configura-se como doação eventual, não estabelecendo vínculos efetivos e permanentes da empresa ou do indivíduo com a comunidade. Um projeto efetuado sob o conceito de responsabilidade social deve construir laços permanentes com a comunidade, constituindo polos de interação social. RESPONSABILIDADE SOCIAL Embora não exista uma definição unanimemente aceita para o termo responsabilidade social, a expressão se refere, de forma ampla, a decisões de tomadas com base em valores éticos que incorporam as dimensões legais, o respeito pelas pessoas, comunidades e meio ambiente (MACHADO FILHO, 2006). A expressão responsabilidade social vinculou-se gradativamente ao mundo corporativo e, atualmente, traduz-se em uma forma ética de conduzir os negócios. Responsabilidade social é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. O CAPITALISMO NO SÉCULO XX O conceito de responsabilidade social desenvolve-se ao longo do século, estimulado pelas crises socioeconômicas que afetaram profundamente o capitalismo. As crises socioeconômicas capitalistas, bem como a emergência dos problemas ambientais, promoveram a reflexão sobre a necessidade de as ações econômicas serem praticadas com responsabilidade social. A grande depressão da década de 1930 e os efeitos do pós- guerra são exemplos de fenômenos históricos que revelaram a vulnerabilidade do capitalismo e a necessidade de mudanças nas práticas socioeconômicas. A Guerra Fria, com o risco oferecido pelo socialismo real, favoreceu as preocupações com responsabilidade social, isto é, a incorporação do conceito na reorientações das estratégias socioeconômicas. CAPITALISMO ATUAL A globalização econômica, com a plena supremacia do mercado e o liberalismo econômico, implicou a redução da intervenção dos estados nacionais na economia e dos sistemas estatais de proteção social: transformações que acentuam a necessidade de posturas éticas empresariais, orientadas pelo conceito de responsabilidade social. Necessidade de maior articulação entre as empresas e a sociedade civil. Resumidamente, pode-se afirmar que o surgimento da responsabilidade social é decorrente das crises capitalistas, de pressões da sociedade civil e das próprias estratégias de marketing empresarial. Você já deve ter realizado alguma boa ação ou gestos de caridade em toda a sua vida. Já deve ter praticado filantropia, ajudado alguém necessitado de recursos financeiros ou até mesmo recursos para a própria sobrevivência. Já deve ter atuado como voluntário em algum projeto social ou ambiental. É comum, portanto que a maioria das pessoas confunda o termo Responsabilidade Social e Ambiental com boas ações como as descritas acima. Na verdade este é um engano comum. Primeiramente é preciso compreender que o termo Responsabilidade Social vinculou-se gradativamente ao mundo corporativo e atualmente traduz-se em uma forma ética de conduzir os negócios. Seja a responsabilidade social voltada à projetos ambientais, educacionais ou de outra natureza, o fato é que o conceito de responsabilidade social é abrangente, justamente pela diversidade de comportamentos e ações que uma organização pode assumir voltados a assegurar o bem-estar dos indivíduos ou dos grupos sociais relacionados direta ou indiretamente com suas atividades. No período da Revolução Industrial, por exemplo, não havia um estímulo à prática de ações sociais por parte das empresas. Isso porque, predominava no século XVIII, o chamado Estado Liberal (ou Sistema Liberal), onde o Estado não se opunha na relação de trabalho, tendo o empregador total liberdade para estipular as condições de trabalho. Pelo liberalismo, a interferência do Estado na economia seria um obstáculo à concorrência, elemento essencial ao desenvolvimento econômico e cujos benefícios seriam repartidos por toda a sociedade. O Estado seria o responsável pelas ações sociais, pela promoção da concorrência e pela proteção da propriedade. Já as empresas deveriam buscar a maximização do lucro, a geração de empregos e o pagamento de impostos. Atuando dessa forma, as companhias exerciam sua função social (TENÓRIO, 2006). A abordagem da atuação social empresarial surgiu no início do século XX, com o filantropismo. Em seguida, com o esgotamento do modelo industrial e o desenvolvimento da sociedade pós – industrial, o