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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES 
PRÓ-REITORIA DE ENSINO, PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO 
CAMPUS DE SÃO LUIZ GONZAGA 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
LARA DE OLIVEIRA LOPES 
LUCIANA DE MELO CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
EMPREENDEDORISMO FEMININO – 
DESAFIOS E PERSPECTIVAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO LUIZ GONZAGA – RS 
2021 
 
LARA DE OLIVEIRA LOPES 
LUCIANA DE MELO CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EMPREENDEDORISMO FEMININO – 
DESAFIOS E PERSPECTIVAS 
 
 
 
Relatório Final de Estágio de Conclusão 
de Curso III, como requisito parcial para 
obtenção do título de Bacharel em 
Administração, Departamento de 
Ciências Sociais Aplicadas da 
Universidade Regional Integrada do Alto 
Uruguai e das Missões – Campus de São 
Luiz Gonzaga. 
 
Orientador: Prof. Me. Révis Catiano Feijó 
Moura 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO LUIZ GONZAGA – RS 
2021 
2 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1: Gênero ...................................................................................................... 19 
Gráfico 2: Idade ......................................................................................................... 20 
Gráfico 3: Município de residência ............................................................................ 20 
Gráfico 4: Grau de instrução ..................................................................................... 21 
Gráfico 5: Oportunidade para empreender para homens e mulheres ....................... 21 
Gráfico 6: Motivações que levam as mulheres a empreender................................... 22 
Gráfico 7: Importância do empreendedorismo feminino ............................................ 22 
Gráfico 8: Características comportamentais necessárias para empreender ............. 23 
Gráfico 9: Fatores limitantes para a abertura e manutenção de um negócio ............ 24 
Gráfico 10: Segmentos que as mulheres mais empreendem .................................... 24 
Gráfico 11: Percentual de empreendedoras brasileiras ............................................ 25 
Gráfico 12: Percepção sobre o ambiente empreendedor feminino ........................... 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4 
1.1 Questão da Pesquisa .......................................................................................... 4 
1.2 Objetivos .............................................................................................................. 5 
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................... 5 
1.2.2 Objetivos Específicos ......................................................................................... 5 
1.3 Justificativa .......................................................................................................... 5 
1.4 Delimitação do Trabalho ................................................................................... 6 
1.4.1 Tema....................................................................................................................6 
1.4.2 Delimitação do Tema .......................................................................................... 6 
1.5 Estrutura do Trabalho ........................................................................................ 6 
2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................8 
2.1 Empreendedorismo ............................................................................................. 8 
2.2 Empreendedor ..................................................................................................... 9 
2.3 Empreendedorismo Feminino .......................................................................... 11 
2.3.1 Empreendedorismo Feminino – MEI ................................................................ 14 
3 METODOLOGIA DA PESQUISA............................................................................16 
3.1 Método de Pesquisa .......................................................................................... 16 
4 DESCRIÇÃOS DO ESTUDO..................................................................................19 
4.1 Apresentação, Análise e Discussão dos Dados ........................................... 19 
5 CONCLUSÃO....................................................................................................... 27 
REFERÊNCIAS..........................................................................................................29 
APENDICE.................................................................................................................33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A conquista da mulher por seu espaço nesta sociedade regida pelo 
patriarcado foi árdua, e por algumas vezes, as folhas que escreveram esta história, 
tiveram até mesmo manchas de sangue. 
 No dia 26 de fevereiro de 1909, as mulheres saíram às ruas de Nova York 
para reivindicar voz ativa na sociedade. No dia 25 de março de 1911, 125 mulheres 
morreram queimadas no interior de uma fábrica, e em 1975, a Organização das 
Nações Unidas (ONU), oficializou o Dia Internacional da Mulher. (NADAL, 2018). 
 No ano de 1932, a mulher ganha no Brasil, o direito ao voto, e estes são 
apenas alguns do inúmero marcos na sociedade, que proporcionaram a mulher, a 
visão de que ela pode ir tão longe quanto imaginava ser capaz. (KARAWEJCZYK, 
2019). Portanto, diante do contexto histórico feminino, percebe-se o longo caminhar 
da mulher no alcance dos direitos sociais e consequentemente nos ambientes de 
trabalho. 
 É de conhecimento público que as empresas pagam menos às mulheres para 
executar as mesmas tarefas que os homens, há casos em que elas não possuem 
oportunidade de exercer cargos e funções mais elevadas, além do fato de que 
algumas tarefas são vedadas à execução por mulheres. Observa-se, ainda que em 
alguns mercados, as mulheres nem são contratadas (FERREIRA, 2017). 
Então, mais do que atingir o objetivo acadêmico de conclusão do Curso de 
Administração, este trabalho oportunizou compreender o avanço das mulheres no 
cenário empreendedor e procurou responder ao seguinte problema de pesquisa: 
qual a percepção dos consumidores em relação ao empreendedorismo feminino no 
Brasil? 
Com a finalidade de elucidar tal questionamento, apresenta-se uma 
contextualização básica do tema em estudo que serviram como base para a 
interpretação e análise dos dados coletados. 
 
1.1 Questão da Pesquisa 
 
 Empreender vai muito além da questão de gênero, pois entende-se que a 
competência para realizar qualquer empreendimento independe de sexo. 
5 
 
No Brasil o empreendedorismo feminino ocorre em linhas crescentes, visto 
que o Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2018), principal pesquisa sobre 
empreendedorismo no mundo, apontou que o Brasil ficou em sétimo lugar no 
ranking de proporção de mulheres à frente de empreendimentos iniciais. Na mesma 
linha, o Relatório Especial de Empreendedorismo Feminino no Brasil, divulgado pelo 
Sebrae (2019), informa que 48% dos Microempreendedores Individuais (MEIs) são 
mulheres. (ZUFFO, 2020). 
Diante da importância do empreendedorismo feminino para os movimentos 
sociais e para a economia, esta pesquisa tem pretende responder a seguinte 
problemática: qual a percepção dos consumidores em relação ao 
empreendedorismo feminino no Brasil? 
 
1.2 Objetivos 
 
1.2.1 Objetivo Geral 
 
Identificar a percepção dos consumidores quanto ao empreendedorismo 
feminino brasileiro. 
 
