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Diverticulite: diagnóstico e tratamento

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SEMIOLOGIA POR IMAGEM II
DOCENTE: Adirson Monteiro de Castro
ACADÊMICAS: Ana Laura Gomes de Oliveira e Isabelle Oliveira Santos
 
 DIVERTICULITE
A doença diverticular dos cólons é uma enfermidade extremamente comum no mundo ocidental, com incidência estimada em 5% em pessoas de meia-idade (quarta década de vida), podendo atingir até 60% em pacientes com mais de 80 anos. Esta condição tem sido associada com baixa ingestão de fibras, aumento do tempo de trânsito colônico e da pressão intraluminal no cólon, levando ao desenvolvimento dos divertículos. É importante a correta definição dos termos “diverticulose” e “diverticulite”. O primeiro refere-se à ocorrência de divertículos, pequenas saculações que surgem na parede do intestino grosso independente da presença de sintomas, geralmente associada a alterações parietais do cólon como deposição de elastina, espessamento do músculo liso, encurtamento das tenias e consequente redução da luz intestinal. Já a diverticulite refere-se à presença de infecção dos divertículos associada a sintomas importantes, constituindo quadros agudos ou condições crônicas. A diverticulite aguda pode ser dividida em complicada ou não complicada. A acuidade diagnóstica do quadro clínico e exame físico é baixa, apesar dos sinais e sintomas clássicos. Deste modo, exames subsidiários como o hemograma, endoscopia e métodos de imagem têm papel crucial para o adequado manejo da DAC. Entre eles, a tomografia computadorizada (TC) é considerada o método de escolha pelos protocolos da Sociedade Americana de Coloproctologia. TC possibilita, além da confirmação diagnóstica, a distinção entre DAC não complicada daquela associada a complicações. Nesta abordagem, a definição da extensão do processo inflamatório é crucial. O tratamento da diverticulite não complicada ou simples baseia-se essencialmente na prescrição de antibióticos, que devem cobrir bactérias Gram- -negativas e anaeróbicas e prescrição de dieta líquida. Já a terapêutica da diverticulite complicada, em casos de Abscesso intra-abdominal pequeno, sem peritonite, requer administração de antibióticos e repouso intestinal; 
entretanto, se for maior que 4 cm de diâmetro, deve ser considerada sua drenagem percutânea
guiada pela TC, associada à antibioticoterapia. O abscesso com material fecal grosseiro tende a responder mal à drenagem e requer abordagem cirúrgica urgente. A abordagem laparoscópica tem sido cada vez mais adotada no tratamento cirúrgico da doença diverticular dos cólons.
CONCLUSÃO
A diverticulose e a diverticulite dos cólons acometem com frequência elevada adultos e idosos e se manifestam com gama variada de apresentações clínicas com espectro de gravidade amplo. O conhecimento sobre a doença permite ao médico conduzir os casos de forma adequada, fornecendo condições possíveis para a superação do episódio agudo e controle da doença.
Referências
1- DIAS, André Roncon; GONDIM, Ana Cecília Neiva; NAHAS, Sérgio Carlos. Atualização no tratamento da diverticulite aguda do cólon. Rev bras. colo-proctol.,  Rio de Janeiro ,  v. 29, n. 3, p. 363-371,  Sept.  2009. Acesso em  14 maio 2020. 
2- - HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS (São Paulo). Diverticulite. Disponível em: https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/imprensa/noticias/Paginas/Diverticulite-o-mal-do-intestino.aspx>. Acesso em 14 maio 2020.
3- SALLES. Rodrigo Lolli Almeida. Doença diverticular dos cólons e diverticulite aguda: o que o clínico deve saber. Rev Med Minas Gerais 2013; 23(4): 490-496
4- REVISTA PORTUGUESA DE CARDIOLOGIA: Primary Cardiac Lymphoma In A Patient With Concomitant Renal Cancer. Santarém: Elsevier Editora Ltda, 25 fev. 2015. 
Faculdade da Saúde e Ecologia Humana 
Vespasiano - Minas Gerais - 2020

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