conceito evoluiu, passando a incorporar os anseios sociais no plano de negócios das corporações. Assim, além do filantropismo, desenvolveram-se conceitos como voluntariado empresarial, cidadania corporativa, responsabilidade social corporativa e, por último, desenvolvimento sustentável (TENÓRIO, 2006). As denominações dadas às intervenções sociais empresariais são muitas: responsabilidade social, cidadania empresarial, filantropia empresarial e assim por diante. Assumir a denominação Responsabilidade Social Empresarial é adotar um rigor não necessariamente conceitual, mas ético, na medida em que a palavra responsabilidade pressupõe critério e acompanhamento rigoroso destas ações sociais. Em definição dada pelo dicionário Aurélio responsabilidade é: Situação de um agente consciente com relação aos atos que ele pratica voluntariamente. Aindanão existe um conceito plenamente aceito sobre responsabilidade social. Confunde-se muitas vezes, responsabilidade social com “ações sociais”, reduzindo o seu escopo com atividades de cunho filantrópico. Esse reducionismo é inadequado, distorcendo a essência do que se espera de uma conduta socialmente responsável das empresas. De acordo com o Business for Social Responsability (BSR), principal entidade mundial na área de responsabilidade social, embora não exista uma definição unanimemente aceita para o termo responsabilidade social corporativa, a expressão se refere, de forma ampla, a decisões de negócios tomadas com base em valores éticos que incorporam as dimensões legais, o respeito pelas pessoas, comunidades e meio ambiente (MACHADO FILHO, 2006). Por definição do Instituto Ethos, Responsabilidade Social Empresarial é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais O despertar da responsabilidade social das empresas não apresenta um histórico cronologicamente definido justamente por fazer parte de uma evolução da postura das organizações em face da questão social, provocada por uma série de acontecimentos sócio-políticos determinantes e também pela própria trajetória histórica do capitalismo mundial. A partir do século XX diversos fatores de ordem política, econômica e social levaram ao reconhecimento e legitimação de algumas necessidades e demandas sociais decorrentes de diversas mudanças ocorridas no mundo do trabalho como, por exemplo, a revolução tecnológica, informacional e produtiva. O próprio desenvolvimento da organização dos trabalhadores nas primeiras décadas do século XX contribuiu para reavaliar a perspectiva de atuação do empresariado frente às questões sociais. A pressão da classe trabalhadora concretizada em inúmeras greves aliada a fatores de ordem econômico e político levaram diversos capitalistas a atuar no sentido de modelar o sistema formal de proteção social. Estas mudanças provocaram alterações no modelo do desenvolvimento econômico ocasionando altos índices de desemprego. Exatamente por tantas transformações ocorridas no século XX, a década de 90 foi preconizada com ações organizadas e estrategicamente voltadas para o tema responsabilidade social empresarial. Por serem importantes agentes de promoção do desenvolvimento econômico e do avanço tecnológico, a qualidade de vida da humanidade passou a depender cada vez mais de ações cooperativas de empresas que foram incorporando de maneira progressiva o conceito de responsabilidade social empresarial, tornando-o um comportamento muitas vezes formalizado em projetos de atuação na sociedade civil. A ética e a cidadania passaram a permear discussões sobre o que é ser politicamente correto no mundo empresarial com maior frequência. Nesta pauta de discussão as relações do homem com o meio ambiente e suas responsabilidades com o futuro da humanidade face as desigualdades sociais ganharam força. As primeiras manifestações sobre o tema Responsabilidade Social descritas estão em um manifesto subscrito por 120 industriais ingleses no início do século XX. Tal documento definia que a responsabilidade dos que dirigem a indústria é manter um equilíbrio justo entre os vários interesses dos públicos, dos consumidores, dos funcionários, dos acionistas. Outro momento histórico importante para a disseminação do conceito de responsabilidade social empresarial foi a década de 1960. Os movimentos jovens e estudantis