1.2.2 Objetivos Específicos 
 
a) Identificar a participação e a importância feminina no empreendedorismo 
brasileiro; 
b) Diagnosticar a percepção dosconsumidores quanto ao empreendedorismo 
feminino no Brasil 
 
1.3 Justificativa 
 
O Brasil tem sido apontado como um país de grande potencial empreendedor 
(MOREIRA et al., 2010), sendo contabilizadas mais de 24 milhões de brasileiras no 
ramo tocando seu próprio negócio e gerando novos em empregos (GEM, 2012). O 
crescimento feminino nessa área, em grande parte, ocorre ao avanço da mulher no 
6 
 
mercado de trabalho e também em resposta à discriminação sofrida em ambientes 
corporativos (MACHADO, 2012; GEBRAN e NASSIF, 2010). 
No entanto, embora esses números demonstrem a importância da 
participação feminina no universo empreendedor, ainda se evidencia desigualdades 
e dificuldades entre os gêneros feminino e o masculino, conforme revela a pesquisa 
realizada pela GEM, com base em dados coletados em 2018. A pesquisa informa 
que as mulheres necessitam estudar cerca de 16% a mais em relação aos homens, 
ou seja, enquanto eles dedicam cerca de 8,5 anos aos estudos, as mulheres 
precisam dedicar 9,9 anos para concluir sua formação. Em contrapartida seus 
rendimentos são menores cerca de 22% a menos (PESQUISA NACIONAL POR 
AMOSTRA DE DOMICÍLIOS CONTÍNUA - PNAD, 2018). 
Assim, esse trabalho pretende verificar a percepção do empreendedorismo 
feminino brasileiro, sob a ótica dos consumidores. Ciente da importância do papel 
feminino no ambiente corporativo, das particularidades representada pelos múltiplos 
papéis femininos e dos inúmeros desafios enfrentados na trajetória empreendedora, 
esse trabalho se justifica. 
 
1.4 Delimitação do Trabalho 
 
1.4.1 Tema 
 
Empreendedorismo 
 
1.4.2 Delimitação do Tema 
 
Empreendedorismo feminino brasileiro sob a ótica dos consumidores. 
 
1.5 Estrutura do Trabalho 
 
O presente trabalho está organizado em capítulos sendo que no primeiro 
capítulo encontra-se a introdução, a questão problema, os objetivos, a justificativa, 
além do tema e da sua delimitação. No capítulo dois é realizado o referencial teórico 
a respeito do empreendedorismo, destacando o empreendedorismo feminino. 
7 
 
Posteriormente, no capítulo três aborda-se a metodologia utilizada para a pesquisa e 
na sequência apresenta-se a análise e a discussão de dados, demonstrando os 
gráficos referentes à pesquisa. Por fim, são expostas as conclusões do estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 Empreendedorismo 
 
O empreendedorismo é um fenômeno individual, que remete à criação de 
empresas, através da percepção de oportunidades, seja pela necessidade de 
sobrevivência ou por um fenômeno social que auxilia o indivíduo ou a comunidade a 
desenvolver-se para encontrar a solução dos problemas e a construção de um futuro 
promissor, isto é, de gerar Capital e se desenvolver profissionalmente. 
(ZARPELLON, 2010). 
Schein (1985, p. 30), descreve o empreendedorismo como a inclinação a 
fazer “algo novo, envolvendo a motivação para superar obstáculos, propensão por 
aceitar riscos e desejo de elevação pessoal em qualquer objetivo a ser alcançado”. 
Covin e Miles (1999), enxergam no empreendedorismo a chance de explorar 
oportunidades, de renovar e de rejuvenescer firmas, mesmo as já estabelecidas, 
através de inovações e da percepção empreendedora de inovações. 
O papel do empreendedorismo em um país, não está amarrado apenas ao 
desenvolvimento da economia, e na contribuição com o aumento de produção e 
renda per capita; o papel do empreendedorismo vai muito além, pois envolve iniciar, 
constituir e incentivar as mudanças no mercado interno e na sociedade (HISRICH e 
PETERS, 2004). 
Para Leite e Oliveira (2007) há dois tipos de empreendedorismo: o 
empreendedorismo por necessidade onde criam-se negócios buscando a 
sobrevivência e o empreendedorismo por oportunidade, onde identifica-se uma 
oportunidade de negócio lucrativa e investe-se nessa ideia. 
Na visão Shumpeteriana, o empreendedorismo é um processo de ‘‘destruição 
criativa’’, através da qual inova-se o mercado, fazendo com que novos produtos 
adentrem ao gosto dos consumidores, substituindo os já existentes, destruindo 
assim este paradigma. (SCHUMPETER, 1988). Assim, o empreendedorismo e a 
inovação estão interligados, uma vez que ambiente de inovação desperta a 
criatividade e o empreendedorismo. Segundo Schumpeter, um empreendedor é uma 
pessoa que deseja e é capaz de converter uma nova ideia ou invenção em uma 
9 
 
inovação bem-sucedida, e por intermédio de novos produtos ou serviços substitui 
aos que eram utilizados anteriormente. (CHIAVENATO, 2012). 
 No entanto, o empreendedorismo também é analisado sob aspectos 
comportamentais, ou seja, o empreendedor é aquela pessoa ousada, que abre um 
negócio para colocar em prática uma ideia ou realizar um projeto pessoal, mesmo 
conhecendo os riscos e sabendo das responsabilidades inerentes a atividade. 
(CHIAVENATO, 2004). Em ambas as vertentes, economista ou comportamental, o 
empreendedorismo possibilita o desenvolvimento local e a geração de renda. 
 
2.2 Empreendedor 
 
Hashimoto (2014) define o ato de empreender como “ter autonomia para usar 
as melhores competências para criar algo diferente e com valor, com 
comprometimento, pela dedicação de tempo e esforços necessários, assumindo os 
riscos financeiros, físicos e sociais”. O mesmo autor, ainda destaca que uma 
atividade empreendedora precisa ter por trás uma pessoa ou um grupo, um perfil 
empreendedor, definindo que o empreendedor usa as melhores competências, ou 
seja, ele não possui necessariamente todas as competências pessoais para 
construir um negócio bem-sucedido. (HASHIMOTO, 2014) 
O empreendedor pode ser visto como um pensador, um estrategista, um 
articulador, com qualificação para unir a pessoa com capacidade intelectual e 
técnica, dotada das habilidades necessárias, aos recursos existentes no mercado e 
na sociedade, e desta forma agregar valor, obtendo o resultado desejado (VALE, 
2007). 
 Segundo Gerber (2004), a pauta da discussão é o conhecido mito americano 
do Empreendedor, que trata sobre o comportamento, os hábitos e a forma como 
agem. Para o autor, a personalidade empreendedora visualiza e transforma a menor 
da situação cotidiana em uma oportunidade excepcional, ou seja, a vida do 
empreendedor está em focar no futuro, enxergar as possibilidades e ações que 
podem ser realizadas e modificadas, resultando em melhorias e multiplicando os 
lucros. (GERBER, 2004). 
A personalidade empreendedora se espalha e pode ser vista em diversas 
áreas, como na ciência, na arte e nos negócios, onde o empreendedor é um 
10 
 
indivíduo inovador, um articuloso estrategista, criador de métodos ainda não 
existentes e explorador de novos mercados (GERBER, 2004). 
Empreender vai além de centralizar ações em suas próprias mãos. É 
necessário que seja construída uma equipe de trabalho capaz de assumir 
responsabilidades quando o empreendedor não se encontrar presente. A tomada de 
decisão rápida pode significar a diferença entre o lucro e o prejuízo. Zuini (2012), 
ressalta que uma pequena empresa costuma ter a tomada de decisão muito 
centralizada no fundador ou em outro sócio, no entanto, o perfil controlador não é 
saudável para o crescimento do negócio. Para o autor, é evidente que 
o empreendedor deve saber tudo que se passa na sua empresa, mas é impossível 
controlar e centralizar todas as decisões que devem ser tomadas. (ZUINI, 2012). 
O empreendedor possui necessidade de controlar tudo ao seu redor, o futuro, 
as pessoas, os eventos, os processos, e rumar aos seus sonhos de maneira 
determinada, ele também tem a tendência de querer velocidade, agilidade e eficácia 
das pessoas que trabalham com ele ou para ele. Estes comportamentos têm como 
consequência resultados absurdamente maiores do que as demais pessoas que 
cercam este indivíduo. (ZUINI, 2012). 
Stevenson e Gumpert (1985) descrevemempreendedores como indivíduos 
orientados para agir, seres enérgicos, e autoconfiantes, com autocontrole, espírito 
de liderança e grande necessidade de autorrealização. 
Segundo Dolabela (2010, p.25), “o empreendedor é alguém que sonha e 
busca transformar seu sonho em realidade”. O mesmo autor afirma que o 
empreendedor é alguém que identifica oportunidade e transforma em fonte de 
capital, trabalhando com os riscos bem calculados (DORNELAS, 2008). Cooley 
(1990) corrobora ao propor um modelo que identifica as competências do 
empreendedor, por meio de dez características, a saber: (1) estabelecimento de 
metas; (2) planejamento e monitoramento sistemático; (3) persistência; (4) 
comprometimento; (5) busca de informações; (6) busca de oportunidades e 
iniciativa; (7) exigência de qualidade e eficiência; (8) busca de riscos calculados; (9) 
persuasão e rede de contatos; (10) independência e autoconfiança. 
Algumas características comuns aos administradores são: ter iniciativa para 
criar novos negócios e serem apaixonados pelas suas atividades, administrar os 
recursos disponíveis com criatividade e prudência, evoluindo a região onde vivem e 
https://exame.com/noticias-sobre/empreendedores
11 
 
aceitar que os riscos existem, trabalhando com a consciência deles estarem ali, e a 
chance de fracasso. (PILLEGGI, 2016) 
Para Chiavenato (2004), o empreendedor fareja as oportunidades, é ágil, se 
adapta aos diferentes mercados, é a pessoa que dá início ao negócio para torná-lo 
uma ideia real, ele projeta as organizações, assumindo riscos e inovando 
continuamente. “Pode-se dizer que os empreendedores se dividem igualmente em 
dois times: aqueles para os quais o sucesso é definido pela sociedade e aqueles 
que têm uma noção interna de sucesso” (DOLABELA, 2010, p. 44). 
Diante do exposto, percebe-se que o empreendedor reúne características 
peculiares que lhes garante maiores chances de serem bem-sucedidos. No entanto, 
não se pode afirmar que uma pessoa dotada de tais características irá 
necessariamente alcançar o sucesso como empreendedor. 
 
2.3 Empreendedorismo Feminino 
 
O empreendedorismo feminino está sendo explorado cientificamente há 
algum tempo, porém os trabalhos publicados nesse assunto, não são muito 
numerosos. Segundo IIZUKA, MORAES e SANTOS (2015), foram publicados nos 
eventos da ANPAD, um total de apenas 10 artigos de 2001 a 2012 com o tema 
Empreendedorismo Feminino, Empreendedorismo por Gênero, tratando os 
subtemas: Conflito trabalho-família, Qualidade de Vida, Estilo gerencial, 
Homossexualidade, Produção científica, o que significa, menos de um artigo 
científico publicado por ano. 
Cabral (1999), afirma que entre os fatores mais significativos para a 
introdução das mulheres do Brasil no mercado de trabalho estão o crescimento da 
economia, a urbanização ou êxodo rural e o aumento das indústrias, abrindo assim 
mais oportunidades para as mulheres. Gomes (2006) esclarece que, embora as 
mulheres ainda encontrem dificuldades para chegar aos níveis superiores de gestão 
corporativa, elas encontraram uma maneira de contornar as dificuldades e abrir suas 
próprias empresas. 
As mulheres empreendedoras são destemidas, autoconfiantes, apaixonadas 
e identificadas com seus empreendimentos, além de motivadas a buscar 
desenvolvimento e crescimento. (JONATHAN, 2005). Dickson (2010), traduz alguns 
12 
 