desta época questionavam com veemência o capitalismo excludente. Neste período o tema se manifestou na pauta de grandes empresas de diversos países da Europa e dos Estados Unidos. Já na década de 1970, período marcado, dentre outros fatos, pela aguda crise econômica mundial, os países de economia avançada na Europa e na América do Norte orientaram-se na direção de políticas destinadas a minimizar as conseqüências sociais decorrentes do colapso das atividades econômicas. Foi criado então, um conjunto de medidas que respondia ao descontentamento social crescente, assegurando razoáveis condições básicas de subsistência aos grupos marginalizados, ou que se encontravam precariamente inseridos nas relações produtivas. Este movimento ficou conhecido como Welfare State [1] , ou Estado do Bem Estar. O Estado assumia a responsabilidade social total e plena sobre a sociedade (MARASSEA, PIMENTEL, 2004). Com o desenvolvimento de novos setores industriais, principalmente o de tecnologia de ponta, os anos 80 produziram uma nova reviravolta no jogo político – econômico europeu e norte – americano. O cerne dessa alteração esteve na decadência das políticas orientadas para o Welfare State e na ascensão das políticas chamadas “neoliberais” (MARASSEA, PIMENTEL, 2004). A noção de responsabilidade social atrelada ao mundo empresarial como forma de gestão, pode ser considerada recente visto que, o que havia antes desta incorporação do conceito ao mundo dos negócios era a prática da filantropia que se diferencia em vários aspectos das práticas de Responsabilidade Social Empresarial (RSE). O ato de filantropia ou assistencialismo, por mais meritório que seja, é voluntário, circunstancial e se esgota em si mesmo. Pode criar, ainda, expectativas para o futuro que não venham, necessariamente, a se realizar, dado o caráter episódico e gratuito de muitos anos filantrópicos. A filantropia não pode nem deve eximir a empresa de suas responsabilidades. Por mais louvável que seja uma empresa construir uma creche ou um posto de saúde na sua comunidade, a sua generosidade em nada adiantará se, ao mesmo tempo, estiver poluindo o único rio local ou utilizando matéria – prima produzida em fábricas irregulares, que empregam trabalho infantil em condições insalubre ou perigosas (AZAMBUJA, Apud TENÓRIO, 2006). A relação estabelecida entre um projeto e os cidadãos usuários não pode ser vista de formaassistencialista. Em um projeto social também se faz necessário, como em qualquer outro projeto, a potencialização de talentos e o desenvolvimento da autonomia de seus atores. As empresas, atualmente, são consideradas grandes polos de interação social, tanto com os fornecedores como também com a comunidade e seus próprios funcionários. Exatamente por isso o processo de elaboração de projetos sociais bem como os investimentos sociais de origem privada destinados a estes projetos, deve ser encarado com muita lógica, desmistificando a ideia de que este campo de atuação requer apenas ações voluntariosas. No Brasil, acompanhando a tendência das economias subdesenvolvidas, a preocupação com a responsabilidade social demorou a sensibilizar empresários e executivos responsáveis pelas decisões estratégicas dos negócios. Esta postura se deve ao processo de industrialização do https://dombosco.instructure.com/courses/6745/pages/aula-7#_ftn1 país acompanhado por um sistema de produção econômica fortemente dependente do Estado (MARASSEA, PIMENTEL, 2004). Na verdade, somente a partir dos anos 90, as empresas no Brasil, aumentaram os investimentos em projetos sociais, passando a defender padrões mais éticos na relação com seus públicos de interesse (fornecedores, funcionários, clientes, governo e acionistas) e práticas ambientais sustentáveis. O cenário complexo e contraditório da chamada globalização econômica no qual as empresas detêm grande poder de manipulação das forças de mercado, mas são também extremamente vulneráveis às mudanças de comportamento social, tornou-se propícia ao ressurgimento da proposta de exercício da Responsabilidade Social por parte das empresas privadas. Principalmente em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde o quadro de desajustes e desequilíbrios socioeconômicos pode até por em cheque a própria existência das relações capitalistas