elementos característicos do fenômeno das mulheres empreendedoras, por 
exemplo, as mulheres inicialmente aprenderam a gerir o dinheiro como gerem os 
seus orçamentos familiares, em que a única maneira de aumentar o dinheiro 
disponível ou fazer crescer a poupança é ser mais frugal. Assim, muitas cresceram 
em seus negócios sem empréstimos. 
No Brasil, o empreendedorismo feminino foi o décimo mais atuante no mundo 
em 2008. Segundo o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (2009), esse 
crescimento foi consequência do aumento da participação do comércio e serviços no 
PIB brasileiro, setor em que as mulheres representavam na época a dois terços dos 
novos negócios. (IBQP, 2009). 
 Pinheiro (2021) coloca que o empreendedorismo feminino está em alta e que 
sete milhões de mulheres são empreendedoras atualmente e que se registra uma 
tendência de crescimento nesse setor. A autora destaca algumas mulheres que 
servem de inspiração para as empreendedoras que estão iniciando seus negócios, 
como a empresária Luiza Helena Trajano, que revolucionou a empresa da família e 
transformou o Magazine Luiza em uma das maiores varejistas do país; a chef 
Helena Rizzo, que já foi eleita a melhor do mundo e possui um dos restaurantes 
mais concorrido de São Paulo; Barbe-Nicole Clicquot Ponsardin, que no século XIX 
conseguiu vencer a resistência e tocar a empresa deixada por seu marido e 
Gabrielle Chanel (Coco) que além de lançar uma marca famosa no mundo todo, 
tornou-se uma das figuras mais importantes do século XX. 
Ferreira (2017), afirma que a taxa de mulheres empreendedoras é de 36,4% 
versus 42,4% entre os homens, demonstrando que o número não é pequeno e que 
as mulheres estão empreendendo fortemente nos últimos anos. A autora também 
ressalta que entre 2003 e 2013, a atuação feminina nesse campo passou de 24,8 
para 28,7%, superando assim, a taxa de crescimento do empreendedorismo entre 
os homens. 
Em um comparativo entre homens e mulheres, percebe-se que elas atuam 
nos mais variados segmentos. Em lojas, escritórios, galpões, etc., as mulheres são 
47%, contra 34% dos homens; no domicílio são 25%, enquanto os homens são 
apenas 6%. Em locais designados pelo cliente, elas são apenas 11%, enquanto os 
homens são a maioria, no total de 26%. Em fazenda, sítio, granja, chácara, etc., elas 
também são minoria, apenas 6%, enquanto os homens totalizam 16% da 
13 
 
preferência. Mulheres que atuam em área ou via pública são 5% e os homens 7%. 
Como condutoras de veículos automotores, as mulheres são a minoria, perfazendo 
um total de 1%, enquanto os homens totalizam 8%. Em estabelecimento de outra 
empresa, homens e mulheres encontram-se empatados, com 0,3% e, atuando em 
outro local, também há um empate entre eles em 0,3%. (PNADC, 2018). 
Em relação a idade Ferreira (2017), informa que as mulheres 
empreendedoras são mais jovens que os homens, sendo que 40% delas possuem 
até 34 anos, enquanto 50% dos homens estão na faixa de 35 a 54 anos. As 
mulheres também são mais escolarizadas, sendo que apenas 29% das mulheres 
tem o fundamental incompleto, enquanto entre os homens esse percentual é de 
32%. No entanto, as mulheres ainda enfrentam a barreira de ter menos acesso a 
crédito e um salário menor em relação aos homens. (FERREIRA, 2017). 
A pesquisa apresentada pelo GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR 
(GEM, 2014) apontou o fator “educação e capacitação” como uma das maiores 
limitações para se empreender no país. Mesmo as mulheres possuindo mais 
escolaridade do que os homens, as condições de trabalho e salário tendem a ser 
inferiores e, as oportunidades de inserção no mercado de trabalho em posições mais 
qualificadas são escassas e restritas a alguns setores do mercado (LAGES, 2005). 
Sabe-se que há dois tipos de empreendedores, aqueles que empreendem por 
necessidade e aqueles que empreendem por oportunidade. Mulheres empreendem 
mais por necessidade do que os homens. Em 2002, o percentual de mulheres 
empreendedoras por necessidade era em torno de 62%, enquanto que os homens 
eram 55%. (GEM, 2018). 
Segundo PNADC (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Continua. 
2018), as mulheres respondem por 34% como proprietárias de negócio, esta 
proporção mantém-se quando a análise é estadual no Rio Grande do Sul. No 
entanto, as taxas de juros em empréstimos para empreendedoras são muito 
superiores às cobrados aos homens. (SEBRAE/BACEN, 2017). 
Diante do exposto, percebe-se que o empreendedorismo feminino embora 
extremamente relevante no contexto econômico e social,apresenta algumas 
desigualdades quando comparadas ao empreendedorismo masculino. 
 
14 
 
2.3.1 Empreendedorismo Feminino – MEI 
 
Microempreendedor individual (MEI) é o profissional autônomo que registra 
seu próprio negócio, de maneira a formalizar a atividade que é praticada sem 
registro em carteira nem contribuições para o INSS. (CONTEZINI, 2017). O MEI 
surgiu em 2008 com o objetivo de facilitar a abertura de negócios para os pequenos 
empreendedores, com redução na carga de imposto e contagem de tempo de 
carteira assinada, entre outros incentivos do governo. (SEBRAE, 2017). 
De acordo com as pesquisas realizadas pelo Sebrae (2017) nos dados da 
Receita Federal, identificou-se que o percentual de mulheres que se regularizaram 
como MEI, é de 47,6% enquanto os homens totalizaram 52,4%. Conforme os dados 
publicados na pesquisa, entre 2010 e 2016, homens utilizaram mais o MEI, do que 
as mulheres. 
Em se tratando das atividades, verifica-se que atualmente as mulheres que 
são MEI estão envolvidas predominantemente em negócios relacionados à beleza, 
moda e alimentação, sendo que no ramo de tratamento de beleza, as mulheres são 
96% das microempresas individuais existentes (SEBRAE, 2017). Além disso, as 
mulheres ocupam, no ramo de indústria, dentro do MEI, 90% dos CNPJ abertos, na 
atividade de confecção sob medida, de peças do vestuário, sendo que na maioria os 
investimentos femininos são relacionados a confecções. (SEBRAE, 2017). 
Outro fator que destaca a pesquisa realizada pelo Sebrae (2017), refere-se ao 
funcionamento das Microempresas. Verifica-se que as empresas estão 
predominantemente estabelecidas nos domicílios das empreendedoras (55%). 
(SEBRAE, 2017). 
O motivo mais forte das mulheres para dedicarem-se ao empreendedorismo, 
surpreendentemente, não tem sido apenas a busca pela independência, pois o que 
predomina como motivação para abrirem seu próprio negócio, é o complemento de 
renda, já que 40,1% dos MEIs aberto por mulheres estão atendendo a necessidade 
de aumentar a renda, enquanto que apenas 33,6% aderiram ao programa para 
adquirir independência feminina. (SEBRAE, 2017). 
Acredita-se que empreender é um processo que exige persistência pois o 
investimento realizado não tem retorno imediato. Para as mulheres, o processo 
torna-se um desafio ainda maior, porque além de empreender é necessário vencer 
15 
 
as barreiras do preconceito que se volta aos empreendedores não apenas no 
município, no Estado do RS, mas em todo o Brasil. Atualmente, nas agências de 
fomento de emprego, observa-se ainda que a maior procura é por pessoas do sexo 
masculino, inclusive as próprias empreendedoras solicitam esse perfil ao 
disponibilizar vagas de trabalho. Percebe-se que mesmo vencendo barreiras as 
mulheres ainda tem algum receio ao contratar mão de obra para serviços destinados 
ao público misto. Já quando o serviço é destino apenas ao público feminino ocorre o 
contrário, pois apenas as vagas são voltadas apenas a pessoas do sexo feminino. 
(FGTAS/SINE, 2020)1 
Por fim, o cenário de pesquisas retrata as desigualdades do mundo 
empreendedor feminino e as inúmeras barreiras que vem sendo vencidas na busca 
do sonho do próprio negócio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Pesquisa realizada no 3ª quadrimestre de 2020, na Agência FGTAS/SINE, em São Luiz Gonzaga – 
RS. 
16 
 
3 METODOLOGIA DA PESQUISA 
 
A origem etimológica da palavra metodologia, nasce no termo grego 
Méthodos, composto pelas palavras “Meta” e “hódos”, que em tradução livre, podem 
ser compreendidas como o caminho para fazer ciência (BAILLY, 1950). 
A presente pesquisa teve como propósito de identificar a percepção dos 
consumidores quanto ao empreendedorismo feminino brasileiro, visto a importância 
que o mesmo representa tanto para os movimentos sociais quanto para a economia. 
O GEM (2018), principal pesquisa sobre empreendedorismo no mundo, apontou que 
o Brasil ficou em sétimo lugar no ranking de proporção de mulheres à frente de 
empreendimentos iniciais. Na mesma linha, o relatório especial de 
empreendedorismo feminino no Brasil, divulgado pelo Sebrae (2019), informou 
que 48% dos MEIs (Microempreendedores Individuais) são mulheres. (ZUFFO, 
2020). 
No entanto, antes de se realizar a pesquisa, foi necessário um planejamento 
visando estruturar o trabalho e verificando a viabilidade de execução. Assim, a partir 
da questão problema, elencou-se os objetivos e a metodologia. 
Devido à Pandemia2, não foi possível a realização da pesquisa no formato 
presencial, optando-se portanto pelo envio do link por redes sociais. 
 
3.1 Método de Pesquisa 
 
A pesquisa realizada seguiu os princípios de uma pesquisa básica, pois 
buscou identificar a percepção dos consumidores em relação ao empreendedorismo 
feminino no Brasil, sem a pretensão de aplicar o conhecimento para modificação do 
cenário, ocupando as pesquisadoras apenas na função de descrever os resultados 
encontrados de forma clara e precisa. Para Schwartzman (1979), a pesquisa 
básica, é aquela em que o pesquisador realiza a coleta de dados e o tratamento dos 
mesmos para responder objetivos particulares do estudo, sem necessariamente 
aplicar o conhecimento adquirido de algum modo, em algum lugar, de forma prática, 
 
2 Em dezembro de 2019 houve a transmissão de um novo coronavírus (SARS-CoV-2), o qual foi 
identificado em Wuhan, na China e causou a COVID-19, sendo em seguida disseminada e 
transmitida pessoa a pessoa, (Fonte: Ministério da Saúde). 
 
17 
 
servindo, para alimentar a literatura acadêmica com informações importantes do 
ambiente em questão, nada impede que no futuro, tais informações sejam 
empregadas para modificar ou melhorar o cenário. 
Quanto aos objetivos, a pesquisa enquadra-se como descritiva. Gil (2010), 
define a pesquisa descritiva, como sendo aquela em que se questiona as 
características do ambiente a ser estudado, e as descreve de forma clara, refletindo 
com fidelidade as informações, de acordo com os dados encontrados. 
Neste sentido, mediante a execução deste trabalho, foi realizado um 
levantamento de dados junto aos consumidores, buscando identificar a percepção 
dos mesmos sobre o empreendedorismo feminino. Após o levantamento, os dados 
foram transformados em gráficos e analisados, de forma a descrever a opinião dos 
pesquisados sobre o tema. 
Em relação aos procedimentos, este estudo apresenta-se como uma 
pesquisa bibliográfica e de levantamento. Para Gil (2010), a pesquisa bibliográfica é 
elaborada com base em material já publicado, como livros, teses e dissertações. O 
mesmo autor esclarece que praticamente toda pesquisa científica requer em algum 
momento a realização da pesquisa bibliográfica. Assim, o presente trabalho 
caracteriza-se como pesquisa bibliográfica na execução da sua fundamentação 
teórica-metodológica, já que nesta etapa foram consultadas literaturas já publicadas. 
A pesquisa também se classifica como levantamento na execução do 
questionário, onde os participantes relataram suas opiniões quanto ao 
empreendedorismo feminino no Brasil. Gil (2010), descreve a pesquisa de 
levantamento como sendo aquela em que os dados são coletados diretamente com 
os participantes (amostra), validando os dados coletados, por não haver 
possibilidade de distorção da realidade, ou interpretação incorreta por parte do 
pesquisador. 
Os questionários foram compostos por doze perguntas fechadas, construídas 
a partir da literatura que embasa o trabalho. O instrumento foi elaborado na 
ferramenta Google Formulários que gera automaticamente o link. O link da pesquisa 
foi encaminhado pelas redes sociais WhatsApp e facebook. 
A amostra constitui-se de 110 participantes, composta por todos os indivíduos 
que se disponibilizarem a responder o questionário digital, enviado por link nasredes 
sociais facebook e whatsapp. Segundo Pádua (2016, p. 71), “amostra é a 
18 
 
representação menor de um todo maior; a fim de que o pesquisador possa analisar 
um dado universo; a amostra representa o todo”. 
De posse dos resultados da pesquisa, os dados foram analisados sob o viés 
quantitativo, ou seja, de acordo com os gráficos gerados pela ferramenta Google 
formulário. Os resultados estão expostos no decorrer do trabalho, respondendo aos 
objetivos propostos pela pesquisa e gerando as devidas conclusões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
4 DESCRIÇÃOS DO ESTUDO 
 