de produção, com o enfraquecimento de um grande mercado consumidor (MARASSEA, PIMENTEL, 2004). Foi também na década de 90 que as empresas no Brasil aumentaram os investimentos em projetos sociais, passaram a defender padrões mais éticos de relação com seus públicos de interesse (fornecedores, funcionários, clientes, governo e acionistas) e práticas ambientais sustentáveis. Sob o rótulo de "responsabilidade social", foi incluído um conjunto de normas e práticas qu e se tornou condição para garantir lucratividade e sustentabilidade aos negócios. Para os brasileiros esta questão ganhou evidência maior após o período de redemocratização e abertura econômica do país na década de 1990. A responsabilidade social das empresas, cuja projeção nos EUA e na Europa aconteceu em meados da década de 60, passou a ser pauta na agenda dos empresários brasileiros, com mais visibilidade, na década de 90, incentivado pelo período de redemocratização e abertura econômica do País, pelos direitos conquistados com a Constituição Federal de 1988, pela aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Código de Proteção e Defesa do Consumidor em 1990, pela aprovação da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) em 1992 que contribuíram para uma maior conscientização e organização da sociedade civil sobre seus direitos, também favorecendo a fundação de ONGs e o fortalecimento do Terceiro Setor (ALESSIO, 2008). Por aqui, a ação das empresas neste âmbito de função social não lucrativo tornou-se significativa entre as décadas de 1980 e 1990. Foram detectadas a partir das duas últimas décadas do século XX ações mais organizadas sistematicamente e estrategicamente voltadas para o tema responsabilidade social empresarial. É possível dizer, portanto que este período marca a inserção do tema Responsabilidade Social Empresarial (RSE) na agenda de interesses da população brasileira. Por outro lado, o caminho não está totalmente consolidado para que as empresas se beneficiem imediatamente da divulgação de suas ações de responsabilidade social. Ainda é necessário enfrentar a desconfiança do consumidor em relação à atuação empresarial neste âmbito. Este é o principal desafio para as empresas que incorporam os princípios da RSE em suas práticas. Responsabilidade Social Empresarial • Responsabilidade social corporativa (RSC); • Responsabilidade social de empresas. • A noção de responsabilidade social empresarial decorre da compreensão de que a ação empresarial deve, necessariamente, buscar trazer benefícios para a sociedade, propiciar a realização profissional dos empregados, promover benefícios para os parceiros e para o meio ambiente e trazer retorno para os investidores. • Empresas afinadas com as atuais mudanças organizacionais realizam ações de responsabilidade social empresarial para atender aos stakeholders. • • Essas empresas devem desenvolver a capacidade de ouvir os diferentes interesses das partes envolvidas para incorporá-los no planejamento de suas atividades, promovendo, assim, a melhoria da qualidade de vida da comunidade como um todo. • Em algumas sociedades, a responsabilidade social empresarial tornou-se um comportamento econômico adquirido: exigências da sociedade civil em relação à dimensão ética das ações empresariais.A responsabilidade social empresarial não deve ser entendida como uma prática assistencialista. • • Consiste em projetos elaborados para a potencialização de talentos e o desenvolvimento da autonomia dos cidadãos. • As empresas, atualmente, são consideradas grandes polos de interação social, tanto com os fornecedores como também com a comunidade e com seus próprios funcionários. • • Então... a responsabilidade social é uma necessidade imposta pela sociedade globalizada, extremamente competitiva, com consumidores mais bem-informados e que possuem amplo poder de escolha. • A responsabilidade social inclui a aspiração econômica e financeira da empresa, ou seja, a maximização do lucro, atendendo aos interesses dos acionistas da empresa, sob o aspecto jurídico-legal. • • Um aspecto importante da responsabilidade social são as relações com os empregados, pois é possível ver nessa atuação uma forma de atrair e reter funcionários com qualificação para a empresa, promovendo positivamente sua imagem no mercado. • As