4.1 Apresentação, Análise e Discussão dos Dados 
 
A presente pesquisa contou com 110 pessoas que responderam aos 
questionamentos, onde foi possível observar o perfil sociodemográfico e a opinião 
dos participantes quanto ao empreendedorismo feminino. 
Verificou-se que a maioria dos participantes da pesquisa (84%) são pessoas 
do sexo feminino, enquanto 15% são do sexo masculino. 
 
Gráfico 1: Gênero 
 
Fonte: Do autor. 
 
Em relação a idade, destaca-se que os respondentes se encontram, na 
maioria, na faixa etária entre 35 e 44 anos (39%), seguido por aqueles que possuem 
entre 25 a 34 anos (22%). O gráfico 2 demonstra o resultado da pesquisa quanto a 
idade dos participantes. 
 
 
 
 
 
 
masculino 
15%
prefiro não 
responder
1%
feminino
84%
20 
 
Gráfico 2: Idade 
 
Fonte: Do autor. 
 
Os indivíduos que responderam aos questionamentos não se encontram 
apenas no município de São Luiz Gonzaga, pois a pesquisa por rede social 
oportuniza ampliar o horizonte geográfico. No entanto, observou-se uma 
predominância de residentes locais de 92%, conforme está representado no gráfico 
3. 
 
Gráfico 3: Município de residência 
 
Fonte: Do autor. 
De 18 a 
24 anos
10%
De 25 a 34 anos
22%
De 35 a 44 anos
39%
De 45 a 54 
anos
17%
De 55 a 64 anos
10%
Mais de 65 anos
2%
São luiz Gonzaga
92%
Farroupilha
1%
Bento Gonçalves
1%
Novo Hamburgo
1%
Tres coroas
1%
uruguaiana
1%
Panambi
1%
Portão
1%
Santo Cristo
1%
21 
 
Considerando a escolaridade dos pesquisados foi possível perceber que 41% 
dos participantes possuem ensino superior completo ou maior e 22% estão cursando 
o ensino superior. Acredita-se que pessoas com escolaridade superior conseguem 
expressar de forma mais clara sua opinião sobre determinado tema, consolidando as 
informações obtidas pelo questionário. 
 
Gráfico 4: Grau de instrução 
 
Fonte: Do autor. 
 
A partir da questão 5, as perguntas eram referentes ao empreendedorismo 
feminino, onde primeiramente questionou-se sobre a igualdade ou não de 
oportunidades para empreender para homens e mulheres. Foi possível observar que 
58% dos participantes acreditam que as oportunidades são iguais e 40% não 
acreditam nessa igualdade. Apesar do resultado da pesquisa, a literatura e demais 
pesquisas sobre o tema retratadas na fundamentação teórica desse trabalho 
discorrem sobre as diferenças de oportunidades entre homens e mulheres. O gráfico 
5 expõe o resultado do questionamento. 
 
Gráfico 5: Oportunidade para empreender para homens e mulheres 
 
Fonte: Do autor. 
Ens. Fund. 
Incompleto
11%
Ens. Fund. 
Completo
11%
Ens. Médio 
Incompleto
15%
Superior em 
andamento
22%
Ens. Sup. 
Completo ou 
maior
41%
Sim
58%
Não
40%
Não sei responder
2%
22 
 
Na sequência abordou-se sobre quais as motivações que levam as mulheres 
ao empreendedorismo. Verificou-se que 41% dos respondentes entendem que as 
mulheres empreendem com o objetivo de fazer a diferença no mundo, enquanto 
32% afirmam que as mulheres empreendem porque os empregos são escassos e 
precisam trabalhar, ou seja, para gerar renda. 
 
Gráfico 6: Motivações que levam as mulheres a empreender 
 
Fonte: Do autor. 
 
Na questão seguinte questionou-se sobre a importância do 
empreendedorismo feminino. A grande maioria dos pesquisados (85%) considera 
que o empreendedorismo feminino brasileiro é muito importante e 14% dos 
entrevistados acreditam ser importante, o que alerta para a relevância da discussão 
em torno do tema nos diferentes setores produtivos e educacionais. 
 
Gráfico 7: Importância do empreendedorismo feminino 
 
Fonte: Do autor. 
Para ganhar a vida 
porque os 
empregos são 
escassos
32%
Para fazer a 
diferença no 
mundo
41%
Para construir uma 
grande riqueza ou 
renda muito alta
7%
Para continuar 
uma tradição 
familiar
1%
Outra
19%
Muito imortante
85%
Importante
14%
Pouco importante
0%
Indiferente
1%
23 
 
Empreender é um desafio para qualquer pessoa, no entanto algumas 
características comportamentais contribuem para o sucesso do empreendimento. De 
acordo com os pesquisados, 27% consideram a iniciativa como característica 
fundamental e 24% elencaram a persistência. No entanto para 18% dos 
entrevistados é fundamental não ter medo de correr riscos e para 14% consideram a 
capacidade de realizar planejamentos essencial para o empreendedor. Outras 
características como comunicação, comprometimento, liderança e criatividade 
também foram citadas. O gráfico 8 demonstra o resultado da questão. 
 
Gráfico 8: Características comportamentais necessárias para empreender 
 
Fonte: Do autor. 
 
Vencer desafios faz parte do dia a dia das mulheres empreendedoras. Entre 
os desafios limitantes para a abertura e manutenção de um negócio, a pesquisa 
identificou primeiramente a falta de recursos financeiros, já que foi citado por 38% 
dos entrevistados, o preconceito em relação ao gênero foi relatado por 18% dos 
participantes, enquanto 13% acreditam que o clima econômico, contexto político, 
institucional e social, 10% destacam que o excesso de burocracia é responsável 
pelas dificuldades que limitam os investimentos femininos; 20% entendem que o 
obstáculo encontrado é a dificuldade para conciliar a carreira e a família e, apenas 
1% encontra dificuldades em delegar tarefas para seus comandados. 
 
Iniciativa
27%
Capacidade para 
fazer 
planejamentos
14%
Persistência
24%
Comunicação
4%
Não ter medo 
de correr 
riscos
18%
Comprometiment
o
7%
Liderança
5%
Criatividade
1%
24 
 
Gráfico 9: Fatores limitantes para a abertura e manutenção de um negócio 
 
Fonte: Do autor. 
 
Na atualidade as mulheres estão envolvidas nos mais variados segmentos 
de negócios, exercendo diferentes funções. O resultado da pesquisa demonstrou 
que para 77% dos entrevistados os empreendimentos femininos são voltados para a 
moda e a beleza. Os demais itens como tecnologia, saúde, alimentação, educação, 
consultoria e outros empreendimentos, foram citados com percentuais bem 
inferiores conforme demonstra o gráfico abaixo. 
 
Gráfico 10: Segmentos que as mulheres mais empreendem 
 
Fonte: Do autor. 
 
falta de recursos 
financeios 
38%
preconceito em 
relação ao gênero
18%
dificuldade 
para conciliar 
carreira e 
familia
20%
dificuldade em 
delegar tarefas
1%
excesso de 
burocracia
10%
clima 
econômico
13%
Tecnologia
7%
Agronegócio
1%
Moda e beleza
77%
Alimentação
4%
Educação
2%
Saúde
5%
Consultoria
2%
Outro
2%
25 
 
Conforme o posicionamento dos pesquisados, 39% acreditam que as 
mulheres empreendedoras no Brasil são em torno de 35%; já para 29% dos 
participantes as empreendedoras são em torno de 50%. No entanto para 20% dos 
entrevistados em torno de 60% são empreendimentos femininos e para 12%, essas 
empreendedoras são em torno de 20%. Na realidade o percentual empreendedor é 
48% (ZUFFO, 2020). O gráfico 11 exemplifica o resultado do questionamento. 
 
Gráfico 11: Percentual de empreendedoras brasileiras 
 
Fonte: Do autor. 
 
Quando questionados sobre a percepção em relação ao ambiente 
empreendedor feminino, verificou-se que a maioria, 27% dos entrevistados 
acreditam que no Brasil, as mulheres se deparam com histórias de sucesso na mídia 
e/ou na internet e resolvem realizar seus investimentos. Já para 26% dosentrevistados a opção por investimentos femininos acontece para que elas possam 
começar um novo negócio como opção da carreira que elas desejam seguir. 22% 
acreditam que existe no município onde vivem, existem escolas e/ou universidades 
que ensinam/estimulam o empreendedorismo, formando profissionais de sucesso e 
também o balcão do Sebrae que orienta os novos empresários. Para 9% dos 
entrevistados, as mulheres que tem sucesso conseguem conquistar um alto nível de 
status e respeito no meio em que vivem e na sociedade em geral. O percentual de 
6% entende que nos próximos seis meses existirão boas oportunidades para as 
mulheres iniciarem um novo negócio nas proximidades onde vivem. Na visão de 5% 
Em torno de 50%
29%
Em torno 
de 60%
20%
Em torno de 35%
39%
Em torno de 20%
12%
26 
 
dos entrevistados, no Brasil é fácil para as mulheres iniciarem um novo 
empreendimento e para outros 5%, os empreendimentos feminino ocorrem porque 
no município onde vivem, existem estímulos dos governos federal, estadual e 
municipal que estimulam as mulheres a tornarem-se empreendedoras. 
 
Gráfico 12: Percepção sobre o ambiente empreendedor feminino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nos próximos 6 
meses existirão boas 
oportunidades para 
as mulheres inciarem 
um novo negócio 
próximo onde vivem
6%
No Brasil, é fácil para 
as mulhres iniciarem 
um negócio
5%
No Brasil, a maioria 
das mulheres 
considera que 
começar uum novo 
negócio é uma 
opção de carreira 
desejável
26%
No Brasil, as 
mulheres que tem 
sucesso ao iniciar um 
novo negócio tem 
um alto nível de 
status e respeito
9%
No Brasil, veem 
frequentemente 
histórias de sucesso 
na mídia e/ou 
internet
27%
No Município 
existem estímulos 
dos governos 
Federal, Estadual e 
Municipal, para 
novas 
empreendedoras
5%
No Município onde 
vivem, existem 
escola e/ou 
universidade que 
ensinam/estimulam 
o 
empreendedorismo
22%
27 
 
5 CONCLUSÃO 
 
As mulheres estão cada vez mais ocupando espaços antes denominados 
masculinos, sendo presença crescente nos mais diferentes setores da economia. 
Essa representatividade advém de uma série de fatores sociais e econômicos e 
impacta no modo de vida das comunidades. 
É importante destacar que empreender vai além de investir em negócio 
próprio, mas envolve o empoderamento e um estilo de enfrentamento aos desafios 
da vida corporativa. Nesse sentido é importante que se perceba o 
empreendedorismo como movimento que cria valor para a sociedade, não apenas 
de forma financeira, mas como incentivador de mudanças na vida das pessoas que 
fazem parte do meio ambiente em que o empreendimento está inserido. 
A pesquisa de análise quantitativa objetivou identificar a percepção dos 
consumidores quanto ao empreendedorismo feminino brasileiro, além de fornecer 
informações sócio demográficas deste público. Constatou-se que os respondentes 
foram predominantemente do gênero feminino, sendo que a maioria possui idade 
entre 35 anos a 44 anos, são moradores do município de São Luiz Gonzaga e 
possuem ensino superior completo ou maior. 
Quanto a percepção em relação ao empreendedorismo feminino brasileiro, 
verificou-se que a amostra acredita que as mulheres possuem as mesmas 
oportunidades que os homens e que a motivação principal para o 
empreendedorismo feminino está em fazer a fazer diferença no mundo, 
demonstrando um olhar bastante filosófico em relação a ação empreendedora. 
Além disso ficou claro que os respondentes acham muito importante as ações 
empreendedoras femininas, onde a iniciativa é a característica comportamental mais 
relevante e a falta de recursos financeiros se destaca como fator limitante para a 
abertura e manutenção do negócio. 
Moda e beleza estão entre os segmentos que se destacam nos 
empreendimentos femininos e em relação ao ambiente empreendedor os 
participantes observam que no Brasil frequentemente há histórias na mídia e/ou na 
internet sobre novos negócios bem-sucedidos gerenciados por mulheres. 
Assim, embora existam limitações quanto a amostra, as informações 
coletadas demonstram a importância do empreendedorismo feminino no contexto 
28 
 
brasileiro. Por fim, ciente que a ação empreendedora propõe um conjunto de 
desafios diários e exige comportamentos singulares é necessário desenvolver 
habilidades e conhecimentos que sustentem tais iniciativas empreendedoras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
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https://sebraers.com.br/momento-da-empresa/empreendedorismo-feminino-crescimento-e-geracao-de-renda-que-transformam-a-realidade/
https://sebraers.com.br/momento-da-empresa/empreendedorismo-feminino-crescimento-e-geracao-de-renda-que-transformam-a-realidade/
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ZARPELLON, S. C. O empreendedorismo e a teoria econômica institucional. 
Revista Iberoamericana de Ciências Empresariais y Economia, 1(1), p. 47-55, 
2010. 
 
ZUFFO, Silvia. Mulheres de Negócios. Empreendedorismo feminino: crescimento e 
geração de renda que transformam a realidade. 2020. Disponível em: 
https://sebraers.com.br/momento-da-empresa/empreendedorismo-feminino-
crescimento-e-geracao-de-renda-que-transformam-a-realidade/. Acesso em: 12 mar. 
2020. 
 
ZUINI, Priscila. O empreendedor deve controlar tudo na empresa? 2012. Artigo 
disponível em: https://exame.com/pme/o-empreendedor-deve-controlar-tudo-na-
empresa/. Acesso em: 26 mar. 2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://sebraers.com.br/momento-da-empresa/empreendedorismo-feminino-crescimento-e-geracao-de-renda-que-transformam-a-realidade/
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https://exame.com/pme/o-empreendedor-deve-controlar-tudo-na-empresa/
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APENDICE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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APENDICE A – Questionário 
 
Percepção dos Consumidores quanto ao Empreendedorismo Feminino. 
Esta pesquisa tem por identificar a percepção dos consumidores quanto ao 
empreendedorismo Feminino no Brasil. O estudo faz parte de um trabalho de 
Conclusão do Curso de Administração da URI – São Luiz Gonzaga. 
 
1- Qual o seu gênero? * 
 ( )Feminino 
 ( )Masculino 
( ) Prefiro não responder 
 
2- Qual a sua idade? * 
( ) De 18 anos a 24 anos 
( ) De 25 anos a 34 anos 
( ) De 35 anos a 44 anos 
( ) De 45 anos a 54 anos 
( )De 55 anos a 64 anos 
( ) Acima de 65 anos 
 
3- Em qual município você reside? * 
 
4- Qual o seu grau de instrução? * 
 
( ) Ensino Fundamental incompleto 
( ) Ensino Fundamental completo 
( ) Ensino Médio incompleto 
( ) Ensino Superior em andamento 
( ) Ensino Superior Completo ou maior 
 
5- Você considera que homens e mulheres possuem as mesmas oportunidades 
quando vão empreender? * 
 ( )sim 
 ( )não 
35 
 
( ) Não sei responder 
 
6- Para você, quais as motivações que levam as mulheres iniciar um novo 
negócio? * 
 ( )Para ganhar a vida porque os empregos são escassos 
 ( ) Para fazer diferença no mundo 
 ( ) Para construir uma grande riqueza ou uma renda muito alta 
 ( )Para continuar uma tradição familiar 
 Outra 
 
7- Você considera o empreendedorismo feminino brasileiro * 
 ( )muito importante 
( ) importante 
 ( )pouco importante 
 ( )indiferente 
 
8- Dentre as características comportamentais propostas, qual você considera 
mais importante para uma empreendedora? * 
 Iniciativa 
 ( ) capacidade para fazer planejamentos 
 ( )persistência 
 ( )comunicação 
( ) não ter medo de correr riscos 
 ( )comprometimento( )liderança 
 ( )criatividade 
 
9- Entre os desafios encontrados pelas mulheres empreendedoras, quais você 
considera mais limitantes para a abertura e manutenção de negócios? *nesta 
questão você pode marcar até 2 alternativas se achar necessário * 
 
 ( )falta de recursos financeiros para o desenvolvimento do seu negócio 
 ( )preconceito em relação ao gênero 
 ( )dificuldade para conciliar carreira e família 
36 
 
( ) dificuldade em delegar tarefas 
( ) excesso de burocracia 
( ) Clima Econômico/Contexto Político, Institucional e Social 
 
10- Na sua percepção, qual o segmento que as mulheres mais empreendem? * 
 ( )Tecnologia 
 ( )Agronegócio 
 ( )Moda e beleza 
 ( )Alimentação 
 ( )Educação 
 ( )Saúde 
 ( )consultoria 
 ( )outro 
 
11- Na sua percepção, qual o percentual de mulheres empreendedoras no Brasil? 
* 
( ) Em torno de 50% 
 ( )Em torno de 60% 
 ( )Em torno de 35% 
 ( )Em torno de 20% 
 
12- Em relação ao ambiente para empreender feminino, você acredita que *nesta 
questão você pode marcar até 3 alternativas se achar necessário * 
 
( ) Nos próximos seis meses existirão boas oportunidades para as mulheres 
iniciarem um novo negócio nas proximidades onde vivem 
( ) No Brasil, é fácil para as mulheres iniciarem um negócio 
 ( )No Brasil, a maioria das mulheres considera que começar um novo negócio é 
uma opção de carreira desejável 
( ) No Brasil, as mulheres que têm sucesso ao iniciar um novo negócio têm um alto 
nível de status e respeito 
( ) No Brasil, veem frequentemente histórias na mídia e/ou na internet sobre novos 
negócios bem-sucedidos gerenciados por mulheres 
37 
 
( ) No município onde vivem, existem estímulos do governo (federal, estadual e 
prefeitura) suficientes para estimular as mulheres a se tornarem empreendedoras 
( ) No município onde vivem, existem escolas e/ou universidades que 
ensinam/estimulam o empreendedorismo

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